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GARANHUNS – PE
2022
Introdução
O presente trabalho busca trazer uma apresentação de quem teria sido Oswald de
Andrade, uma figura essencial para a arte e literatura brasileira. Com seu espírito
revolucionário, Oswald sempre buscou por ideais de transformação e de fato trouxe
uma transformação concreta ao modo de se fazer arte no Brasil, sendo um dos
grandes pensadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Em suas obras o autor
era conhecido pelo caráter crítico, irônico, mas principalmente por acreditar na
relevância da cultura brasileira e no nacionalismo.
Para conhecer melhor algumas das características de Oswald, fez-se uma análise de
sua obra de 1924, Memórias Sentimentais de João Miramar, lançada no mesmo ano
em que o autor publicou o Manifesto da Poesia Pau Brasil, que buscava criar uma arte
que fosse exportada assim como o Pau Brasil foi.
Para Bosi
Andrade e a Antropofagia
No ano de 1924, Oswald viria a publicar pelo jornal “O Correio da Manhã” o Manifesto
da Poesia Pau Brasil. Tal manifesto enfatizava a necessidade de criar uma arte
baseada nas características do povo brasileiro e ele defendia a poesia brasileira de
exportação. Tal como o pau-brasil foi o primeiro produto brasileiro a ser exportado,
Oswald de Andrade desejava que a poesia brasileira se tornasse um produto cultural
de exportação; daí a escolha do nome do movimento. Mas este não foi o único
manifesto a ser escrito pelo autor.
No dia primeiro de maio do ano de 1928, foi publicado por Oswald de Andrade,
o Manifesto Antropófago, na Revista de Antropofagia, meio de comunicação
responsável pela difusão do movimento antropofágico brasileiro. Oswald utiliza
durante o desenvolvimento do manifesto, teorias de diversos autores e pensadores
mundiais, como Freud, Marx, Breton, Rousseau, Montaigne, entre outros grandes
pensadores. Cândido afirma:
O conceito da antropofagia surgiu a partir do ideal pensado por Oswald que diz
que precisaríamos comer de outras culturas, da cultura europeia, por exemplo, que
era tida como dominante naquele momento, para que o corpo brasileiro absorvesse
aquilo que valesse a pena para criar algo típico do país, para aí sim exportar a cultura
verdadeiramente brasileira. a partir da ideia de Antropofagia, Oswald de Andrade
criam a figura do Abaporu, o homem que come gente.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 36. ed. São Paulo: Cultrix,
1999.