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O Modernismo foi, sem dúvida, um dos movimentos que mais impactaram as formas como
pensamos e criamos. Podemos definir "Modernismo" como um conjunto de correntes
culturais e escolas artísticas que surgiram na primeira metade do século XX.
É importante sublinhar que dentro deste rótulo cabiam várias formas de pensamento e nem
todas concordavam entre si; na verdade, algumas eram antagônicas.
Aquilo que elas tinham em comum era a noção de que a cultura tradicional estava
ultrapassada e que, por isso, era necessário encontrar novas ideias e conceitos. Estas
vanguardas partiram, então, em busca do novo, do "moderno".
O seu valor e legado é incalculável, uma vez que os artistas modernistas se tornaram
referência para várias gerações de criadores futuros.
Contexto Histórico
No início do século XX, o Brasil vivia o início da República Velha (1894-1930). Esse
momento esteve representado pelos interesses das oligarquias rurais na prática da chamada de
"política do café com leite".
Em paralelo, o Brasil recebia entre 1871 e 1920, cerca de milhões de imigrantes de origem
italiana e japonesa. O destino eram as lavouras de café ou as indústrias de São Paulo.
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A mão-de-obra também passa a ser empregada nas fábricas. Isso porque com a Primeira
Guerra Mundial, a importação de produtos foi dificultada e o País precisou desenvolver seu
parque fabril.
As ideias anarquistas ganham publicidade em jornais operários a partir de 1917, como reflexo
da agitação política e os efeitos da Revolução Russa, ocorrida naquele ano. É neste contexto
que São Paulo vira palco da primeira greve geral.
O País vive a Revolução de 30 e, até 1945 dura a Era Vargas, indutora de transformações
políticas e econômicas.
É esse contexto histórico que leva o Brasil à modernidade do século XX, impondo o
rompimento com o século anterior.
Características do Modernismo
Não foi diferente no Brasil, onde a busca pelo novo e pela identidade local permearam esse
movimento.
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• Fragmentação
• Síntese
• Busca pela linguagem brasileira
• Nacionalismo
• Ironia, humor e paródia
• Relato do cotidiano
• Revisão crítica do passado histórico e cultural
• Subjetivismo
• Versos livres
A Linguagem do Modernismo
Isso porque muitos escritores pertencentes ao início do movimento, romperam com a sintaxe,
a metrificação e as rimas.
Modernismo no Brasil
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Os artistas buscavam inspiração na arte que acontecia na Europa (as chamadas vanguardas
europeias) para produzir trabalhos com caráter inovador e ao mesmo tempo nacional.
O contexto social por aqui era bastante delicado, com a grande insatisfação popular por conta
da crescente alta dos preços, gerando manifestações e paralisações de trabalhadores.
Fases do Modernismo
Primeira Geração
A primeira fase do modernismo brasileiro teve início em 1922, com a Semana de Arte
Moderna, e perdurou até 1930. Essa fase modernista é a mais radical, já que realiza uma
quebra com a tradição artística. Assim, empreende uma crítica aos símbolos da nacionalidade
brasileira. Portanto, é caracterizada por um nacionalismo crítico e antirromântico.
Apesar da inspiração nas vanguardas europeias, a primeira geração tinha como um objetivo a
busca da brasilidade nas obras. Desse modo, os temas da primeira fase foram
temas nacionalistas, que se voltavam, portanto, para a cultura e identidade do Brasil.
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Assim, entre as principais características da fase figuram o nacionalismo crítico, a busca pelo
resgate das raízes culturais brasileiras, as críticas à realidade social e política no país, e o
caráter anárquico.
Além disso, o modernismo se destacou pela inovação estética, inclusive na linguagem usada.
Assim, a literatura da primeira fase trazia a valorização do cotidiano, a inovação da
linguagem e estética, uso de coloquialismo, e o uso de ironia e sarcasmo, por exemplo.
Nesse sentido, a estética da poesia desse período se opunha à estética parnasiana e trazia
liberdade da forma, com versos livres e brancos.
Entre os principais artistas desse período figura o “Grupo dos Cinco”, que era composto por
Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti Del Picchia
(1892-1988), Tarsila do Amaral (1886-1973) e Anita Malfatti (1889-1964).
Além deles, também tiveram muita importância Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Graça
Aranha (1868-1931) e Manuel Bandeira (1886-1968).
Por fim, nas artes plásticas, podemos destacar Di Cavalcanti, com o quadro Pierrot, de 1924.
Além disso, há também as pinturas de Tarsila do Amaral e as obras do escultor Victor
Brecheret.
Segunda Geração
A segunda geração modernista ou segunda fase do modernismo representa o segundo
momento do movimento modernista no Brasil que se estende de 1930 a 1945.
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Chamada de “Geração de 30”, essa fase foi marcada pela consolidação dos ideais
modernistas, apresentados na Semana de 1922. Lembre-se que esse evento marcou o início
do Modernismo rompendo com a arte tradicional.
Nessa fase, o grande foco da prosa de ficção foram os romances regionalistas e urbanos.
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2. Graciliano Ramos (1892-1953)
Graciliano Ramos se destacou na prosa regionalista com seu romance Vidas Secas (1938).
Nele, aborda diversos aspectos do sertanejo e problemas como a seca do Nordeste, a fome e a
miséria dos retirantes.
4. Rachel de Queiroz
Rachel de Queiroz (1910-2003) publica em 1930 seu romance intitulado O Quinze em que
aborda sobre uma das maiores secas que assolou o Nordeste em 1915.
Terceira Geração
A terceira fase do modernismo brasileiro durou de 1945 até a década de 1970. Ela também é
conhecida como pós-modernismo e possui obras como “Grande sertão: veredas”.
“A hora da estrela”, livro publicado pela editora Rocco, é um dos principais representantes da
prosa da terceira fase do modernismo brasileiro.
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A terceira fase do modernismo brasileiro ou terceira geração modernista é como ficou
conhecido o período da literatura nacional que vai de 1945 até os anos de 1970. As obras
dessa fase são caracterizadas pelo seu caráter experimental, além da crítica sociopolítica e da
metalinguagem. Elas estão inseridas no contexto da Guerra Fria, conflito que acabou
estimulando o consumismo capitalista.
O modernismo literário foi uma vertente bastante forte no Brasil, sendo que a Segunda Fase
modernista no país foi marcada pela produção da literatura, com destaque para a prosa e
poesia.
Os escritores passam a usar as palavras de maneira mais flexível, abusando de versos livres,
linguagem sarcástica e cômica e renúncia à métrica e à rima.
Alguns dos escritores de maior destaque no período são: Oswald de Andrade, Mario de
Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Rachel de
Queiroz.
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A partir de 1945, surge um novo momento na literatura do país, com a Terceira Fase do
Modernismo, na qual os escritores buscavam integrar novamente recursos formais com
características intimistas, regionalistas e urbanas. Os representantes dessa fase são
considerados também como “neoparnasianos”.
Nas artes visuais, a tendência também se deu de maneira significativa, sobretudo na Europa.
Lá ocorreram as primeiras expressões modernas, e fazem parte delas:
• Expressionismo;
• Fauvismo;
• Cubismo;
• Abstracionismo;
• Futurismo;
• Dadaísmo;
• Surrealismo;
• Concretismo.
O Expressionismo
Contexto histórico
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O Expressionismo surge no início do século XX, em tentativa da arte moderna de representar
um mundo em constante transformação. As mudanças provocadas pela automatização
industrial em larga escala, pelo crescimento acelerado das grandes metrópoles e pelo
surgimento de novas tecnologias apresentavam um novo paradigma, transformavam a
maneira como o ser humano existe e interage com o mundo.
O Expressionismo foi um movimento muito diversificado, fundado por dois grupos: A Ponte,
de 1905, e O Cavaleiro Azul, de 1911, que reuniram majoritariamente artistas alemães. Em
uma segunda fase, monta-se o grupo Nova Objetividade, já de caráter internacional. Embora
não houvesse um manifesto ou uma declaração programática dos objetivos e procedimentos
da arte expressionista, podem ser apontadas como principais as seguintes características:
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• a não representação mimética da realidade;
• a valorização da gravura e da arte primitiva;
• a deformação das formas e o uso de cores vibrantes para ressaltar o sentimento, a
interioridade;
• a poética do feio, a representação do que é tido como indesejável;
• a preferência por temas sombrios e mórbidos.
• Emil Nolde
• Erich Heckel
• Ernst Barlach
• Vassili Kandinsky (antes de sua fase abstracionista)
• Franz Marc
• Otto Dix
• Amadeo Modigliani
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O Fauvismo
O Fauvismo nasceu na França e foi reconhecido como corrente artística em 1905, a partir de
uma exposição realizada no Salão de Outono, em Paris. No ano a seguir, os artistas também
expuseram no Salão dos Independentes consolidando ainda mais a corrente artística.
O grupo de vanguarda europeu era não propriamente organizado: não teve um manifesto nem
nenhum tipo de programa, não foi uma escola com ideais bem definidos. Os artistas dessa
geração foram produzindo obras relativamente bastante heterogêneas - embora fossem todos
informalmente liderados pelo pintor Henri Matisse (1869-1954).
Os principais artistas fauvistas foram Henri Matisse, Albert Marquet (1875-1947), Maurice
de Vlaminck (1876-1958), Raoul Dufy (1877-1953) e André Derain (1880-1954).
O adjetivo foi escolhido depois de Louis visitar uma sala do Salão de Outono onde estavam
expostas uma série de obras fauvistas ao redor de uma peça do escultor renascentista
Donatello (1386-1466). Vauxcelles então escreveu que parecia que a escultura estava cercada
de animais selvagens.
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Os artistas acabaram gostando do nome, que deveria ser uma crítica, e assimilaram a
expressão se autointitulando os fauvistas.
Embora a produção fauvista tenha sido bastante rica, o grupo não durou muitos anos. O final
do movimento começou a se delinear com o surgimento do cubismo, já em 1907, liderado por
Pablo Picasso e representado inicialmente pela tela Les Demoiselles d'Avignon.
Características do Fauvismo
Tratava-se mesmo uma paleta estridente (os artistas usavam especialmente o vermelho, o
verde, o azul, o amarelo), promovendo uma explosão de cores puras (tintas que saiam direto
das bisnagas).
Um fato interessante: as cores não estavam, necessariamente, ligadas à realidade, havia uma
liberdade também nesse sentido. Observe, por exemplo, a tela Retrato de Madame Matisse,
pintada em 1905 por Matisse:
Havia também muitas telas dessa geração fazendo uso de ilhas de cor (em uma série delas há
pontos específicos de destaque).
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Os fauvistas faziam uso de formas planas, chapadas, superfícies flat (com menor noção de
volume). Produziam sobretudo um espaço livre e bidimensional, sem profundidade, muitas
vezes quebrando a perspectiva. Repare, por exemplo, na emblemática tela A dança:
O Cubismo
O cubismo é o primeiro movimento das vanguardas europeias e surgiu em 1907, com a
obra As senhoritas de Avignon, de Pablo Picasso. Assim, esse movimento aconteceu em uma
época marcada por inovações tecnológicas, quebra com o pensamento tradicional e tensão
política que precedeu a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). É caracterizado
pelo geometrismo, pelo antiacademicismo e pela fragmentação.
Na Europa, seus principais artistas são: Pablo Picasso e Georges Braque (na pintura), Pablo
Gargallo e Raymond Duchamp-Villon (na escultura), e Ígor Stravinsky (na música). No
Brasil, os principais pintores modernistas que aderiram ao cubismo são: Tarsila do Amaral,
Ismael Nery, Candido Portinari e Anita Malfatti. Já a literatura conta com os seguintes
escritores: o francês Guillaume Apollinaire, o português Mário de Sá-Carneiro, o russo
Vladimir Maiakovski, e o brasileiro Oswald de Andrade.
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Características do cubismo
O Abstracionismo
A arte abstrata (ou abstracionismo) é aquela que foge a representação de qualquer realidade
exterior.
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A arte abstrata, completamente liberta de qualquer obrigatoriedade em representar figuras
reconhecíveis, ficou também conhecida como arte não figurativa.
Por ser mais aberto, o abstracionismo permite que o espectador multiplique interpretações
possíveis, podendo usar a imaginação como uma ferramenta de compreensão do trabalho.
O foco é no uso das cores, das formas geométricas, disposição gráfica, texturas, arranjo e
composição.
Assim, esse tipo de arte nasce na pintura, no princípio do século XX, como uma oposição ao
figurativismo. Quando surgiu, era um movimento bastante polêmico e foi rejeitado pela
crítica e público, especialmente pela elite.
Vertentes do abstracionismo
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Já o abstracionismo geométrico teve como principal influência o rigor matemático e foi
influenciado pelo cubismo e futurismo. Nomes de destaque nessa vertente são Piet Mondrian
e Malevich.
Apesar dessa tentativa de categorização, vale a pena sublinhar que a arte abstrata não se
tratou de um grupo homogêneo de artistas produzindo peças semelhantes. Cada artista
escolheu percurso e seguiu uma linha particular.
1. Wassily Kandinsky
Kandinsky chegou a ser professor da Bauhaus, importante escola alemã de design, arquitetura
e arte.
Outra obra emblemática dele é Composição IV ou A Batalha, realizada em 1911, feita
também com o intuito de evidenciar os efeitos cromáticos na psiquê das pessoas.
Confira também as principais obras de Wassily Kandinsky que resumem a sua biografia.
2. Kazimir Malevich
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Esse foi um dos primeiros artistas a utilizar formas geométricas puras em seus trabalhos.
Malevich é um dos mais representativos artistas do Abstracionismo geométrico, ou
suprematismo.
3. Piet Mondrian
O holandês Piet Mondrian (1872-1974) também foi um dos grandes nomes do movimento
abstrato. Suas telas foram pintadas a partir de cores puras e linhas retas.
O desejo do pintor era obter o máximo de clareza possível e, para isso, procurava que as telas
refletissem as leis matemáticas do universo. Não por acaso os padrões da pintura eram
sempre regulares, precisos e estáveis.
Grande parte de seus trabalhos são variações sobre as cores primárias, compostas em arranjos
com linhas pretas. Uma dessas telas é Composição em vermelho, amarelo e azul, de 1921.
O momento chave, no entanto, ocorreu em 1951, com a I Bienal de São Paulo. Foi lá que
despontaram nomes como Lygia Clark, Helio Oiticica e Alfredo Volpi.
1. Lygia Clark
Lygia Clark (1920-1988) não foi apenas pintora, também atuou como escultora, desenhista,
professora de belas artes e psicoterapeuta.
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As esculturas eram feitas com material de revestimento de avião e ofereciam múltiplas
combinações de acordo com o desejo do espectador.
2. Hélio Oiticica
Hélio Oiticica (1937-1980) pertenceu, assim como Lygia Clark, ao neoconcretismo. Sua
produção - composta de muitas telas e instalações - teve influência anarquista.
O artista ficou muito conhecido pelas instalações com cores intensas, uma delas é Penetrável
Magic Square nº 5, De Luxe, uma construção feita a partir de uma maquete de 1977, que
pode ser encontrada também no Museu de Inhotim.
3. Alfredo Volpi
Seu nome está relacionado à arte abstrata devido às suas composições geométricas, ainda que
sejam inspiradas em elementos reconhecíveis, as bandeirinhas de festas juninas, e muitas
vezes levem no título o nome das bandeirinhas.
O Futurismo
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Origem do futurismo
O futurismo foi apenas mais um deles, contudo, um dos mais radicais. Seu criador foi o
escritor italiano Filippo Tommaso Marinetti, que, em 20 de fevereiro 1909, publicou
o Manifesto futurista, em que explicitou os princípios do movimento. Marinetti, um
nacionalista que, mais tarde, declarou-se simpatizante do fascismo, não escondeu o caráter
violento do manifesto, que glorifica a guerra e a destruição do passado:
“É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e
incendiária, com o qual fundamos hoje o “futurismo”, porque queremos libertar este país de
sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários. Já é tempo
de a Itália deixar de ser um mercado de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros
museus que a cobrem toda de inúmeros cemitérios.”
Características do futurismo
• Antiacademicismo
• Culto à guerra
• Glorificação da tecnologia
• Enaltecimento da velocidade
• Inovação estética
• Busca de originalidade
• Otimismo
• Cores vibrantes
• Visão heroica da humanidade
• Antropocentrismo
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• Perspectiva iconoclasta
• Destruição da sintaxe
• Palavras soltas
• Ausência de adjetivos e advérbios
• Verbos no infinitivo
• Presença de sinais matemáticos
• Uso de onomatopeias
Futurismo no Brasil
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1922, com a Semana de Arte Moderna — trazia a mesma perspectiva dos movimentos
vanguardistas, isto é, a criação de obras que valorizavam a originalidade e buscavam libertar-
se dos valores estéticos tradicionais.
E também pelo seu culto à velocidade e às novas tecnologias, o que muito tinha a ver com a
cidade de São Paulo da época, em processo de modernização. Nessa cidade, o modernismo
nasceu, e os artistas filiados a ele buscaram refletir, em suas obras, o otimismo em relação à
industrialização e ao crescimento urbano. Entretanto, não houve, no Brasil, uma arte
puramente futurista.
O Dadaísmo
Foi considerado o movimento propulsor das ideias surrealistas e tinha um caráter ilógico,
anti-racionalista e de protesto.
Isso porque, através da ironia, buscava questionar a arte e, sobretudo, seu contexto histórico,
com a ocorrência da Primeira Guerra Mundial.
Características do Dadaísmo
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• Rompimento com os modelos tradicionais e clássicos;
• Espírito vanguardista e de protesto;
• Espontaneidade, improvisação e irreverência artística;
• Anarquismo e niilismo;
• Busca do caos e desordem;
• Teor ilógico e irracional;
• Caráter irônico, radical, destrutivo, agressivo e pessimista;
• Aversão à guerra e aos valores burgueses;
• Rejeição ao nacionalismo e ao materialismo;
• Crítica ao consumismo e ao capitalismo.
Em 1916, os artistas e agitadores culturais Hugo Ball, Emmy Hennings, Marcel Janco,
Richard Huelsenbeck, Tristan Tzara, Sophie Tauber-Arp e Jean Arp fundam o Cabaret
Voltaire.
O espaço foi feito com o intuito de ser um lugar para manifestações políticas e artísticas em
Zurique, na Suiça. Lá, um grupo de artistas refugiados com tendências anarquistas, dentre
escritores, pintores e poetas, reuniram-se para inaugurar uma nova manifestação de arte.
É nesse contexto que o poeta romeno Tristan Tzara (1896-1963) cria o movimento Dadaísta,
em meados da primeira guerra mundial, junto aos artistas Hugo Ball (1886-1927) e Hans Arp
(1886-1966).
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Foi assim que aleatoriamente foi escolhido o termo "dadaísmo". Os artistas reunidos
resolveram escolher um termo num dicionário que, de certa maneira, já indicava o caráter
ilógico do movimento que surgia. Do francês, o termo “dadá” significa "cavalo de madeira".
Nesse sentido, o dadaísmo é considerado um movimento antiartístico, uma vez que questiona
a arte e busca o caótico e a imperfeição.
Dadaísmo no Brasil
Na literatura, podemos notar essa influencia em algumas manifestações dos escritores Mário
de Andrade e Manuel Bandeira. Além deles, destaca-se o "teatro de experiência" de Flávio de
Carvalho e as pinturas de Ismael Nery.
Dadaísmo na Literatura
Note que o movimento dadaísta se difundiu nas artes plásticas e também na literatura. Os
poetas dadaístas cultivavam a disposição aleatória das palavras.
Dessa forma, era notória a falta de lógica e irracionalidade, próprias do dadaísmo. Ocorria
assim, a banalização das rimas e da construção poética.
“Pegue um jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja
dar a seu poema. Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que
formam esse artigo e meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um
após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema
se parecerá com você.
Artistas Dadaístas
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Alguns artistas plásticos e poetas que participaram do movimento dadaísta foram:
O Surrealismo
O movimento surrealista evoluiu, apesar de ter estado em risco de ser exterminado, pois
surgiram manifestações contrárias baseadas no anarquismo. Muitos pensadores do
movimento trocavam acusações, afirmando que não seguiam os propósitos do surrealismo.
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Apesar deste clima de tensão, o surrealismo prosperou, influenciando o pensamento humano.
Criou uma nova concepção do mundo e do ser humano, além de uma mudança relevante no
processo artístico.
Alguns estudiosos afirmam que o surrealismo esteve em processo de gestação até 1924,
quando surgiu o Manifesto do Surrealismo, de autoria de André Breton.
Características do Surrealismo
Surrealismo na Literatura
Os surrealistas defenderam uma ótica particular para interpretar o mundo natural e o das
ações humanas. Esta ótica também explicava a função da poesia e da arte, de
uma forma totalmente liberta do predomínio da razão.
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que antecedem o surrealismo. Nelas já se percebe a exploração intencional do e do
inconsciente, características do surrealismo.
Os criadores do surrealismo foram Louis Aragon, Philippe Soupault, Paul Éluard, Benjamin
Péret e, sobretudo, André Breton, após o fim do grupo dadaísta.
Este grupo tinha como missão abolir as regras tradicionais estéticas e éticas, porque
acreditavam que estas contribuíram para o início da I Guerra Mundial.
Muitos artistas usavam meios técnicos tradicionais da pintura, e representavam mitos, fábulas
e sonhos, que seguiam as normas surrealistas criadas em 1924 por Breton.
Algumas dessas normas eram a exaltação dos processos oníricos e da imaginação, assim
como demonstrações da paixão erótica e do humor corrosivo. Eram, portanto, manifestações
opostas à cultura e aos valores tradicionais burgueses.
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Salvador Dalí
Salvador Domingo Felipe Jacinto Dali i Domènech , mais conhecido como Salvador Dalí, é,
sem dúvida, o artista mais conhecido do Surrealismo.
René Magritte
O belga René François Ghislain Magritte (1898 – 1967) foi um dos principais artistas do
Surrealismo. Influenciado pela pintura metafísica de Giorgio de Chirico, desenvolveu um
estilo singular, chamado ora de surrealismo realista, ora de realismo mágico.
Suas obras costumam apresentar uma espécie de paradoxo visual: enquanto os elementos são
representados de maneira realista, a junção desses mesmos elementos forma um conjunto
insólito, realçando o caráter metafórico de sua obra.
Joan Miró
Joan Miró i Ferrà (1893 – 1983) foi um dos mais importantes artistas do Surrealismo. O
pintor e escultor espanhol mudou-se no início do século XX para Paris, onde entrou em
contato com as vanguardas modernistas, especialmente o Dadaísmo e o Fauvismo. Após
conhecer o poeta André Breton, em 1923, integrou o então recém-formado grupo surrealista.
A obra de Miró é marcada por uma simbologia que remete à fantasia, mas sem adentrar nas
teses freudianas, como muitos dos seus colegas.
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O uso frequente de pontos e linhas dispostos de maneira espontânea na tela vazia demonstra a
"tradução poética" da realidade pretendida pelo pintor: o signo é muito mais uma metáfora do
que propriamente uma imagem.
Max Ernst
Max Ernst (1891 - 1976) foi um pintor, poeta e escultor surrealista de grande relevância.
Auto-didata, aprendeu a pintar sozinho enquanto estudava Psicologia e Filosofia na
Alemanha. Seus primeiros trabalhos, entretanto, foram interrompidos pela eclosão da
Primeira Grande Guerra, para a qual foi convocado.
Em 1922, mudou-se para Paris, onde entra em contato com o grupo surrealista capitaneado
por André Breton. É desse período que datam suas obras mais conhecidas, marcadas pela
busca incessante por novas técnicas expressivas, bem como pelo simbolismo alusivo à
psicanálise freudiana.
Surrealismo no Brasil
No Brasil, as noções surrealistas começaram a surgir entre 1920 e 1930, por elementos que
participaram da Semana de Arte Moderna de 22.
Alguns dos artistas brasileiros surrealistas (ou com tendências surrealistas) mais conhecidos
são: Tarsila do Amaral, Maria Martins, Cícero Dias, Ismael Nery, entre outros.
O Concretismo
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Nesse século, ocorreram duas guerras mundiais e a ameaça de uma guerra nuclear. Já no
Brasil, a política desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek (1902-1976) foi grande
propulsor do Concretismo.
No continente americano, um novo país socialista surgia. Apoiado pela União Soviética, e
com a mesma política de censura e perseguição a opositores no país, Fidel Castro (1926-
2016) transformava-se em uma grande ameaça para os Estados Unidos, pois podia permitir
que a União Soviética fizesse uso de seu território, Cuba, para atacar o país da América do
Norte. Havia, então, uma forte ameaça de guerra nuclear.
Nesse conflito, o Brasil ficou do lado dos Estados Unidos e, como essa nação, empreendeu
também a sua perseguição e prisão de comunistas. Porém, após o suicídio de Getúlio
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Vargas (1882-1954), o novo presidente, Juscelino Kubitschek, manteve seu foco na
construção de Brasília e empreendeu uma política desenvolvimentista que levou ao
problemático e acelerado crescimento urbano.
Além disso, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, o cinema e a televisão (que chegou
ao Brasil em 1950) foram usados em prol do entretenimento e do estímulo ao consumo
capitalista. Era o início de um período que alguns historiadores entendem como Pós-
Modernidade, marcado pelo consumo exagerado e pelo vazio existencial.
Características do Concretismo
• Linguagem autônoma
• Geometrismo
• Temática universal
• Planejamento
• Simplicidade
• Objetividade
• Anti-Impressionismo
• Antinacionalismo
• Antirregionalismo
• Antissentimentalismo
• Oposição à arte abstrata
• Não representação da natureza
• Valorização da técnica, dos elementos formais
• Metalinguagem: a obra representa a si própria
• Defesa da especificidade de cada segmento artístico
Autores concretistas
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A poesia concreta nasceu, concomitantemente, no Brasil, na Suíça e na Suécia. No entanto, as
suas características básicas foram fundamentadas aqui, no Brasil. Na Suíça, o
boliviano Eugen Gomringer, considerado um dos criadores da poesia concreta em língua
alemã, foi o responsável pela divulgação do Concretismo, nesse país, na década de 1950.
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• Stéphane Mallarmé: Um lance de dados (1897)
• Ezra Pound: Os cantos (1925)
• James Joyce: Ulysses (1922) e Finnegans Wake (1939)
• Guillaume Apollinaire: Caligramas (1918)
• Oswald de Andrade: Pau-brasil (1925)
• João Cabral de Melo Neto: O engenheiro (1945), Psicologia da composição (1947)
e Antiode (1947)
Dos fundadores
• Eugen Gomringer: Constelações (1953)
• Öyvind Fahlström: Bord (1966)
• Haroldo de Campos: Galáxias (1984)
• Décio Pignatari: Organismo (1960)
• Augusto de Campos: Clip-poemas (1997)
• E. M. de Melo e Castro: Ideogramas (1962)
• Salette Tavares: Poesia gráfica (1995)
• Arnaldo Antunes: Tudos (1991)
• Paulo Leminski: caprichos & relaxos (1983)
Concretismo no Brasil
Noigandres é o nome de um grupo criado em 1952, em São Paulo, formado por poetas como
Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Augusto de Campos. É também o título da revista
criada por esse grupo, cujos integrantes são responsáveis pelo surgimento da poesia concreta
brasileira. Para eles, a poesia deveria refletir a sociedade moderna, de forma a unir o
experimentalismo formal à crítica da realidade.
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• Décio Vieira (1922-1988)
• Rubem Ludolf (1932-2010)
• César Oiticica
• Hélio Oiticica (1937-1980)
• Lygia Pape (1927-2004)
• Lygia Clark (1920-1988)
• Amilcar de Castro (1920-2002)
• Franz Weissmann (1911-2005)
• Alexandre Wollner (1928-2018)
• Alfredo Volpi (1896-1988)
• Aluísio Carvão (1920-2001)
• Kazmer Féjer (1923-1989)
• Ferreira Gullar (1930-2016)
• Geraldo de Barros (1923-1998)
• Hermelindo Fiaminghi (1920-2004)
• Ivan Serpa (1923-1973)
• Judith Lauand
• Lothar Charoux (1912-1987)
• Luiz Sacilotto (1924-2003)
• Maurício Nogueira Lima (1930-1999)
• Waldemar Cordeiro (1925-1973)
• Décio Pignatari (1927-2012)
• Haroldo de Campos (1929-2003)
• Augusto de Campos
• Ronaldo Azeredo (1937-2006)
Poesia concreta
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• Valorização da materialidade das palavras
• Caráter verbivocovisual: palavra, som e imagem
• Ausência de versos
• Signo visual e plurissignificativo
• Uso de elipses
• Defesa do poema-objeto
• Ressignificação do espaço em branco da página
• Exploração do espaço da página
• Preocupação com a ordenação das palavras
• Disposição não linear dos vocábulos
• Autonomia estética: independe de subjetividades
• Exploração da metalinguagem
Neoconcretismo
Referências Bibliográficas
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