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GUIMARÃES, E. R. J. E ORLANDI, E. P. O CONHECIMENTO SOBRE A LINGUAGEM.

PFEIFFER,
CLAUDIA E NUNES, JOSÉ HORTA (ORGS.). IN. LINGUAGEM, HISTÓRIA E CONHECIMENTO.
PONTES EDITORA, 2006: CAMPINAS-SP.

1. O PERCURSO DO CONHECIMENTO
2. APRENDER A PESQUISAR
3. ALGUNS MARCOS NA HISTÓRIA
3.1 ANTES DA LINGUÍSTICA

O interesse da Grécia, no interior da filosofia, que levou a estudar a estrutura do enunciado para
poder tratar do juízo. Platão estabeleceu a primeira classificação das palavras: nomes e verbos.
Depois Platão classificou em: nomes, verbos e partículas. Assim temos no interior da filosofia uma
divisão de sinais linguísticos pelo reconhecimneto de uma diferença de categorias entre as palavras.
Fora da filosofia, também na Grécia, dentro da Arte, desenvolvem estudos, disciplinas destinadas a
ensinar como fazer algo: arte da gramática e arte da retórica. A Gramática pode ser considerada
como elemento de uma das primeiras revoluções tecnológicas da história do Homem. A Gramática
constitui-se na história como uma instrumentação das línguas que, enquanto arte, apresenta-se como
um modo de ensinar a ler e a escrever corretamente. (p. 149)..
Por outro lado, a Retórica é a arte de ensinar as técnicas de convencimento pelo
orador, ou seja, o interesse estava em como dizer algo para levar o ouvinte à conclusão
projetada. Duas posições: a gramática indicando uma norma de correção, e de outro a
retórica, estabelecendo regras de como convencer alguém. De um lado o valor da
língua, de outro a adequação da redação orador/auditório

Na Índia, o interesse religioso levou a estudos bastantes rigorosos dos aspectos
fonológicos do sânscrito. Estes estudos tinham a finalidade de estabelecer de modo
perfeito que som deveria ser produzido nos cânticos sagrados, para que eles tivessem
validade sagrada. Estes estudos levam a uma rigorosa descrição dos sons, que
podemos encontrar na gramática de Pãnini.
3.2 A CONSTITUIÇÃO DA LINGUÍSTICA COMO DISCIPLINA CIENTÍFICA

No início do século XIX, no cenário de uma concepção


naturalista e histórica do conhecimento científico, é que se
constitui a linguística. Ela se apresenta tomando como seu
objeto a mudança linguística. Para tratar deste objeto, a
linguística adota o método comparativo.
 No decorrer do século XX, as ciências da linguagem tiveram desenvolvimento
muito particulares. Diversas disciplinas se estabeleceram de modo consistente,
com seus objetos e procedimentos específicos.

Mudanças no domínio da Linguística, no inicio do século XX, como o abandono


do naturalismo dominante no comparatismo do século XIX.
3.3 ALGUNS PERCURSO DO ESTRUTURALISMO
 O Curso de Linguística Geral tornou-se o marco do inicio da linguística contemporânea, é
renovado pela consideração da noção de sistema, os estudos comparatistas.
Benveniste (1966, 1974) – estudos enunciativos – o funcionamento da língua é marcado pela
relação daquele que fala (o locutor) tem com a língua e que se marca na estrutura da língua.
Trabalhos que se desdobra em outros: Semântica argumentativa (Ducrot), Filosofia analítica
(Austin), Pragmática (Pierce), Pragmática (Grice), Funcionalismo (Jakobson e Martineet),
Estruturalismo não funcionalista (Hjelmslevy) que afetou a Semântica/semiótica estrutural
(Greimas),
3.4 A GRAMÁTICA E A MENTE
3.5 O LINGUÍSTICO E A SOCIEDADE

Linguística liga a antropologia – Sapir, a língua é parte da cultura de um povo e


é assim marcada por esta cultura. Aqui no Brasil destaca-se Mattoso Câmara
Linguística ligada a sociologia – Labov, a língua é pensada como tendo uma
estrutura variável que se pode conhecer por um método quantitativo
Essas duas posições consideram a não unidade da língua.
3.6 O LINGUÍSTICO, O SOCIAL E O HISTÓRICO
• 4. SOBRE TEORIAS E MÉTODOS
Há uma relação intrínseca e constitutiva entre teoria/método/objeto nos estudos da
linguagem. O objeto língua é determinado pela teoria e o método que o pressupõe

• 5. A RELAÇÃO ENTRE O SIMBÓLICO E O POLÍTICO


Toda teoria, podemos dizer é política. E assim é par as teorias da linguagem.
Essas questões em relação ao político se colocam quando fazemos entrar para a reflexão o
que a linguística, para se constitui, precisou colocar para fora: o sujeito e a exterioridade.
Pensar a relação da língua com o sujeito e com a exterioridade. E especificidade está em
considerar a língua na sociedade e na história, fazendo intervir a ideologia. Desse modo no
confronto do simbólico com o político, o que se tem são processos sócio-históricos que são
fonte de efeitos de sentidos e a língua é o lugar material em que esses efeitos se realizam.
6. OS EMBATES DAS CIÊNCIAS DA LINGUAGEM

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