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Fim do Modernismo
Simbolismo
Escolas de escritas
mais tradicionais
Características gerais
O principal ponto que devemos compreender quanto ao
Pré-Modernismo é que não houve um estilo pré-modernista. Como
vimos, o Pré-Modernismo não foi uma escola literária, ma s, sim, um
momento de tr ansição. Consequentemente, configurou-se em uma
fa se ba stante eclética, na qual conviver am os estilos tr adicional e
moderno. Por isso, quanto à estética e ao estilo de escrita, não
houve um consenso entre os autores que produzir am nessa
época.
• G r aça Ar anha
É um nome importante tanto para o Pré-Modernismo quanto para o
Modernismo em si. Bom exemplo do que seria a literatura pré-modernista,
Graça Aranha destacou-se pela obra C a n a ã (1902), história que narra
sobre a vida de imigrantes alemães que foram mandados para o Espírito
Santo em busca de uma terra prometida. No entanto, em um local distante
da região central do Brasil, os alemães viviam como selvagens,
abandonados politicamente pelo interesse nacional maior. Dessa maneira,
os alemães são utilizados pelo autor como instrumento de denúncia,
dando visibilidade às regiões afastadas da metrópole.
• Euclides da Cunha
Autor fundamental para compreendermos o período pré-modernista e a
história do Brasil, Euclides da Cunha escreveu Os sertões (1902), uma
relevante análise acerca da realidade nacional. Obra extensa, com estilo de
escrita rebuscado, científico, próprio do séc. XIX, vocabulário erudito e
linguagem difícil, o livro é um importante registro de Euclides da Cunha
(jornalista e militar) sobre a Guerra de Canudos, dividindo-se em três partes.
1. A terra: análise da região do Sertão, considerando-a como difícil, árida
de conflito natural – paraíso e seca.
2. O homem: o sertanejo, apesar de parecer fraco, é forte por ser um
sobrevivente das difíceis condições de sua região.
3. A guerra
• Retrato de um povo sem assistência social, abandonado pelo governo
e que alimenta esperanças nos ensinamentos de Antônio Conselheiro.
• Extermínio do povo, genocídio cometido pelo país contra os filhos
mais doentes.
Monteiro Lobato
Outro nome do período pré-modernista foi Monteiro Lobato. Por
sua obr a infantojuvenil, é um autor recorrente no ima ginário
br a sileiro, no entanto, tam bém produziu uma liter atur a direcionada
ao público adulto. Confir a, a seguir, a s car acterística s de sua s
produções.
• Obr a infantojuvenil
Monteiro Lobato era um homem nacionalista e que tinha um projeto de
modernizar o Brasil. Porém, preocupava-o o fato de a população brasileira
ser predominantemente analfabeta. Sendo assim, viu na literatura uma
forma de incentivar as crianças e jovens a desenvolverem o gosto pela
leitura e pela escrita para que, no futuro, pudessem prosperar.
• Obr a “adulta”
Produção densa e crítica, a literatura adulta de Monteiro Lobato foi um
instrumento de denúncia do atraso e do abandono em que se encontrava
o interior do Brasil naquela época. Para isso, caracterizava o personagem
interiorano como ignorante, atrasado, apegado a crendices e superstições
ultrapassadas, indolente, preguiçoso e sem perspectivas de prosperar na
vida. Tal personagem ganhou destaque na figura de Jeca Tatu, um caipira
que refletia as consequências do atraso brasileiro e vivia à margem do
progresso.
Lima Barreto
Conhecer a biogr afia de Lima Barreto é importante par a que
possamos compreender melhor sua produção literária.
Assim sendo, Augusto dos Poesia foi autor de uma poesia marcante,
na qual prevaleceu o uso de um voca bulário forte e o interesse
por tema s relacionado à decomposição, podridão, putrefação.
Confir a dois exemplos na sequência.
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este am biente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme – este operário da s ruína s –
Que o sangue podre da s carnificina s
Come, e à vida em ger al declar a guerr a,
Versos íntimos
Vês! Ninguém a ssistiu ao formidável
Enterro de sua última quimer a.
Somente a Ingr atidão – esta panter a –
Foi tua companheir a inseparável!