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19/06/2022

PRÉ – MODERNISMO
Realismo Vanguardas
Europeias
AULA “Ecletismo literário”
Naturalismo
15 Pré-
Modernismo
Modernismo
Parnasianismo 1902 1922

Semana
Simbolismo Os Sertões de Arte
Canaã Moderna

L CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL-POLÍTICO L
TENDÊNCIAS ARTÍSTICAS
I I
Industrialização e desenvolvimento urbano Não se segue uma mesma linha temática;
T T
(especialmente de São Paulo); Ficção verossimilhante / interesse pela realidade brasileira:
E E social e cultural / fatos políticos e econômicos;
Política do café-com-leite / Aristocracia cafeeira;
R R Regionalismo crítico / Individualismo no estilo;
Imigração (italianos e alemães) / Greves operárias; Coloquialismo / literatura-denúncia.
A A
Abandono do Nordeste / Coronelismo (poder e Grupo passadista (realistas, naturalistas, parnasianos e
T T

U
opressão); U
simbolistas)
X
“Era do cangaço” / fanatismo religioso;
R R Grupo renovador - início do século XX
A
Guerra de Canudos / Revolta da Chibata e da Vacina. A (“Redescoberta do país” / perspectiva crítica)

L
UM PERÍODO SINCRÉTICO: várias tendências L EUCLIDES DA CUNHA (1886-1909)
I I
“o sertanejo é, antes de tudo, um forte”
A erudição conservadora de Rui Barbosa e Coelho Neto. OS SERTÕES
T T
O regionalismo minucioso de Afonso Arinos, Valdomiro Relato sobre a Guerra de Canudos (1896-97);
E E
Silveira e Simões Lopes Neto. Natureza-Homem-sociedade / denúncia social
R R
do abandono do sertão;
A literatura popular e suburbana de Lima Barreto.
A A Determinismo em 3 partes: “A terra” – “O
A proposta modernizadora de Graça Aranha. homem” – “A luta” / ensaio sociológico,
T T
As manifestações polêmicas de Monteiro Lobato. antropológico, positivista, histórico, literário e
U U
A erudição assombrosa de Euclides da Cunha. geográfico;
R R Estilo difícil / “Barroco científico”;
A poesia escatológica de Augusto dos Anjos. Interpretação e observação crítica dos fatos.
A A

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O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo L GRAÇA ARANHA (1868-1931)
exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. I
A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela Escritor / Diplomata / Juiz de Direito / imortal da ABL;
T
o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a Participou da Semana de Arte Moderna (palestra de
E
estrutura corretíssima das organizações atléticas. abertura: “A Emoção Estética na Arte Moderna”
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, R

reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem A


Romance de tese: a imigração alemã no
firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a T Espírito Santo / Linguagem retórica;
translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura Canaã
normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá U Discussões ideológicas entre Milkau e
um caráter de humildade deprimente. R Lentz;
A
A realidade corrupta brasileira da época.
C A N A L P R O F . A L E X R O M E R O

L MONTEIRO LOBATO (1882-1948) Linguagem conservadora / polêmico artigo contra Anita


Malfatti: “Paranoia ou Mistificação?” (1917);
I Contos: Urupês / Cidades Mortas /
Tematiza o vale do Paraíba (SP); regionalismo descritivo;
T Negrinha / Ideias de Jeca Tatu
Personagens célebres: Emília, Narizinho, Visconde de
Infantil: Reinações de Narizinho / O
E Sabugosa, Tia Anastácia, Dona Benta, Saci ...
Picapau Amarelo / Caçadas de Pedrinho.
R
O BRASIL CAIPIRA
A
Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê. ...
Um país se faz com homens e livros. ... anacrônico: desacordo com a época.
T
 Editor / Escritor / Advogado / Tradutor; inerme: fraco; desarmado; indefeso.
U
 Ideais nacionalistas / Retrata o caipira; analfabeto: marginalizado; alheio.
R  Precursor da literatura infanto-juvenil no Brasil; obtuso: bronco; estúpido; rude.
A  Caráter pedagógico e reformador. C A N A L P R O F . A L E X R O M E R O

L LIMA BARRETO (1881-1922) L AUGUSTO DOS ANJOS (1884-1914)


I Mulato, pobre, alcoólatra / jornalista e escritor I “Ah! Um urubu pousou na minha sorte”
com tendência ao autobiografismo;
T T Eu (1912) / Eu e outras poesias
Sofreu preconceito racial e social.
E E (póstuma)
Recordações do escrivão Isaías Caminha / Numa e
R Ninfa / Triste fim de Policarpo Quaresma / Clara R Considerado “antipoético”, mas popular;
A dos Anjos / Os Bruzundangas A
Visão cósmica, radical e trágica da
Ficção social valorizando o subúrbio e personagens populares existência;
T T
/ objetividade narrativa com um estilo prosaico; Ceticismo e angústia do ser / pessimismo;
U
Crítica às instituições / caricatura dos poderosos;
U Cientificismo: termos químicos e
R Linguagem jornalística, direta e simples / cronista; R biológicos;
A Preocupação sociopolítica (República Velha). A Egocentrismo / Expressionismo.

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Psicologia de um vencido Versos íntimos


L
Eu, filho do carbono e do amoníaco, Vês?! Ninguém assistiu ao formidável INSCREVAM-SE E
I Monstro de escuridão e rutilância, Enterro de tua última quimera. ATIVEM A
Sofro, desde a epigênesis da infância, Somente a Ingratidão – esta pantera –
T A influência má dos signos do zodíaco. Foi tua companheira inseparável. NOTIFICAÇÃO
E Profundissimamente hipocondríaco, Acostuma-te à lama que te espera!
Este ambiente me causa repugnância... O Homem, que, nesta terra miserável, CONFIRAM AS SEGUINTES PLAYLISTS:
R Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Mora, entre feras, sente inevitável
Que se escapa da boca de um cardíaco. Necessidade de também ser fera. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
A
Já o verme – este operário das ruínas – Toma um fósforo. Acende teu cigarro! GÊNEROS TEXTUAIS
T Que o sangue podre das carnificinas O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
Come, e à vida em geral declara guerra. A mão que afaga é a mesma que apedreja. LITERATURA
U
Anda a espreitar meus olhos para roê-los, Se a alguém causa inda pena a tua chaga, HORA DA QUESTÃO (Arte)
R E há de deixar-me apenas os cabelos, Apedreja essa mão vil que te afaga,
Na frialdade inorgânica da terra! Escarra nessa boca que te beija!
alexromerolima prof_alexromero
A

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