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Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica


Instituto Federal de Mato Grosso do Sul
Pró-Reitoria de Ensino e Pós-Graduação
Campus Coxim
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
Professor Me. Edvaldo T. Moraes

MODERNISMO

https://www.todamateria.com.br/modernismo-no-brasil/
PAINEL HISTÓRICO - LITERÁRIO BRASILEIRO
ERA COLONIAL ERA NACIONAL

Arcadismo ou Realismo/
Quinhentismo Barroco Neoclassicismo Período Romantismo Naturalismo / Pré- MODERNISMO
Estilos de época

ou Setecentismo Parnasianismo
ou de / Simbolismo Modernism
Seiscentism transiçã o
o o

- Iluminismo - Socialismo - 1.ª Guerra - Nazismo


- Grandes -Revoluçã - Evolucionismo Mundial - Fascismo
Navegaçõe - Contrarreforma o - Guerras - Burguesia - Positivismo -Freud e a 2ª Guerra Mundial
-Portugal sob o Industrial
s napoleônic no - Lutas - Guerra Fria
Revolução
PANORAMA MUNDIAL

Domínio - Psicanális
as poder Antiburgues - Internet
espanhol Francesa e
- - Independência as - Queda do Muro
Companhia dos Estados - 2ª -Revoluçã
Unidos o Russa
de Jesus Revolução
- Vanguard
Industrial as
artisticas

- Abolição
- A Semana de Arte
- 2.º Império - República - Governo de
- Corte Moderna
-Literatura - Ciclo da - Guerra do -Romance Floriano
- Invasões Portuguesa - Ditadura de
no Rio de Paraguai - Revolta
realista Getúlio Vargas
PANORAMA BRASILEIRO

Mineraç Janeiro da
Informativ - Lutas e - As gerações
Holandes - Armada
a ão Abolicionista naturalist
as Independência - Revolta de
- Literatur - s modernista
a Canudos
a - Grupo Inconfidência - Regências s
- Literatura -Poesia - Ditadura no
dos Baiano Mineira Nacional Parnasiana Brasil
Jesuítas - Grupo Mineiro e - Constituição
Simbolista 4
de 1988
1500 1601 1768 1808 1836 1881/1893 1902 1922 2020
A SEMANA DE ARTE MODERNA
ANTECEDENTES

– Início do século XX:


– Progresso Cientifico: avião, cinema…
– Reivindicações de massas: greves,
[turbulências políticas e sociais
– Revolução Comunista
– I Guerra Mundial
– Crise dos valores europeus
Vanguardas Europeias:

 FUTURISMO – Negação do passado e exaltação das máquinas…

 CUBISMO – Decomposição dos objetos em diferentes planos


geométricos…muito forte na pintura…

 DADAÍSMO – Atitudes demolidoras (antiarte): o deboche, a irreverência,


a agressividade, a sátira, a desordem… ready made…
Vanguardas Europeias:

 EXPRESSIONISMO – o movimento de criação parte da


subjetividade do artista, do seu mundo interior; em direção ao mundo
exterior. É arte abstrata e torna-se uma forma de contestação. Forte na
pintura… “O grito”…

 SURREALISMO – fusão de arte e psicanálise: automatismo artistico


sem controle da razão gerando imagens absurdas, surpreendentes;
transposição do universo dos sonhos para o plano artistico. A escrita
automática… O mais influente até os nossos dias.
MODERNISMO – SEMANA DE
ARTE MODERNA NO BRASIL

A Semana de Arte Moderna de 22,


realizada no Teatro Municipal de
São Paulo, contou com a
participação de escritores,
artistas plásticos, arquitetos e
músicos.

Inserida nas festividades de


comemoração do centenário da
independência do Brasil, em 1922,
a Semana de Arte Moderna
apresenta-se como a primeira
manifestação coletiva pública na
história cultural brasileira a favor
de um espírito novo e moderno
em oposição à cultura e à arte de
teor conservador, predominantes
no país desde o século XIX (1). Imagem: Cartaz da Semana de Arte Moderna de 1922 / Di Cavalcanti / Acervo do
Instituto de Estudos Brasileiros - USP - Arquivo Anita Malfatti /
http://www.arquitetonico.ufsc.br/wp-content/uploads/semana-de-arte-moderna-
de-1922.jpg
MODERNISMO – SEMANA DE ARTE MODERNA NO
BRASIL
Quando pensamos em estrutura, nos anos 20, São Paulo era o centro urbano que
apresentava as melhores condições e infraestrutura para a realização de alguns
eventos de grande porte. Naquele momento, era uma próspera cidade, recebendo
pessoas de todos os lugares, principalmente imigrantes europeus, além da
modernização acelerada pela qual passava, com a chegada das indústrias. Era, então,
a melhor candidata para se tornar um centro cultural e palco para os artistas
emergentes.

Imagem: Caio Guimarães/ Teatro Municipal de São Paulo/  Creative


Imagem: Guilherme Gaensly / Vale do Anhangabaú /  Public Domain
Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 2.0 Generic
Esse era o ano em que o país
comemorava o primeiro
centenário da Independência e
os jovens modernistas
Imagem: Eliseu Visconti / Selo comemorativo do
pretendiam redescobrir o
1º centenario da independência / Brasil, libertando-o das
http://www.eliseuvisconti.com.br/Catalogo/Tecnic
a/2/Aquarelas.aspx amarras que o prendiam aos
padrões estrangeiros. Seria,
então, um movimento pela
independência artística do
Brasil.

Os jovens modernistas da
Semana negavam, antes de
mais nada, o academicismo
nas artes. A essa altura,
estavam já influenciados
esteticamente por tendências e
movimentos como o Cubismo,
o Expressionismo e diversas
Imagem: Autor Desconhecido / Vista do portal de acesso ao Parque de
diversões no centenário da independência. / Museu da imagem e do
ramificações pós-
som / http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/ad_mlr_ctr.htm impressionistas.
Até aí, nenhuma novidade nem renovação. Mas, partindo desse ponto,
pretendiam utilizar tais modelos europeus, de forma consciente, para uma
renovação da arte nacional, preocupados em realizar uma arte nitidamente
brasileira, sem complexos de inferioridade em relação à arte produzida na
Europa.
Essa arte nova aparece inicialmente através da atividade crítica e literária
de Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e alguns
outros artistas que vão se conscientizando do tempo em que vivem.

Imagem: Mario de Andrade / Michelle Rizzo /


Imagem: Oswald de Andrade / Autor

Imagem: Menotti del Picchia / Autor


desconhecido / Domínio Publico.
desconhecido / Public Domain.

Public Domain.
Oswald de Andrade, já em 1912, começa a falar do Manifesto Futurista, de
Marinetti, que propõe “o compromisso da literatura com a nova civilização
técnica”.
Ao mesmo tempo, Oswald de Andrade
alerta para a valorização das raízes
nacionais, que devem ser o ponto de
partida para os artistas brasileiros. Assim,
cria movimentos, como o Pau-Brasil,
escreve para os jornais expondo suas
ideias renovadores de grupos de artistas
que começam a se unir em torno de uma
nova proposta estética .

Revista paulista editada em São Paulo de 1911 até 1918. Tinha


como principal articulador Oswald de Andrade e Emílio de
Menezes. Revista de cunho literário, esportivo, sociedade
paulista, crítico e com ideias pré-modernistas. Muito bem
impressa e redigida. Esta é a capa do nº59 de 21 de Setembro
de 1912, com uma crítica feroz ao governo do Presidente
Hermes da Fonseca (1910-1914), que instituiu o Estado de
Imagem: Revista o Pirralho/ Autor desconhecido / http://revistas-
Sítio no Brasil (7).
paulistas.flogbrasil.terra.com.br/foto17333864.html
Modernismo – Semana de Arte Moderna no
Brasil

Antes dos anos 20, são feitas em São Paulo duas exposições de pintura
que colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros: a
de Lasar Segall, em 1913 e a de Anita Malfatti, em 1917.

Imagem: A Família/ Lasar Segall / Imagem: A estudante/ Anita Malfatti / Museu de Arte de
http://www.febf.uerj.br/pesquisa/semana_22.html São Paulo Assis / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti
MODERNISMO
A exposição de Anita Malfatti em 1917, recém chegada dos Estados Unidos e da
Europa, foi outro marco para o Modernismo brasileiro. As obras da pintora, então
afinadas com as tendências vanguardistas do exterior, chocaram grande parte do
público, causando violentas reações da crítica conservadora (10).

Imagem: A boba/ Anita Mafaltti/ Museu de arte contemporânea da Imagem: O homem amarelo / Anita Mafaltti / Ilustração do
universidade de São Paulo / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti colega Mario de Andrade / Instituto de Estudos Brasileiros da
USP/ Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti.
Dessa polêmica, o artigo de Monteiro Lobato para o jornal O
Estado de S. Paulo, intitulado: “A propósito da Exposição
Malfatti”, publicado na seção “Artes e Artistas” da edição de 20
de dezembro de 1917, foi a reação mais contundente dos
espíritos conservadores

No artigo publicado nesse jornal, Monteiro Lobato,


preso a princípios estéticos conservadores, afirma que
“todas as artes são regidas por princípios imutáveis,
leis fundamentais que não dependem do tempo nem da
latitude”
Imagem: Monteiro Lobato/  "Nosso
Século" (1980) da Editora Abril /
Public Domain
DURAS CRÍTICAS....

Mas Monteiro Lobato vai mais longe ao criticar os novos


movimentos artísticos. Assim, escreve que “quando as
sensações do mundo externo transformaram-se em
impressões cerebrais, nós ‘sentimos’; para que sintamos
de maneira diversa, cúbica ou futurista, é forçoso ou que a
harmonia do universo sofra completa alteração, ou que o
nosso cérebro esteja em ‘pane’ por virtude de alguma grave
lesão. Enquanto a percepção sensorial se fizer
normalmente no homem, através da porta comum dos cinco
sentidos, um artista diante de um gato não poderá ‘sentir’
senão um gato, e é falsa a ‘interpretação que do bichano
fizer um totó, um escaravelho ou um amontoado de cubos
transparentes”
MODERNISMO
A exposição, entretanto,
marcou o início de uma
luta, reunindo ao redor dela
jovens despertos para uma
necessidade de renovação
da arte brasileira.
Além disso, traços dos
ideais que a Semana
propunha já podiam ser
notados em trabalhos de
artistas que dela
participaram (além de
outros que foram excluídos Imagem: Interior de residência / Antonio Moya

do evento) http://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2011/01/28/a-
arquitetura-na-semana-de-arte-moderna-de-1922/
DIVISÃO DE OPINIÕES ...
Desde a exposição de Malfatti, havia dado tempo para que
os artistas de pensamentos semelhantes se agrupassem.
Em 1920, por exemplo, Oswald de Andrade já falava de
amplas manifestações de ruptura, com debates abertos.
Essa divisão entre os defensores de uma estética
conservadora e os de uma renovadora prevaleceu por
muito tempo e atingiu seu clímax na Semana de Arte
Moderna.

Imagem: Musa Impassível / Victor Brecheret /  Pinacoteca do Estado de São Paulo / Foto
tirada por Gabriel de Andrade Fernandes / http://www.flickr.com/photos/gaf/2530424140/
SEMANA DE ARTE MODERNA NO BRASIL

No interior do teatro, foram


apresentados concertos e
conferências, enquanto no saguão
foram montadas exposições de
artistas plásticos, como:

• os arquitetos: Antonio Moya e


George Prsyrembel;

1922 / Autor Desconhecido / United States Public Domain


•os escultores: Vítor Brecheret e W.

Imagem: Capa do catálogo da Semana de arte moderna


Haerberg;
•os desenhistas e pintores: Anita
Malfatti, Di Cavalcanti, John Graz,
Martins Ribeiro, Zina Aita, João
Fernando de Almeida Prado, Ignácio
da Costa Ferreira, Vicente do Rego
Monteiro e Di Cavalcanti (o idealizador
da Semana e autor do desenho que
ilustra a capa do catálogo) .
SEMANA DE ARTE MODERNA NO BRASIL

Além disso, havia escritores como


Mário de Andrade, Oswald de
Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio
Milliet, Plínio Salgado, Ronald de
Carvalho, Álvaro Moreira, Renato
de Almeida, Ribeiro Couto e
Guilherme de Almeida.

Na música, estiveram presentes


nomes consagrados, como Villa-
Lobos, Guiomar Novais, Ernâni
Braga e Frutuoso Viana (17).

Imagem: Pierrô e Colombina / John Graz / Acervo Pessoal de John


Graz / http://7c3grupodeestudos2011.blogspot.com/2011/05/john-graz-
caroline-nomura-09-7c.html
Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil

A Semana, de uma certa


maneira, nada mais foi do
que uma ebulição de novas
ideias totalmente
libertadas; nacionalistas
em busca de uma
identidade própria e de
uma maneira mais livre de
expressão.

Não se tinha, porém, um


programa definido: sentia-
se muito mais um desejo
de experimentar diferentes
caminhos do que de definir
um único ideal moderno.

Imagem: Morro Vermelho / Lasar Segall / Museu Lasar Segall /


http://www.museusegall.org.br/mlsItem.asp?sSume=2&sItem=125 Lasar Segall - Morro Vermelho, 1926
Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil

13/02/22- Segunda-feira
Casa cheia, abertura oficial
do evento.
Espalhadas pelo saguão do
Teatro Municipal de São
Paulo, várias pinturas e
esculturas provocam
reações de espanto e
repúdio por parte do público.
O espetáculo tem início com
a confusa conferência de
Graça Aranha, intitulada "A
emoção estética da Arte
Moderna".
Tudo transcorreu em certa
calma neste dia .
Imagem: Programa da semana de arte moderna de1922 / Autor
Desconhecido / http://www.febf.uerj.br/pesquisa/semana_22.html
Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
Enfunando os papos, 
Urra o sapo-boi: 
Saem da penumbra, 
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!" 
Aos pulos, os sapos. 
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não
15/02/22 -Quarta-feira A luz os deslumbra. 
foi!". 
Guiomar Novais era para ser a grande atração Em ronco que aterra, 
Brada em um assomo 
da noite. Contra a vontade dos demais artistas Berra o sapo-boi: 
O sapo-tanoeiro: 
- "Meu pai foi à guerra!" 
modernistas, aproveitou um intervalo do - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". 
- A grande arte é como 
Lavor de joalheiro. 
espetáculo para tocar alguns clássicos
O sapo-tanoeiro, 
consagrados, iniciativa aplaudida pelo público. Parnasiano aguado, 
Ou bem de estatuário. 
Tudo quanto é belo, 
Mas a "atração" dessa noite foi a palestra Diz: - "Meu cancioneiro
Tudo quanto é vário, 
É bem martelado. 
de Menotti del Picchia sobre a arte estética. Canta no martelo". 
Vede como primo 
Outros, sapos-pipas 
Em comer os hiatos! 
Menotti apresenta os novos escritores, dos Que arte! E nunca rimo 
(Um mal em si cabe), 
Falam pelas tripas, 
novos tempos e surgem vaias e barulhos Os termos cognatos. 
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". 
diversos (miados, latidos, grunhidos…) que se O meu verso é bom 
Longe dessa grita, 
alternam e confundem com aplausos. Frumento sem joio. 
Lá onde mais densa 
Faço rimas com 
Quando Ronald de Carvalho lê o poema Consoantes de apoio. 
A noite infinita 
Veste a sombra imensa; 
intitulado ”Os Sapos”, de Manuel Bandeira
Vai por cinquüenta anos 
(poema criticando abertamente o Que lhes dei a norma: 
Lá, fugido ao mundo, 
parnasianismo e seus adeptos). O público faz Sem glória, sem fé, 
Reduzi sem danos 
No perau profundo 
A fôrmas a forma. 
coro atrapalhando a leitura do texto. E solitário, é 
Clame a saparia 
Que soluças tu, 
Em críticas céticas:
A noite acaba em algazarra Não há mais poesia, 
Transido de frio, 
Sapo-cururu 
Mas há artes poéticas..." 
Da beira do rio...
MODERNISMO – SEMANA DE ARTE MODERNA NO BRASIL

17/02/22 - Sexta-feira

O dia mais tranquilo da semana,


apresentações musicais de Villa-
Lobos, com participação de vários
músicos.

O público em número reduzido,


portava-se com mais respeito, até
que Villa-Lobos entra de casaca,
mas com um pé calçado com um
sapato, e outro com chinelo; o
público interpreta a atitude como
futurista e desrespeitosa e vaia o
artista impiedosamente. Mais
tarde, o maestro explicaria que
não se tratava de modismo e, sim,
de um calo inflamado (20).
Imagem: Cartaz da Semana de Arte Moderna / Autor Desconhecido /
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arte-moderna-8.jpg
A REPERCUSSÃO SEMANA DE ARTE MODERNA NO
BRASIL
A Semana não foi tão importante no seu contexto temporal, mas o tempo a presenteou
com um valor histórico e cultural talvez inimaginável naquela época. Não havia entre
seus participantes uma coletânea de ideias comum a todos, por isso ela se dividiu em
diversas tendências diferentes, todas pleiteando a mesma herança (22).

http://www.portinari.org.br/candinho/candinho/gen_1.pl-BR+exact+OA-
Imagem: Café / Candido Portinari / Museu Nacional de Belas Artes /

1191+GT-02++.htm
Entre os movimentos que surgiram
na década de 1920, destacam-se:

•Movimento Pau-Brasil;
•Movimento Verde-Amarelo e Grupo Anta;
•Movimento antropofágico.

A principal forma de divulgação destas


novas ideias se dava através das revistas.

Entre as que se destacam, encontram-se:

•Revista Klaxon e
•Revista de Antropofagia.

Imagem: Revista Klaxon nº1 / Guilherme de Almeida /


http://blogs.estadao.com.br/p2p/2010/03/16/antropofagia-
digitalizada/
O Movimento Pau-Brasil foi
um movimento artístico lançado
no Brasil em 1924 por Oswald de
Andrade e Tarsila do Amaral que
apresentava uma posição primitivista,
buscando uma poesia ingênua, de
redescoberta do mundo e do Brasil e
que foi inspirada nos movimentos de
vanguarda europeus, devido às
viagens que Oswald fazia à Europa.

O movimento exaltava a inovação na


poesia, o primitivismo e a era
presente, ao mesmo tempo em que
repudiava a linguagem retórica na
poesia. Convivem dialeticamente o
primitivo e o moderno, o nacional e o
cosmopolita, sendo ideologicamente a
raiz do Movimento Antropofágico.
Imagem: Revista Pau Brasil / Tarsila do Amaral /
http://letteri.blogger.com.br/2007_05_01_archive.html
MODERNISMO
Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta foram movimentos culturais
decorrentes da Semana de Arte moderna em 1922. Na literatura tem por
característica textos patrióticos, ufanistas e a idealização do país.
Características formais, versos livres, sem rima, sem métrica, em estrofação e
discurso não linear.

Recusando todo e qualquer contágio com ideias europeias, este movimento é


uma reação às intenções primitivas do Pau – Brasil.

Liderado por Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia, Plínio Salgado e outros,
o grupo acabou caindo num nacionalismo ufanista, escolhendo como
símbolo de suas ideias a anta, animal que tinha uma função mítica na cultura
tupi.

Esse movimento converteu- se, em 1926, no chamado Grupo da Anta, que


seguiu uma linha de orientação política nitidamente de direita, da qual sairia,
na década de 1930, o Integralismo de Plínio Salgado.
MODERNISMO - ANTROPOFAGIA

O Manifesto Antropófago ou
Antropofágico foi um manifesto
literário escrito por Oswald de
Andrade, publicado em maio de
1928, que tinha por objetivo
repensar a
dependência cultural  brasileira.

Propunha basicamente devorar a


cultura e as técnicas importadas e
sua re-elaboração com autonomia,
transformando o produto importado
em exportável.

O nome do manifesto recuperava a


crença indígena: os índios
antropófagos comiam o inimigo,
supondo que assim estavam
Imagem: Manifesto Antropofago / Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1,
assimilando suas qualidades (25).
maio de 1928. / http://antropofagia.uol.com.br/manifestos/antropofagico/
MODERNISMO –
ANTROPOFAGIA

O Manifesto foi publicado na primeira


edição da Revista de Antropofagia,
meio de comunicação responsável
pela difusão do movimento
antropofágico brasileiro.

A linguagem do manifesto é
majoritariamente metafórica, contendo
fragmentos poéticos bem-humorados e
torna-se a fonte teórica principal do
movimento (26).

Imagem: Revista de antropofagia / Autor Desconhecido /


http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Revantrof.png
O Manifesto Antropofágico
foi um marco no
Modernismo brasileiro, pois
não somente mudou a
forma do brasileiro de
encarar o fluxo de
elementos culturais do
mundo, mas também
colocou em evidência a
produção própria, a
característica brasileira na
arte, ascendendo uma
identidade tupiniquim no
cenário artístico mundial.

Imagem: A Lua / Tarsila do Amaral /


http://www.tarsiladoamaral.com.br/versao_antiga/historia.htm
A CONTINUIDADE...

Logo após a realização da Semana, alguns artistas fundamentais que dela


participaram acabam voltando para a Europa (ou indo lá pela primeira vez, no
caso de Di Cavalcanti, dificultando a continuidade do processo que se iniciara .

Por outro lado, outros


artistas igualmente
importantes chegavam
após estudos no
continente, como Tarsila
do Amaral, um dos
grandes pilares do
Modernismo Brasileiro.

Imagem: Mulheres Protestando / Di Cavalcanti /


http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?
infoid=2986&sid=9&tpl=printerview
TARSILA DO AMARAL

Imagem: Os operarios/ Tarsila do Amaral / Acervo Artístico-


Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo /
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/yes-nos-temos-
Imagem: Abaporu / Tarsila do Amaral / Colección Costantini muito-mais-que-bananas
(Buenos Aires, Argentina) / Material protegido por direitos autorais
no Brasil até 2043. / http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Abaporu.jpg
O LEGADO DA SEMANA DE ARTE MODERNA NO BRASIL

A própria tentativa de estabelecer uma arte brasileira, livre da mera repetição


de fórmulas europeias foi de extrema importância para a nossa cultura e a
iniciativa da Semana, uma das pioneiras nesse sentido. Aliás, o principal
legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da reprodução
nada criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma cultura
essencialmente nacional.

Imagem: Sapateiro de Brodowski/ Cândido Portinari / Imagem: Catequese / Cândido Portinari /


http://www1.folha.uol.com.br/folha/galeria/album/20031229- http://www.andreamachado.com.br/2011/07/no-atelie-de-
portinari-10.shtml portinari.html
ARTE, 1º. Ano
Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil

• GRANDES NOMES DA SEMANA DE ARTE

• Artistas
que iniciaram o Modernismo no Brasil e
que participaram da Semana: Mário de Andrade,
Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do
Amaral, Di Cavalcanti, Víctor Brecheret, Plínio
Salgado, Menotti Del Pichia, Guilherme de
Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos entre
outros.
SEMANA DE ARTE MODERNA NO BRASIL
Sugestões de links para ampliar o conhecimento sobre a Semana de Arte
Moderna de 1922.

Museu Virtual - Museu de Arte Contemporânea da cidade de São Paulo


http://www.macvirtual.usp.br/mac/conteudo/acervo/acervo.asp

Museu Virtual -  Museu de Arte Brasileira (MAB)


http://www.faap.br/museu/

Vídeo sobre a Semana de Arte Moderna


http://www.youtube.com/watch?v=PLmPNFjx2Tk

Vídeo sobre a Semana de 22 ao som do Trenzinho Caipira de Villa Lobos


http://www.youtube.com/watch?v=61xrvZh0Cnw
LINKS CONSULTADOS

https://pt.slideshare.net/clauhelo
isa/modernismo-11375938

https://www.todamateria.com.br/
modernismo-no-brasil/

https://www.todamateria.com.br/
modernismo-no-brasil/

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