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Levante Juazeiro (CE): jagunços marcham para Fortaleza (fonte da foto: biblioteca nacional – Google imagens)
O Pré-Modernismo compreende o período cultural que vai dos primeiros anos do século XX até 1922 com
a Semana de Arte Moderna, marco que sinaliza o início do Modernismo no Brasil.
O Pré-Modernismo não é uma escola literária, mas um momento de transição entre a tradição literária do
século XIX e sua ruptura radical, proporcionada pelo Modernismo.
CONOLOGIA DO PRÉ-MODERNISMO NO BRASIL
Momento de transição entre a tradição literária (séc.XIX) e sua ruptura radical, que inaugura o Modernismo
(séc.XX)
Vandalismo
Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.
Pau d'Arco, 1904 - Publicado no livro Eu (1912). In: REIS, Zenir Campos. Augusto dos Anjos: poesia e prosa.
São Paulo: Ática, 1977. p.129. (Ensaios, 32
Palavra de origem francesa, que em termos artísticos é utilizada para designar aqueles que
preveem e anunciam o futuro, os novos tempos.
As estéticas de vanguardas que provocaram uma revolução única no cenário europeu e
mundial, fundando a Modernidade, destacam-se: Futurismo, Cubismo, Dadaísmo e o
Surrealismo.
⸙ FUTURISMO (1909) – defende uma arte sintonizada com a “beleza da velocidade, ‘as grandes multidões
agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou revolta’”.
⸙ CUBISMO (1907 a 1914) – fragmentação da realidade, renovação artística, realidade fracionada,
decomposições da realidade.
⸙ DADAÍSMO (1916 a 1921) – usando o ilogismo, o nonsense, isto é, a recusa de qualquer sentido decodificado,
a antiarte, e também um humor niilista, irracionalista, dinamitaram a cultura e a linguagem, sua máxima
expressão. Caracteriza-se ainda pela desordem, pela dúvida, pelo predomínio da percepção, pelo agnosticismo e
pela oposição de qualquer forma de equilíbrio, tanto na forma quanto na homogeneidade de ideias e sentimentos.
⸙ SURREALISMO (1918 a 1939) - pensamento livre; expressividade espontânea; influência das teorias da
psicanálise; criação de uma "realidade paralela"; criação de cenas irreais; valorização do inconsciente.
Tendo como pano de fundo o irracionalismo, isto é, a negação do racionalismo burguês, a primeira geração
do nosso Modernismo inicia-se em 1922 e se prolonga até 1930.
A geração de 22 – heroica, guerreira e combativa – tem como objetivo principal destruição de todo
academismo, da tradição literária importada da Europa, representada pelos modelos românticos, realistas e
parnasianos.
Tentar criar uma identidade mais brasileira. Valorização da cultura própria do país.
ABAPORU
Oswald de Andrade em uma junção dos vocábulos tupis aba (homem), pora (gente) e ú (comer). Sendo
assim, seu significado é "homem que come gente" ou "homem antropófago".
Vemos um braço, uma perna, uma mão e, principalmente, um pé em dimensões exageradas. Esse recurso
recebeu o nome de gigantismo e foi utilizado por Tarsila em outras telas.
A artista dá à força dos pés e mãos que viabilizam o trabalho braçal do povo brasileiro. A cabeça indica
uma suposta falta de pensamento crítico e "apaziguamento" da população. Por conta desses elementos,
tal pintura é vista como uma crítica social.
Obra cubista da artista Tarsila do Amaral
REPRESENTANTES DO MOVIMENTO DE ANTROPOFAGIA- CRÍTICO
GRUPO DOS 5
O Grupo dos Cinco foi o conjunto de artistas que liderou a Semana de Arte Moderna no Brasil.
O grupo era formado por Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti Del
Picchia (1892-1988), Tarsila do Amaral (1886-1973) e Anita Malfatti (1889-1964).
ORFISMO (1915-1927): corresponde à primeira fase do modernismo português. Recebeu esse nome por
causa da revista Orpheu, primeira publicação a divulgar os ideais modernistas e as tendências culturais
que circulavam na Europa no início do século XX. Foi fundada em 1915 por um grupo de escritores e
artistas plásticos, entre eles Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro.
PRESENCIALISMO (1927–1940): O segundo momento modernista recebeu esse nome por causa da
revista literária Presença, cujo primeiro exemplar foi publicado no ano de 1927. Seus principais
representantes foram José Régio, Adolfo Rocha, João Gaspar Simões.
FERNANDO PESSOA
HETERÔNIMOS
As personalidades criadas por ele próprio e que assinam cada qual as suas obras. Para tanto, esses
escritores têm biografia e estilo particular.
ALBERTO CAEIRO o poeta-pastor, considerado por Pessoa o seu mestre, versos livres, valoriza a
simplicidade e demonstra o seu gosto pela natureza. Para ele, mais importante do que pensar é sentir,
delegando todo o conhecimento à experiência sensorial. A linguagem da sua poesia é simples, afinal, Caeiro
não estudou além da escola primária. Poema: Se, depois de eu morrer...
RICARDO REIS gosta das coisas simples, versos curtos, referencias mitológicas. Tradicional, para ele, a
modernidade é uma mostra de decadência. Sua linguagem é clássica e seu vocabulário, erudito. Poema:
Segue o teu destino.
ÁLVARO DE CAMPOS poeta modernista, futurista, cubista é um pessimista, pois apesar do gosto pelo
progresso, o tempo presente o angustia. Seu estilo pode ser definido em três fases: decadentista, progressista
e pessimista, a temática as sensações do homem no mundo moderno. Poesia: O dia deu em chuvoso.