Você está na página 1de 33

c

1º SIMULADO UECE
PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
DURAÇÃO: 4 HORAS

ATENÇÃO!
 Este Caderno de Prova contém 85 (oitenta e cinco) questões, com 4 (quatro) alternativas cada, distribuídas
da seguinte forma:
Língua Portuguesa (12 questões: 01-12);
Matemática (10 questões: 13-22);
História (08 questões: 23-30);
Geografia (08 questões: 31-38);
Física (08 questões: 39-46);
Química (08 questões: 47-54);
Biologia (08 questões: 55-62);
Educação Física (5 questões: 63-67);
Filosofia (05 questões: 68-72);
Sociologia (05 questões: 73-77);
Língua Estrangeira (08 questões: 78-85).
 Estão contidas neste Caderno de Prova as questões das duas línguas estrangeiras: Espanhola e Inglesa.
 Você deverá escolher as questões de língua estrangeira, numeradas de 78 a 85.

LEIA COM ATENÇÃO!


INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA

1. A Prova de Conhecimentos Gerais, com duração de 4 horas, contém 85 (oitenta e cinco) questões de
múltipla escolha.
2. O candidato deve verificar se seu Caderno de Prova está completo ou se há falhas ou imperfeições gráficas
que causem qualquer dúvida. Não serão aceitas reclamações após 30 minutos do início da prova.
3. A folha de respostas será o único documento válido para a correção da prova. Ao recebê-la, o candidato
deverá verificar se seu nome e o número de seu R.A. estão corretos. Se houver discrepância, deverá
comunicar imediatamente ao fiscal de sala.
4. A folha de respostas não deverá ser amassada nem dobrada, para que não seja rejeitada pela leitora
óptica.
5. O preenchimento de todos os campos da folha de respostas da Prova de Conhecimentos Gerais será da
inteira responsabilidade do candidato. Não haverá substituição da folha de respostas por erro do candidato.
6. Qualquer forma de comunicação entre candidatos implicará a sua eliminação.

C
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

LÍNGUA PORTUGUESA

• Texto para responder às questões de 01 a 04.

TEXTO 1

A equação da felicidade
Gabriela Fujita

01 É sério: o segredo da felicidade tem a ver com a redução de expectativas. Aquele seu amigo
02 piadista das redes sociais e o para-choque dos caminhões pelo Brasil estão há muito tempo falando
03 a verdade. Quem endossa essa tese são cientistas e sociólogos, cujas descobertas sobre o estado
04 de espírito mais cobiçado pela humanidade estão na mira de corporações dos mais variados tipos e
05 tamanhos. Essa tal felicidade pode, claro, se fazer presente nas coisas mais simples da vida, como
06 tomar um picolé ou curtir uma roda de violão. O “povo de humanas” tem muito a dizer sobre isso.
07 Mas a lógica por trás desse sentimento tem sido cada vez mais alvo de estudo e pesquisa de insti-
08 tuições renomadas. Se a academia tem chegado ao mesmo tipo de conclusão que a sabedoria
09 popular, a questão passou a ser como medir o grau de felicidade de uma pessoa ou de um grupo.
10 Esse desafio toca principalmente neurocientistas e economistas: quantificar algo tão abstrato que
11 deveria ser impossível de medir. Mas eles insistem. A busca não começou agora. Os gregos, como
12 sempre, deram a largada lá atrás. Alguns séculos depois, a Universidade de Harvard, nos Estados
13 Unidos, propôs uma experiência em longo prazo, da qual até o ex-presidente norte-americano John
14 Kennedy participou.
15 Também estão nesse jogo de passar a felicidade a limpo equipes como a da University College
16 London, do Reino Unido. Eles publicaram em 2014 e atualizaram neste ano uma fórmula matemática
17 que, segundo os criadores, é capaz de prever se uma pessoa será feliz e ainda determinar como a
18 prosperidade alheia e a desigualdade social são capazes de afetar a felicidade individual. Para chegar
19 à “fórmula da felicidade”, o time liderado pelo neurocientista Robb Rutledge estabeleceu o seguinte
20 processo na primeira etapa: 26 pessoas foram submetidas a uma série de tarefas em que, a partir de
21 decisões que elas tomavam, poderiam ganhar ou perder dinheiro; enquanto as decisões eram toma-
22 das, os participantes respondiam o quanto estavam felizes naquele instante; uma ressonância mag-
23 nética media a atividade cerebral de cada participante no momento em que ele dava a resposta. Com
24 esses dados, os pesquisadores deduziram a equação, considerando o que os participantes esperavam
25 ganhar, as recompensas obtidas e as sensações geradas no cérebro de cada um deles. E a conclusão
26 da equipe foi que… sim, as suas expectativas definem o quanto você será feliz.
27 O time do dr. Rutledge ampliou a brincadeira. Por meio de um jogo de celular, estenderam o teste a 18
28 mil pessoas. O resultado: “expectativas mais baixas tornam mais provável que um resultado as supere e
29 tenha um impacto positivo na felicidade”. E o simples fato de planejar e esperar que algo bom aconteça
30 pode nos deixar mais felizes, mesmo que por um breve momento. Até aí, nenhuma grande novidade. Mas
31 o endosso científico ao senso comum ajuda a entender distúrbios ligados às emoções humanas, como o
32 transtorno de humor. Conseguir quantificar a possibilidade desse tipo de mal na população pode ajudar
33 políticas preventivas de saúde e, claro, a evitar prejuízos ao capitalismo: uma pessoa infeliz tem grandes
34 chances de produzir menos e pior. “Podemos começar a ter um entendimento mais detalhado das emo-
35 ções humanas. Isso poderia potencialmente ser usado por empresas para melhorar a satisfação de em-
36 pregados e clientes, perguntando para as pessoas sobre sua felicidade e prevendo-a com base em suas
37 experiências. Também espero que possa ser usado para entender o que acontece com as pessoas que
38 têm depressão”, afirma Rutledge.

OSG 2210/21
2
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

Felicidade industrial

39 O aprimoramento científico em medir emoções é criticado pelo sociólogo britânico William Da-
40 vies, autor do livro A Indústria da Felicidade. Davies admite que pesquisas e programas sobre feli-
41 cidade e bem-estar são um avanço, mas não a favor das pessoas, e sim no apoio a uma agenda de
42 interesses políticos e econômicos, muitas vezes com fins mais privados do que públicos. “Na era
43 das imagens por ressonância magnética, tem se tornado cada vez mais comum falar sobre o que
44 nossos cérebros estão ‘querendo’ ou ‘sentindo’. Em muitas situações, isso é representado como
45 uma declaração de intenções mais profunda do que qualquer coisa que pudéssemos relatar verbal-
46 mente”, afirma. Quanto mais esse sentimento particular – que é a felicidade – se aproxima de algo
47 concreto, massificado, que podemos tocar ou até mesmo manusear, fica mais fácil dar a ele um
48 valor que se pode calcular.
49 Nos Estados Unidos, empresas de pesquisa de opinião estimam que a infelicidade dos assalari-
50 ados custa à economia do país US$ 500 bilhões por ano em produtividade reduzida, receitas fiscais
51 perdidas e custos com saúde, de acordo com o sociólogo. “A ciência da felicidade alcançou a in-
52 fluência que tem porque promete a solução que tanto se esperava. Em primeiro lugar, economistas
53 da felicidade são capazes de colocar preço monetário no problema da miséria e da alienação. Isso
54 permite que nossas emoções e nosso bem-estar sejam colocados dentro de cálculos mais amplos
55 de eficiência econômica”, aponta Davies. Mais do que isso, para que fórmulas e políticas públicas
56 sociais sejam apresentadas como coerentes, o processo de industrialização da felicidade precisa
57 que todos os humanos pensem e sintam as relações e o entorno do mesmo jeito, algo bem distante
58 da realidade. “O que a indústria do consumo e o seu discurso vêm fazendo em torno da felicidade,
59 com todos os seus gurus, desde o chefe da felicidade em uma empresa, o cara da meditação, o
60 outro que diz que empreendeu e agora não tem mais chefe, desde o motorista do Uber até o agente
61 de viagem, é ganhar em cima da gente nos fascinando, porque ficam vendendo caminhos possíveis
62 para chegar lá [à felicidade]”, diz o antropólogo e pesquisador de consumo Michel Alcoforado.
63 Até que apareça um novo mestre espiritual, uma nova dieta, um novo passo a passo para o
64 Éden ou uma nova verdade sobre o colesterol da gema do ovo, o mantra da hora é ostentar. En-
65 quanto a resposta para a felicidade não chega, exibimos e compartilhamos a ideia de que estamos
66 podendo muito. Bens usados para uma movimentação social até um “lugar de destaque” – uma
67 característica forte da sociedade brasileira – ficam desvalorizados quando mais gente pode comprar
68 o que você já tem. Nesse jogo de quem é o mais feliz, quanto mais exclusiva a felicidade, melhor a
69 posição no campeonato. “Sobretudo nas elites, é comprar experiências. Num processo em que você
70 tem uma redefinição de classes no Brasil, muitas pessoas começam a poder comprar coisas, e o
71 principal sinal de distinção das elites é caminhar dizendo: ‘Olha, coisas não me servem mais, porque
72 elas não me distinguem mais com tanta força. Eu vou em busca das experiências’”, afirma Alcofo-
73 rado. “Se qualquer um pode comprar uma bolsa da Chanel, poucas pessoas podem fazer um mo-
74 chilão pelo Sudeste Asiático e comer aquele frango com molho ‘thai’ em Bancoc, que ninguém
75 conhece”, completa. Sem consumo não se vive, não adianta fugir, diz o antropólogo, pois é essa a
76 regra do jogo. O segredo para não ser engolido é escolher o tipo de partida que você topa encarar.
77 Tudo em nome da felicidade – ou daquilo que imaginamos que ela seja.
Disponível em: http://tab.uol.com.br/felicidade/#tematico-1. Acesso em: 23 set. 2016 (adaptado).

OSG 2210/21
3
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

01. Uma concepção de felicidade semelhante àquela defendida na primeira parte do texto é metafori-
camente representada em
A) “A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar”.
Vinicius de Moraes
B) “Felicidade, és coisa estranha e dolorosa:
Fizeste para sempre a vida ficar triste:
um dia se vê que as horas todas passam,
e um tempo despovoado e profundo, persiste.”
Cecília Meireles
C) “Feliz quem não exige da vida mais do que ela espontaneamente lhe dá,
guiando-se pelo instinto dos gatos,
que buscam o sol quando há sol, e quando não há sol o calor, onde quer que esteja.”
Fernando Pessoa

D) “Eu não gosto de falar de felicidade, mas sim de harmonia: viver em harmonia com a nossa
própria consciência, com o nosso meio envolvente, com a pessoa de quem se gosta, com os
amigos. A harmonia é compatível com a indignação e a luta; a felicidade não, a felicidade é
egoísta.”
José Saramago

02. O trecho em destaque que expressa o ponto de vista do autor em relação à informação apresen-
tada é:
A) “Os gregos, como sempre, deram a largada lá atrás”.
B) “Com esses dados, os pesquisadores deduziram a equação”.
C) “Em primeiro lugar, economistas da felicidade são capazes de colocar preço monetário no
problema da miséria e da alienação”.
D) Nesse jogo de quem é o mais feliz, quanto mais exclusiva a felicidade, melhor a posição no
campeonato.

03. O trecho em que a citação NÃO foi utilizada com a finalidade de dar credibilidade técnica às infor-
mações apresentadas é:
A) “Isso poderia potencialmente ser usado por empresas para melhorar a satisfação de em-
pregados e clientes, perguntando para as pessoas sobre sua felicidade e prevendo-a com
base em suas experiências [...]”, afirma Rutledge. (3º parágrafo)
B) “Na era das imagens por ressonância magnética, tem se tornado cada vez mais comum falar
sobre o que nossos cérebros estão ‘querendo’ ou ‘sentindo’ [...]", afirma William Davies. (4º
parágrafo)
C) “A ciência da felicidade alcançou a influência que tem porque promete a solução que tanto se
esperava. [...] Isso permite que nossas emoções e bem-estar sejam colocados dentro de
cálculos mais amplos de eficiência econômica”, aponta Davies. (5º parágrafo)
D) “‘Olha, coisas não me servem mais, porque elas não me distinguem mais com tanta força.
Eu vou em busca das experiências’”, afirma Alcoforado. (6º parágrafo).

04. O emprego do pronome em destaque NÃO está de acordo com as regras de concordância da norma-
-padrão em:
A) Esse desafio toca principalmente neurocientistas e economistas: quantificar algo tão abstrato
que deveria ser impossível de medir. Mas eles insistem.
B) [...] os pesquisadores deduziram a equação, considerando o que os participantes esperavam
ganhar, as recompensas obtidas e as sensações geradas no cérebro de cada um deles.
C) Também estão nesse jogo de passar a felicidade a limpo equipes como a da University
College London, do Reino Unido. Eles publicaram em 2014 e atualizaram neste ano uma
fórmula matemática [...].
D) Quanto mais esse sentimento particular – que é a felicidade – se aproxima de algo concreto,
massificado, que podemos tocar ou até mesmo manusear, fica mais fácil dar a ele um valor
que se pode calcular.

OSG 2210/21
4
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

TEXTO 2

HERANÇA

78 – Vamos brincar de Brasil?


79 Mas sou eu quem manda
80 Quero morar numa casa grande
81 ... Começou desse jeito a nossa história.

82 Negro fez papel de sombra.

83 E foram chegando soldados e frades


84 Trouxeram as leis e os Dez-Mandamentos
85 Jabuti perguntou:
86 “– Ora é só isso?”

87 Depois vieram as mulheres do próximo


88 Vieram imigrantes com alma a retalho
89 Brasil subiu até o 10o andar

90 Litoral riu com os motores


91 Subúrbio confraternizou com a cidade

92 Negro coçou piano e fez música

93 Vira-bosta mudou de vida


94 Maitacas se instalaram no alto dos galhos

95 No interior
96 o Brasil continua desconfiado
97 A serra morde as carretas
98 Povo puxa bendito pra vir chuva

99 Nas estradas vazias


100 cruzes sem nome marcam casos de morte
101 As vinganças continuam
102 Famílias se entredevoram nas tocaias

103 Há noites de reza e cata-piolho

104 Nas bandas do cemitério


105 Cachorro magro sem dono uiva sozinho

106 De vez em quando


107 a mula-sem-cabeça sobe a serra
108 ver o Brasil como vai
Raul Bopp

05. Considerando-se as formas verbais empregadas no poema, constata-se que o pretérito perfeito
dialoga com o presente, de modo a permitir a divisão do texto em duas partes: a primeira parte,
do verso 1 ao 17 (linhas 78 a 94), e a segunda, do verso 18 ao 31 (linhas 95 a 108). Sobre essas
duas partes, podemos afirmar que
A) a primeira retrata a realidade brasileira do tempo da colonização; a segunda, os primeiros
anos do século XX.
B) a primeira sugere o processo de formação da cultura brasileira; a segunda, a manifestação,
no presente, de valores do passado.
C) a primeira enfoca o passado numa perspectiva a-histórica; a segunda, o presente em contra-
dição com o passado.
D) a primeira focaliza o legado cultural herdado pelo povo brasileiro; a segunda, as marcas de
um passado esquecido.

OSG 2210/21
5
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

06. A articulação das duas partes do texto é feita, principalmente, pelo(a)


A) notação de lugar, no “interior” (linha 95).
B) significação da forma verbal “continua” (linha 96).
C) substantivo “Brasil” (linha 96).
D) pelo uso da quadra, que repete o formato da estrofe inicial.

07. O cotejo das duas partes do texto sugere-nos, como ideia(s) básica(s) do poema,
I. a diversidade cultural brasileira.
II. a precariedade da cultura brasileira.
III. a permanência da tradição na cultura brasileira.

É correto o que se afirma


A) apenas em I.
B) apenas em III.
C) em I e II.
D) em I e III.

• O texto abaixo faz parte da obra Os Bruzundangas, por meio da qual Lima Barreto satiriza o Brasil.
Nela, um viajante estrangeiro descreve o país da Bruzundanga, que é o Brasil do início do século XX.

TEXTO 3
AS RIQUEZAS DA BRUZUNDANGA
109 Quando abrimos qualquer compêndio de geografia da Bruzundanga; quando se lê qualquer
110 poema patriótico desse país, ficamos com a convicção de que essa nação é a mais rica da terra.
111 “A Bruzundanga, diz um livro do grande sábio Volkate Ben Volkate, possui nas entranhas do
112 seu solo todos os minerais da terra.
113 A província das Jazidas tem ouro, diamantes; a dos Bois, carvão de pedra e turfa; a dos Cocos,
114 diamantes, ouro, mármore, safiras, esmeraldas; a dos Bambus, cobre, estanho e ferro. No reino
115 mineral, nada pede o nosso país aos outros. Assim também no vegetal, em que é sobremodo rica
116 a nossa maravilhosa terra.”
117 Nesse tom, todos os escritores, tanto os mais calmos e independentes como os de encomenda,
118 cantam a formosa terra da Bruzundanga.
119 Os seus acidentes naturais, as suas montanhas, os seus rios, os seus portos são também assim
120 decantados. Os seus rios são os mais longos e profundos do mundo; os seus portos, os mais fáceis
121 ao acesso de grandes navios e os mais abrigados, etc., etc.
122 Entretanto, quem examinar com calma esse ditirambo e o confrontar com a realidade dos fatos
123 há de achar estranho tanto entusiasmo.
124 A Bruzundanga tem carvão, mas não queima o seu nas fornalhas de suas locomotivas. Compra-
125 o à Inglaterra, que o vende por bom preço. Quando se pergunta aos sábios do país por que isso se
126 dá, eles fazem um relatório deste tamanho e nada dizem. Os do povo, porém, concluem logo que
127 o tal carvão de pedra da Bruzundanga não serve para fornalhas, mas, com certeza, pode ser
128 aproveitado como material de construção, por ser de pedra.
129 O que se dá com o carvão, dá-se com as outras riquezas da Bruzundanga. Elas existem, mas
130 ninguém as conhece. O ouro, por exemplo, é tido como uma das fortunas da Bruzundanga, mas lá
131 não corre uma moeda desse metal. Mesmo nas montras dos cambistas, as que vemos são
132 estrangeiras.
133 O povo da Bruzundanga é doce e crente, mais supersticioso do que crente, e entre as suas
134 supertições está esta do ouro. Ele nunca o viu, ele nunca sentiu o seu brilho fascinador; mas todo
135 bruzundanguense está certo de que possui no seu quintal um filão de ouro.
Lima Barreto

OSG 2210/21
6
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

08. Sobre a voz do locutor responsável pelas ideias do texto em estudo, pode-se dizer que ela adere
A) ao ponto de vista do sábio Volkate Ben Volkate.
B) ao ponto de vista dos escritores calmos e independentes.
C) ao ponto de vista dos escritores de encomenda.
D) a nenhum dos pontos de vista discriminados anteriormente.

TEXTO 4
Da influência dos espelhos
136 Tu lembras daqueles grandes espelhos côncavos ou convexos que em certos estabelecimentos
137 os proprietários colocavam à entrada para atrair os fregueses, achatando-os, alongando-os,
138 deformando-os nas mais estranhas configurações?
139 Nós, as crianças de então, achávamos uma bruta graça, por saber que era tudo ilusão, embora
140 talvez nem conhecêssemos o sentido da palavra “ilusão”.
141 Não, nós bem sabíamos que não éramos aquilo!
142 Depois, ao crescer, descobrimos que, para os outros, não éramos precisamente isto que somos,
143 mas aquilo que os outros veem.
144 Cuidado, incauto leitor! Há casos, na vida em que alguns acabam adaptando-se a essas imagens
145 enganosas, despersonalizando-se num segundo “eu”.
146 Que pode uma alma, ainda por cima invisível, contra o testemunho de milhares de espelhos?
147 Eis aqui um grave assunto para um conto, uma novela, um romance, ou uma tese de mestrado
148 em Psicologia.
QUINTANA, M. Na volta da esquina. Porto Alegre: Globo, 1979, p. 79.

09. Nesta crônica, Mario Quintana


A) alude a um antigo chamariz publicitário, para refletir sobre a personalidade profunda e sua
imagem exterior.
B) lembra-se das velhas táticas dos comerciantes para concluir que aqueles tempos eram bem
mais ingênuos que os de hoje.
C) alude às propriedades ilusórias dos espelhos, para mostrar que as crianças sentiam-
-se inteiramente capturadas por eles.
D) vale-se de um incidente de seu tempo de criança, para mostrar a importância que tem a
imaginação infantil.

10. Considere as seguintes afirmações.


I. O autor mostra que, quando criança, não imagina a força que pode ter a imagem que os
outros fazem de nós.
II. As crianças deixavam-se cativar pela magia dos espelhos, chegando mesmo a confundir as
imagens com a realidade.
III. O autor sustenta a ideia de que as crianças são menos convictas da própria identidade do que
os adultos.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I e II, apenas.

11. Acerca do emprego de termos ou expressões do texto, está INCORRETO o que se diz em
A) ao afirmar que algumas pessoas despersonalizam-se “num segundo ‘eu’”, o autor deixa im-
plícito que todos temos um “eu” original e autêntico.
B) na frase “não éramos precisamente isto que somos, mas aquilo que os outros veem”, os
pronomes destacados reforçam a oposição entre “somos” e “veem”.
C) na frase, “nós bem sabíamos que não éramos aquilo”, o termo destacado acentua bem a
distância e a superioridade com que as crianças avaliavam suas imagens deformadas.
D) a expressão “há casos, na vida” indica que o autor está interessado em generalizar e absolu-
tizar a verdade da tese que acaba de expor.

OSG 2210/21
7
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

TEXTO 5
Três teses sobre o avanço da febre amarela
149 Como a febre amarela rompeu os limites da Floresta Amazônica e alcançou o Sudeste, atingindo
150 os grandes centros urbanos? A partir do ano passado, o número de casos da doença alcançou níveis
151 sem precedentes nos últimos cinquenta anos. 1Desde o início de 2017, foram confirmados 779
152 casos, 262 deles resultando em mortes. Trata-se do maior surto da forma silvestre da doença já
153 registrado no país. Outros 435 registros ainda estão sob investigação.
154 Como tudo começou? Os navios portugueses vindos da África nos séculos XVII e XVIII não
155 trouxeram ao Brasil somente escravos e mercadorias. 2Dois inimigos silenciosos vieram junto: o
156 vírus da febre amarela e o mosquito Aedes aegypti. A consequência foi uma série de surtos de
157 febre amarela urbana no Brasil, com milhares de mortos. Por volta de 1940, a febre amarela
158 urbana foi erradicada. Mas o vírus migrou, pelo trânsito de pessoas infectadas, para zonas de
159 floresta na região Amazônica. No início dos anos 2000, a febre amarela ressurgiu em áreas da
160 Mata Atlântica. Três teses tentam explicar o fenômeno.
161 Segundo o professor Aloísio Falqueto, da Universidade Federal do Espírito Santo, “uma pessoa
162 pegou o vírus na Amazônia e entrou na Mata Atlântica depois, possivelmente na altura de Montes
163 Claros, em Minas Gerais, onde surgiram casos de macacos e pessoas infectadas”. O vírus teria se
164 espalhado porque os primatas da mata eram vulneráveis: como o vírus desaparece da região na
165 década de 1940, não desenvolveram anticorpos. Logo os macacos passaram a ser mortos por seres
166 humanos que temem contrair a doença. 3O massacre desses bichos, porém, é um “tiro no pé”, o
167 que faz crescer a chance de contaminação de pessoas. Sem primatas para picar na copa das
168 árvores, os mosquitos procuram sangue humano.
169 De acordo com o pesquisador Ricardo Lourenço, do Instituto Oswaldo Cruz, os mosquitos
170 transmissores da doença se deslocaram do Norte para o Sudeste, voando ao longo de rios e
171 corredores de mata. Estima-se que um mosquito seja capaz de voar 3 km por dia. 4Tanto o homem
172 quanto o macaco, quando picados, só carregam o vírus da febre amarela por cerca de três dias.
173 Depois disso, o organismo produz anticorpos. Em cerca de dez dias, primatas e humanos ou
174 morrem ou se curam, tornando-se imunes à doença.
175 Para o infectologista Eduardo Massad, professor da Universidade de São Paulo, o rompimento
176 da barragem da Samarco, em Mariana (MG), em 2015, teve papel relevante na disseminação
177 acelerada da doença no Sudeste. A destruição do habitat natural de diferentes espécies teria
178 reduzido significativamente os predadores naturais dos mosquitos. A tragédia ambiental ainda
179 teria afetado o sistema imunológico dos macacos, tornando-os mais suscetíveis ao vírus.
180 Por que é importante determinar a “viagem” do vírus? Basicamente, para orientar as
181 campanhas de vacinação. Em 2014, Eduardo Massad elaborou um plano de imunização depois
182 que 11 pessoas morreram vítimas de febre amarela em Botucatu (SP): “Eu fiz cálculos
183 matemáticos para determinar qual seria a proporção da população nas áreas não vacinadas que
184 deveria ser imunizada, considerando os riscos de efeitos adversos da vacina. Infelizmente, a
185 Secretaria de Saúde não adotou essa estratégia. Os casos acontecem exatamente nas áreas onde
186 eu havia recomendado a vacinação. A Secretaria está correndo atrás do prejuízo”. Desde julho de
187 2017, mais de 100 pessoas foram contaminadas em São Paulo e mais de 40 morreram.
188 O Ministério da Saúde afirmou em nota que, desde 2016, os estados e municípios vêm sendo
189 orientados para a necessidade de intensificar as medidas de prevenção. A orientação é que
190 pessoas em áreas de risco se vacinem.
PASSARINHO, N. Disponível em: bbc.com, 6 fev. 2018 (adaptado).

12. A frase que contém uma explicação do conteúdo da frase anterior está sublinhada em:
A) Desde o início de 2017, foram confirmados 779 casos, 262 deles resultando em mortes. Trata-
-se do maior surto da forma silvestre da doença já registrado no país. (ref. 1)
B) Dois inimigos silenciosos vieram junto: o vírus da febre amarela e o mosquito Aedes aegypti. A
consequência foi uma série de surtos de febre amarela urbana no Brasil, com milhares de mortos.
(ref. 2)
C) O massacre desses bichos, porém, é um “tiro no pé”, o que faz crescer a chance de contami-
nação de pessoas. Sem primatas para picar na copa das árvores, os mosquitos procuram
sangue humano. (ref. 3)
D) Tanto o homem quanto o macaco, quando picados, só carregam o vírus da febre amarela por
cerca de três dias. Depois disso, o organismo produz anticorpos. (ref. 4)

OSG 2210/21
8
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

MATEMÁTICA

13. Entre as peças de um jogo para montar figuras, há 48 palitos iguais, com 3 cm de comprimento.
Joana usou todos esses palitos, inteiros, para fazer triângulos, com 3 palitos cada um, e quadrados,
usando 4 palitos para cada um, num total de 13 polígonos. A soma dos perímetros de todos os
triângulos que Joana fez com esses palitos é igual, em centímetros, a
A) 36.
B) 48.
C) 96.
D) 108.

14. Observe o padrão de distribuição dos números ímpares positivos a seguir:

Linha 1 1
Linha 2 3 5
Linha 3 7 9 11
Linha 4 13 15 17 19
Linha 5 21 23 25 27 29
Linha 6 31 33 35 37 39 41
 
O menor número da linha 17 dessa distribuição é igual a
A) 267.
B) 273.
C) 291.
D) 255.

15. Suponha que, numa caixa, há cinco fichas com números positivos e quatro fichas com números
negativos. A quantidade de maneiras que se podem tirar 3 fichas dessa caixa, tal que o produto
dos seus números seja positivo, é
A) 44.
B) 600.
C) 16.
D) 40.

16. Sejam as funções ƒ(x) = x – 3 e g(x) = x2 – 2x + 4. Para qual valor de x tem ƒ(g(x)) = g(ƒ(x))?
A) 2
B) 3
C) 4
D) 5

17. Seja ABC um triângulo cujos lados AB, AC e BC medem 6 cm, 8 cm e 10 cm, respectivamente.

Considere os pontos M e N sobre o lado BC tais que AM é a altura relativa a BC e N é o ponto


médio de BC. A área do triângulo AMN, em cm2, é
A) 3,36.
B) 3,60.
C) 4,20.
D) 4,48.

OSG 2210/21
9
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

18. As retas 2x − y − 4 =0 e 2x + 3y − 12 =
0 interceptam-se no centro de uma circunferência de raio
igual a 3. Então, podemos dizer que
A) a circunferência corta o eixo y em dois pontos.
B) a circunferência corta o eixo x em um ponto.
C) a circunferência é tangente ao eixo x.
D) a circunferência é tangente ao eixo y.

19. Para que o resto da divisão de 2x4 − 3x3 + mx − 2 por x3 + 1 seja independente de x, devemos ter
A) m = −2.
B) m = 2.
C) m = 4.
D) m = 0.

20. O gráfico da função f :  → , dada por f (x)= mx2 + nx + p, com m ≠ 0, é a parábola esboçada
abaixo, com vértice no ponto V. Então, podemos concluir corretamente que

A) m < 0, n < 0 e p < 0.


B) m < 0, n > 0 e p > 0.
C) m < 0, n < 0 e p > 0.
D) m > 0, n < 0 e p > 0.

21. Sabendo que a área do triângulo acutângulo indicado na figura é 100 3 cm2 , o ângulo β é

π
A) .
6
π
B) .
4
π
C) .
3
π
D) .
8

OSG 2210/21
10
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

22. As figuras mostram um cilindro reto A, de raio da base r, altura h e volume VA , e um cilindro reto
B, de raio da base 2r, altura 2h e volume VB , cujas superfícies laterais são retângulos, de áreas
SA e SB.

SA V
Nesse caso, é correto afirmar que e A valem, respectivamente,
SB VB
1 1
A) e .
4 8
1 1
B) e .
2 6
1 1
C) e .
4 6
1 1
D) e .
2 2

HISTÓRIA

23. No que concerne à hegemonia econômica e político-administrativa de Fortaleza a partir da segunda


metade do século XIX, pode-se afirmar corretamente que
A) a base essencial da prevalência de Fortaleza sobre as demais cidades decorreu, fundamen-
talmente, da centralização, na capital, de um volume maior da produção para o mercado
externo.
B) desde os princípios da colonização, Fortaleza já despontava como o núcleo urbano econômico e
político dominante, principalmente em razão das charqueadas.
C) mais importante do que a produção algodoeira, a cultura e comercialização externa do café per-
mitiram ampliar as atividades econômicas de Fortaleza, dotando-as de equipamentos e serviços.
D) nos anos situados entre 1860 e 1880, o Porto de Aracati era ainda privilegiado em relação ao
Porto de Fortaleza, em virtude de possuir maior fluxo de embarcações que transportavam
produtos para o mercado internacional.

24. “O exercício da cidadania tornou-se caricatura. O cidadão republicano era o marginal mancomunado
com os políticos; os verdadeiros cidadãos mantinham-se afastados da participação no governo. Os
representantes do povo não representavam ninguém e os representados não existiam e o ato de
votar era uma operação de capangagem.”
CARVALHO, J. M. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 89-91.

O texto acima revela a ficção da soberania popular durante a República Velha. Com base nele,
assinale a opção verdadeira.
A) A participação eleitoral dos setores populares foi expressa pela criação de vários partidos direci-
onados aos seus interesses, partidos esses que tiveram longa trajetória na República Velha.
B) Organizações políticas partidárias, como os batalhões patrióticos do período florianista, espa-
lharam-se pelo país constituindo uma opção política para os setores populares.
C) Ainda durante a Primeira República, os clubes jacobinos foram as únicas organizações parti-
dárias a possuírem vida longa e a constituírem-se em todos os Estados.
D) A ausência de participação eleitoral encontrava sua contrapartida na dificuldade de constitui-
ção de partidos políticos, apesar do esforço de organização política no segmento operário,
principalmente nos grandes centros do país.

OSG 2210/21
11
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

25.
“Meu chapéu de lado “Quem trabalha é quem tem razão
Tamanco arrastado Eu digo e não tenho medo de errar
Lenço no pescoço O bonde São Januário
Navalha no bolso Leva mais um operário
Eu passo gingando Sou eu que vou trabalhar”
Provoco e desafio Bonde São Januário, 1940, com Ataulfo Alves.

Eu tenho orgulho
De ser tão vadio”
Lenço no Pescoço, 1933.

Com base nas letras destas canções de Wilson Batista, assinale a alternativa que expressa correta-
mente uma das faces da política cultural no período do Estado Novo.
A) O ambiente democrático do período getulista favorecia a livre manifestação artística e o go-
verno não se preocupava com a proliferação da vadiagem nos grandes centros urbanos.
B) Toda atividade cultural deveria ser autorizada e financiada pelo governo, o que garantiu a livre
manifestação artística de todos os segmentos sociais, desde os mais pobres até os mais ricos.
C) Os órgãos governamentais divulgavam permanentemente as diretrizes para todas as atividades
culturais, não intervindo, porém, na criação artística nem na escolha dos temas a serem aborda-
dos pelos artistas.
D) Por meio do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), o governo reprimia a malandragem
e estimulava a ideia de trabalho árduo como alavanca para o progresso individual e coletivo.

26.
As caravanas

É um dia de real grandeza, tudo azul Sol


Um mar turquesa à la Istambul enchendo os olhos A culpa deve ser do sol que bate na moleira
Um sol de torrar os miolos O sol que estoura as veias
Quando pinta em Copacabana O suor que embaça os olhos e a razão
A caravana do Arará, do Caxangá, da Chatuba E essa zoeira dentro da prisão
A caravana do Irajá, o comboio da Penha Crioulos empilhados no porão
Não há barreira que retenha esses estranhos De caravelas no alto mar
Suburbanos tipo muçulmanos do Jacarezinho
A caminho do Jardim de Alá Tem que bater, tem que matar, engrossa a gritaria
É o bicho, é o buchicho, é a charanga Filha do medo, a raiva é mãe da covardia
Ou doido sou eu que escuto vozes
(...) Não há gente tão insana
Nem caravana do Arará
Com negros torsos nus deixam em polvorosa Não há, não há
A gente ordeira e virtuosa que apela (...)
Pra polícia despachar de volta
O populacho pra favela
Ou pra Benguela, ou pra Guiné

CHICO BUARQUE. Disponível em: letras.mus.br

Na letra da canção, o compositor estabelece vínculos entre diferentes temporalidades. Esses víncu-
los explicitam uma relação de causalidade entre os seguintes elementos:
A) Processo histórico e estrutura social.
B) Origem geográfica e violência urbana.
C) Doutrina religiosa e fundamentação ideológica.
D) Movimento pendular e segregação residencial.

OSG 2210/21
12
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

27. São características da Democracia Ateniense Antiga:


A) Imperialismo, escravismo e democracia direta.
B) Democracia representativa, imperialismo e escravismo.
C) Trabalho livre, não exploração de colônias e democracia direta.
D) Democracia indireta, não exploração de colônias e escravismo.

28. Afirmo, portanto, que tínhamos atingido já o ano bem farto da Encarnação do Filho de Deus de
1348, quando, na mui excelsa cidade de Florença, cuja beleza supera a de qualquer outra da Itália,
sobreveio a mortífera pestilência.
BOCCACCIO, G. Decamerão. São Paulo: Círculo do Livro, 1991.

No século XIV, a Europa conheceu uma crise, marcada pela tríade “guerra, peste e fome”. No
entanto, esta crise possibilitou condições para inúmeras transformações.
Como exemplo dessas transformações, ocorridas a partir do século XV, podemos citar
A) aumento da densidade demográfica, determinando o crescimento da produção de alimentos.
B) reforço dos laços de servidão, provocando a migração de habitantes das cidades para o campo.
C) início do processo de expansão marítima, fortalecendo as monarquias em processo de cen-
tralização.
D) reabertura do Mar Mediterrâneo, promovendo o crescimento de relações econômicas mais
dinâmicas.

29. Os meios de persuasão empregados por governantes do século XX, como Hitler, Mussolini e Stalin
– e, em menor grau, pelos presidentes franceses e norte-americanos – são análogos, sob certos
aspectos importantes, aos meios empregados por Luís XIV.
BURKE, P. A Fabricação do Rei. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1994.

Na época de Luís XIV, esses meios de persuasão para se fabricar a imagem pública do rei justifica-
vam-se em função da lógica inerente ao absolutismo.
Este regime político pode ser definido como um sistema em que
A) o poder se restringia a um só homem, sem leis.
B) a centralização do poder na figura do rei era legitimada através do povo.
C) os grupos e instituições não tinham o direito de opor-se às decisões do rei.
D) a tradicional divisão dos poderes – executivo, legislativo, e judiciário – era o desejo do sobe-
rano.

30.
O que é uma nação?

O homem não é escravo nem de sua raça, nem de sua língua, nem de sua religião, nem do
curso dos rios, nem da direção das cadeias de montanhas. Um grande agrupamento de homens, de
espírito sadio e coração ardoroso, cria uma consciência moral que se chama nação. Enquanto puder
provar sua força através dos sacrifícios que exigem a abdicação dos indivíduos em prol de uma
comunidade, essa consciência moral será legítima, terá o direito de existir. Se surgem dúvidas
quanto a fronteiras, consultem-se as populações envolvidas. Elas têm bem o direito de ter uma
opinião na questão.
ERNEST RENAN. Conferência na Universidade de Sorbonne, 1882. Disponível em: revistas.usp.br.

Ao longo do século XX, houve acontecimentos vinculados a projetos nacionalistas similares à con-
cepção defendida pelo historiador Ernest Renan, em 1882. Identifica-se como um desses aconteci-
mentos a
A) emancipação do Vietnã na pacificação da Indochina.
B) divisão da Polônia no curso da Segunda Guerra Mundial.
C) criação da Iugoslávia no final da Primeira Guerra Mundial.
D) reunificação da Alemanha no contexto da crise da URSS.

OSG 2210/21
13
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

GEOGRAFIA

31. Observe os blocos-diagramas abaixo. Neles estão representados alguns processos diferentes de
modelagem do relevo terrestre.

1 2
BLOOM, A. Superfície da Terra. São Paulo: JATOBÁ, L.; LINS, R. C. Tópicos Especiais de Geografia
Edgard Blücher, 1996. física. Recife: UFPE, 2001.

3 4
BLOOM, A. Superfície da Terra. São Paulo: JATOBÁ, L.; LINS, R. C. Tópicos Especiais de Geogra-
Edgard Blücher, 1996. fia física. Recife: Bagaço, 1995.

Assinale V ou F nas proposições abaixo, conforme sejam respectivamente verdadeiras ou falsas em


relação aos processos erosivos que modelam as referidas paisagens.
( ) O bloco-diagrama 1 mostra o trabalho do mar em uma costa plana, na qual o processo
destrutivo de abrasão das ondas é mínimo, prevalecendo o processo de deposição na for-
mação de restingas e lagunas.
( ) A paisagem representada no bloco-diagrama 2 é típica de regiões úmidas, como o litoral
brasileiro, onde predominam os mares de morros com relevo em forma de meias-laranjas
cuja erosão pluvial é o principal agente modelador.
( ) O bloco-diagrama 3 mostra uma paisagem alpina, inexistente no território brasileiro, escul-
pida pela erosão glaciária que cavou um vale em forma de “U” com picos piramidais, ásperos
e pontiagudos.
( ) A paisagem mostrada na figura 4 é típica das regiões desérticas ou semiáridas nas quais
predominam a desagregação térmica das rochas, e a erosão eólica é a mais importante para
modelagem do relevo.
A sequência correta das assertivas é
A) V – V – V – F.
B) F – V – V – V.
C) F – V – F – V.
D) V – V – F – F.

OSG 2210/21
14
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

32. Estabeleça a correlação entre as características dos conceitos estabelecidos na coluna I.


( 1 ) Ilha de calor ( ) É um fenômeno meteorológico que provoca grandes danos à
saúde da população urbana, em decorrência dos poluentes
que ficam retidos nas camadas baixas da atmosfera.
( 2 ) Inversão térmica ( ) É um dos mais importantes sistemas meteorológicos que
atuam nos trópicos. Ela é parte integrante da circulação ge-
ral da atmosfera.
( 3 ) Chuva ácida ( ) Corresponde ao aumento da produção de calor na área ur-
bana. É resultante da vegetação escassa, do excesso de con-
creto e asfalto.
( 4 ) Zona de convergência ( ) Produzida por gotas de água carregadas de ácidos, resultantes
intertropical dos resíduos poluentes depositados na atmosfera pelas indús-
trias, automóveis etc. Esses resíduos entram em reação quí-
mica com água formando o ácido sulfúrico, os quais se preci-
pitam em forma de chuva.
A alternativa que apresenta a sequência correta é
A) 2 – 4 – 1 – 3.
B) 4 – 2 – 1 – 3.
C) 1 – 3 – 2 – 4.
D) 4 – 1 – 2 – 3.

33. Manoel Correia de Andrade, ao se referir a algumas áreas diferenciadas que estão presentes no
semiárido nordestino, afirma que são “cristas com altitudes superiores a 700 metros e que resultam
da ação conjunta de dois fatores: a altitude e a exposição dos ventos úmidos do sudeste. A altitude,
amenizando a temperatura, diminui a intensidade da evaporação e provoca à noite a condensação
do vapor-d’água transportado pelo vento”.
ANDRADE, M. C. 5. ed. A Terra e o Homem do Nordeste: contribuição ao estudo da questão agrária no nordeste. São Paulo: Atlas, 1986. p. 34.

Tais áreas correspondem


A) às de dissecação comandadas pelos rios Paraíba e Curimataú, que formam trechos rebaixados
sobre o planalto da Borborema, cuja altitude vai de 400 a 600 metros.
B) aos brejos de altitude e exposição, a exemplo dos brejos paraibanos.
C) ao agreste da Borborema, onde, nas porções soerguidas, a presença de uma mata (que perde
suas folhas na estação seca) deu lugar a uma agricultura comercial.
D) aos vales úmidos dos rios temporários do sertão que possibilitaram a formação dos chamados
brejos ciliares.

34. Em 23 de junho de 2016 os eleitores no Reino Unido votaram majoritariamente em um referendo


para deixar a União Europeia (UE), o chamado Brexit – que é uma contração das palavras Britain
Exit. Sobre o Reino Unido e o complexo processo de negociação da saída da União Europeia, assinale
a alternativa correta.
A) Entre os argumentos utilizados pelos defensores do Brexit durante a campanha que antecedeu
o referendo, teve forte repercussão os supostos riscos do fenômeno da imigração e um dis-
curso nacionalista.
B) Entre as diversas dificuldades encontradas na negociação para a saída da União Europeia,
destaca-se o fato de o Reino Unido atualmente fazer parte da zona monetária única do bloco,
ao adotar o Euro como moeda.
C) O processo de negociação encontra dificuldades em avançar porque o resultado do referendo
que aprovou a saída da União Europeia foi vencedor em apenas três dos quatro países que
compõem o Reino Unido: Inglaterra, Escócia e País de Gales. No outro país onde houve a
consulta – a Irlanda do Norte –, a maioria da população foi contra e por isso a saída da União
Europeia representa, também, a saída desse país do Reino Unido.
D) A intensa integração que caracteriza o atual sistema financeiro mundial fez com que a crise fi-
nanceira de 2008 impactasse fortemente os países membros da União Europeia com economia
mais frágil, como o Reino Unido e a Grécia, dificultando a continuidade desses países no bloco.

OSG 2210/21
15
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

35. Fome, guerras, miséria, exploração predatória e vida selvagem configuram um quadro que o ima-
ginário coletivo associa, geralmente, à África. No entanto, esse espaço não se resume apenas a tal
quadro. Com relação ao continente africano, é correto afirmar:
I. Os últimos anos têm registrado um expressivo incremento das trocas comerciais entre a África
e a China. Esse país asiático interessa-se, principalmente, pelas commodities minerais e pelo
suprimento energético.
II. A Nigéria tem se desenvolvido e diversificado sua economia investindo no setor de telecomu-
nicações, apesar de o petróleo ainda ser importante na economia do país.
III. Melhorias na infraestrutura urbana e redução do deficit de moradias têm contribuído para o
significativo aumento da população urbana no continente, que já ultrapassa a rural.
IV. Alguns regimes ditatoriais foram derrubados devido aos protestos desencadeados pela Prima-
vera Árabe. Atualmente, governos mais representativos renovam as esperanças no fortaleci-
mento da democracia em países como Líbia, Egito, Tunísia e Argélia.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas, dentre as listadas acima.
A) I e II
B) II e III
C) I e IV
D) II e IV

36. “Uma das alterações produzidas recentemente, causada pela incorporação do elemento ambiental
no discurso de desenvolvimento, foi o estabelecimento de novas diretrizes para o uso da terra. A
Amazônia, um dos principais objetos de preocupação dos ambientalistas, voltou à cena e tornou-
-se objeto de disputa pela sua significação.”
RABELLO, A. C. 2013. Amazônia: uma fronteira volátil. Estudos Avançados. 27(78), 213-235.
Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/S0103-401420130002000014.

Sobre os problemas ligados à ocupação do espaço amazônico que vêm preocupando os ambienta-
listas, assinale a opção correta.
A) O avanço chamado “arco de devastação” teve seu período mais intenso durante o governo de
Getúlio Vargas, fase de grande expansão da indústria regional, principalmente depois da cri-
ação da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA).
B) Para além da dimensão aparente do desmatamento, o “arco de devastação” amazônico dá
conta de um processo mais amplo e menos visível, como uma intrincada e oculta teia de
tráfego clandestino de animais, de biopirataria, de garimpo e de madeira acontecendo sob as
copas das árvores.
C) Os modos de vida tradicionais dos chamados “povos da floresta” têm sido determinantes na
configuração da catástrofe ambiental amazônica devido, principalmente, à ligação indissociá-
vel entre o baixo nível tecnológico das atividades que desenvolvem e a degradação ambiental.
D) A província mineral da serra dos Carajás, no sudoeste do Pará, é a maior reserva de minério
de ferro do mundo, tendo sido administrada, desde o início de sua operação, pela hoje priva-
tizada Companhia Vale do Rio Doce, e é considerada modelo de extração mineral sustentável.

OSG 2210/21
16
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

37. Acerca das características regionais e da produção do espaço no Ceará, é verdadeiro dizer que

A) as bacias hidrográficas metropolitanas dos rios Cocó, Ceará e de seu principal afluente, o rio
Maranguapinho, têm a qualidade de suas águas bastante comprometidas devido aos impactos
da urbanização desordenada e do lançamento de resíduos domésticos e industriais.
B) a formação de inúmeros condomínios residenciais fechados de luxo adquire muita evidência
na Região Metropolitana de Fortaleza, onde se observa um acentuado processo de transfe-
rência de população rica para os municípios localizados ao sul e sudoeste da capital.
C) a Região do Sertão Central, situado numa sub-bacia sedimentar, apresenta aspectos diferencia-
dos das regiões circundantes, favorecendo o desenvolvimento da agroindústria canavieira e de
importantes atividades da indústria cearense, a exemplo dos gêneros têxtil e de confecções.
D) no Cariri, o aproveitamento social da água em termos de volume que chega pelas chuvas está
crescendo, pois existe um uso mais racional desse recurso depois que a indústria e os serviços
urbanos passaram a ser as principais atividades econômicas da região.

38. É inequívoca a influência do clima sobre as mais variadas atividades humanas, na diferenciação da
paisagem e na biogeografia. Analise as afirmativas abaixo:
I. A célula tropical (também chamada célula de Hadley) é responsável pela transferência de
calor e umidade entre as latitudes equatoriais e subtropicais. Nela, podem-se identificar os
ventos alísios e os contra-alísios.
II. O El Niño é uma anomalia climática com desdobramentos globais. Na costa ocidental da Amé-
rica do Sul, o fenômeno provoca a elevação da temperatura da água do mar e, consequente-
mente, um aumento da atividade pesqueira no litoral peruano.
III. No Sul e Sudeste da Ásia, a agricultura tradicional é muito influenciada pelo regime das monções,
cujo mecanismo básico de alternância de centros de pressão é semelhante ao que regula as brisas
marinhas e terrestres, ressalvadas a duração e as respectivas escalas de abrangência.
IV. O clima mediterrâneo, típico do sul da Europa, das extremidades norte e sul da África, de
parte do litoral chileno e californiano e da porção meridional da Austrália, apresenta duas
estações bem distintas: um verão quente e chuvoso e um inverno frio e seco.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas, dentre as listadas acima.
A) I e II
B) I e III
C) II e III
D) II e IV

OSG 2210/21
17
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

FÍSICA

39. De acordo com o Princípio de Arquimedes, um corpo qualquer imerso (sem encostar no fundo do
recipiente) em um líquido em equilíbrio sofre uma força resultante aplicada pelo líquido denominada
empuxo, cujo módulo, direção e sentido são, respectivamente,
A) peso do corpo, vertical para baixo.
B) peso do líquido deslocado, vertical para cima.
C) diferença entre o peso do corpo e do líquido deslocado, vertical para cima.
D) peso do líquido deslocado, vertical para baixo.

40. Uma onda transversal se propaga ao longo de uma corda esticada. O gráfico representa o deslocamento
transversal y da corda em função da posição x, ambos em centímetros, num determinado instante.

HALLIDAY, D. et al. Fundamentos de Física, vol. 2.

Sabendo que a velocidade de propagação da onda é 2 m/s, é correto afirmar que a amplitude da
onda, em centímetros, e sua frequência, em hertz, são, respectivamente,
A) 4 e 4.
B) 4 e 5.
C) 8 e 4.
D) 5 e 5.

41. Uma competição muito interessante é a do salto em distância. Supondo que a massa da atleta
esteja toda concentrada no seu centro de massa, sua trajetória poderá ser considerada parabólica,
como ilustrado na figura, onde o atleta imprime uma velocidade v0, formando um ângulo α com a
horizontal.

Desprezando a resistência do ar, é correto afirmar que a distância alcançada pelo atleta
A) é diretamente proporcional à aceleração da gravidade.
B) depende da velocidade inicial do salto, v0.
C) é inversamente proporcional à velocidade inicial v0.
D) é diretamente proporcional à altura máxima atingida.

OSG 2210/21
18
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

42. Muitos acidentes de trânsito acontecem porque pelo menos um dos envolvidos não percebe a pre-
sença de outros veículos na via. Esta situação pode explicar por que uma parte significativa dos
acidentes de trânsito ocorridos em muitas cidades brasileiras, envolve motocicletas. As caracterís-
ticas deste veículo – ágil e de dimensões reduzidas – contribuem para dificultar a percepção da sua
presença no leito viário.
O Anexo I da resolução nº 636/84 do CONTRAN estabelece os "requisitos para o desempenho e
fixação de espelhos retrovisores, tais que proporcionem proteção contra impactos e ao condutor
uma retrovisão clara e desobstruída".
Quanto à segurança, dentre as assertivas abaixo, qual(is) a(s) característica(s) apresentada(s) pe-
los espelhos retrovisores externos?
I. Independentemente da distância do objeto diante de um espelho retrovisor convexo, a ima-
gem será sempre virtual.
II. Se forem convexos, reduzem o tamanho das imagens e aumentam o campo visual.
III. É conveniente que sejam côncavos, porque podem produzir imagens menores que os objetos.

Assinale a alternativa correta.


A) Todas as assertivas caracterizam os espelhos retrovisores externos.
B) Apenas I e II caracterizam os referidos espelhos.
C) Apenas I e III caracterizam os referidos espelhos.
D) Apenas II e III caracterizam os referidos espelhos.

43. Para obter as informações de que precisam, os espiões


interceptam as conversas de qualquer pessoa que tenha
contato com seus alvos. Como a tecnologia do telefone,
de um modo geral, é extremamente simples, faz dele
um sistema vulnerável a diversos tipos de grampo tele-
fônico. A maneira mais fácil de fazer isso é conectar um
telefone em algum trecho da linha que esteja do lado
de fora da casa.
Disponível em: http://ciencia.hsw.uol.com.br/grampo-telefonico.html

Para este tipo de grampo telefônico, julgue as afirmações que vêm a seguir e, posteriormente,
assinale a alternativa correta.
I. Este tipo de grampo é fácil de instalar, mas apresenta uma desvantagem: se o microfone da
escuta telefônica não for desabilitado, a respiração do grampeador poderá ser escutada pela
pessoa que está sendo grampeada.
II. No esquema apresentado na figura, a escuta telefônica está associada, em série, com o telefone.
III. Com essa ligação, o grampeador consegue usar a linha da pessoa da mesma forma que ela
usa, isto é, o grampeador pode ouvir e fazer ligações.

A) Todas estão corretas.


B) Apenas I e II estão corretas.
C) Apenas I e III estão corretas.
D) Apenas II e III estão corretas.

44. Em um passeio de final de semana, uma família viaja de carro percorrendo, aproximadamente,
100 km a uma velocidade média de 100 km/h, param por uma hora e seguem viagem percorrendo
mais 40 km em 30 minutos. Com esses dados, pode-se afirmar que a velocidade média (em km/h),
desenvolvida pelo carro no percurso total, foi de
A) 100.
B) 84.
C) 60.
D) 56.

OSG 2210/21
19
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

45. Para combater a degradação ambiental, o uso de satélites constitui uma importante ferramenta
nesta atividade, pois permite o monitoramento de áreas de desmatamento e identificação de focos
de queimadas. As imagens dos satélites são obtidas a partir da medição da radiação que é refletida
pela vegetação.
Sobre a radiação refletida de volta ao espaço pela vegetação, observada por satélites, pode-se
afirmar:
A) A radiação visível que incide na vegetação é integralmente absorvida e reemitida em forma
de radiação infravermelha.
B) A vegetação absorve integralmente a radiação incidente e a potencializa em forma de ali-
mento.
C) A radiação refletida pela vegetação é predominantemente de cor verde.
D) A radiação que incide sobre a vegetação tem velocidade de propagação constante em qual-
quer meio.

46. Assinale a alternativa correta.


A) O sentido do vetor campo elétrico produzido por uma carga positiva, em um ponto do espaço,
é de afastamento em relação à carga.
B) A Lei de Coulomb estabelece uma relação direta de proporcionalidade entre a força elétrica e
o produto das massas dos corpos eletrizados.
C) O sentido do vetor campo elétrico produzido por uma carga negativa, em um ponto do espaço,
é de afastamento em relação à carga.
D) Se um bastão carregado eletricamente atrai um pequeno objeto, então o objeto está carre-
gado com carga de mesmo sinal que o bastão.

QUÍMICA

DADOS PARA SEREM UTILIZADOS NA PROVA DE QUÍMICA

ELEMENTOS NÚMERO ATÔMICO MASSAS MOLARES (g/mol)


H 1 1
C 6 12
N 7 14
O 8 16
S 16 32
Ni 28 59
Zn 30 65
Cd 48 112
Pb 82 207

47. A decomposição térmica do ácido nítrico na presença de luz libera NO2 de acordo com a seguinte
reação não balanceada:
HNO3(aq) → H2O() + NO2(g) + O2(g)
Assinale a alternativa que apresenta o volume de gás liberado, nas CNTP, quando 6,3 g de HNO3
são decompostos termicamente.
Dado: R = 0,082 atm·L·K-1·mol-1.
A) 2,24 L
B) 2,80 L
C) 4,48 L
D) 6,30 L

OSG 2210/21
20
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

48. Numa aula prática de eletroquímica, os alunos realizaram um estudo sobre revestimento de mate-
riais por meio de eletrólise. Nesse estudo, eles efetuaram, numa cuba eletrolítica, o cobreamento
de um prego, utilizando uma solução de sulfato de cobre (II) e um fio de cobre puro como contra-
eletrodo. Para isso, utilizaram uma bateria como fonte externa de energia, com uma corrente con-
tínua de intensidade constante de 100 mA e gastaram o tempo de 2 minutos. Considerando-se não
haver interferência no experimento, a massa aproximada de cobre metálico depositada sobre o
prego foi de
Dados: massa molar do cobre = 64 g/mol; 1 Faraday = 96.500 C/mol.
A) 3,98 mg.
B) 6,50 mg.
C) 20,42 mg.
D) 12,01 mg.

49. A tabela a seguir mostra algumas substâncias presentes em insumos químicos de importância in-
dustrial.
Substância
I KMnO4
II H3BO3
III KI
IV NH4OH

Pela análise da tabela, é INCORRETO afirmar que a substância


A) I pode ser usado como bactericida devido a sua ação oxidante.
B) IV é utilizado em produtos de limpeza.
C) II é classificado como um ácido fraco.
D) III é um sal insolúvel em água.

50. Uma das principais descobertas que impulsionou a produção de alimentos foi o processo industrial
de Haber-Bosch, ocorrido há mais de 100 anos, cuja reação está representada abaixo. Considerando
que para esta reação ∆G0 = 5 108 , e tendo em vista conceitos sobre termodi-
−16 kJ / mol e Kc =⋅
nâmica das reações
N2(g) + 3H2(g)  2NH3(g)
A) Nestas condições, trata-se de uma reação espontânea que, no estado de equilíbrio, apresenta
maior concentração de reagente em relação à concentração de produtos.
B) O sinal algébrico para o ∆𝑆𝑆 𝑜𝑜 para esta reação é negativo.
C) Esta reação é espontânea para qualquer temperatura.
D) Para uma transformação espontânea, a entropia do universo sempre diminuirá.

51. O aspartame é utilizado como edulcorante em alimentos dietéticos. Assim que ingerido, ele é con-
vertido em fenilalanina, um aminoácido, através de uma reação de hidrólise, conforme a equação
química a seguir.

Fenilalanina

Sobre as substâncias químicas participantes desta reação, marque o item correto.


A) O aspartame possui somente 3 carbonos com hibridização sp2.
B) A fenilalanina possui caráter anfótero.
C) Etanol é liberado como subproduto da hidrólise do aspartame.
D) O aspartame possui fórmula molecular C14H23N2O5.

OSG 2210/21
21
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

52. Acerca dos fenômenos de isomeria, analise as alternativas a seguir.


I. Os compostos butan-1-ol e butan-2-ol apresentam entre si isomeria de posição.
II. Os compostos pent-2-eno e 2-metilbut-2-eno apresentam entre si isomeria de cadeia.
III. Os compostos propanal e propanona apresentam entre si metameria.
IV. Os compostos etanoato de metila e metanoato de etila apresentam entre si isomeria de função.

Das afirmativas acima, são corretas apenas


A) I e II.
B) I, II e III.
C) II e IV.
D) I, II e IV.

53. Analise as seguintes proposições acerca da evolução dos modelos atômicos.


I. A Lei de Lavoisier e a Lei de Proust serviram de base para a Teoria Atômica de Dalton.
II. A descoberta das partículas alfa foi de fundamental importância para a descoberta do núcleo
atômico.
III. Foi interpretando o espectro descontínuo de elementos (como o hidrogênio) que Bohr propôs
a existência de estados estacionários no átomo.
IV. Quando o elétron de um átomo salta de uma camada mais externa para outra mais próxima
do núcleo, há emissão de energia na forma de radiação eletromagnética.

Quantas das afirmações dadas a seguir estão corretas?


A) 1
B) 2
C) 3
D) 4

54. Um sistema heterogêneo, constituído por uma solução colorida e um sólido esbranquiçado, foi sub-
metido ao seguinte processo de separação. Com relação a esse processo, a afirmativa FALSA é:

A) A operação X é uma filtração.


B) O líquido B é uma solução.
C) O líquido D é o solvente da solução contida no sistema original.
D) O sólido A não contém impurezas.

OSG 2210/21
22
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

BIOLOGIA

55. A partícula viral do novo coronavírus (SARS-CoV-2), conhecida como vírion, é constituída por pou-
cas proteínas, uma fita de RNA e um envelope derivado de estruturas celulares, como membrana
plasmática e organelas. A Organização Mundial de Saúde recomenda hábitos de higiene para pre-
venção da contaminação ao SARS-CoV-2, incluindo lavar com frequência as mãos com água e sa-
bão.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-52096406. Acesso em: 25 jul. 2020 (adaptado).

Considerando seus conhecimentos sobre vírus, assinale a alternativa que justifica a recomendação
apresentada no texto.
A) As poucas proteínas que compõem o nucleocapsídeo são diluídas em contato com sabão e
água, na qual existe pouca tensão superficial, e, portanto, a partícula viral não é capaz de
infectar a célula humana.
B) O envelope viral é formado por lipídios, moléculas anfipáticas, que, em contato com sabão e
água (moléculas apolar e polar, respectivamente), têm sua estrutura rompida, inativando
assim a partícula viral.
C) A fita de RNA é formada por nucleotídeos que contêm ribose, açúcar e fosfato, e, em contato
com sabão e água, têm sua capacidade de integração ao DNA da célula humana bloqueada.
D) As organelas, constituídas por lipídios, carboidratos e proteínas, em contato com sabão e água,
são clivadas e perdem a capacidade de produzir moléculas essenciais ao metabolismo viral.

56. Uma equipe de paleontólogos descreveu recentemente um papagaio gigante a partir de fósseis
encontrados na Nova Zelândia. O Heracles inexpectatus viveu no Mioceno, pesava aproxima-
damente 7 kg e não voava. Sabemos que as aves atuais são descendentes dos dinossauros e
herdaram características importantes desses seres que viveram há milhões de anos.
WORTHY, T. H. e outros. Biology Letters, Londres, v. 15, 2019047, ago. 2019.

Assinale a alternativa que indica corretamente características das aves atuais possivelmente
herdadas dos dinossauros.
A) Viviparidade e bico.
B) Ectotermia e ossos pneumáticos.
C) Oviparidade e dentes.
D) Endotermia e penas.

57. Considere uma comunidade marinha que compreende muitos ancestrais dos filos de animais moder-
nos. Considere ainda que uma adaptação proficiente foi introduzida em uma única espécie. O re-
sultado da adaptação seria um rápido aumento tanto na abundância relativa da espécie quanto no
espaço explorado por ela. As interações bióticas podem ser consideradas agentes de seleção, e a
intereção das comunidades de espécies em seus próprios ambientes seletivos é uma fonte de di-
versificação. O rápido aumento da espécie seria seguido por uma desaceleração da proliferação de
novos tipos ecológicos. A tragédia dos comuns, quando os interesses ou ações de uma espécie são
prejudiciais à comunidade como um todo, deve ser evitada para o sucesso da comunidade marinha.
ROOPNARINE, P. D.; ANGIELCZYL, K. D. Biology Letters. Londres, v.8, p. 147-150, fev. 2012 (adaptado).

Baseado em seus conhecimentos em ecologia e evolução, assinale a alternativa correta.


A) A população da espécie com a adaptação aumentaria infinitamente, pois os recursos são ili-
mitados e haveria aumento das interações bióticas interespecíficas.
B) A espécie com a adaptação seria um agente de seleção de outras espécies pelo uso de um
recurso comum impulsionando a evolução dos concorrentes.
C) A proliferação da espécie com a adaptação seria motivada pela saturação ecológica e pela
exaustão de recursos pelas outras espécies.
D) A comunidade marinha permanecerá inalterada se a espécie com a nova adaptação apresen-
tar abundantes interações bióticas interespecíficas.

OSG 2210/21
23
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

58. A necrose pancreática infecciosa (NPi) é uma doença viral que causa elevada mortalidade em salmões
de água doce e água salgada. Em 2007, descobriu-se que a resistência à doença era hereditária, e as
empresas de criação começaram a implementar a seleção familiar. Em 2008, estudos genéticos identi-
ficaram um único locus no cromossomo 26 que poderia explicar de 80 a 100% da variação na resistência
ao vírus da NPi. Desde 2009, a resistência à NPi do salmão pode ser avaliada por marcadores do alelo
de resistência. O número de mortes dos salmões em decorrência dos surtos de NPi diminuiu significa-
tivamente de 2009 a 2015. O potencial da produção de peixes para alimentar uma crescente população
global pode ser aumentado por avanços na genética e na biotecnologia.
HOUSTON, R. D. e outros. Nature Reviews Genetics, Londres, v. 21, p. 381-409, abr. 2020.

Considerando as informações apresentadas no texto, assinale a alternativa que justifica correta-


mente a diminuição na mortalidade dos salmões.
A) Por meio da transgenia, o alelo de resistência foi inserido no cromossomo 26 em salmões,
sendo gerados organismos geneticamente modificados e mais resistentes.
B) Por meio do melhoramento genético, os salmões portadores do alelo de resistência foram
selecionados e cruzados entre si, gerando maior proporção de indivíduos resistentes.
C) Por meio da seleção natural, os salmões com alelo de resistência foram os mais adaptados a
transferir o gene às gerações seguintes por reprodução diferencial.
D) Por meio das mutações randômicas, o alelo de resistência foi selecionado por isolamento entre
a população de salmão de água doce e de água salgada ao longo do tempo.

59. A anemia falciforme é uma doença hereditária que se caracteriza pelo formato de foice adquirido
pelas hemácias depois que o oxigênio é liberado, resultando em anemia crônica.
Apresenta-se a seguir parte do RNA mensageiro, com o códon de iniciação, da subunidade β da
hemoglobina humana normal (Hbb) e da hemoglobina mutada na anemia falciforme (HbS).
Hbb: caa aca gac acc aug gug cau cug acu ccu gag gag aag ucu
HbS: caa aca gac acc aug gug cau cug acu ccu gug gag aag ucu

Considere a sequência de trincas apresentadas, em Hbb e HbS, e o código genético abaixo.


2ª base
1ª base 3ª base
U C A G
Fenilalanina Serina Tirosina Cisteína U
Uracila Fenilalanina Serina Tirosina Cisteína C
(U) Leucina Serina Códon de parada Códon de parada A
Leucina Serina Códon de parada Triptofano G
Leucina Prolina Histidina Arginina U
Citosina Leucina Prolina Histidina Arginina C
(C) Leucina Prolina Glutamina Arginina A
Leucina Prolina Glutamina Arginina G
Isoleucina Treonina Asparagina Serina U
Adenina Isoleucina Treonina Asparagina Serina C
(A) Isoleucina Treonina Lisina Arginina A
Metionina Treonina Lisina Arginina G
Valina Alanina Ácido aspártico Glicina U
Guanina Valina Alanina Ácido aspártico Glicina C
(G) Valina Alanina Ácido glutâmico Glicina A
Valina Alanina Ácido glutâmico Glicina G

É correto afirmar que a mutação genética da doença


A) altera a 11ª posição de aminoácidos, trocando leucina por histidina.
B) altera a 7ª posição de aminoácidos, trocando ácido glutâmico por valina.
C) altera a 11ª posição de aminoácidos, trocando ácido glutâmico por valina.
D) altera a 7ª posição de aminoácidos, trocando leucina por histidina.

OSG 2210/21
24
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

60. Arbovírus são assim designados porque parte de seu ciclo de replicação ocorre nos insetos; esses
vírus podem ser transmitidos aos seres humanos. O Ministério da Saúde alertou para o controle das
arboviroses e o risco de epidemias sazonais no Brasil em 2020.
Assinale a alternativa correta.
A) O vírus da febre amarela e o zika vírus podem ser transmitidos pela picada do mosquito Culex.
Para ambos os casos, não existe vacina, sendo considerada profilática a erradicação do inseto
vetor e de suas larvas.
B) O vírus da dengue e o zika vírus podem ser transmitidos pela picada do mosquito Aedes
aegypti. A eliminação do inseto vetor e a eliminação dos focos de criação das larvas são
medidas profiláticas.
C) O vírus da febre amarela e o da chikungunya podem ser transmitidos pela picada do mosquito
Aedes aegypti. Para ambos os casos, foram desenvolvidas vacinas e o controle do inseto vetor
não é considerado uma medida profilática.
D) O vírus da chikungunya e o da dengue podem ser transmitidos pela picada do mosquito Culex.
A erradicação do inseto vetor e a eliminação das larvas são consideradas medidas profiláticas.

61. Os recifes de coral constituem importantes ecossistemas do planeta, oferecendo abrigo, áreas de
desova e proteção contra predadores, e são o habitat de organismos na base das cadeias alimen-
tares oceânicas.
Considerando os conhecimentos de biologia, é correto afirmar que os corais
A) com organização corporal polipoide são animais fixos ao substrato, com reprodução sexuada,
e os com organização medusoide correspondem aos animais móveis, com reprodução asse-
xuada.
B) têm vários tentáculos junto à boca, compostos por cnidoblastos, os quais são células dotadas
de flagelos que auxiliam na movimentação da água para favorecer a filtração do alimento e
trocas gasosas.
C) são animais triblásticos, pois em sua fase embrionária distinguem-se três folhetos embrioná-
rios (endoderme, mesoderme e ectoderme), com ausência do celoma e presença de disco
basal.
D) têm duas superfícies epiteliais, a epiderme, que reveste externamente o animal, e a gastro-
derme, que delimita a cavidade gastrovascular; entre elas, encontram-se células pertencen-
tes à mesogleia.

62. Considere três espécies de plantas (X, Y e Z) e suas características:


– A planta X não possui flores, mas é polinizada pelo vento. Além disso, não possui frutos, mas
suas sementes são dispersas por aves.
– A planta Y não possui flores, nem sementes, nem frutos.
– A planta Z possui flores e é polinizada por aves. Além disso, possui frutos e suas sementes
são dispersas por aves.

A que grupos pertencem as plantas X, Y e Z, respectivamente?


A) Pteridófitas, angiospermas e gimnospermas.
B) Gimnospermas, pteridófitas e angiospermas.
C) Pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
D) Angiospermas, gimnospermas e pteridófitas.

OSG 2210/21
25
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

EDUCAÇÃO FÍSICA

63. O esporte de alto rendimento envolve atividades físicas de caráter competitivo, no qual os atletas
competem consigo mesmos ou com outros, sujeitando-se a regras preestabelecidas aprovadas pe-
los organismos internacionais ou nacionais de cada modalidade. As grandes competições são reser-
vadas aos grandes talentos e possibilitam a promoção de espetáculos que
A) geram modelos de atletas, que passam a ser exemplos seguidos por jovens e crianças.
B) permitem aos espectadores assistirem às partidas, fazendo parte de equipes.
C) minimizam as possibilidades de participação e procura pelas práticas esportivas.
D) incentivam o abandono das práticas esportivas, além do sedentarismo nos indivíduos.

64. O convívio com outras pessoas e os padrões sociais estabelecidos moldam a imagem corporal na
mente das pessoas. A imagem corporal idealizada pelos pais, pela mídia, pelos grupos sociais e
pelas próprias pessoas desencadeia comportamentos estereotipados que podem comprometer a
saúde. A busca pela imagem corporal perfeita tem levado muitas pessoas a procurar alternativas
ilegais e até mesmo nocivas à saúde.
Revista Corpoconsciência. FEFISA, v. 10, n° 2, Santo Andre, jul./dez. 2006 (adaptado).

A imagem corporal tem recebido grande destaque e valorização na sociedade atual. Como conse-
quência,
A) a ênfase na magreza tem levado muitas mulheres a depreciar sua autoimagem, apresentando
insatisfação crescente com o corpo.
B) as pessoas adquirem a liberdade para desenvolver seus corpos de acordo com critérios esté-
ticos que elas mesmas criam e que recebem pouca influência do meio em que vivem.
C) a modelagem corporal é um processo em que o indivíduo observa o comportamento de outras,
sem, contudo, imitá-los.
D) o culto ao corpo produz uma busca incansável, trilhada por meio de árdua rotina de exercícios,
com pouco interesse no aperfeiçoamento estético.

65. Liberada, judoca árabe faz história nos Jogos Olímpicos de Londres. Aos 16 anos de idade, a judoca
Wojdan Ali Seraj Shaherkani, da categoria pesado (acima de 78 kg), fez história nos Jogos Olímpicos
de Londres. Ela se tornou a primeira mulher da Arábia Saudita a disputar uma Olimpíada. Isso
depois de superar não só o preconceito em seu país como também o quase veto da Federação
Internacional de Judô (FIJ), que não queria permitir que a atleta competisse vestindo o hijab, o
tradicional véu islâmico. No âmbito do esporte de alto rendimento, o uso do véu pela lutadora
saudita durante osJogos Olímpicos de Londres 2012 representa o(a)
A) descumprimento da regra oficial do judô.
B) risco para a integridade física das atletas adversárias.
C) vantagem para a atleta saudita na competição de judô.
D) influência de aspectos culturais e religiosos no esporte.

66. O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro do certos e determinados limites
de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias,
dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma
consciência de ser diferente da “vida quotidiana”.
HUIZINGA J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2004.

Segundo o texto, o jogo comporta a possibilidade de fruição. Do ponto de vista das práticas corpo-
rais, essa fruição se estabelece por meio do(a)
A) fixação de táticas, que define a padronização para maior alcance popular.
B) competitividade, que impulsiona o interesse pelo sucesso.
C) refinamento técnico, que gera resultados satisfatórios.
D) caráter lúdico, que permite experiências inusitadas.

OSG 2210/21
26
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

67.

Disponível em: www.casualciclo.com. Acesso em: 2 ago. 2012.

A charge retrata um comportamento recorrente nos dias atuais: a insatisfação das pessoas com o
peso. No entanto, do ponto de vista orgânico, o peso corporal se torna um problema à saúde quando
A) aumenta conforme a idade.
B) expressa a inatividade da pessoa.
C) provoca modificações na aparência.
D) acomete o funcionamento metabólico.

FILOSOFIA

68. “Dizia Pitágoras que três tipos de pessoas compareciam aos jogos olímpicos (a festa mais impor-
tante da Grécia): as que iam para comerciar durante os jogos, ali estando apenas para servir aos
seus próprios interesses e sem preocupação com as disputas e os torneios; as que iam para com-
petir, isto é, os atletas e artistas (pois, durante os jogos também havia competições artísticas:
dança, poesia, música, teatro); e as que iam para contemplar os jogos e torneios, para avaliar o
desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam. Esse terceiro tipo de pessoa, dizia Pitá-
goras, é como o filósofo.”
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia.

De acordo com o exposto acima, é possível perceber que, na visão de Pitágoras, o filósofo é movido
por
A) interesses comerciais, por colocar o conhecimento como propriedade.
B) finalidades esportivas, enxergando no saber uma atividade competitiva.
C) objetivos contemplativos, ao buscar avaliar a essência de sua realidade.
D) fins religiosos, na medida em que busca no saber a ascensão espiritual.

69. Sócrates buscou verdades absolutas, enquanto os sofistas, por sua vez, afirmaram que a verdade
era construída pela linguagem, logo, para eles, todo conhecimento era relativo. “Embora em sua
época tenha sido confundido com os sofistas, Sócrates travou uma polêmica profunda com estes
filósofos. Ele procurava um fundamento último para as interrogações humanas (O que é o bem? O
que é a virtude? O que é a justiça?)”.
COTRIM, G.; FERNANDES, M. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2017. p. 284

Com base nas considerações e no excerto acima, diz-se que Sócrates buscava principalmente
A) valores relativos.
B) domínio retórico.
C) verdades morais.
D) ensinar dogmas.

OSG 2210/21
27
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

70. Eis com efeito em que consiste o proceder corretamente nos caminhos do amor ou por outro se
deixar conduzir: em começar do que aqui é belo e, em vista daquele belo, subir sempre, como que
se servindo de degraus, de um só para dois e de dois para todos os belos corpos, e dos belos corpos
para os belos ofícios, e dos ofícios para as belas ciências até que das ciências acabe naquela ciência,
que de nada mais é senão daquele próprio belo, e conheça enfim o que em si é belo.
PLATÃO. Banquete, 211 c-d. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores) p. 48 (adaptado).

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, é correto afirmar que a
A) compreensão da beleza se dá a partir da observação de um indivíduo belo, no qual percebe-
mos o belo em si.
B) concepção do belo se dá subitamente, quando partimos dele para compreender os belos ofí-
cios e ciências.
C) observação de corpos, atividades e conhecimentos permitem distinguir quais deles são belos
ou feios em si.
D) percepção do belo no mundo indica seus vários graus que visam a uma visão transcendente
da beleza em si.

71. “O homem feliz deverá possuir o atributo em questão (isto é, constância na prática de atividades
conforme a excelência) e será feliz por toda a sua vida, pois ele estará sempre, ou pelo menos
frequentemente, engajado na prática ou na contemplação do que é conforme a excelência. Da
mesma forma ele suportará as vicissitudes com maior galhardia e dignidade, sendo como é, ‘ver-
dadeiramente bom e irrepreensivelmente tetragonal (honesto)’.”
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 132 (adaptado).

Considerando-se o excerto acima, diz-se que, para Aristóteles, a felicidade é


A) um presente distribuído aleatoriamente por Deus.
B) fruto do exercício da razão e das virtudes morais.
C) o resultado da acumulação de riquezas materiais.
D) somente uma possibilidade teórica, jamais real.

72. E como invocarei o meu Deus – meu Deus e meu Senhor –, se, ao invocá-lo, O invoco sem dúvida
dentro de mim? E que lugar há em mim, para onde venha o meu Deus, para onde possa descer o
Deus que “fez o céu e a terra”? Pois será possível, Senhor meu Deus, que se oculte em mim alguma
coisa que Vos possa conter? É verdade que o céu e a terra que criastes e no meio dos quais me
criastes Vos encerram?
Santo Agostinho. Confissões, Livro I.

Pelo exposto acima, é possível perceber que Santo Agostinho defende uma
A) metafísica voltada à interioridade.
B) filosofia de paradigmas hedonistas.
C) visão materialista sobre a essência.
D) concepção maniqueísta da realidade.

SOCIOLOGIA

73. Aquele grande processo histórico-religioso (...) que teve início com as profecias do judaísmo antigo
e, em conjunto com o pensamento científico helênico, repudiava como superstição e sacrilégio todos
os meios mágicos de busca da salvação, encontrou aqui sua conclusão. O puritano genuíno ia ao
ponto de condenar até mesmo todo vestígio de cerimônias religiosas fúnebres e enterrava os seus
sem canto nem música, só para não dar trela ao aparecimento da superstition, isto é, da confiança
em efeitos salvíficos à maneira mágico-sacramental.
WEBER, M. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Companhia das Letras: São Paulo, 2004, p. 96.

OSG 2210/21
28
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

O processo histórico-religioso a que o texto faz referência ficou registrado, na Sociologia de Max
Weber, sob o termo de
A) crepúsculo dos ídolos.
B) materialismo histórico.
C) dialética do esclarecimento.
D) desencantamento do mundo.

74. Sentir-se muito angustiado com a ideia de perder seu celular ou de ser incapaz de ficar sem ele por
mais de um dia é a origem da chamada “nomofobia”, contração de no mobile phobia, doença que
afeta principalmente os viciados em redes sociais que não suportam ficar desconectados. Uma parte
da população acha que, se não estiver conectada, perde alguma coisa. E se perdemos alguma coisa,
ou se não podemos responder imediatamente, desenvolvemos formas de ansiedade ou nervosismo.
O medo de não ter o celular à disposição cria nova fobia.
Disponível em: exame.abril.com.br/estilo-devida/comportamento/noticias/o-medo-de-nao-ter-o-celulara-disposicao-criava-fobia. Acesso em: 9 abr. 2012 (adaptado).

Tomando como referência o texto sobre “nomofobia”, é possível relacioná-lo com a visão desenvol-
vida pelo pensador Émile Durkheim, que consideraria o uso de interações sociais por recursos tec-
nológicos como um elemento moral a ser compreendido como
A) fato social.
B) ação social.
C) estrato social.
D) anomia social.

75. A respeito do complexo fenômeno da globalização e sua relação com a mídia, podemos afirmar que
a globalização
A) é um fenômeno que muitos estudiosos analisam como sendo resultado da Segunda Grande
Guerra e da revolução tecnológica.
B) envolvendo a tecnologia de ponta é um fenômeno que teve início já no século XIX, juntamente
com a criação dos meios de comunicação em massa.
C) é um fenômeno que abrange sobretudo os aspectos financeiros e econômicos das relações
capitalistas, negligenciando aspectos culturais, políticos e midiáticos.
D) é um fenômeno que alimentou a indústria dos meios de comunicação para fazer valer sua
proposta nos diversos espaços do mundo.

76. De acordo com os vários estudos desenvolvidos no campo da Sociologia e Antropologia, o conceito
de cultura apresenta-se de modo polissêmico, ou seja, apresenta diversas definições.
Assinale a alternativa que apresenta a definição ampla sobre o conceito de cultura.
A) A cultura manifesta-se no simbolismo da estética literária.
B) A cultura classifica-se dicotomicamente entre erudita e popular.
C) A cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo.
D) A cultura deve compreender apenas o repertório intelectual dos indivíduos.

77. Uma das características do modo de produção capitalista é a lógica da produção acumulativa. Ao
longo do século XX, foram desenvolvidos modelos de organização produtiva para acelerar a fabri-
cação de mercadoria.
O modelo caracterizado pelo uso de linhas de montagem, padronização da produção e grande vo-
lume de estoque pode ser definido como
A) fordismo, destinado a uma produção rápida e em larga escala.
B) toyotismo, desenvolvido para a produção de bens manufaturados.
C) neoliberalismo, que reduz a interferência do Estado na economia.
D) volvismo, caracterizado pela produção em alta tecnologia e conforto.

OSG 2210/21
29
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

LÍNGUA ESPANHOLA

TEXTO 1
El reloj sigue mandando

01 Lo habitual es que no percibamos que el tiempo pasa, ni deprisa, ni despacio. En condiciones


02 normales, 10 minutos tal como los mide el reloj también nos parecen 10 minutos. Puedo quedar
03 con alguien en vernos dentro de 10 minutos y llegar más o menos a tiempo sin ayuda del reloj.
04 Esto solo es posible porque hemos aprendido a traducir la experiencia en unidades temporales
05 estándar y viceversa.
06 Y esto somos capaces de hacerlo porque en nuestras experiencias cotidianas hay una cohe-
07 rencia producida por los patrones repetitivos y predecibles de la sociedad. La mayor parte del
08 tiempo no estamos aislados ni visitando países nuevos. La densidad de la experiencia por unidad
09 temporal estándar es moderada y familiar. Aprendemos cuánta experiencia contienen 10 minu-
10 tos por regla general.
11 Solamente algo que altere la rutina – una jornada de trabajo especialmente ajetreada o una
12 pausa para reflexionar sobre el año pasado – reducirá la densidad de la experiencia normal, lo
13 cual hará que tengamos la impresión de que el tiempo ha pasado volando.
14 Del mismo modo, un accidente de tráfico – un suceso discordante que nos llama la atención
15 – llena al instante cada unidad temporal estándar con la experiencia de nosotros mismos y de
16 la situación, lo cual hace que parezca que el accidente está pasando a cámara lenta.
FLAHERTY, M. Profesor de Sociología en el Eckerd College. Traducción de News Clips.

QUESTIONES
78. En condiciones normales
A) el tiempo nos parece el mismo como lo mide el reloj.
B) percibimos el tiempo más rápido de que él realmente lo es.
C) no vivimos sin la ayuda del reloj para llegar a un encuentro.
D) tenemos que aprender la verdadera unidad temporal stándard.

79. El autor defiende la idea de que


A) el tiempo pasa despacio cuando tenemos prisa.
B) el tiempo pasa a cámara lenta cuando vivimos en ajetreo.
C) un accidente de tráfico haz con que tengamos la impresion de lentitud.
D) la mayor parte del tiempo estamos separados de las personas o en viaje.

80. La traducción del vocablo está coherente con el texto en la opción


A) despacio (línea 01) = do espaço
B) patrones (líneas 07) = patrões
C) predecibles (línea 07) = predizíveis
D) aislados (línea 08) = exilados.

81. La expresión “una jornada de trabajo especialmente ajetreada” (línea 11) nos da una idea de un
trabajo que ocurre
A) con mucha tranquilidad.
B) con bastante prisa.
C) de manera organizada y lenta.
D) de forma despreocupada.

OSG 2210/21
30
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

82. Marca el uso correcto de las reglas de eufonía en español.


A) Barrios e modernidad.
B) Razón u armonía.
C) El ancla está llena.
D) Fallo u inocencia.

83. Apunta la palabra acentuada correctamente en español.


A) Segun.
B) Orígen.
C) Residenciál.
D) Íntimo.

TEXTO 2

Piden la creación de un Santuario de


Ballenas en el Atlántico Sur

17 Hasta el 28 de octubre, Eslovenia acogerá la reunión de la Cumbre Ballenera Internacional


18 (CBI). El Fondo Mundial para la Naturaleza (WWF) ha aprovechado la cita para recordarles a los
19 participantes de más de 80 países que han recalado en la nación europea que la captura accidental
20 constituye la principal causa de muerte para, al menos, 300 000 ballenas, delfines y marsopas
21 cada año.
22 La captura accidental, concreta la organización, ha sido determinante para la reciente
23 extinción del delfín del río Yangtze en China. Y supone un riesgo para la ballena franca glacial del
24 Atlántico Norte (en peligro de extinción), la ballena jorobada del Mar de Arabia, la vaquita de
25 México (en peligro crítico), el delfín de Maui, los delfines de Héctor o cabeza blanca de Nueva
26 Zelanda, las marsopas del Báltico y muchas espécies más de delfines de río.
27 “Innumerables cetáceos pueden salvarse cada año si la CBI asume el liderazgo y ayuda a los
28 países a adoptar medidas eficaces para mitigar la captura accidental, tanto en aguas nacionales
29 como internacionales”, manifiesta Aimee Leslie, líder del programa de cetáceos de WWF. Por su
30 parte, Greenpeace considera que la 66a reunión de la CBI representa uma “oportunidad única”
31 para la protección de estos amenazados cetáceos mediante la creación de un Santuario de Ballenas
32 del Atlántico Sur.
33 Se necesitaría el 75% de los votos de los presentes para que la propuesta saliera adelante,
34 ya que por cada uno en contra se eliminan tres a favor. En la anterior cita, en 2014, la iniciativa
35 obtuvo el 69% de los votos. Brasil, apoyado por Argentina, Uruguay, Sudáfrica o Gabón, volverá
36 a defender este año la propuesta de Santuario, que incluye un plan de gestión basado en
37 recomendaciones de la propia CBI.
Periódico ABC/España, 20 out. 2016 (adaptado).

84. “Hasta” (línea 17) se clasifica como


A) conjunción.
B) preposición.
C) adverbio.
D) adjetivo.

85. Marca el uso correcto de MUCHO o MUY.


A) Es mucho tarde. Me voy a casa.
B) Hay muy comida para todos.
C) Los actores de la pieza son muy conocidos.
D) No me gusta muy aquella canción.

OSG 2210/21
31
1º SIMULADO UECE – CONHECIMENTOS GERAIS

LÍNGUA INGLESA

TEXT

In Oregon, scientists find a virus variant with a worrying mutation

38 Scientists in Oregon have spotted a homegrown version of a fast-spreading variant of the


39 coronavirus that first surfaced in Britain — but now combined with a mutation that may make the
40 variant less susceptible to vaccines.
41 The researchers have so far found just a single case of this formidable combination, but genetic
42 analysis suggested that the variant had been acquired in the community and did not arise in the patient.
43 “We didn’t import this from elsewhere in the world — it occurred spontaneously,” said Brian
44 O’Roak, a geneticist at Oregon Health and Science University who led the work. He and his
45 colleagues participate in the Centers for Disease Control and Prevention’s effort to track variants,
46 and they have deposited their results in databases shared by scientists.
47 The variant originally identified in Britain, called B.1.1.7, has been spreading rapidly across the
48 United States, and accounts for at least 2,500 cases in 46 states. This form of the virus is both more
49 contagious, and more deadly, than the original version, and is expected to account for most
50 infections in America in a few weeks.
51 The new version that surfaced in Oregon has the same backbone, but also a mutation — E484K,
52 or “Eek” — seen in variants of the virus circulating in South Africa, Brazil and New York City.
53 Lab studies and clinical trials in South Africa indicate that the Eek mutation renders the current
54 vaccines less effective by blunting the body’s immune response. (The vaccines still work, but the
55 findings are worrying enough that Pfizer-BioNTech and Moderna have begun testing new versions
56 of their vaccines designed to defeat the variant found in South Africa.)
57 The B.1.1.7 variant with Eek also has emerged in Britain, designated as a “variant of concern” by
58 scientists. But the virus identified in Oregon seems to have evolved independently, Dr. O’Roak said.
59 Dr. O’Roak and his colleagues found the variant among coronavirus samples collected by the
60 Oregon State Public Health Lab across the state, including some from an outbreak in a health care
61 setting. Of the 13 test results they analyzed, 10 turned out to be B.1.1.7 alone, and one the combination.
62 Other experts said the discovery was not surprising, because the Eek mutation has arisen in forms
63 of the virus all over the world. But the mutation’s occurrence in B.1.1.7 is worth watching, they said.
64 In Britain, this version of the variant accounts for a small number of cases. But by the time the
65 combination evolved there, B.1.1.7 had already spread through the country.
66 “We’re at the point where B.1.1.7 is just being introduced” into the United States, said Stacia
67 Wyman, an expert in computational genomics at the University of California, Berkeley. “As it
68 evolves, and as it slowly becomes the dominant thing, it could accumulate more mutations.”
69 Viral mutations may enhance or weaken one another. For example, the variants identified in
70 South Africa and Brazil contain many of the same mutations, including Eek. But the Brazilian version
71 has a mutation, K417N, that is not present in the version from South Africa.
72 In a study published Thursday in Nature, researchers compared antibody responses to all three
73 variants of concern — the ones identified in Britain, South Africa and Brazil. Consistent with other
74 studies, they found that the variant that pummeled South Africa is most resistant to antibodies
75 produced by the immune system.
76 But the variant circulating in Brazil was not as resistant, even though it carried the Eek
77 mutation. “If you have the second mutation, you don’t see as bad an effect,” said Michael Diamond,
78 a viral immunologist at Washington University in St. Louis, who led the study.
79 It’s too early to say whether the variant in Oregon will behave like the ones in South Africa or Brazil.
80 But the idea that other mutations could weaken Eek’s effect is “excellent news,” Dr. Wyman said.
81 Over all, she said, the Oregon finding reinforces the need for people to continue to take
82 precautions, like wearing a mask, until a substantial portion of the population is immunized.
83 “People need to not freak out but to continue to be vigilant,” she said. “We can’t let down our
84 guard yet while there’s still these more transmissible variants circulating.”
From: www.nytimes.com. March 5, 2021.

OSG 2210/21
32
No de R.A. – REGISTRO ACADÊMICO

QUESTIONS

78. Scientists in Oregon have spotted a variant of the coronavirus that


A) is not the result of a virus mutation.
B) may be less susceptible to vaccines.
C) seems to be much more mortiferous.
D) has been imported from Great Britain.

79. The variant originally identified in Britain


A) killed more than 2,500 people so far.
B) is spreading fast in the United States.
C) has been found in all American states.
D) can be considered much less infectious.

80. The new version that surfaced in Oregon


A) does not share its main traits with B.1.1.7.
B) was dubbed “E484K” by some researchers.
C) results from a mix of a variant and a mutation.
D) is circulating in South Africa, Brazil and New York.

81. Lab studies and clinical trials in South Africa indicate the Eek mutation
A) is resistant only to two vaccines.
B) renders current vaccines useless.
C) kills the immune system defenses.
D) affects the body’s immune reaction.

82. The mutation’s occurrence in B.1.1.7


A) is extremely common.
B) needs to be observed.
C) does not worry experts.
D) can weaken the variant.

83. As to variants of concern, the most resistant to antibodies comes from


A) Brazil.
B) Britain.
C) Oregon.
D) South Africa.

84. According to Michael Diamond, a second mutation in the variant


A) does not produce a very harmful effect.
B) makes it completely immune to a vaccine.
C) is something totally unexpected in virology.
D) tends to make the virus even more resistant.

85. The Oregon finding reinforces the need of


A) new vaccines.
B) herd immunity.
C) double-masking.
D) health measures.
Pat/EDG/VM

OSG 2210/21
33

Você também pode gostar