Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................3
Ensino e Tecnologia...............................................................................................................................5
Ensino à Distancia..................................................................................................................................9
CONCLUSÃO.....................................................................................................................................13
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................14
3
INTRODUÇÃO
Este trabalho da Cadeira de Metodologia de Investigação Científica I, trata da emergência das
tecnologias no ensino superior em Moçambique, numa perspectiva da Universidade Católica
de Moçambique; as tecnologias no ensino superior; o ensino e a tecnologia; a formação
superior continuada; o ensino à distância, e as práticas pedagógicas à distância no ensino
superior
Com estes tópicos pretende-se contextualizar o actual cenário do ensino superior, da formação
continuada ã distancia e o recurso as tecnologias como imperativo da sua eficiência na
realidade moçambicana.
Esta pesquisa é de aporte teórico e recorre da indução e dedução para descrever e explicar de
cada tópico através referenciados, sendo que recorremos a fontes bibliográficas para o efeito.
4
Este cenário revela-se contraditório à visão de Pimenta (2002, p. 81) citado em Silva (2010, p.
276), segundo a qual educar na universidade significa “preparar jovens para se levarem ao
nível da civilização actual, de sua riqueza e dos seus problemas, afim de qua ai actuem,
requerendo para tal uma preparação científica, técnica e social”. Este propósito ainda que se
queira materializar na realidade moçambicana com as inovações que se assistem
recentemente, a muito que se faça desde o ensino fundamental, secundário ou profissional
para suprir tais lacunas.
Nesta senda, na perspectiva dos estudantes é possível ter o seguinte desabafo segundo Cunha
(1998, p. 83) citado em Silva (2010, p. 277):
uma das principais queixas dos estudantes refere-se ao fato de que os cursos, não
preparam para a realidade dos problemas que irão enfrentar depois de formados. [...] O
conhecimento que é produzido na universidade nem sempre acompanha esse
dinamismo. Ao contrário, não raras vezes é tratado como dogma e de forma
descontextualizada. O resultado é o distanciamento da teoria, que é produzida na
academia, da realidade em que é aplicada
Ensino e Tecnologia
A realidade moçambicana revela ainda um caminho longo por percorrer, desde o acesso dos
intervenientes do ensino (professor e aluno) à tecnologia de informação e comunicação, como
também o domínio da sua utilização (um dos maior entraves na digitalização do ensino em
Moçambique). Apesar de existirem tentativas de mudança de paradigmas na construção do
6
Ensinar com tecnologias requer conhecimentos técnicos específicos das pessoas envolvidas
(professores e alunos), buscando perspectivas de modernidade e de desenvolvimento, onde o
produto resultante na qualidade de formação dos alunos e na formação dos professores, onde
desse processo haja possibilidade de construção de sujeitos capazes de enfrentarem as
mudanças sociais com sucesso (Silva, 2010).
De acordo com Silva (2010), a visão monstruosa que se tem das tecnologias por parte dos
professores e alunos, esta directamente ligada ao desconhecimento ou conhecimento
deficitário que se tem em relação a utilização dessas ferramentas e a percepção distorcida
segundo a qual, o ensino deve ser automático diante dessas ferramentas.
A esse respeito Libaneo e Pimenta (1999, p. 260) citados em Ribas (2008, p. 4) afirmam:
Com a massificação dos sofwares livres, surge pela primeira vez na iniciativa
Massachussettes Institute of Technology (MIT), os cursos on-line, com acesso aberto, mais
tarde chamados Recursos Educacionais Abertos (REA) (Silva, Nascimento & Zen, 2018).
Neste sentido, pode-se definir:
REA como sendo conteúdos de aprendizagem decursos abertos, interfaces de apoio ao
desenvolvimento, à utilização, ao reuso, à busca, à organização e à autoria de
conteúdos, bem como, sistema de gerenciamento de aprendizagem e recursos de
implementação que abrangem licenças para a disseminação da informação (Hylen,
2005 citado em Silva, Nascimento & Zen, 2018, p. 91).
profissionais no sector da Educação tem sido no regime a distância, sem por isso deixar de
ocorrer em regime presencial. Em todo caso, a demanda de informação bibliografia impõe
formas diversificadas de conceber o livro-texto (em formato papel), que passam pela
digitalização e diversificação das fontes de aquisição do material didáctico (aparelhos
informáticos, softwares e internet).
Ensino à Distancia
A modalidade á distância procura responder a procura pelo Ensino Superior nas zonas rurais,
introduzindo a modalidade modular, com tutorias presenciais marcadas para concertações,
submissão de tarefas (pesquisas) e avaliação das matérias (testes e exames). Estas condições
favoreceram naturalmente uma grande gama de estudantes sem acesso as tecnologias de
informação e comunicação (celulares, computadores, internet, entre outros).
A este respeito Ribas (2008), justifica a introdução do Ensino a Distancia (EaD) como
resposta necessária para a formação continuada de profissionais apadrinhada pelo
desenvolvimento da informática e da internet, contudo essa mudança de paradigmas requer
também dos intervenientes uma mudança de postura sobre a forma de encarar o ensino-
aprendizagem.
De acordo com Moraes [s. d], o contexto educacional actual demanda o conceito sala de aulas
diferenciado, que vai além das quatro paredes, ampliando os espaços de aprendizagem em
direcção a comunidade, reduzindo a distância professor-aluno, alargando os canais de
circulação do conhecimento através das tecnologias de informação e comunicação.
10
Muito para além do domínio das tecnologias de informação e comunicação que o ensino
demanda no geral, a distância em particular, a postura do estudante deve evoluir na forma
como concebe o seu plano de actividade académico e as demais responsabilidades sociais, sob
pena de ao invés de facilitar, como é de se esperar, dificultar o processo de ensino e
aprendizagem.
Esta situação atropela tempestivamente a visão de Ludke (1995, p. 115) citado em Ribas
(2008, p. 11) segundo a qual:
É importante que se tenha em mente a necessidade de mudança de paradigma, desde a maneira como
se ministram as aulas e a necessidade de abertura do diálogo científico através das pesquisas de
intervenção social.
13
CONCLUSÃO
A universidade Católica de Moçambique é uma das maiores instituições de ensino superior privada e
tutelada por uma entidade religiosa, a funcionar desde 1996 e com sede na cidade da Beira (segunda
maior cidade do pais). Em 2003, introduz o Ensino à Distancia (paper base e on-line), embora em
algum em algum momento do seu percurso tenha revelado uma aparente descontinuidade desta
tendência, desde a continuidade de uso de recursos tradicionais tanto nas inscrições, matrículas,
visualização de notas ou até nas interacções pedagógicas (professor-aluno) e o banimento dos
trabalhos de pesquisa.
Um ensino superior que busca afirmação social enquanto centro de transformação do homem, deve
acompanhar as tendências os avanços científicos, levando os seus estudantes a mudança de
mentalidade com o recurso das tecnologias de informação e comunicação. Esta atitude requer um
corpo docente treinado técnica e cientificamente para maximização na utilização desses recursos no
processo de ensino e aprendizagem.
Muitas vezes os motivos que movem mais do que a metade dos estudantes em formação continuada no
ensino superior, no regime do Ensino à Distancia, desencontra-se com os preceitos da qualidade,
actualização, inovação, eficácia, mudança de mentalidade, compromisso social, domínio tecnológico,
formação pela pesquisa; e aproximam-se mais dos ganhos salarias que possam advir dessa formação.
É errado pensar que as tecnologias ameaçam o lugar do professor, ou que elas banalizam o papel do
professor em sala de aula, ou até mesmo que as tecnologias podem automaticamente conduzir o
professor de ensino e aprendizagem, antes pelo contrario, as tecnologias acrescem a responsabilidade
do papel do professor-mediador (já não mais o único detentor do conhecimento), tomando o estudante
como o centro da aprendizagem, ciente de que as tecnologias valem pela forma como são planificadas
e utilizadas pelos actores desse processo.
14
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Moraes, M. C [s. d]. O paradigma educacional emergente. PUC/SP/Brasil.
Recuperado em
http//:www.ub.edu›sentipensar›pdf›candida›paradigma_emergente.
2. Ribas, D. (2008). A docência no ensino superior e as novas tecnologias. Revista
electrónica Lato Sensu, ano 3, n.º 1. Recuperado em http://www.unicentro.br.
3. Silva, M., Nascimento, C. O. C., & Zen, G. C [Orgs.] (2018). Didáctica: abordagens
teóricas contemporâneas. Salvador, Brasil: Edufba.
4. Silva, L. P. (2010). A utilização dos recursos tecnológicos no ensino superior.
Revista olhar científico, vol. 1, n.º 2. Recuperado em http//:www.
www.olharcientifico.kinghost.net.
5. ______Enciclopia Wikipedia. Recuperado em http//:www. pt.wikipedia.org