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ÍNDICE
INTRODUÇÃO....................................................................................................................3
Saussure e o Estruturalismo................................................................................................6
CONCLUSÃO....................................................................................................................12
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................13
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INTRODUÇÃO
Este trabalho da cadeira de Linguística Geral, trata das seguintes temáticas: percurso
histórico da Linguística como ciência; a língua mais antiga que constituiu objecto da
Linguística; Gramática e sua composição; e as diferenças entre a linguagem humana e
animal.
No percurso da Linguística pela cientificidade, começamos por referir o papel dos filósofos
da antiguidade na tentativa de explicação dos fenómenos linguísticos (retórica, aquisição e
similaridades), passando pelo século XIX (período que se assiste a grande revolução com as
visões de Saussure) até as oposições dos funcionalistas na contemporaneidade. Os estudos
pré-saussureano que lançaram as bases do que viria a se chamar Linguística, estavam
voltados a grande língua indo-europeu.
Em relação a Gramática, partimos do seu conceito e desaguamos nas partes que a compõe
na regulação do funcionamento de uma língua particular. Finalmente diferenciamos as
linguagens humana da animal.
Esta pesquisa tem uma abordagem qualitativa e de aporte teórico pelo que, a
fundamentação das suas conclusões graça das mais diversificadas fontes bibliográficas, e
dos métodos indutivo e dedutivo na lógica do raciocínio.
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Linguística é o estudo científico da língua natural, mas que não se limita a uma língua
específica ou a uma família de línguas ou conjunto de línguas, contudo é com o
conhecimento cumulativo delas que compreende a língua na sua totalidade (Viotti, 2008).
Segundo Viotti (2008), se a língua é parte da cognição humana, então è tarefa da Linguística
buscar estabelecer a relação a língua e pensamento, conexões com a capacidade motora,
com a capacidade visual e auditiva, e como essas conexões operam na construção de
significados.
Os estudos sobre a língua humana remota desde a Grécia Antiga, com as relações entre a
língua e pensamento, a gramática, a retórica e a poética, fundamentados nos estudos de
Aristóteles; na Idade Media a atenção dos estudos sobre a língua estava voltada ao âmbito
da Gramática Prescritiva ou Normativa (preservando o latim a interferência dos povos
orientais); e no Modernismo com as viagens exploratórias e a descoberta de novas línguas
nos continentes africano, americano e asiático (Viotti, 2008).
Assim na visão de Matoso (1975), citado em Cryanka (2014), a trilha dos estudos pré -
saussureanos da linguagem humana classificam-se em dois tipos importantes: os
paralinguísticos (que reflectiam a linguagem no sentido filosófico, enquanto expressão da
natureza biológica) e os pré-linguísticos (prescritivos, que distinguia a utilização da língua em
função dos estratos sociais). Por esta via, é ilusório afirmar que a Linguística Moderna é de
todo inovadora e a atribuição de várias temáticas a inventiva de Saussure e outros
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Assim a Linguística como ciência nasce com o Método Histórico – Comparativo criado por
Bopp, que deu o cunho científico os estudos linguísticos. E apesar dos opositores ao método
comparativo de Bopp, foi nele que se fortaleceram os estudos do biólogo Schleicher
segundo o qual “(…) as línguas nascem de uma língua-mãe, das línguas-ramo nascem ramos
menores e desses ramos menores surge uma bifurcação de dialetos. Finalmente, temos o
tronco da árvore – a Ursprache, ou a protolíngua indo-germânica” (Cãmara Jr., 1975, p. 52
citado em Cryanka, 2014).
Para os neogramáticos o mais importante era a construção de uma teoria de mudança que
consistia na fundamentação de que as mudanças fonéticas resultavam de acções mecânicas
(fisiológicas e psíquicas) e não na simples reconstrução comparativa de línguas remotas
através dos vocábulos e estruturas, ou seja, as leias da fonética aplicavam-se de forma cega
e as mudanças de vocábulos, ocorriam em simultâneo em todos lugares de forma exacta,
sendo que os desvios eram resultados inesperados e matéria de investigação.
Segundo Cryanka (2014), os trajectos dos estudos linguísticos até o final do século XIX,
revelaram uma profunda busca de explicações sobre a natureza da linguagem humana, com
o fortalecimento dos métodos desde a gramática filosófica grega até ao fortalecimento do
método histórico-comparativo (a língua enquanto manifestação histórica da humanidade),
contudo a explicação do funcionamento da linguagem humana coube a Wilhelm Von
Humboldt, com a dedução segundo a qual, o estudo de todas línguas oferece subsídios da
noção gramatical (um passo tímido para o que viária a ser o generativismo).
Saussure e o Estruturalismo
Em vésperas do final do século XIX, a visão imposta pelos estudos linguísticos era apenas
fundamentada pelo método histórico-comparativo, mas do suíço Ferdinand Saussure, veio
uma reacção contraria, que concebia a língua como um conjunto relações,
consubstanciando um sistema que é o mais importante do que os elementos externos que a
constituem (Cryanka, 2014).
Saussure defendia que importava mais era a ideia de oposição colocada diante dos signos
linguísticos, constituído dentro do sistema, onde os aspectos externos a língua não
influencia, estabelecendo diferenças claras entre a língua e a fala, tendo-se dedicado
profundamente a língua. Deu mais importância a sincronia em relação a diacronia (recorrida
pelos comparatistas), distinguindo significante (som) e significado (sentido), Saussure
descobre uma construção legítima e estrutural nas línguas (Faraco, 2004 citado em
Cryanka, 2014).
Desta forma, foi com Saussure que a Linguistica solidificou suas bases enquanto verdadeira
ciência da linguagem, passando desta forma os estudos das mudanças linguísticas a ser
compreendidos do ponto de vista sincrónico a partir da estrutura interna do próprio sistema
linguístico.
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admite que os sons da linguagem foram produzidos pela imitação dos sons da
natureza, naquele estágio em que não constituíam a língua no seu verdadeiro
sentido. A língua foi criada somente quando o pensamento humano excogitou
empregar os sons vocais com propósito comunicativo (Camara, 1975, p. 59 citado
em Lucia, 2014).
Esta justificação das mudanças da língua em função das necessidades contextuais dos
falantes, os funcionalistas chamarão de iconicidade (forma e função), que se opem
fortemente a arbitrariedade do signo linguístico. Outro dogma saussureano, foi a
valorização da língua em detrimento da fala, algo negado pelo facto de estar provado que o
falante tem o poder de mudar o funcionamento do sistema linguístico através da iconicidade.
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Há segundo Cryanka (2014), outros aspectos subjacentes da visão funcionalista, entre eles a
informatividade (codificação da mensagem do mundo exterior e pessoal para transita-la
para o seu interlocutor) e transitividade (possibilidade do verbo ou sentença ser transferida
de um …
o indo-europeu era uma língua muitíssimo antiga, que espalhou os seus ramos pelas
vastas regiões da Asia e por quase toda a Europa, dando origem a outras línguas
como o hitita, o arménio, o grego, o albanês, o eslavo, o germânico, o céltico e o
itálico (que por sua vez deu origem ao latim, osco, imbrico e venetico) (p. 75).
Foi com os neogramáticos que os estudos sobre a língua indo-europeu, ganhou um novo
impulso, provando similaridades das línguas novilatinas em relação ao ancestral comum (o
latim, protolíngua da família românica), tendo ficado provado que terá sido o latim vulgar
(maior abrangência) e não o clássico (menor abrangência), de onde teria originado uma
variedade de dialectos ou línguas (Cryanka, 2014; Pinto, Lopes & Neves, 2001).
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Lexicologia
É a parte da Gramática que se ocupa do estudo das palavras em seus variados aspectos
(origem, processo de importação de vocábulos, influencias de outras línguas, etimologias,
entre outros) (Pinto, Lopes & Neves, 2001).
Fonética e Fonologia
Fonética é a parte da Gramática que estuda a substância constituída de sons e gestos, a fim
se compreender as características físicas dos sons das línguas orais e dos gestos das línguas
de sinais (aspectos articulatórios e acústicos/ópticos), ao passo que, a Fonologia é o conjunto
de sons organizados (significantes), que são representações mentais acústicas e ópticas.
Morfologia
Parte da Gramática que estuda a palavra (sua estrutura interna e externa, classificação,
categorias, formação, entre outras) e sua unidade mínima, portadora de significado
(morfema) (Viotti, 2008).
Sintaxe
Segundo Viotti (2008), é a área da Gramática que estuda a estrutura da sentença (relação
entre elas, posições, grupos, tipos natureza entre outros).
Semântica e Pragmática
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É segundo Viotii (2008), com Noam Chomsky a partir de 1957 que esta dimensão da
Linguística ganha ímpeto, através da visão segundo a qual, todos seres humanos são
dotados de um dispositivo mental (Language Acquisition Divice) responsável pela formação
e compreensão das expressões linguísticas, que não se limita uma língua apenas, ou seja,
uma Gramática Gerativa. Assim nesta Gramática Gerativa, tem a língua como seu objecto,
encarada como o conhecimento que um falante tem da sua própria língua (competência).
Linguagem é a manifestação das mais variadas formas de comunicação, que podem ser a
linguagem animal, falada, escrita, das artes e dos gestos (Link & Goulart, 2011).
Segundo Link e Goulart (2011), o homem tem a capacidade de captar, organizar e emitir
sons a partir de uma mensagem com recurso aos símbolos de um determinado sistema
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A linguagem animal por seu turno, manifesta-se através de códigos gestuais (sinais), que
pode ser percebida visualmente ou auditivamente, porem esta não pode ser recriada (tem
forma estática), por exemplo, a descoberta do pólen e néctar das flores por uma abelha, que
queira comunicar-se a um enxame, vai se manifestar através da dança do oito (presença do
pólen) e dança circular (presença do néctar) (Link & Goulart, 2011).
CONCLUSÃO
Os estudos sobre a língua datam da Antiguidade nas mãos dos filósofos gregos como Platão
e Aristóteles (sobre como se aprendia a língua, a retórica e estilística, familiaridades
linguística, entre outros), mas o termo Linguística é citado pela primeira vez na obra
Sprachwissenschaft em alemão, de 1833, contudo a cientificidade da Linguística é a soma de
todo esse acervo gnosiológico, a contribuição dos estudos medievais através do método
histórico-comparativo da língua indo-europeu e o toque final de Saussure em Cours de la
Linguistique generale de 1972.
Foi com Saussure que a Linguística finalmente concebe na linguagem humana como
manifestação da língua, no seu objecto de estudo, desta feita não fundamentado nos
estudos histórico-comparativos, mas a abordagem da língua na sua singularidade num
contexto sincrónico (a língua é tida como um património sociocultural marcada pela
dicotomia significante e significado).
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brito, A. M. (Org.) (2010). Gramática: história, teorias e aplicações. Porto: FUP-FL.
Pinto, J. M. C, Neves, M. & Lopes, M. C. V. (2001). Gramática do português moderno (8ª ed.).
Lisboa: Plátano Editora, S.A.