O Pré-Modernismo foi um período no Brasil de intensa movimentação literária que marcou o período de transição entre o Simbolismo e o Modernismo. Esse período contempla desde o início do século XX até a Semana de Arte Moderna em 1922.
O Pré-Modernismo foi um período no Brasil de intensa movimentação literária que marcou o período de transição entre o Simbolismo e o Modernismo. Esse período contempla desde o início do século XX até a Semana de Arte Moderna em 1922.
O Pré-Modernismo foi um período no Brasil de intensa movimentação literária que marcou o período de transição entre o Simbolismo e o Modernismo. Esse período contempla desde o início do século XX até a Semana de Arte Moderna em 1922.
O Pré-Modernismo foi um período no Brasil de intensa movimentação literária
que marcou o período de transição entre o Simbolismo e o Modernismo. Esse período contempla desde o início do século XX até a Semana de Arte Moderna em 1922. Muitos estudiosos não consideram o Pré-Modernismo como uma Escola Literária, já que tem obras artísticas e literárias com características muito distintas. Podemos dizer que ele uniu características de outras correntes literárias, como o neorrealismo, neoparnasianismo e neossimbolismo. Em sua obra “História Concisa da Literatura Brasileira”, o crítico literário Alfredo Bosi afirma que é possível chamar pré-modernista tudo o que, nas primeiras décadas do século XX, problematiza a realidade social e cultural.
Contexto Histórico do Pré-Modernismo
Imagem da Guerra do Contestado
início do século XX foi marcado por confrontos internacionais, que resultou na Primeira Guerra Mundial e que terminou com o surgimento de uma nova potência: os Estados Unidos. Em 1917, com a Revolução Russa, o proletariado tomou o poder. Começaram, então, a tomar forma dois regimes opostos: o comunismo e o capitalismo.
No Brasil, o Pré-Modernismo chega no momento em que o país está inserido
na Belle Époque, ou seja, em uma época de renovação e avanços científicos e tecnológicos causados pela influência francesa, principalmente no Rio de Janeiro. É também o momento de consolidação do regime republicano, em que muitas revoltas populares aconteceram. Afinal, a população contestava e reprovava as novas políticas republicanas. Alguns dos conflitos mais importantes foram: a Revolta da Vacina (1904), a Revolta da Chibata (1910), a Guerra do Contestado (1912-1916), entre outras. Os escritores do pré-modernismo brasileiro adotam uma postura liberal e passam a fazer críticas em relação aos problemas sociais enfrentados. A linguagem formal – herança do Arcadismo – e a preocupação estética foram deixadas de lado e os temas históricos, sociais e políticos ganharam espaço.
Principais Características do Pré-Modernismo
Capa do livro “Os Sertões”
Como já vimos, esse período não é considerado uma Escola Literária por muitos estudiosos, já que não tem características próprias, mas sim o sincretismo de valores de estilos anteriores.
As principais características do Pré-Modernismo são:
Denúncia dos problemas sociais enfrentados, como fome, miséria, abismos
sociais, conflitos, entre outros. Aproximação da obra literária ao contexto social, político e econômico. Regionalismo, ou seja, passou-se a valorizar a própria cultura. Marginalização dos personagens principais. Linguagem informal, como oposição ao Arcadismo que possuía linguagem bastante formal. Naturalismo, ou seja, ocorria descrição minuciosa dos personagens e dos cenários.
Principais autores do Pré-Modernismo
No Pré-Modernismo, os autores assumiram uma postura mais crítica em relação
à sociedade e aos modelos literários anteriores. Esses autores foram responsáveis por dar início às novas tendências que inspiraram os modernistas de 1922.
Os principais autores desse período são:
Euclides da Cunha (1866-1909)
Euclides da Cunha foi escritor, poeta, ensaísta, jornalista, historiador, sociólogo, geógrafo, poeta e engenheiro. Ocupou a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras de 1903 a 1906.
Como jornalista, foi convidado para cobrir a Guerra de Canudos. A Guerra de
Canudos (1896 – 1897) foi um movimento popular de cunho religioso, na Bahia, que inspirou um dos mais importantes livros desse período: “Os Sertões”. A obra “Os Sertões” narra a luta do povo sertanejo contra os desmandos da elite. Euclides da Cunha testemunhou o evento durante três semanas e conseguiu mesclar estilos da prosa artística e da prosa científica.
Outras obras de Euclides da Cunha que merecem destaque são: “A Guerra do
Sertão”, “As Secas do Norte”, “Civilizações” e “A Margem da História”.
Graça Aranha (1869-1931)
Graça Aranha foi um escritor e diplomata maranhense. Além disso foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922.
Sua obra de maior destaque é “Canaã” publicada em 1902. A obra aborda a
migração alemã no estado do Espírito Santo. Outras obras de Graça Aranha que merecem destaque são: “Malazarte”, “A Estética da Vida” e “Espírito Moderno”. Monteiro Lobato (1882-1948)
Monteiro Lobato foi escritor, editor, ensaísta e tradutor brasileiro. É considerado
um dos escritores mais influentes do século XX e ficou muito conhecido por suas obras infantis de caráter educativo, como por exemplo, a série de livros do Sítio do Picapau Amarelo.
Sua contribuição para o período pré-modernista se fez em várias obras, entre
elas “Cidades Mortas”, na qual denunciou o cotidiano das cidades cafeeiras de São Paulo, a decadência econômica e o comportamento das pessoas.
Lima Barreto (1881-1922)
Lima Barreto foi escritor e jornalista. Foi um grande crítico do ufanismo e do
positivismo em suas obras, nas quais fazia críticas às mazelas sociais. Boa parte de suas obras foram descobertas e publicadas após sua morte.
Sua principal obra foi “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, escrito em tom
coloquial. O livro narra a história de um funcionário público, Policarpo Quaresma, que em uma de suas ações reconhece o tupi como idioma principal do Brasil em sinal de valorização da cultura brasileira.