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Características
Culto à sensibilidade e exaltação da natureza em oposição à supervalorização do cientificismo, da cultura
e da industrialização: em lugar do homem racional e da razão como principal atributo humano, os românticos
descreveram o homem sentimental, movido pelo sentimento. As paisagens românticas frequentemente
interagem com os personagens e seus estados de espírito e representam, também, uma válvula de escape
da civilização incipiente.
Obras subjetivas, individualistas e egocêntricas: o “eu” tem papel central nas obras românticas, centradas
no ponto de vista individual, parte da valorização romântica da liberdade.
Nacionalismo e exaltação patriótica: Napoleão Bonaparte espalhava pela Europa os ideais liberais da
Revolução Francesa. Contudo, os povos dominados pela empreitada napoleônica recusavam-se a viver sob
jugo francês, ainda que moderno ou democrático. A herança nacionalista nas obras românticas, portanto,
tem origem principalmente nessa resistência antinapoleônica.
Idealização: o herói, o amor e a mulher aparecem frequentemente idealizados em obras românticas. Suas
qualidades são exageradas e os defeitos, suprimidos.
Escapismo: seja pela loucura, seja pela arte, pelo amor ou pela fuga à natureza, o escape da realidade é
um tema recorrente do romantismo.
https://www.youtube.com/watch?v=HoaCn9VnY2w
Contexto histórico
O principal fato histórico que permeia o Romantismo no Brasil é a chegada da Família
Real portuguesa, em 1808. Nesse período, o país deixou oficialmente de ser uma
colônia de exploração e passou a ser a sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves. Com isso, uma série de modernizações começou a ocorrer no país. Algumas
das principais delas são:
criação da imprensa brasileira;
construção do Museu Nacional (incendiado em 2018);
fundação do Banco do Brasil;
decreto de abertura dos portos às nações amigas;
criação do Ministério da Marinha, das Relações Exteriores e do Tesouro Nacional, assim
como a fundação da Casa de Suplicação do Brasil (atual Supremo Tribunal da Justiça).
Características
O Romantismo é o movimento artístico que representa a burguesia do século XVIII e
XIX, ou seja, o movimento é o de uma produção da nova elite da sociedade, que havia
superado os regimes absolutistas em diversos países. Por conta disso, os ideais dessa
burguesia são aqueles presentes nas obras românticas. Alguns deles são:
egocentrismo (culto ao “eu”; o indivíduo como centro da existência);
nacionalismo;
exaltação da natureza enquanto cúmplice do sujeito;
idealização do herói, do amor e da mulher;
fuga da realidade por meio da morte, do sonho, da loucura ou da arte.
Para além dessas características gerais, vale ressaltar que as manifestações da poesia e
da prosa, dentro do Romantismo, tiveram, cada uma, suas particularidades, conforme
vamos explicar a seguir.
Gerações românticas
A primeira geração romântica no Brasil é o período que corresponde de 1836 a 1852, baseada
no binômio “Nacionalismo-indianismo”.
Seu marco inicial foi a publicação de “Suspiros Poéticos e Saudades” (1836) do escritor
Gonçalves de Magalhães (1811-1882).
Características
A Primeira Geração Romântica tem como principais características:
Algumas de suas obras: Suspiros Poéticos e Saudades (1836), O poeta e a Inquisição (1839), A
Confederação dos Tamoios (1857), Os indígenas do Brasil perante a História (1860).
Talvez um dos mais representativos poetas da primeira fase romântica no Brasil. Algumas obras:
Canção do Exílio (1846), I-Juca-Pirama (1851), Os Timbiras (1857).
Considerado o fundador das revistas: “Guanabara” e “Lanterna Mágica”. Suas principais obras: A
destruição das florestas (1846), Brasilianas (1863) e Colombo (1866).
Outras obras que se destacam: O Moço Loiro (1845), A Luneta Mágica (1869), As Vítimas-
Algozes (1869).
Foi publicada durante um ano (1852-1853) nos folhetins do jornal Correio Mercantil, no qual era
redator.
É conhecido por seus romances regionalistas, históricos e indianistas, dos quais se destacam:
Cinco Minutos (1856), O Guarani (1857), A Viuvinha (1857), Iracema (1865), Ubirajara (1874), O
Sertanejo (1875).
Segunda Geração Romântica
A segunda geração romântica no Brasil é o período que corresponde de 1853 a 1869.
Denominada “Ultrarromântica” ou a Geração “Mal do Século” os principais temas dessa fase
são: morte, amor não correspondido, tédio, insatisfação, pessimismo.
No Brasil, tem como marco inicial a publicação da obra Poesia (1853), de Álvares de Azevedo
(1831-1852).
Nessa fase, a literatura sofreu forte influência do poeta britânico George Gordon Byron (1788-
1824). Isso porque os escritores absorvem um estilo de vida boêmio e noturno, além do
pessimismo romântico presente na literatura de Byron.
Por isso, essa geração ficou conhecida também por “Geração Byroniana”.
Características
A Segunda Geração Romântica tem como principais características:
Profundo subjetivismo
Sentimentalismo exacerbado
Pessimismo e melancolia
Egocentrismo e individualismo
Fuga da realidade
Escapismo
Saudosismo
Principais Autores
Alguns escritores brasileiros que se destacaram nesse fase:
Por esse motivo, o tema do abolicionismo foi bastante explorado pelos escritores, com destaque
para Castro Alves, que ficou conhecido como o "poeta dos escravos".
Características
A Terceira Geração Romântica tem como principais características:
Erotismo
Pecado
Liberdade
Abolicionismo
Realidade social
Negação do amor platônico
Principais Autores
Os principais escritores brasileiros dessa fase:
Suas obras: Glosa (1864), Amar (1866), O Gênio da Humanidade (1866), A Escravidão (1868).
Os principais temas de sua obra: abolição da escravatura e liberdade religiosa. Suas obras:
Abolicionismo (1883), Escravos (1886), Minha formação (1900).
Possui uma vasta obra nas áreas da: filosofia, política, sociologia, literatura, folclore, etnologia,
direito, poesia, cultura popular e história.