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PI – PORTUGUÊS
ORIENTAÇÕES GERAIS:
Escreva seu nome, número e ano no espaço reservado.
Responda de caneta azul todas as questões.
Você será avaliado em vários aspectos: compreensão e interpretação de texto, organização
e clareza de ideias, ortografa e correção gramatical.
Faça o uso do parágrafo e pontuação adequadamente.
Leia várias vezes e com muita atenção cada uma das questões. O entendimento das
questões faz parte da avaliação.
As respostas mal elaboradas, palavras e numerais grifados de maneira incorreta serão
considerados errados ou terão o devido desconto.
As respostas devem ser escritas nos respectivos espaços reservados de forma organizada.
Verifique se nenhum exercício ficou em branco. As questões em branco, rasuradas ou com
duas (ou mais) alternativas assinaladas (em caso de teste, assinale ou verdadeiro ou falso)
serão anuladas.
Releia conferindo todas as respostas e não entregue a avaliação antes do término
estabelecido.
Todas as questões dissertativas devem ser elaboradas de maneira clara e completa.
Boa Prova.
últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma
criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.
CUNHA, Euclides da. Os sertões. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1995.v.2, p. 513.
(Fragmento)
Enfim, arrasada a cidadela maldita! Enfim, dominado o antro negro, cavado no centro do adusto
sertão, onde o Profeta das longas barbas sujas concentrava sua força diabólica, feita de fé e de
patifaria, alimentada pela superstição e pela rapinagem![…]
BILAC, Olavo. Cidadela maldita. In: Vossa insolência: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras.
1996.p.412. (Fragmento).
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b) Transcreva as expressões utilizadas por Olavo Bilac em seu texto para caracterizar a vila de
Canudos e Antônio Conselheiro. Que juízo de valor está associado a elas? Explique. (1,0)
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Palavras do texto:
1)(filosofia) diz-se de argumento, conhecimento ou explicação que relaciona um fato com sua causa final.
2)superlativo de acre, ácido, amargo.
3) familiaridade, vida em comum.
4) atribuição de características e comportamentos típicos da condição humana às formas inanimadas da
natureza ou aos seres vivos irracionais.
5) drupas: frutos carnosos, como a manga, o pêssego,
agras:de sabor ácido ou azedo.
6) inchaço
O tema da morte é abordado por muitos poetas, que tratam de sua dimensão espiritual ou
sentimental. Como a morte é apresentada no poema acima? (1,0)
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Urupês
Na descrição de Jeca Tatu, Monteiro Lobato despe-o da idealização que, para ele, marcava a
representação da figura do caboclo.
[…] a verdade nua manda dizer que entre as raças de variado matiz, formadoras da nacionalidade e
metidas entre o estrangeiro recente e o aborígine de tabuinha no beiço, uma existe a vegetar de
cócoras, incapaz de evolução, impenetrável ao progresso. Feia e sorna, nada a põe de pé. […]
Jeca Tatu é um piraquara do Paraíba, maravilhoso epítome de carne onde se resumem todas as
características da espécie.[…]
De pé ou sentado as ideias se lhe entramam, a língua emperra e não há de dizer coisa com coisa.
De noite, na choça de palha, acocora-se em frente ao fogo para “aquentá-lo”, imitado da mulher e
da prole.
Para comer, negociar uma barganha, ingerir um café, tostar um cabo de foice, fazê-lo noutra
posição será desastre infalível. Há de ser de cócoras.
[…] Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade! […]
Jeca mercador, Jeca lavrador, Jeca filósofo…
Quando comparece às feiras, todo mundo logo adivinha o que ele traz: sempre coisas que a
natureza derrama pelo mato e ao homem só custa o gesto de espichar a mão e colher. […]
Seu grande cuidado é espremer todas as consequências da lei do menor esforço – e nisto vai longe.
[…]
Um terreirinho descalvado rodeia a casa. O mato o beira. Nem árvores frutíferas, nem horta, nem
flores – nada revelador de permanência.
Há mil razões para isso; porque não é sua a terra; porque se o “tocarem” não ficará nada que a
outrem aproveite; porque para frutas há o mato; porque a “criação” come; porque…[…]
Jeca, interpelado, olha para o morro coberto de moirões, olha para o terreiro nu, coça a cabeça e
cuspilha.
LOBATO, Monteiro. Urupês. 37. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 166-170. (Fragmento)
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Releia. “[…] Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade! Jeca mercador, Jeca
lavrador, Jeca filósofo..”. 1
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6) Essa caracterização do caboclo, vista por muitos como preconceituosa, valeu inúmeras críticas a
Monteiro Lobato. Responda: a imagem do caboclo no texto denota, de fato, preconceito?
Justifique. (1,0)
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7) De que maneira a crítica à idealização do caboclo reflete um desejo de retratar um Brasil mais
“verdadeiro”? (1,0)
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8) (FUVEST) (1,0)
A obra de Lima Barreto:
a) Reflete a sociedade rural do século XIX, podendo ser considerada precursora do romance
regionalista moderno.