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A literatura é uma manifestação artística e cultural do ser humano, assim como a dança,
a música e o teatro. Por representar a linguagem e a comunicação, os estilos
literários estão sujeitos às mudanças culturais.
De acordo com estudiosos, por ter obras com características distintas, o pré-
modernismo não pode ser considerado uma escola literária que sucedeu ao
simbolismo. Na realidade, esse período (início do século XX até a Semana de
Arte Moderna, em 1922) foi uma transição entre o Simbolismo e o Modernismo.
Podemos dizer que ele aglutinou características de outras correntes literárias,
como o neorrealismo, neoparnasianismo e neossimbolismo.
No início do século XX, o Brasil vivia uma intensa transformação política com a
consolidação do regime republicano. A esperança de um Brasil moderno — com
condições sociais mais justas, de igualdade perante à lei e a participação política
popular — foi frustrada. Surgiram vários conflitos sociais, de contestação e
reprovação das novas políticas republicanas, como a greve dos operários em São
Paulo, a Revolta da Chibata, a Guerra de Canudos e a Revolta da Vacina.
Características do pré-modernismo
Como já vimos, esse período da literatura não pode ser considerado uma escola
literária por não ter características próprias, mas sim o sincretismo de valores de
estilos anteriores. São consideradas características do pré-modernismo:
Vamos conhecer um pouco sobre alguns artistas mais importantes desse período
e suas respectivas obras!
“O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do
litoral.
A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o
desempenho, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O
andar sem firmeza, sem aprumo, quase gigante e sinuoso, aparenta a translação de membros
desarticulados.”
Além desse livro, Cunha foi autor também de A Guerra do Sertão, As Secas do
Norte, Civilizações, A Margem da História, entre outros livros.
Foi assassinado, em agosto de 1909, na cidade do Rio de Janeiro.
É bastante conhecido pelo público infantil por suas obras e seu estilo de escrita
simples. Autor do Sítio do Picapau Amarelo, foi o criador de personagens como
Visconde de Sabugosa, Cuca, a boneca Emília, Saci Pererê, Rabicó, entre outros.
Nascido no Rio de Janeiro, Lima Barreto foi escritor e jornalista. Foi um grande
crítico do ufanismo e do positivismo em suas obras, nas quais tecia críticas às
mazelas sociais. Boa parte de suas obras foram descobertas e publicadas após
sua morte.
Lima Barreto faleceu, aos 41 anos, por doenças cardíacas, em novembro de
1992, na cidade do Rio de Janeiro.
Sua principal obra foi Triste Fim de Policarpo Quaresma, escrito em tom
coloquial. O livro narra a história de um funcionário público, Policarpo
Quaresma, que em uma de suas ações reconhece o tupi como idioma principal
do Brasil em sinal de valorização da cultura brasileira. O personagem principal
ainda tece duras críticas ao presidente Marechal Floriano e acaba sendo
condenado ao fuzilamento.
“Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela
atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de contribuir para a sua
felicidade e prosperidade. Gastara sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na
velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o condecorava? Matando-o. E o que não
deixara de ver, de gozar, de frui, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara — todo esse
lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não
experimentara.”
Graça Aranha (1868-1931)
"Versos íntimos