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Espero despertar em você mais uma forma de olhar a cidade de Curitiba, por meio dos olhos e

mãos de Poty Lazzarotto . Os Painéis de Poty Lazzarotto em Curitiba e sua capacidade de


retratar a história de eras, do crescimento de cidades, da evolução de tecnologias com
incrustados no concreto acinzentado ou em azulejos coloridos, me chamavam a atenção de
qualquer turista.

Chegada ao
aeroporto no desembarque está o belíssimo painel de Poty, que traça a história da aviação. No
Aeroporto existem 2 painéis de Poty: Um eterno sonho de 1981, que aborda o desejo de voar,
e A viagem, de 1996, uma de suas últimas que obras que aborda o tema viajar em todas as suas
formas.
Essa obra
de Poty Lazzarotto, de 1997, fica no Mercado Municipal
O Mercado Municipal era um dos locais preferidos de Poty Lazzarotto. A rotina de toda manhã
do artista curitibano incluía um passeio pelo espaço que é considerado um dos mais tradicionais
e conhecidos da cidade. Poty faleceu em 1998, mas desde 2003 a memória e a história de
ambos continuam ligadas com a obra “Quitandeiro”.

 história sobre a evolução da implantação dos sistemas de abastecimento na capital, desde as


antigas fontes e bicas d´água, e está fixada na parede da casa de bombas do Reservatório
Cajuru, conhecido popularmente como a “Caixa-d’Água da Sanepar” ou a “Caixa-d’Água do Alto
da XV”.  1.344 peças de azulejo e tem 23 metros de comprimento por 3 de altura foi inaugurado
em 4 de abril de 1996
Feita em concreto, tem 2,36 x 4,00 m. “Monumento ao Ferroviário”, como é chamada, surgiu de
uma gravura de Poty, de 1944, que na década de 80 foi “transformada” em concreto pelo próprio
artista. O ferroviário, formado por alto-relevo, é uma homenagem ao pai de Poty, um imigrante
italiano que trabalhou anos em ferrovias, e que dá nome ao Largo que recebe a obra. Sustentado
por trilhos vermelhos, o “Monumento ao Ferroviário” apresenta uma placa, que faz referência
ao Largo Isaac Lazzarotto.
Painel de Poty – O Teatro no Mundo (1969) – com 4 x 27,60m, decora os umbrais do prédio,
abrindo as portas para a arte e cultura. “Conta a criação e evolução das artes cênicas, a partir da
tragédia grega. Caminha por Hamlet e Shakespeare, música, ópera, dança e finaliza numa
carroça mambembe que carrega  mundo”.
O painel é um alto relevo em cimento representando as artes cênicas, desde tragédia grega até o
teatro contemporâneo. Para “ler” a obra devemos seguir de cima para baixo, da esquerda para a
direita

Essa obra de Poty Lazzarotto, de 1992, fica na Rua XV com a Marechal Floriano
Localizado na lateral de um prédio na esquina da Rua XV de Novembro e da Avenida Marechal
Floriano Peixoto, o painel de Poty Lazzarotto é uma referência aos trabalhadores que
restauraram a Catedral Basílica de Curitiba, na Praça Tiradentes.
A famosa e polêmica Praça 19 de Dezembro, também chamada de  Praça do Homem Nú
recebeu o primeiro mural de Poty, em Curitiba. O 1º Centenário da Emancipação Política do
Estado do Paraná (1953), painel com 3 x 30 m. Lindíssimo, e comemorativo ao evento, é todo
em tons de azul, em 7 quadros, mostrando a história evolutiva do Estado. Figuras representam
garimpeiros de ouro, Jesuítas e os índios, bandeirantes que fundaram as primeiras vilas, tropeiros
que desenvolveram o comércio, a navegação fluvial que desenvolveu o interior.

Feita em
concreto, tem 6,5 x 17,2 metros. “Alegorias ao Paraná”, como é chamada, conta a origem dos
paranaenses, fazendo referencia a alguns “personagens”, como o índio, o colonizador,o tropeiro e
alguns outros. Em “Alegorias do Paraná”, destaque para o símbolo do semeador, que faz uma
referência a colheita; aos indígenas; tropeiros; imigrantes; e o sol, que representa o “novo
amanha”. A ordem dos elementos busca representar uma cronologia, da esquerda para a direita,
com o semeador no centro. Nessa ordem, a Gralha-Azul é o último elemento, o animal que faz o
ciclo da natureza acontecer.

Poty Lazzarotto tem um, em especial, que é considerado sua “obra


perfeita”.

O painel,
instalado durante a reinauguração da Mold’arte em 2003, foi um presente de Poty ao galerista
Marco Cabral. O detalhe é que o presente veio em 1995, mas até o ano de 2003 o mural era
impedido de ser colocado pelos órgãos públicos. O “Tropeiro” fica na Rua Claudino dos Santos,
72, no bairro São Francisco.
Caminhando pela Largo da Ordem vai chegar até o Memorial de Curitiba  você não pode deixar
de ver uma de suas esculturas. Essa, feita em concreto, é de Leonardo da Vinci (1993).

Imagens da Cidade (1996),  foi


produzido para o aniversário de 300 anos de Curitiba. Resume a história da cidade e seus ícones
como casas de imigrantes, araucária, gralha azul. Outras imagens como a estação tubo,
enfatizam a atualidade . No centro, Poty mesclou seu outro tradicional trabalho, esculpir no
concreto, destacando pinheiros em relevo. Este painel é considerado o maior painel cerâmico do
país.Imagens da Cidade, nome oficial do mural cerâmico tido como o maior do Brasil, com 49 m,
foi produzido em  1996 para o aniversário de 300 anos de Curitiba. Os desenhos retratam o
desenvolvimento da capital paranaense em diferentes épocas com símbolos tradicionais, como a
gralha azul, as araucárias e as casas de arquitetura polonesa. O painel também registra o cenário
de Curitiba na década de 1990, com símbolos como a estação-tubo, a Rua 24 horas, a Ópera de
Arame e  o Jardim Botânico.
Painel O Largo da Ordem (1993), com 8,70 x 22,40m. Trata da cidade de Curitiba na época em
que os imigrantes vinham de carroças vender seus produtos no Largo da Ordem. Existem
registros que Poty, quando criança, acompanhava sua avó neste trabalho. Além das carroças e
da colona carregando cestos de alimentos, estão representados no painel, os pinheiros e a Igreja
da Ordem.

Localizada no bairro das Mercês, lindo ponto turístico, permitindo ter uma vista em 360º da
cidade. Além disso, ao centro do salão, em formato circular está um enorme painel, em concreto,
traçando em alto relevo, a história da cidade, desde sua fundação e também focando a evolução
das comunicações. A obra chama-se As Comunicações e a História de Curitiba (1992).
Feita em concreto, tem 37
x 10 m. “Quatro Estações”, como é chamada, cobre toda a extensão da fachada do hotel, em um
único bloco. A obra é formada por várias imagens e signos, que codificam os planos
apresentados. No topo, o sol é apresentado em diferentes dimensões, e o plano alternado cria
uma sensação de movimento. Como em boa parte das obras de Poty, há vários símbolos do
estado intercalados por imagens isoladas, inseridas para representar as estações. A Catedral, a
locomotiva e a carroça são os destaques. O Hotel fica na Rua Lourenço Pinto, 458, no Centro
de Curitiba.

Inúmeros
trabalhos de Michelangelo estão incluídos entre os mais históricos da arte mundial. Destaque
para a pintura do teto da Capela Sistina e a contribuição como arquiteto para a construção
da Basílica de São Pedro, localizada no Estado do Vaticano. Na obra de Poty é possível
visualizar elementos como o próprio Michelangelo e a cúpula da Basílica.
O edifício Michelangelo fica na Rua São Pedro, 122, Cabral. Para quem quiser conferir, o painel
do artista curitibano se localiza na parte externa do edifício.

O painel “Historia de Curitiba” na Praça 29 de Março conta a história da cidade, começando pelo
mato, pelo índios e pelas primeiras pessoas que aventuraram subir a serra a procura de ouro.
Continua com a criação da Vilinha do Atuba, passando pelos diversos caminhos com o litoral,
erva mate, Santa Casa de Misericórdia, bonde, trem, universidade, terminando com a criação do
IPPUC. Tudo isso com diversos outros eventos intercalados, em ordem cronológica.

No final tem a frase:

“é dever de cada governante transmitir esta cidade nem menor nem igual a que recebeu, porem
sob todos os aspectos mais bela, mais humana e mais sorridente”. 
Casa na Rua Saldanha Marinho, sede do Instituto de Direito Romeu Felipe Bacellar, instituição
dedicada ao ensino, extensão e pesquisa na área do direito.
Divididos em seis partes, três na frente e três no verso, os painéis da “História do Paraná”
mostram figuras de tropeiros, colonos e pinheiros, símbolos bem típico do Estad0 e muito
presentes nas obras de Poty. Marcos como o inicio do cultivo da terra e os primeiros
empreendimentos comerciais também estão presentes na obra. Por todo o desenho, vários
pinhões fazem “parte” da história. A Secretaria de Estado da Fazenda fica na Av. Vicente
Machado, 445, no Centro de Curitiba.

Localizada bem ao lado


deste parque, na entrada principal à esquerda, está a sede do Grupo de Escoteiros Marechal
Rondon. Este painel também descobri bem ao acaso. Estava andando no Bosque e avistei ao
longe o painel, rapidamente reconheci que era de Poty e fui mais perto para conferir. Lá estava o
painel Movimento Escoteiro (1994), com 5 x 2m, na frente do prédio. O mural representa um
escoteiro fazendo rapel e o lema oficial dos escoteiros – Sempre Alerta!
POTY - Napoleon Potyguara Lazzarotto, mais conhecido como Poty, nasceu em Curitiba, em 29
de março de 1924. Formado pela Escola Nacional de Belas Artes e com estudos em Paris, foi
desenhista, gravurista, ceramista e destacou-se com a produção de murais, como o que a
Sanepar restaura agora. Embora tenha contribuído com desenhos para a ilustração de jornais e
livros, são seus painéis espalhados em diversos locais públicos na capital e em várias outras
cidades do Brasil e do exterior que dão mais popularidade ao seu trabalho. São bastante
conhecidos o mural do Teatro Guaíra, do saguão do Aeroporto Afonso Pena, do Largo da Ordem,
das praças 19 de Dezembro e 29 de Março, da Torre da Telepar e os do Mercado Municipal,
estes últimos realizados por Elvo e Maria Helena após a morte de Poty. O artista faleceu em
1998, de câncer.

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