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CURITIBA
2021
DOROTÉIA WERNER DA SILVA
CURITIBA
2021
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RESUMO
Este artigo traz parte da investigação de mestrado que aborda professor pesquisador
em artes e o uso do audiovisual como prática pedagógica
Palavras-chave:
ABSTRACT
Key-words:
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Este artigo faz um breve relato sobre o professor pesquisador no ensino das artes e
uma análise do papel do audiovisual na escola, tendo como referência o avanço das
novas tecnologias de informação.
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FORMAÇÃO DE PROFESSORES
PROFESSOR-PESQUISADOR
PESQUISADOR EM ARTE
ENSINO DE ARTES NA ESCOLA E DO AUDIOVISUAL
Na formação docente é necessário que esse profissional seja um questionador,
que investigue e problematize criticamente e com autonomia a realidade com que se
depara na sala de aula. Para Santos (2001),
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases – LDB (1996), no artigo 43, a educação
superior deve incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica buscando
desenvolver a ciência, a tecnologia, criação e difusão da cultura, além de atuar em
favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a
formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o
desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares.
(Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015)
Nesse sentido, o Parecer CNE/CP 009/2001, de 8 de maio de 2001, que
apresenta projeto de Resolução instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena, alerta sobre a pesquisa na formação docente:
A formação de professores para os diferentes segmentos da escola básica tem
sido realizada muitas vezes em instituições que não valorizam a prática
investigativa. Além de não manterem nenhum tipo de pesquisa e não
perceberem a dimensão criativa que emerge da própria prática, não estimulam
o contato e não viabilizam o consumo dos produtos da investigação
sistemática. Com isso, a familiaridade com os procedimentos de investigação
e com o processo histórico de produção e disseminação de conhecimento é,
quando muito, apenas um item a mais em alguma disciplina teórica, sem
admitir sua relevância para os futuros professores. Essa carência os priva de
um elemento importante para a compreensão da processualidade da produção
e apropriação de conhecimento e da provisoriedade das certezas científicas
(BRASIL, 2001,
p. 24).
ATUALIZAÇÃO DO PROFESSOR
Nóvoa defende que essas instituições sejam um lugar de reflexão sobre as práticas,
propiciando aos professores em formação se entender como profissionais produtores
de saber e de saber fazer.
Para que o professor tenha como prática a reflexão sobre aquilo que faz e aquilo que
acontece em sala de aula, é necessário que não só faça o exercício individual de
reflexão como também que os cursos de formação inicial o preparem para tal.
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Estudos como os realizados por Quadros et al. (2005) e Nóvoa (1997) colaboram para a
ideia de que o desenvolvimento de concepções sobre ser professor é um processo que
ocorre ao longo da vida, por um longo caminho que vai das primeiras experiências
escolares, passa pelos mestres que fizeram parte desse percurso e pelo curso de
licenciatura. Portanto, os momentos de reflexão sobre a prática podem fazer com que
sejam identificadas as concepções do papel do professor, do estudante e de tudo o
mais que circunda o ambiente de ensino.
Em continuidade, acredita-se que essas ações são errôneas, pois “[...] o professor não
trabalha com matéria inerte [...] Seu trabalho é constituído de relações humanas, e se
caracteriza por sua natureza interativa e simbólica [...]” (FARIAS et al, 2009, p. 73). Ou seja,
esse precisa se reinventar e preocupar-se com a apropriação dos conhecimentos e, por meio
dessa, desenvolvimentos de ações solidárias e responsáveis na sociedade, por parte dos
discentes. Nessa perspectiva, faz-se relevante também explicitar que “A mudança não é
trabalho exclusivo de alguns homens, mas dos homens que a escolhem. [...]” (FREIRE, 1979,
p. 28) e todos os docentes, compromissados com o sucesso dos alunos desprovidos de
riqueza, a devem escolher, pois precisam suscitar questionamentos e um entendimento das
concepções alienantes que permeiam a sociedade. Mudança que também implica reflexão,
visto que “[...] É pensando criticamente a prática de ontem que se pode melhorar a próxima
prática. [...]” (FREIRE, 1996, p. 18). Ou seja, que precisa originar uma atitude inovadora diante
dos mecanismos tradicionais utilizados em aula.
Em continuidade aos aspectos dialogados, definiu-se como segundo objetivo específico:
analisar como a atuação docente, em contraponto a reprodução das relações sociais vigentes,
contribui à transformação da sociedade. Sabendo-se que essa atuação docente provém duma
da formação inicial e continuada, pois a “[...] formação profissional ocupa, em princípio, uma
boa parte da carreira [...]” (TARDIF, 2010, p. 249). Acredita-se também que essa formação
provém duma história de vida e, por conta disso, inicia-se antes do ingresso nos institutos
formativos, por meio das experiências vivenciadas enquanto aluno duma instituição escolar.
Nesse sentido, cabe ressaltar que “[...] o que os professores ensinam (os ‘saberes a serem
ensinados’) e sua maneira de ensinar (o ‘saber ensinar’) evoluem com o tempo e as mudanças
sociais. [...]” (TARDIF, 2010, p. 13). Ou seja, os saberes são históricos e o professor também
precisa acompanhar essa historicidade, reinventando-se e abandonando os ideais
conservadores. Em adição, também é importante revelar que um dos aspectos intrínsecos ao
ensino é a interação, pois “[...] Ensinar é agir com outros seres humanos; é saber agir com
outros seres humanos que sabem que lhes ensino; é saber que ensino a outros seres
humanos que sabem que sou um professor [...]” (TARDIF, 2010, p. 14). Ou seja, no ensino o
professor é um orientador, não um transmissor dos conhecimentos, e os alunos também
possuem saberes que contribuem para a realização do processo de ensino-aprendizagem.
Percebe-se, desse modo, que “[...] é preciso inscrever no próprio cerne do saber dos
professores a relação com o outro, e, principalmente, com esse outro coletivo representado
por uma turma de alunos.” (TARDIF, 2010, p. 14). Delineando, assim, a interação como
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principio fundamental da docência, pois os professores aprendem com os alunos o desenrolar
da prática pedagógica e, com isso, não são detentores do saber, mas sujeitos que estão em
constate aprendizagem. Além disso, “[...] o saber do professor traz em si mesmo as marcas de
seu trabalho [...] ele não é somente utilizado como um meio de trabalho, mas é produzido e
modelado no e pelo trabalho. [...]” (TARDIF, 2010, p. 17). Ou seja, a experiência do professor
o traz diariamente saberes e reconstrói conceitos já estabelecidos. Em complemento, também
é importante saber que “[...] Ensinar é mobilizar uma ampla variedade de saberes, reutilizando-
os no trabalho para adaptá-los e transformá-los pelo e para o trabalho. [...]” (TARDIF, 2010, p.
21). Revelando, assim, que não se resume à formação inicial a constituição profissional do
professor, delineando-se, desse modo, que esse precisa desenvolver uma formação contínua,
para estar sempre atualizado diante das exigências que a sociedade tece à instrução formal
realizada no âmbito escolar. Diante dos preceitos expostos, compreende-se que “[...] antes
mesmo de começarem a ensinar oficialmente, os professores já sabem, de muitas maneiras, o
que é o ensino, por causa de toda a sua história escolar anterior [...]” (TARDIF, 2010, p. 20).
Ficando explícito, assim, que a atuação docente provém de preceitos intrínsecos às vivências
estabelecidas no percurso escolar, por meio das experiências obtidas quando aluno, e aos
conceitos assimilados na formação inicial, como futuro professor; porquanto nessas
circunstâncias elabora-se uma compreensão do processo de ensino e de aprendizagem.
Entretanto, essa compreensão precisa sofrer modificações ao longo da docência, visto que
não se deve ter uma visão imutável e desprovida de resiliência, pois a educação acompanha
as mudanças sociais. Para que a ação docente se realize de maneira transformadora, esses
aspectos, que constituem a identidade profissional do pedagogo, precisam denotar as
concepções desiguais que permeiam a sociedade e o papel social e transformador que a
educação exerce. Visto que, “[...] Na educação, o objetivo último dos professores é formar
pessoas que não precisem mais de professores porque serão capazes de dar sentido à sua
própria vida e à sua própria ação. [...]” (TARDIF, 2010, p. 182). Ou seja, a educação deve
transformar o modo que os indivíduos visualizam as relações sociais e promover autonomia e
responsabilidade para que os mesmos originem modificações no âmbito em que atuarem. Em
outras palavras, essa transformação, de início, se realiza no indivíduo e, depois, perpassa as
atitudes e as relações que o mesmo estabelece com o mundo, promovendo, desse modo, uma
modificação no âmbito que esse atua e se relaciona
Professor Pesquisador Em Artes
Nos diversos campos da linguagem artística o professor pesquisador em artes
pode atuar e assim possibilitar um amplo papel para a pesquisa. Com tantas
possibilidades deve estar atento para que o ensino das artes esteja presente
como um todo de forma significativa na educação básica, A disciplina de artes
faz parte do currículo escolar desde 1996 quando foi aprovada a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação a LDB9394/96. O docente em artes não somente passa o
conhecimento, mas sim é aquele que provoca seus alunos e cria oportunidades.
A partir de 1996 a disciplina de artes faz parte do currículo escolar, ano este em que
foi aprovada a Através da lei de diretrizes e bases a disciplina de artes passou a ser
reconhecida e obrigatória na educação básica, que passou a ser composta por etapas
e modalidades de ensino, abrangendo a Educação Infantil, o Ensino Fundamental com
nove anos obrigatórios e o Ensino Médio. Após ter sido criada a LDB 9394/96 dois
anos depois, em 1998 o governo federal apresenta os Parâmetros Curriculares
Educacionais – PCN. Este documento traz quatro modalidades artísticas a serem
trabalhadas no ensino fundamental, as artes visuais, a música, a dança e o teatro,
porém com grande abrangência empregando as distintas linguagens para produzir,
desenvolver se e expressar se, salientando como um de seus objetivos auxiliar para o
desdobramento do pensamento crítico dos estudantes, assim desenvolvendo a
percepção, ampliando a sensibilidade, a imaginação e a reflexão.
Leis
E o audiovisual
https://www.arteducacao.pro.br/ensino-da-arte-no-brasil.html
http://catolicadeanapolis.edu.br/revistamagistro/wp-content/uploads/2016/09/a-hist%C3%B3ria-
do-ensino-da-arte-no-brasil-tend%C3%AAncias-e-concep%C3%A7%C3%B5es.pdf
A HISTÓRIA DO ENSINO DA ARTE NO BRASIL: tendências e concepções Darlene Queiroz
dos Santos Andrade28 Adriana Rocha Vilela Arantes29
http://fals.com.br/novofals/revela/REVELA%20XVII/art_exp05_14.pdf
ENSINO DE ARTES: DIFICULDADES, EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS Júlia Maria de Je
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“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. (...) No meu entender o
que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de
ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz parte da natureza da
prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que,
em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque
professor, como pesquisador. (FREIRE, 1996, p. 29)
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Dessa forma, o professor precisa de autonomia para assumir o seu papel de
educador e formar seres pensantes e repassar os conhecimentos para aos discentes
através de estratégias de pesquisa, e isso só é possível através de uma prática
pedagógica. De acordo com Miranda (2006), que considera o professor pesquisador
quando relaciona a prática um meio fundamentado e destinado aos conhecimentos a
serem orientados e apropriados pela ação e reflexão do professor.
A partir de 1996 a disciplina de artes faz parte do currículo escolar, ano este em que
foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação a LDB 9394/96. Através da lei
de diretrizes e bases a disciplina de artes passou a ser reconhecida e obrigatória na
educação básica, que passou a ser composta por etapas e modalidades de ensino,
abrangendo a Educação Infantil, o Ensino Fundamental com nove anos obrigatórios e
o Ensino Médio. Após ter sido criada a LDB 9394/96 dois anos depois, em 1998 o
governo federal apresenta os Parâmetros Curriculares Educacionais – PCN. Este
documento traz quatro modalidades artísticas a serem trabalhadas no ensino
fundamental, as artes visuais, a música, a dança e o teatro, porém com grande
abrangência empregando as distintas linguagens para produzir, desenvolver se e
expressar se, salientando como um de seus objetivos auxiliar para o desdobramento
do pensamento crítico dos estudantes, assim desenvolvendo a percepção, ampliando
a sensibilidade, a imaginação e a reflexão.
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Ministério da Educação (Brasil) e United States Agency for International Development.
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Falar mais sobre as leis 5
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 13.174, de 21 de outubro de 2015. Insere inciso VIII no art. 43 da Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. DOU de 22.10.2015. <Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13174.htm>. Acesso
em: 09 ago. 2021.
LÜDKE, Menga. A complexa relação entre o professor e a pesquisa. In: ANDRÉ, Marli
(Org.). O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. Campinas, SP:
Papirus, 2001.
_____________. Educação e mudança. 12. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1979, 46 p
KRÜGER DE PESCE, M.; DALMAZO AFONSO DE ANDRÉ, M. E. Formação do professor pesquisador na perspectiva do
professor formador. Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, v. 4, n.
7, p. 39-50, 21 jun. 2018.
TARDIF, M.. Saberes docentes e formação profissional. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2010. 325