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Marista Roque

2023

LITERATURA BRASILEIRA
PROFESSORA JEANINE ISERNHAGEN
3º - ANO
MODERNISMO 1ª FASE

Professor
e-mail: jeanine.minssen@maristas.org.br
MODERNISMO NO BRASIL
1922 – 1930
1ª FASE = DESTRUIÇÃO

CONTEXTO HISTÓRICO
• Crise econômica
• Revolta tenentista
• Fundação do Partido Comunista
• SP como centro econômico e cultural
• Semana de Arte Moderna
CARACTERÍSTICAS

• Período mais radical


• Experimentalismo
• Pesquisa estética
• Rompimento acadêmico (através da paródia – cap. 28, p. 6 e 7)
• Rompimento com as estruturas
• Impulso inconsciente (pensa e vai para o papel, depois analisa)
PRINCIPAIS AUTORES

• OSWALD DE ANDRADE

• MÁRIO DE ANDRADE

• MANUEL BANDEIRA
PROSA

• Macunaíma = o herói sem nenhum caráter: brasileiro:

mistura do negro, índio e branco colonizador)

• Valorização do anti-herói

• Síntese étnica – formação do povo brasileiro


POESIA

Paulicéida Desvairada

Lançado em 1922, Pauliceia Desvairada é o primeiro livro modernista


brasileiro, composto por 22 poemas, tem como pano de fundo uma cidade
em processo de modernização e urbanização, um momento de
desvairamento. A obra é uma busca pela identidade nacional, mesmo na
relação contraditória  de sarcasmo e afeto pela cidade de São Paulo, o
núcleo e objeto do livro, há uma defesa do exagero, deformação do real e
uma nova reprodução da realidade.
Mário de Andrade inicia sua obra com o Prefácio Interessantíssimo, num
texto extremamente complexo, o autor já começa a utilizar de sua
subjetividade poética para explicar ao leitor as técnicas utilizadas na
composição de seus versos, este prefácio ainda é considerado um
manifesto (muitas vezes em nome da própria figura do autor), como também
uma teoria poética.

Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo o que meu
inconsciente me grita. Penso depois: não só para corrigir, como para
justificar o que escrevi. Daí a razão deste “Prefácio interessantíssimo”.
OUTROS AUTORES

• Raul Bopp: Cobra Norato (1931)

• Cassiano Ricardo: Vamos caçar papagaios (1926)

• Plínio Salgado: O estrangeiro (1926)

• Antônio de Alcântara Machado: Brás, Bexiga e Barra Funda

(1927)
OSWALD DE ANDRADE

• Ligado aos movimentos “Pau Brasil” e “Antropofágico”;


• Autor polêmico;
• Preferência por poemas curtos;
• Mistura de prosa com poesia;
• Temas antirromânticos;
• Principais obras: Memórias Sentimentais de João Miramar e
Serafim Ponte Grande.
Movimentos da 1ª Fase Modernista
Movimento Pau-Brasil (1924 – 1925)
• Iniciado em 1924, liderado por Oswald de Andrade; 
• Buscava a redescoberta do Brasil, diante das
inovações ocorridas naquela época. Por esse motivo é
considerado um movimento primitivista;
• Exaltava o progresso da pátria;
• Principal participante, ao lado de Oswald de Andrade: Tarcila
do Amaral.
• Oswald de Andrade propõe uma literatura extremamente
vinculada à realidade brasileira, a partir de uma redescoberta
do Brasil
• Publicação do livro Pau-Brasil, autoria de Oswald e ilustração
da esposa Tarsila do Amaral
• Pau-Brasil: 1º produto brasileiro a ser exportado, poesia
também deveria ser exportada.
• Julgado pelo movimento Verde-Amarelo, formado por Plínio
Sagado, Menochi Del Picchia, Guilherme Almeida e Cassiano
Ricardo.
VERDE-AMARELISMO (1916 – 1929)

• Crítica ao nacionalismo afrancesado de Oswald de Andrade.


• Propôs um nacionalismo primitivista, ufanista e identificado com o
fascismo (UFANISMO = característica que melhor define o movimento
da Escola da Anta)
• Idolatria do tupi
• Anta = símbolo nacional
• 1927 – transformou-se em Escola da Anta ou Grupo Anta (nome dado
devido a anta ser um animal mítico da cultura tupi – principal tribo
indígena brasileira).
MOVIMENTO ANTROPOFÁGICO (1928 – 1929)

• Liderado por Oswald e Tarsila.


• Estruturar uma cultura de caráter nacional, assimilando outras
culturas, mas não copiá-las.
• Quadro Abaporu como símbolo do Movimento Antropofágico.
• Movimento divulgado na Revista de Antropofagia.
• Antropofágico = utilizado como associação ao ato de ruminar,
assimilar e deglutir; transfigurar a cultura, principalmente a
europeia.
O nome da obra é de origem tupi-guarani e significa "homem
que come gente" (canibal ou antropófago). O título da tela é
resultado de uma junção dos termos aba (homem), pora (gente)
e ú (comer).

• Pés e mãos grandes: representa o trabalho físico = comum na


época.
• Cabeça pequena: falta de pensamento crítico.
REVISTAS DA PRIMEIRA FASE
 Klaxon – São Paulo, 1922 -1923.
Publicada em São Paulo, de maio de 1922 a janeiro de 1923, a
revista fez a primeira tentativa de organizar propostas e idéias
advindas da Semana de Arte Moderna. Adotou duas linhas
opostas: Futurismo (pregava a experimentação e a velocidade na
linguagem) e Primitivismo (pregava a busca do inconsciente,
seguindo a linha do Surrealismo e do Expressionismo).
Revista de Antropofagia – São Paulo, 1928 – 1929
 Conheceu duas fases ou, como diziam seus criadores, duas dentições: 1ª.
Revista mensal de oito páginas; de maio de 1928 a janeiro de 1929,
publicou dez números. 2ª. Reduzida a uma página do Diário de São Paulo,
tornou-se semanal, saindo 16 vezes, com algumas irregularidades, entre 17
de março e 10 de agosto de 1929.
Apesar da vida breve, exerceu forte influência literária. Nela publicaram
trabalhos, entre outros, Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade,
Ascenso Ferreira, Augusto Meyer, Murilo Mendes e Manuel Bandeira.

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