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Maria Judite
de Carvalho
uma obra regularmente editada, em sua vida e postumamente.
Os seus textos cabem nas categorias narrativas da forma breve
Palavras,
(conto, novela, crónica), mas estendem-se ao teatro, à poesia e ao
diarismo ficcionado, constituindo um corpus em perfeito acordo
Tempo, Paisagem
com o que de mais interessante e novo se passou literariamente
no seu tempo. Neles, temas como o retrato social juntam-se à
criação dos universos interiores de personagens entregues aos
seus pequenos mundos, ao quotidiano, ao malogro, à felicidade
Organização
precária, às estratégias de sobrevivência e de desistência de gente
Paula Morão
comum, equilibrada no arame dos dias a que alude um título de Cristina Almeida Ribeiro
1979, evidenciando profundo conhecimento de um tempo e de
uma sociedade em que os leitores se podem continuar a rever.
Neste volume encontramos contributos doravante
indispensáveis para ler não só a obra de Maria Judite de
Carvalho, mas para considerar por exemplo as relações dela com
outros autores e com outras artes (a pintura, o cinema), com a
problemática e os limites dos géneros na contemporaneidade,
com os limites da literatura de autoria feminina, com a
questionação ontológica do tempo e a representação do real.
UID/ELT/0509/2013
ISBN 978‑989‑755‑176‑5
MARIA JUDITE DE CARVALHO
PALAVRAS, TEMPO, PAISAGEM
7 Apresentação
11 O espírito do coleccionador (Maria Judite de Carvalho)
Helena Carvalhão Buescu
17 Coração imóvel: silêncio e incomunicabilidade em
Maria Judite de Carvalho
Isabel Cristina Rodrigues
27 Mariana e Graça: de que são feitas as paredes que as isolam
Joana Marques de Almeida
37 A obra de Maria Judite de Carvalho: “Uma maneira de dizer adeus”
José Manuel da Costa Esteves
49 Uma estranha deformação da realidade: a presença do fantástico em
Os Idólatras, de Maria Judite de Carvalho
Ana Filipa Prata
59 Uma geometria gelada: alienação e iluminação nas crónicas
de Maria Judite de Carvalho
Pedro Serra
71 O adeus ao corpo em “Tanta gente, Mariana”, de Maria Judite de Carvalho
Maria Graciete Besse
83 Janelas fingidas ou as estratégias do olhar fílmico em
Maria Judite de Carvalho
Mário Jorge Torres
107
Intermitências do olhar e da voz em Maria Judite de Carvalho
Maria Graciete Gomes da Silva
119
Maria Judite de Carvalho e a questão da literatura
José Nobre da Silveira
131
Crónica ou microconto? Maria Judite de Carvalho
e os caminhos cruzados da narrativa breve
Cristina Almeida Ribeiro
147
O trabalho da ironia nas crónicas
de Maria Judite de Carvalho e José Gomes Ferreira
Carina Infante do Carmo
161
As Melhores Histórias de Amor traduzidas por Maria Judite de Carvalho
(Um achado no arquivo de uma Biblioteca Escolar)
Ruth Navas
173
Maria Judite de Carvalho: a melancolia do realismo
António Manuel Ferreira
179
Motivos melancólicos na poesia de Maria Judite de Carvalho
Paula Morão
Apresentação
Maria Judite e de Urbano: o seu discreto apoio foi essencial esteio desta 9
iniciativa; a cedência da imagem que usamos, por gentileza sua, na capa
deste volume, é apenas a marca concreta dessa presença.
Esperamos que os ensaios aqui publicados constituam um passo
mais no caminho da revisão e da releitura da obra de Maria Judite de
Carvalho, no qual contamos com a feliz companhia do volume com as
comunicações apresentadas no colóquio realizado em Paris em 2009,
várias vezes evocado ao longo deste livro. Não se trata de um banal
gesto de luta contra o indevido esquecimento da autora – mas de dizer
ao público em geral, e aos universitários em especial, que com os seus
livros ficamos menos pobres, mais conscientes do nosso tempo e de nós
mesmos[1].
Paula Morão
Cristina Almeida Ribeiro
1 Os trabalhos aqui reunidos seguem ou não o AO90, conforme orientação dos respectivos
autores.
Maria Judite de Carvalho (1921-1998) começou a publicar em
Maria Judite
de Carvalho
uma obra regularmente editada, em sua vida e postumamente.
Os seus textos cabem nas categorias narrativas da forma breve
Palavras,
(conto, novela, crónica), mas estendem-se ao teatro, à poesia e ao
diarismo ficcionado, constituindo um corpus em perfeito acordo
Tempo, Paisagem
com o que de mais interessante e novo se passou literariamente
no seu tempo. Neles, temas como o retrato social juntam-se à
criação dos universos interiores de personagens entregues aos
seus pequenos mundos, ao quotidiano, ao malogro, à felicidade
Organização
precária, às estratégias de sobrevivência e de desistência de gente
Paula Morão
comum, equilibrada no arame dos dias a que alude um título de Cristina Almeida Ribeiro
1979, evidenciando profundo conhecimento de um tempo e de
uma sociedade em que os leitores se podem continuar a rever.
Neste volume encontramos contributos doravante
indispensáveis para ler não só a obra de Maria Judite de
Carvalho, mas para considerar por exemplo as relações dela com
outros autores e com outras artes (a pintura, o cinema), com a
problemática e os limites dos géneros na contemporaneidade,
com os limites da literatura de autoria feminina, com a
questionação ontológica do tempo e a representação do real.
UID/ELT/0509/2013
ISBN 978‑989‑755‑176‑5