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LITERATURA BRASILEIRA
I
ERA COLONIAL ERA NACIONAL
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QUINHENTISMO –
ROMANTISMO – 1836/1881
E 1500/1601
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BARROCO – 1601/1768 REALISMO –1881
NATURALISMO – 1881
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ARCADISMO – 1768/1808 PARNASIANISMO –1882
T Período de Transição SIMBOLISMO – 1893/1922
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L CARACTERÍSTICAS L CARACTERÍSTICAS
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Racionalismo / Objetividade / Linguagem clássica; BURGUESIA
T Verossimilhança (observação da realidade e do cotidiano); T
CRÍTICA ROMANTISMO
E Pessimismo / ironia / Análise psicológica e social / E
CLERO (anticlericalismo)
R personagens-tipo / visão crítica (sociedade e costumes). R
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a
A A mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não
1857 – 1º romance realista digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo,
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“Madame Bovary” T porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os
Gustave Flaubert Tema: adultério olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto
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nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da
R “Thérese Raquin” 1867 / Romance de tese R natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a
outro indivíduo, para os fins secretos da criação”. ASSIS, Machado de. Memórias
A Émile Zola Origem do Naturalismo A póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson, 1957.
[...] Admirei-lhe do primeiro olhar um talhe esbelto e de [...] Antes de casar ela julgara ter amor, mas como a felicidade
suprema elegância. O vestido que o moldava era cinzento com que deveria ter resultado daquele amor não viera, ela deveria
orlas de veludo castanho e dava esquisito realce a um desses ter-se enganado, pensava. (...) Não conseguia frear seus
rostos suaves, puros e diáfanos, que parecem vão desfazer-se sentimentos nem abdicar de sua paixão sofrida, (...), os apetites
ao menor sopro, como os tênues vapores da alvorada. da carne, a ambição do dinheiro e a melancolia da paixão, tudo
Ressumbrava na sua muda contemplação doce melancolia e não confundia-se num mesmo sofrimento... [...] (FLAUBERT, Gustave.
sei que laivos de tão ingênua castidade, que o meu olhar Madame Bovary)
repousou calmo e sereno na mimosa aparição. [...] (ALENCAR,
José de. Lucíola) DESCRIÇÃO REALISTA
DESCRIÇÃO ROMÂNTICA
C A N A L P R O F . A L E X R O M E R O C A N A L P R O F . A L E X R O M E R O
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REALISMO NATURALISMO
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ERA NACIONAL L
I I
ROMANCE DOCUMENTAL ROMANCE DE TESE
2. REALISMO/NATURALISMO: “A vida como ela é...” ANÁLISE INDIVIDUAL ANÁLISE COLETIVA
T T
ANÁLISE PSICOLÓGICA DETERMINISMO
E E
1881 ...............................1881............... 1922 NARRATIVA LENTA PATOLOGIAS/ZOOMORFISMO
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PERSONAGENS ESFÉRICOS PERSONAGENS PLANAS
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FOCO NA BURGUESIA FOCO NAS CAMADAS BAIXAS
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“MEMÓRIAS PÓSTUMAS “O MULATO” – Aluísio de T
DE BRÁS CUBAS” – Azevedo
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Machado de Assis
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A A
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MAC HADO DE ASSIS (1839-1908) FASES DO ROMANCE
I 1ª FASE: Marcas românticas / descritivismo
Desmascaramento das relações sociais: cinismo,
T Ressurreição; - Enredos lineares;
hipocrisia, egoísmo, interesse, adultério... - Imaginação > observação;
E A mão e a Luva;
Universalismo: essência humana / temas filosóficos; Helena; - Capítulos longos;
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Narrativa documental e crítica à burguesia; Iaiá Garcia. - Esquemas psicológicos.
A Parasitismo social, econômico e político da elite; 2ª FASE: Salto qualitativo / prosa antilinear / loucura /
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Desmistificação das idealizações românticas; humor e ironia / metalinguagem / diálogo com o leitor.
U Quebra da estrutura tradicional da narrativa: antilinear; Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) / Quincas Borba (1891);
Dom Casmurro (1899 e 1900) /Esaú e Jacó (1904) ;
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DIÁLOGO COM O LEITOR / CARÁTER MODERNO. Memorial de Aires (1908).
A C A N A L P R O F . A L E X R O M E R O
AO VERME L CAPÍTULO I
QUE I Óbito do autor
PRIMEIRO ROEU AS FRIAS T Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio
CARNES ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento
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DO MEU CADÁVER “Eu gosto de catar o mínimo ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo
e o escondido. Onde R
nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente
DEDICO ninguém mete o nariz, aí A método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor
COMO SAUDOSA entra o meu, com a
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defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro
LEMBRANÇA curiosidade estreita e aguda berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais
ESTAS que descobre o encoberto”. U
novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no
MEMÓRIAS PÓSTUMAS R introito, mas no cabo: a diferença radical entre este livro e o
C A N A L P R O F . A L E X R O M E R O A Pentateuco. (...) Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)
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A um poeta
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Longe do estéril turbilhão da rua,
L ALBERTO DE OLIVEIRA (1857-1937)
I Beneditino escreve! No aconchego OLAVO BILAC I “2º Príncipe dos poetas”; o mais ligado aos padrões do
Do claustro, na paciência e no sossego, (1865-1918): movimento / evasão da realidade / “alheio” ao mundo /
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Trabalha, e teima, e lima e sofre, e sua! “Príncipe dos
linguagem trabalhada e complexa / excessivo rigor formal /
E Mas que na forma se disfarce o emprego poetas” E
objetividade / descritivismo / impassibilidade.
Do esforço; e a trama viva se construa
R R Vaso chinês
De tal modo, que a imagem fique nua, Preocupação formal / a
A Rica, mas sóbria como um templo grego. mitologia A Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o
/ a poesia Casualmente, uma vez, de um perfumado
T Não se mostre na fábrica o suplício histórica / a natureza / o T Contador sobre o mármor luzidio,
Do mestre. E, natural, o efeito agrade, amor sensual (subjetividade) Entre um leque e o começo de um bordado.
U Sem lembrar os andaimes do edifício: U
/ alguns poemas satíricos Fino artista chinês, enamorado,
Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Nele pusera o coração doentio
R (políticos) / a pátria (Hino da R
Arte pura, inimiga do artifício, Em rubras flores de um sutil lavrado,
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Bandeira). A Na tinta ardente, de um calor sombrio.
É a força e a graça na simplicidade.
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RAIMUNDO CORREIA (1859-1911) O Simbolismo é originário da França e se iniciou com
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a publicação de As Flores do Mal, de Charles
Poesia com marcas românticas e simbolistas /
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alguns poemas sociais. Baudelaire, em 1857. Nome inicial: Decadentismo.
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TEMAS: a melancolia / a natureza / religiosidade / BAUDELAIRE: Teoria das Correspondências
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reflexão existencial, moral e filosófica / a (sensorialismo / sinestesia)
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metafísica / idealização da mulher.
T VERLAINE: A MUSICALIDADE
U CARACTERÍSTICAS: pessimismo / “filosofia da dor” MALLARMÉ: “SUGERIR, EIS O SONHO”
R / contenção verbal / rigor formal / alguns RIMBAUD: A ALQUIMIA VERBAL
A momentos de lirismo e musicalidade. C A N A L P R O F . A L E X R O M E R O
L Coexistência CORRESPONDÊNCIAS
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Dissidência A Natureza é um templo onde vivos pilares
T Deixam às vezes sair confusas palavras;
antipositivista, O homem aí passa através das florestas de símbolos
antinaturalista
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Realismo
≠
Que o observam com olhares familiares.
anticientificista
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Naturalismo Simbolismo Como os longos ecos que de longe se confundem
A Numa tenebrosa e profunda unidade,
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Parnasianismo Vasta como a noite e a claridade,
Os perfumes, as cores e os sons se correspondem.
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Os Simbolistas representam a reação da (A Flores do Mal – Charles Baudelaire)
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intuição contra a lógica, do subjetivismo
A sensorial contra a explicação racional. C A N A L P R O F . A L E X R O M E R O
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