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No século XVIII, a Praça da República era conhecida como o largo da Campina, ficava entre o
bairro da Campina e a estrada que levava à Capela de Nossa Senhora de Nazaré. No período
colonial passou a chamar-se Largo da Pólvora devido a um grande armazém construído para
guardar pólvora. Na época do Império o nome mudou para Pedro II em homenagem ao nosso
último imperador. Em 1878, com a inauguração do Teatro de Nossa Senhora da Paz houve uma
modesta urbanização no entorno e com a queda do Império o largo da Pólvora passou a ser
chamado de Praça da República.
Quem realmente deu início á urbanização da praça foi Arthur Índio do Brasil, em 1891, que
dotou de calçamento de madeira as suas avenidas, construiu passeios acimentados,
encomendou do exterior chafarizes e bancos e ajardinou as alamedas. Antônio as Silva Rosado
continuou a urbanização e dotou a praça de um pavilhão harmônico.
Nos anos 30, logo no início da praça pelo lado da Presidente Vargas levantaram um obelisco e
uma fonte luminosa para homenagear os revolucionários de 1924 e 1930.
No final dos anos 40, na esquina da praça com a rua Osvaldo Cruz foi erguido um posto de
gasolina . Nélio Lobato em seu mandato ordenou a demolição deste, em 1973.
Abelardo Conduru transferiu para a praça o Monumento dos Intendentes, mandado erigir no
Bosque Rodrigues Alves por Antônio Lemos, e colocou-o as proximidades do Bar do Parque. O
prefeito Almir Gabriel mandou-o de volta ao Bosque quando reformou a praça em 1985.
Quando na prefeitura, Celso Malcher mandou erguer um chafariz dentro de um grande lago,
no final da praça. Também deixou de existir na reforma de Almir.
A praça foi restaurada na reforma de Almir Gabriel com a coordenação do arquiteto Paulo
Fernandes Chaves, inclusive o novo calçamento em pedras portuguesas com motivos
marajoaras.
- Pavilhão Euterpe: de fabricação francesa da firma Guillot Pelletier, foi montado em 1896 nos
fundo do Teatro da Paz, na intendência de Antônio da Silva Rosado. Tem formato circular e é
maior que os outros coretos, no centro da cobertura tem um símbolo musical representado
por uma lira. Serviu pó muito tempo de palco para concertos musicais e apresentações de
bandas.
- O Bar do Parque: projeto de Francisco Bolonha, ponto de boemia e da festa das Filhas da
Chiquita, realizada no segundo sábado de outubro, que já entrou no calendário profano do
Círio de Nazaré.
A praça da República foi tombada por meio da Lei Orgânica do Município de Belém,
promulgada a 30 de março de 1990, conforme Artigo 288, § 2º, sendo esta regulamentada
pela Lei 7.709, de 18 de março de 1994, que dispõe sobre a preservação e proteção do
Patrimônio Histórico, Artístico, Ambiental e Cultural do Município de Belém.
Contextualização Econômica:
A posição estratégica de Belém era propícia ao enriquecimento com o boom da borracha, era
rota obrigatória econômica de saída da borracha. Os principais parceiros estrangeiros eram a
Inglaterra, Estados Unidos, França, Portugal e cidades hanseáticas. O tratamento urbanístico
foi muito anterior ao fausto da borracha, no entanto, foi nesse momento de pujança
econômica que a municipalidade dispensou maior atenção aos seus espaços públicos. E a
Praça da República constitui um dos exemplos de espaço.
Em 1994, no governo do prefeito Helio Gueiros a praça passou por algumas recuperações e
limpezas de coretos, de monumentos e pavilhões.
Em 2008 foi entregue a revitalização do calçamento da Praça da Sereia que faz parte do
complexo da República.