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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ

DOROTÉIA WERNER DA SILVA

PROFESSOR PESQUISADOR EM ARTES E O USO DO AUDIOVISUAL  COMO


PRÁTICA PEDAGÓGICA

CURITIBA
2021
DOROTÉIA WERNER DA SILVA

PROFESSOR PESQUISADOR EM ARTES E O USO DO AUDIOVISUAL  COMO


PRÁTICA PEDAGÓGICA

Artigo apresentado à disciplina Abordagens e


lógicas de criação e ensino das Artes como
requisito parcial à conclusão do Curso de
Mestrado Profissional em Artes - Programa de
Pós-graduação em Artes da UNESPAR,
Campus Curitiba II, Universidade Estadual do
Paraná.

Orientador(a): Prof (a). Dr (a). Denise Bandeira;


Prof(a) Dr(a). Marila Annibelli Vellozo; Prof. Dr.
Robson Rosseto; Prof(a). Dr(a). Solange
Straube Stecz;

CURITIBA
2021
3

PROFESSOR PESQUISADOR EM ARTES E O USO DO AUDIOVISUAL  COMO


PRÁTICA PEDAGÓGICA

Dorotéia Werner da Silva

RESUMO

Este artigo traz parte da investigação de mestrado que aborda professor pesquisador
em artes e o uso do audiovisual como prática pedagógica

Palavras-chave:

ABSTRACT

Key-words:

INTRODUÇÃO
 
INTRODUÇÃO

O ensino de arte na educação básica envolve as linguagens da música, da dança, do


teatro e artes visuais, onde se insere o audiovisual. Regulamentado pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação a LDB 9394/96 sofreu alterações ao longo do tempo
conforme demonstra sua trajetória histórica.

Este artigo faz um breve relato sobre o professor pesquisador no ensino das artes e
uma análise do papel do audiovisual na escola, tendo como referência o avanço das
novas tecnologias de informação.

São elementos que balizam o papel do professor de arte e destacam a importância de


seu envolvimento com a pesquisa, em especial com o audiovisual. Assim, buscaremos
uma reflexão sobre o papel do professor-pesquisador e do audiovisual como prática
pedagógica.

Solange o que falta aqui na introdução para complementar?Falar mais sobre?

 
4
FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PROFESSOR-PESQUISADOR
PESQUISADOR EM ARTE
ENSINO DE ARTES NA ESCOLA E DO AUDIOVISUAL

A formação dos professores no contexto atual, enfrenta muitos desafios. A


academia, responsável pela formação dos docentes, vem sofrendo a influência do
estado nas políticas públicas que determinam os passos da educação, de acordo com
Lüdke (2001) que considera de fundamental importância a pesquisa na formação
inicial do professor. Segundo ela,
é necessário introduzir o futuro professor no universo da pesquisa, em sua
formação inicial e também na formação continuada, garantindo assim a
possibilidade de exercício do magistério de maneira muito mais crítica e
autônoma. Isso é fácil de afirmar e propor, e muito difícil de realizar. O futuro
professor que não tiver acesso à formação e à prática de pesquisa terá, a meu
ver, menos recursos para questionar devidamente sua prática e todo o
contexto no qual ela se insere, o que o levaria em direção a uma
profissionalidade autônoma e responsável. Trata‐se, pois, de um recurso de
desenvolvimento profissional, na acepção mais ampla que esse termo possa
ter (LÜDKE, 2001, p. 51).

 
Na formação docente é necessário que esse profissional seja um questionador,
que investigue e problematize criticamente e com autonomia a realidade com que se
depara na sala de aula. Para Santos (2001),

professor deve trabalhar como um pesquisador, identificando problemas de


ensino, construindo propostas de solução com base na literatura e em sua
experiência, colocando em ação as alternativas planejadas, observando e
analisando os resultados obtidos, corrigindo percursos que se mostram pouco
satisfatórios. Essa ideia é defendida como forma de desenvolvimento
profissional dos docentes e também como estratégia para a melhoria do
ensino (SANTOS, 2001, p. 16).

A pesquisa é fundamental à prática docente, pois através dela, o professor-


pesquisador envolve-se com a elaboração do conteúdo, e a formação permanente o
ajudará a ter mais autonomia em sala de aula. Educar e pesquisar não são atos
isolados na vida do professor. De acordo com Freire (1996),
“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. (...) No meu entender o
que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de
ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz parte da natureza da
prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que,
em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque
professor, como pesquisador. (FREIRE, 1996, p. 29)
 
A pesquisa é fundamental à prática docente, pois através dela o professor-
pesquisador envolve-se com a elaboração do conteúdo, e a formação permanente o
ajudará a ter mais autonomia em sala de aula.
5
 Dessa forma, o professor precisa de autonomia para assumir o seu papel de
educador e formar seres pensantes e repassar os conhecimentos para os discentes
através de estratégias de pesquisa, e isso só é possível através de uma prática
pedagógica. De acordo com Miranda (2006), que considera o professor pesquisador
quando relaciona a prática um meio fundamentado e destinado aos conhecimentos a
serem orientados e apropriados pela ação e reflexão do professor.
 
a literatura sobre o professor pesquisador centra-se [...] na consideração da
prática, que passa a ser meio, fundamento, origem e destinação dos saberes
que suscita, desde que esses possam ser orientados e apropriados pela ação
reflexiva do professor. Ele pode e deve considerar os discursos vindos de fora
para orientar sua ação reflexiva, mas é fundamentalmente de dentro que ele a
constrói. Assim procedendo, produz teorias válidas não só para se orientar,
mas também para constituir uma ciência prática que se equipare à ciência
produzida pelos acadêmicos. (MIRANDA, 2006, p.135).

        
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases – LDB (1996), no artigo 43, a educação
superior deve incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica buscando
desenvolver a ciência, a tecnologia, criação e difusão da cultura, além de atuar em
favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a
formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o
desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares.
(Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015)
        Nesse sentido, o Parecer CNE/CP 009/2001, de 8 de maio de 2001, que
apresenta projeto de Resolução instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena, alerta sobre a pesquisa na formação docente:
 
A formação de professores para os diferentes segmentos da escola básica tem
sido realizada muitas vezes em instituições que não valorizam a prática
investigativa. Além de não manterem nenhum tipo de pesquisa e não
perceberem a dimensão criativa que emerge da própria prática, não estimulam
o contato e não viabilizam o consumo dos produtos da investigação
sistemática. Com isso, a familiaridade com os procedimentos de investigação
e com o processo histórico de produção e disseminação de conhecimento é,
quando muito, apenas um item a mais em alguma disciplina teórica, sem
admitir sua relevância para os futuros professores. Essa carência os priva de
um elemento importante para a compreensão da processualidade da produção
e apropriação de conhecimento e da provisoriedade das certezas científicas
(BRASIL, 2001,
p. 24).

ATUALIZAÇÃO DO PROFESSOR

O professor na sua formação inicial adquire saberes bastante relevantes,


entretanto, nem sempre atendem suas necessidades em sala de aula. Diante dessa
realidade, é necessária uma formação continuada a fim de ampliar seus
6
conhecimentos e aprimorar sua atuação. Destaca-se a contribuição de Jacques Delors
no livro ‘‘Educação: um tesouro a descobrir’’ (2003):
A qualidade de ensino é determinada tanto ou mais pela formação contínua
dos professores, do que pela sua formação inicial… A formação contínua não
deve desenrolar-se, necessariamente, apenas no quadro do sistema
educativo: um período de trabalho ou de estudo no setor econômico pode
também ser proveitoso para aproximação do saber e do saber-fazer
(DELORS, 2003, p. 160)

A formação continuada de educadores por meio da arte pode auxiliar na


construção de práticas pedagógicas nas mais diversas áreas do conhecimento. Com o
intuito de formação de um cidadão para um mundo em transformação, proporcionando
atualização e novas ações que contribuem e enriquecem a formação do sujeito.
De acordo com a LDB, o princípio da valorização do magistério aparece em
vários artigos, como o inciso II do Art. 67, que cria alguns direcionamentos
promissores voltados tanto para a melhoria da formação como para o
“aperfeiçoamento profissional continuado”, incluindo-se o “licenciamento periódico
remunerado”, demonstrando que o aprimoramento profissional faz parte da profissão e
é de responsabilidade dos sistemas de ensino. Segundo o livro intitulado ‘‘Formação
Continuada e Gestão da Educação no Contexto da “Cultura globalizada” (2006) escrito
por Naura Syria Carrapeto Ferreira a formação continuada dos professores é
fundamental para o bom exercício da profissão.
A ‘formação continuada’ é uma realidade no panorama educacional brasileiro
e mundial, não só como exigência que se faz devido aos avanços da ciência e
da tecnologia que se processaram nas últimas décadas, mas como uma nova
categoria que passou a existir no “mercado” da formação contínua e que, por
isso, necessita ser repensada cotidianamente no sentido de melhor atender a
legítima e digna formação humana. (FERREIRA, 2006, p. 19)

A formação continuada é necessária para o aperfeiçoamento do professor diante das


mudanças do contexto social, uma vez que a nossa sociedade muda constantemente.
De acordo com Nóvoa Nóvoa defende que essas instituições sejam um lugar de reflexão
sobre as práticas, propiciando aos professores em formação se entender como profissionais
produtores de saber e de saber fazer.
 

Nóvoa defende que essas instituições sejam um lugar de reflexão sobre as práticas,
propiciando aos professores em formação se entender como profissionais produtores
de saber e de saber fazer.

Para que o professor tenha como prática a reflexão sobre aquilo que faz e aquilo que
acontece em sala de aula, é necessário que não só faça o exercício individual de
reflexão como também que os cursos de formação inicial o preparem para tal.
7
Estudos como os realizados por Quadros et al. (2005) e Nóvoa (1997) colaboram para a
ideia de que o desenvolvimento de concepções sobre ser professor  é um processo que
ocorre ao longo da vida, por um longo caminho que vai das primeiras experiências
escolares, passa pelos mestres que fizeram parte desse percurso e pelo curso de
licenciatura. Portanto, os momentos de reflexão sobre a prática podem fazer com que
sejam identificadas as concepções do papel do professor, do estudante e de tudo o
mais que circunda o ambiente de ensino.

Em continuidade, acredita-se que essas ações são errôneas, pois “[...] o professor não
trabalha com matéria inerte [...] Seu trabalho é constituído de relações humanas, e se
caracteriza por sua natureza interativa e simbólica [...]” (FARIAS et al, 2009, p. 73). Ou seja,
esse precisa se reinventar e preocupar-se com a apropriação dos conhecimentos e, por meio
dessa, desenvolvimentos de ações solidárias e responsáveis na sociedade, por parte dos
discentes. Nessa perspectiva, faz-se relevante também explicitar que “A mudança não é
trabalho exclusivo de alguns homens, mas dos homens que a escolhem. [...]” (FREIRE, 1979,
p. 28) e todos os docentes, compromissados com o sucesso dos alunos desprovidos de
riqueza, a devem escolher, pois precisam suscitar questionamentos e um entendimento das
concepções alienantes que permeiam a sociedade. Mudança que também implica reflexão,
visto que “[...] É pensando criticamente a prática de ontem que se pode melhorar a próxima
prática. [...]” (FREIRE, 1996, p. 18). Ou seja, que precisa originar uma atitude inovadora diante
dos mecanismos tradicionais utilizados em aula.
Em continuidade aos aspectos dialogados, definiu-se como segundo objetivo específico:
analisar como a atuação docente, em contraponto a reprodução das relações sociais vigentes,
contribui à transformação da sociedade. Sabendo-se que essa atuação docente provém duma
da formação inicial e continuada, pois a “[...] formação profissional ocupa, em princípio, uma
boa parte da carreira [...]” (TARDIF, 2010, p. 249). Acredita-se também que essa formação
provém duma história de vida e, por conta disso, inicia-se antes do ingresso nos institutos
formativos, por meio das experiências vivenciadas enquanto aluno duma instituição escolar.
Nesse sentido, cabe ressaltar que “[...] o que os professores ensinam (os ‘saberes a serem
ensinados’) e sua maneira de ensinar (o ‘saber ensinar’) evoluem com o tempo e as mudanças
sociais. [...]” (TARDIF, 2010, p. 13). Ou seja, os saberes são históricos e o professor também
precisa acompanhar essa historicidade, reinventando-se e abandonando os ideais
conservadores. Em adição, também é importante revelar que um dos aspectos intrínsecos ao
ensino é a interação, pois “[...] Ensinar é agir com outros seres humanos; é saber agir com
outros seres humanos que sabem que lhes ensino; é saber que ensino a outros seres
humanos que sabem que sou um professor [...]” (TARDIF, 2010, p. 14). Ou seja, no ensino o
professor é um orientador, não um transmissor dos conhecimentos, e os alunos também
possuem saberes que contribuem para a realização do processo de ensino-aprendizagem.
Percebe-se, desse modo, que “[...] é preciso inscrever no próprio cerne do saber dos
professores a relação com o outro, e, principalmente, com esse outro coletivo representado
por uma turma de alunos.” (TARDIF, 2010, p. 14). Delineando, assim, a interação como
8
principio fundamental da docência, pois os professores aprendem com os alunos o desenrolar
da prática pedagógica e, com isso, não são detentores do saber, mas sujeitos que estão em
constate aprendizagem. Além disso, “[...] o saber do professor traz em si mesmo as marcas de
seu trabalho [...] ele não é somente utilizado como um meio de trabalho, mas é produzido e
modelado no e pelo trabalho. [...]” (TARDIF, 2010, p. 17). Ou seja, a experiência do professor
o traz diariamente saberes e reconstrói conceitos já estabelecidos. Em complemento, também
é importante saber que “[...] Ensinar é mobilizar uma ampla variedade de saberes, reutilizando-
os no trabalho para adaptá-los e transformá-los pelo e para o trabalho. [...]” (TARDIF, 2010, p.
21). Revelando, assim, que não se resume à formação inicial a constituição profissional do
professor, delineando-se, desse modo, que esse precisa desenvolver uma formação contínua,
para estar sempre atualizado diante das exigências que a sociedade tece à instrução formal
realizada no âmbito escolar. Diante dos preceitos expostos, compreende-se que “[...] antes
mesmo de começarem a ensinar oficialmente, os professores já sabem, de muitas maneiras, o
que é o ensino, por causa de toda a sua história escolar anterior [...]” (TARDIF, 2010, p. 20).
Ficando explícito, assim, que a atuação docente provém de preceitos intrínsecos às vivências
estabelecidas no percurso escolar, por meio das experiências obtidas quando aluno, e aos
conceitos assimilados na formação inicial, como futuro professor; porquanto nessas
circunstâncias elabora-se uma compreensão do processo de ensino e de aprendizagem.
Entretanto, essa compreensão precisa sofrer modificações ao longo da docência, visto que
não se deve ter uma visão imutável e desprovida de resiliência, pois a educação acompanha
as mudanças sociais. Para que a ação docente se realize de maneira transformadora, esses
aspectos, que constituem a identidade profissional do pedagogo, precisam denotar as
concepções desiguais que permeiam a sociedade e o papel social e transformador que a
educação exerce. Visto que, “[...] Na educação, o objetivo último dos professores é formar
pessoas que não precisem mais de professores porque serão capazes de dar sentido à sua
própria vida e à sua própria ação. [...]” (TARDIF, 2010, p. 182). Ou seja, a educação deve
transformar o modo que os indivíduos visualizam as relações sociais e promover autonomia e
responsabilidade para que os mesmos originem modificações no âmbito em que atuarem. Em
outras palavras, essa transformação, de início, se realiza no indivíduo e, depois, perpassa as
atitudes e as relações que o mesmo estabelece com o mundo, promovendo, desse modo, uma
modificação no âmbito que esse atua e se relaciona

O professor pesquisador é aquele que busca constantemente alternativas para os


desafios existentes no processo de aprendizagem e ensino, por sua vez se
compromete com a pesquisa e assim transforma o conhecimento e a qualidade do
ensino. De acordo com Veiga,
9
 Pesquisar o que se ensina propicia o prazer da descoberta e a importância do
saber. A investigação pode levar a novos conhecimentos e fortalecer o ensino.
A pesquisa é parte integrante da educação, meio necessário à
problematização e à compreensão da prática docente e, consequentemente, à
elevação da qualidade do ensino. As pesquisas que auxiliam a análise da
prática e reorientam a ação estão conectadas ao cotidiano do professor e
podem provocá‐lo a um novo tipo de docência. (VEIGA, 2009, p. 65).

 
 
Professor Pesquisador Em Artes
 
 
Nos diversos campos da linguagem artística o professor pesquisador em artes
pode atuar e assim possibilitar um amplo papel para a pesquisa. Com tantas
possibilidades deve estar atento para que o ensino das artes esteja presente
como um todo de forma significativa na educação básica, A disciplina de artes
faz parte do currículo escolar desde 1996 quando foi aprovada a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação a LDB9394/96. O docente em artes não somente passa o
conhecimento, mas sim é aquele que provoca seus alunos e cria oportunidades.

COM O PROFESSOR PESQUISADOR EM ARTES TERMINA A INTRODUÇÃO aqui 

e fala um pouco sobre o ensino das artes e  audiovisual

CAPITULO  - HISTÓRICO / leis

A partir de 1996 a disciplina de artes faz parte do currículo escolar, ano este em que
foi aprovada a Através da lei de diretrizes e bases a disciplina de artes passou a ser
reconhecida e obrigatória na educação básica, que passou a ser composta por etapas
e modalidades de ensino, abrangendo a Educação Infantil, o Ensino Fundamental com
nove anos obrigatórios e o Ensino Médio. Após ter sido criada a LDB 9394/96 dois
anos depois, em 1998 o governo federal apresenta os Parâmetros Curriculares
Educacionais – PCN. Este documento traz quatro modalidades artísticas a serem
trabalhadas no ensino fundamental, as artes visuais, a música, a dança e o teatro,
porém com grande abrangência empregando as distintas linguagens para produzir,
desenvolver se e expressar se, salientando como um de seus objetivos auxiliar para o
desdobramento do pensamento crítico dos estudantes, assim desenvolvendo a
percepção, ampliando a sensibilidade, a imaginação e a reflexão.

Leis
 
E o audiovisual

https://www.arteducacao.pro.br/ensino-da-arte-no-brasil.html

http://catolicadeanapolis.edu.br/revistamagistro/wp-content/uploads/2016/09/a-hist%C3%B3ria-
do-ensino-da-arte-no-brasil-tend%C3%AAncias-e-concep%C3%A7%C3%B5es.pdf
A HISTÓRIA DO ENSINO DA ARTE NO BRASIL: tendências e concepções Darlene Queiroz
dos Santos Andrade28 Adriana Rocha Vilela Arantes29

http://fals.com.br/novofals/revela/REVELA%20XVII/art_exp05_14.pdf
ENSINO DE ARTES: DIFICULDADES, EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS Júlia Maria de Je
1
0

PROFESSOR PESQUISADOR EM ARTES E O USO DO AUDIOVISUAL COMO PRÁTICA


PEDAGÓGICA

Resumo  falar do professor pesquisador/ das   práticas pedagógicas e do audiovisual

capitulo O ENSINO DAS ARTES NA ESCOLA/ AUDIOVISUAL

professor pesquisador em artes  abre  o capitulo 

A docência pode ser complexa e desafiadora para os docentes, o que exige do


professor um constante preparo para investigar, inovar e aprender e a pesquisar. O professor
pesquisador é aquele que busca constantemente alternativas para os desafios existentes no
processo de aprendizagem e ensino, por sua vez compromete se com a pesquisa e assim
transforma o conhecimento e a qualidade do ensino. De acordo com Veiga,

Pesquisar o que se ensina propicia o prazer da descoberta e a importância do


saber. A investigação pode levar a novos conhecimentos e fortalecer o ensino.
A pesquisa é parte integrante da educação, meio necessário à
problematização e à compreensão da prática docente e, consequentemente, à
elevação da qualidade do ensino. As pesquisas que auxiliam a análise da
prática e reorientam a ação estão conectadas ao cotidiano do professor e
podem provocá‐lo a um novo tipo de docência. (VEIGA, 2009, p. 65).

A formação dos professores no contexto atual, enfrenta muitos desafios. A


academia, responsável pela formação dos docentes, vem sofrendo a influência do
estado nas políticas públicas que determinam os passos da educação, embora de
acordo com Lüdke (2001) considera de fundamental importância a pesquisa na
formação inicial do professor. Segundo ela,
é necessário introduzir o futuro professor no universo da pesquisa, em sua
formação inicial e também na formação continuada, garantindo assim a
possibilidade de exercício do magistério de maneira muito mais crítica e
autônoma. Isso é fácil de afirmar e propor, e muito difícil de realizar. O futuro
professor que não tiver acesso à formação e à prática de pesquisa terá, a meu
ver, menos recursos para questionar devidamente sua prática e todo o
contexto no qual ela se insere, o que o levaria em direção a uma
profissionalidade autônoma e responsável. Trata‐se, pois, de um recurso de
desenvolvimento profissional, na acepção mais ampla que esse termo possa
ter (LÜDKE, 2001, p. 51).

Na formação docente é necessário que esse profissional seja um questionador,


que investigue e problematize criticamente e com autonomia a realidade com que se
depara na sala de aula. Para Santos (2001),

professor deve trabalhar como um pesquisador, identificando problemas de


ensino, construindo propostas de solução com base na literatura e em sua
1
experiência, colocando em ação as alternativas planejadas, observando 1e
analisando os resultados obtidos, corrigindo percursos que se mostram pouco
satisfatórios. Essa ideia é defendida como forma de desenvolvimento
profissional dos docentes e também como estratégia para a melhoria do
ensino (SANTOS, 2001, p. 16).

A pesquisa é fundamental à prática docente, pois através dela, o professor-


pesquisador envolve-se com a elaboração do conteúdo, e a formação permanente o
ajudará a ter mais autonomia em sala de aula. Educar e pesquisar não são atos
isolados na vida do professor. De acordo com Freire (1996),

“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. (...) No meu entender o
que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de
ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz parte da natureza da
prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que,
em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque
professor, como pesquisador. (FREIRE, 1996, p. 29)

.
Dessa forma, o professor precisa de autonomia para assumir o seu papel de
educador e formar seres pensantes e repassar os conhecimentos para aos discentes
através de estratégias de pesquisa, e isso só é possível através de uma prática
pedagógica. De acordo com Miranda (2006), que considera o professor pesquisador
quando relaciona a prática um meio fundamentado e destinado aos conhecimentos a
serem orientados e apropriados pela ação e reflexão do professor.

a literatura sobre o professor pesquisador centra-se [...] na consideração da


prática, que passa a ser meio, fundamento, origem e destinação dos saberes
que suscita, desde que esses possam ser orientados e apropriados pela ação
reflexiva do professor. Ele pode e deve considerar os discursos vindos de fora
para orientar sua ação reflexiva, mas é fundamentalmente de dentro que ele a
constrói. Assim procedendo, produz teorias válidas não só para se orientar,
mas também para constituir uma ciência prática que se equipare à ciência
produzida pelos acadêmicos. (MIRANDA, 2006, p.135).

   

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases – LDB (1996), no artigo 43, a educação


superior deve incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica buscando
desenvolver a ciência, a tecnologia, criação e difusão da cultura, além de a tuar em
favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a
formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o
desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares.
(Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015)
1
Perante esta realidade qual a diferença entre professor e pesquisador? Num
2
estudo mais detalhado notamos que os dois termos se interligam e podem ser
trabalhadas em conjunto, sendo que dessa maneira temos um professor reflexivo que
agrega as suas práticas pedagógicas a pesquisa, como destaca Miranda (2006) “a
reflexão é um processo que ocorre antes, depois e durante a ação do professor,
constituindo um processo de reflexão na ação e sobre a ação” (MIRANDA, 2006, p.
134)
Sendo assim “[...] o professor pesquisador centra-se na consideração da prática, que
passa a ser meio, fundamento e destinação dos saberes que suscita, desde que esses
possam ser orientados e apropriados pela ação reflexiva do professor”, como ainda
defende Miranda (2006, p.135).
Nesse sentido, o Parecer CNE/CP 009/2001, de 8 de maio de 2001, que
apresenta projeto de Resolução instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena, alerta sobre a pesquisa na formação docente:

A formação de professores para os diferentes segmentos da escola básica


tem sido realizada muitas vezes em instituições que não valorizam a prática
investigativa. Além de não manterem nenhum tipo de pesquisa e não
perceberem a dimensão criativa que emerge da própria prática, não estimulam
o contato e não viabilizam o consumo dos produtos da investigação
sistemática. Com isso, a familiaridade com os procedimentos de investigação
e com o processo histórico de produção e disseminação de conhecimento é,
quando muito, apenas um item a mais em alguma disciplina teórica, sem
admitir sua relevância para os futuros professores. Essa carência os priva de
um elemento importante para a compreensão da processualidade da produção
e apropriação de conhecimento e da provisoriedade das certezas científicas
(BRASIL, 2001,
p. 24).

Professor Pesquisador Em Artes

Nos diversos campos da linguagem artística o professor pesquisador em artes


pode atuar e assim possibilitar um amplo papel para a pesquisa. Com tantas
possibilidades deve estar atento para que o ensino das artes esteja presente
como um todo de forma significativa na educação básica, A disciplina de artes
faz parte do currículo escolar desde 1996 quando foi aprovada a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação a LDB9394/96. O docente em artes não somente passa o
conhecimento, mas sim é aquele que provoca seus alunos e cria oportunidades.
1
3
. Este professor não é aquele que simplesmente transmite conhecimento, mas aquele que
constrói, oportuniza, provoca seus alunos. Voltamos às questões: É possível ensinar arte
contemporânea no Brasil especificamente nas escolas de Ensino Médio e Fundamental? E
aprender arte contemporânea no espaço escolar? A resposta para ambas é sim. É
possível ensinar e aprender arte contemporânea nas escolas básicas no Brasil. É obvio
que esta resposta é superficial e desconsidera diversos fatores sociais, econômicos,
geográficos e políticos. Não irei me deter nas dificuldades e especificidades do ensino da
arte contemporânea na escola em função dos limites deste texto. A princípio vamos
trabalhar com a noção que é possível ensinar e aprender arte contemporânea no espaço
escolar. Existe método para ensinar arte, um modelo? Na atualidade não, em função do
discurso da noção de arte que temos. Fazer arte não é mais um ofício, não existem mais
passos, regras a serem seguidas. A arte na contemporaneidade é polissêmica e
fragmentada e como coloca Lucimar Bello P. Frange: A arte na contemporaneidade, está
ancorada muito mais em dúvidas do que em certezas, desafia, levanta hipóteses e
antíteses em vez de confirmar teses.( Frange, p. 36)

O professor da disciplina de artes tem o seu lugar garantido desde 1996,


aprovado nas Leis Diretrizes e Bases de 1996, garantindo que os alunos
tenham um professor de Artes, “O ensino da arte, especialmente em suas
expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos
diversos níveis da educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos.” (BRASIL, 2014, p. 19).

Principalmente hoje, na arte contemporânea e no consumismo que vivemos, os


professores de artes devem estar atentos ao desenvolver suas metodologias, pois vivemos no
mundo do hoje. A questão não é menosprezar uma ou outra arte, mas que o ensino de artes
como um todo esteja presente na Educação Básica, de forma significativa. Em sua grande
maioria, os professores e professoras de Artes têm em suas práticas as concepções de arte da
modernidade e essa atitude acaba causando um afastamento dos jovens alunos da produção de
arte contemporânea, causando inclusive certa banalização das temáticas e materiais utilizados
pelos artistas. É comum buscar beleza nas produções artísticas, herança da arte clássica e por
vezes da moderna, quesito esse que não é prioritário na arte contemporânea. (HONORATO,
2015, p. 42). Assim, um professor de artes perde a chance de ter uma educação estética de
qualidade, onde muitos artistas trabalham com questões voltadas ao consumo, ao poder do
estado, ao capitalismo, as políticas existentes hoje entre muitas outras:
1
4

A necessidade de formação de professores de arte para a educação básica


está ligada na expansão do ensino público a partir das reformas impostas pelo acordo
MEC-USAID1, que sugeriu as reformas e em 1961 é criada as Diretrizes e Bases da
Educação.

A partir de 1996 a disciplina de artes faz parte do currículo escolar, ano este em que
foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação a LDB 9394/96. Através da lei
de diretrizes e bases a disciplina de artes passou a ser reconhecida e obrigatória na
educação básica, que passou a ser composta por etapas e modalidades de ensino,
abrangendo a Educação Infantil, o Ensino Fundamental com nove anos obrigatórios e
o Ensino Médio. Após ter sido criada a LDB 9394/96 dois anos depois, em 1998 o
governo federal apresenta os Parâmetros Curriculares Educacionais – PCN. Este
documento traz quatro modalidades artísticas a serem trabalhadas no ensino
fundamental, as artes visuais, a música, a dança e o teatro, porém com grande
abrangência empregando as distintas linguagens para produzir, desenvolver se e
expressar se, salientando como um de seus objetivos auxiliar para o desdobramento
do pensamento crítico dos estudantes, assim desenvolvendo a percepção, ampliando
a sensibilidade, a imaginação e a reflexão.
1
Ministério da Educação (Brasil) e United States Agency for International Development.
1
Falar mais sobre as leis 5

REFERÊNCIAS

ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 7ª ed. São Paulo:


Cortez, 2010.

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