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Tema: DADÁCTICA
Introdução
Este resumo do subtema da Didáctica, visa abordar assuntos relacionados com a importância
da didáctica na formação dos profissionais da educação, na área da pedagogia tendo como
foco o ensino superior. Não basta somente o educador ter domínio da disciplina a ser
leccionada, mas que também necessita ter didáctica para transmitir seus conhecimentos de
forma clara e sucinta para o bem aprendizado do aluno. O trabalho docente procurar levar
em conta os pressupostos que a teoria e prática são caminhos estritamente indissociáveis,
paralelos e convergentes que norteiam o ensino-aprendizagem no contexto pedagógico. A
aplicabilidade da didáctica, enraizada na teoria, realizará o papel íntegro do professor no
contexto educacional direcionado ao seu público alvo. A didáctica, segundo o dicionário de
língua portuguesa é “ciência auxiliar da Pedagogia, que se dedica ao estudo dos métodos e
técnicas utilizados no ensino em geral; série de métodos e técnicas que dizem respeito a
ensino de uma disciplina”. Palavra de origem grega DIDAKTIKÉ é a ARTE E CIÊNCIA DE FAZER
APRENDER.
Alguns autores definem a Didáctica como uma acção que se refere ao ensino, outros, como
uma ciência, cujo objectivo fundamental é ocupar-se das estratégias de ensino, das questões
práticas relativas à metodologia e às estratégias de aprendizagem. Assim, para eles ensinar é
dar orientação ou educação; formar; transmitir conhecimentos.
Sendo assim as universidades e faculdades de ensino superior devem ficar atentos aos
seguintes requisitos: domínio da disciplina a ser leccionada e boa didáctica, para que ao se
fazer a contratação do corpo docente se contrate professores adequados para leccionar. A
didáctica é necessária para a formação de um bom professor, para a sua aplicação em sala
de aula, para o entendimento do aluno e para o rico conhecimento que ambos adquirirão.
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Mestrando em psicopedagogia 2020,
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Por outro lado, é necessário conhecer a didáctica como caracterização da teoria. Este
conhecimento permitirá ao professor no seu planeamento, atendendo as diferentes formas
de educar, as diversas concepções pedagógicas e as reflexões docentes, considerando o
ensinar/aprender como um processo em constante mudança que ele almejou.
“Os profissionais da educação precisam ter um pleno domínio das bases teóricas
científicas e tecnológicas, e sua articulação com as exigências concretas do ensino,
pois é através desse domínio que ele poderá estar revendo, analisando e
aprimorando sua prática educativa” (p. 28).
Nessa óptica, qualquer actividade que não tenha a didáctica como mera conscientizadora de
objectivos, abre a probabilidade de lacunas à vulnerabilidade e desnorteio do que antes fora
projectado.
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A didáctica foi considerada componente curricular desde 1930. Na actualidade ela é também
considerada como um conjunto de regras organizadas e delineadoras dos trabalhos
pedagógicos, buscando o seu aprimoramento e evitando os efeitos negativos do
espontaneísmo. Com os levantamentos que são realizados ao longo dos cursos fica claro as
deficiências na formação do professor universitário. Para BARBA; SILVA. ([S.D.]), torna-se
comum que a maioria das críticas nesses cursos em relação aos professores refere-se à falta
de Didáctica, por essa razão muitos professores vem realizando cursos de didáctica do
ensino suprior.
BERBEL (1994), sustenta que há anos, várias instituições têm se dedicados a formação
contínua de professores. E indica como o primeiro órgão no Brasil voltado a assessoria
pedagógica do docente universitário, o Laboratório de Ensino Superior da Faculdade de
Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Para RIBAS (2000), “a prática pedagógica só se aperfeiçoa, por quem a realiza, a partir de sua
história de vida e saberes de referência, das experiências e aspirações” e que “é na prática e
na reflexão sobre ela que o professor consolida ou revê acções, encontra novas bases e
descobre novos caminhos” (p. 58).
De acordo com ALTHAUS (2004) e RAYS (2003), a acção didáctica no ensino superior é
pautada pelas tenções enfrentadas no cotidiano universitário e consolida-se pelo o que é
inerente à extensão: “A autêntica acção de estender o conhecimento, via extensão
universitária, operacionaliza-se por meio de uma práxis didáctica – mediadora entre
universidade-sociedade-universidade – de produção/reprodução crítica do conhecimento
(RAYS, 2003, p.3).
Ainda ALTHAUS (2004) afirma que a escolha da Didáctica se justifica pelo objecto de estudo:
o ensino, e a suas relações com o trabalho pedagógico.
A ser assim, a prática da didáctica necessita ser vivenciada pelos educadores e não somente
descrita como um importante instrumento pedagógico, desse modo compreendemos que a
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Para NÓVOA (1991) a formação tanto do professor quanto a do aluno para quem ele
lecciona deve ser encarada como um processo permanente, integrado no dia-a-dia. As
instituições de ensino superior precisam ampliar as ofertas de cursos de especialização na
área pedagógica, para contemplar um número maior de professores. Para possibilitar a
formação contínua, propor prejectos pedagógicos que envolvam os docentes em grupos de
estudos na busca de reflexões sobre sobre o corpo docente.
Segundo BORBA e SILVA ([S.D.]): sustentam que quando nos referimos às necessidades dos
estudos didádicos dirigidos ao ensino de nível superior, a sua aplicação e investigação aos
problemas pedagógicos deve levar cada docente a fazer uma autocrítica e a tomar
consciência de suas responsabilidades, e principalmente buscar a melhor forma de
desempenhar suas funções e por sua vez fazer experiência pedagógica que vise aperfeiçoar
os diversos tipos de actividades que caracterizem tais funções, em particular podemos citar
as voltadas à sistematização e transmissão do conhecimento, sem deixar em segundo plano
ou de lado as responsabilidades propriamente educativas.
De acordo com MESQUITA ([S.D.]), a didáctica está ligada com o processo ensino
aprendizagem, no qual, professor e aluno, devem estabelecer uma relação muito boa que a
mesma surta um efeito esperado, podendo assim acontecer uma troca de ideias que
favoreça o desenvolvimento intelectual de ambos, uma vez, que na educação há uma
interação de conhecimentos entre todos, se utilizando os meios educacionais de acordo com
necessidades da clientela e de uma avaliação de qualidade.
Resumindo as ideias
Todavia, não basta didactizar, é preciso oferecer algo saboroso que gere fomentação
e “apetite” nos educandos, tendo em vista que uma boa didáctica depende da
motivação metodológica e do dom de ensinar;
A didáctica na formação docente mobiliza a inter-relação disciplinar para uma
reflexão sobre as actividades pedagógicas caracterizando-se como mediação entre
conhecimentos teóricos-científicos da área escola;
A didáctica é a ciência imprescindível que preocupa-se em usar adequadamente suas
estratégias de ensino, visando estimular nos alunos a fomentação do aprender,
despertando neles a necessidade da crítica, da criatividade e da formação para o
pleno exercício da cidadania.
Assim, para FREIRE (1996), “O processo de ensino-aprendizagem é uma seta de mão dupla,
de um lado, o professor ensina e aprende e, do outro, o estudante aprende e ensina.”
Por outro lado, nota-se mudança da sociedade que depende da mudança no ensino e por
sua vez depende da nossa formação e da transformação das práticas docentes. Os efeitos
dessas mudanças atingem tanto a esfera pedagógica quanto a governamental e política.
LIBÂNEO (1990), acredita que só podemos mudar em nós mesmos a partir do momento em
que houver mudanças no meio e nas práticas de o fazer. Para ele a prática pedagógica
ultrapassa uma exigência da vida, promovendo nos indivíduos conhecimentos e experiências
em todos os ramos da ciência, tornando-os aptos a actuar na sociedade, transformando-as.
Em outras palavras podemos dizer que a didáctica instrui directrizes sinalizadoras das
actividades pedagógicas, investiga o desenvolvimento do ensino-aprendizagem e sonda as
ineficiências sujeitas a reflexões-acções por parte do professor. Isento da didáctica, o
professor não disporia da ferramenta essencial para a cooperação entre professor/aluno e
jamais ocorreria a delineação entre o ensinar e o aprender.
A nossa investigação busca que a didáctica, como disciplina, é essencial nas estratégias de
ensino e tem o papel de realizar a transformação da teoria à prática pedagógica. Com base
na teoria, cabe ao professor a organização da didáctica, utilizando materiais que lhe deem
suporte na facilitação do ensino-aprendizagem, sujeito a reflexão-acção para o cumprimento
dos objectivos propostos.
Todavia, cada professor possui as suas próprias concepções e metodologias que o nortearão
(servirão de bússola) em seu planeamento e em sua didáctica em sala de aula. Logicamente
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CONSIDERÇÕES FINAIS
De maneira alguma, poderia fazer-se uma educação de qualidade se não for levado em
consideração a didáctica como objecto essencial no processo educativo. Ela é um suporte
imprescindível a prática educativa, pois oferece embasamento para a efectivação do ensino-
aprendizagem, eliminando discrepâncias existentes entre teoria e prática.
Torna-se necessário considerar a didáctica como algo que concretize a teoria nos trabalhos
pedagógicos cotidianos, tendo em vista, a importância da sua eficácia como ponte ao acesso
ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FREIRE, P. R. N. (1996),