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PI - A

VALOR: 10.0 - NOTA: __________


“Qualidade no Ensino, Amor pela Educação”
“Qualidade no Ensino, Amor pela Educação” Professor: Letícia

São Paulo, _____ de ____________ de 2019.


Nome: ___________________________________________________ N°________ Ano:________

PI – PORTUGUÊS
ORIENTAÇÕES GERAIS:
 Escreva seu nome, número e ano no espaço reservado.
 Responda de caneta azul todas as questões.
 Você será avaliado em vários aspectos: compreensão e interpretação de texto, organização
e clareza de ideias, ortografa e correção gramatical.
 Faça o uso do parágrafo e pontuação adequadamente.
 Leia várias vezes e com muita atenção cada uma das questões. O entendimento das
questões faz parte da avaliação.
 As respostas mal elaboradas, palavras e numerais grifados de maneira incorreta serão
considerados errados ou terão o devido desconto.
 As respostas devem ser escritas nos respectivos espaços reservados de forma organizada.
 Verifique se nenhum exercício ficou em branco. As questões em branco, rasuradas ou com
duas (ou mais) alternativas assinaladas (em caso de teste, assinale ou verdadeiro ou falso)
serão anuladas.
 Releia conferindo todas as respostas e não entregue a avaliação antes do término
estabelecido.
 Todas as questões dissertativas devem ser elaboradas de maneira clara e completa.
Boa Prova.

CONTEÚDO – ROTEIRO DE ESTUDO


 Pré-Modernismo e seus principais autores:
Euclides da Cunha
Lima Barreto
Monteiro Lobato
Augusto dos Anjos

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“Qualidade no Ensino, Amor pela Educação”

1) Na prosa, um dos principais representantes do Pré-Modernismo foi


____________________, cujas principais características são a fina ironia e a preocupação
com o quadro político e social de sua época. Na poesia, ____________________ destacou-
se pela originalidade e pelo ____________________ de sua única obra publicada em vida, o
livro Eu. (1,0)

a) Machado de Assis/Manuel Bandeira/lirismo.


b) Lima Barreto/Augusto dos Anjos/antilirismo.
c) Augusto dos Anjos/Euclides da Cunha/simbolismo.
d) Monteiro Lobato/Oswald de Andrade/antilirismo.

2) Observe a imagem e responda ao que se pede: (2,0)

Os textos a seguir apresentam duas visões diferentes sobre a Guerra de Canudos.

Euclides da Cunha, no final de Os Sertões, registrava:

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[…]Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento
completo. Expugnado palmo a palmo,[…] caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus
“Qualidade no Ensino, Amor pela Educação”

últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma
criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.
CUNHA, Euclides da. Os sertões. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1995.v.2, p. 513.
(Fragmento)

Já Olavo Bilac, escrevendo sobre o mesmo episódio, comemorava:

Enfim, arrasada a cidadela maldita! Enfim, dominado o antro negro, cavado no centro do adusto
sertão, onde o Profeta das longas barbas sujas concentrava sua força diabólica, feita de fé e de
patifaria, alimentada pela superstição e pela rapinagem![…]
BILAC, Olavo. Cidadela maldita. In: Vossa insolência: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras.
1996.p.412. (Fragmento).

a) Que visão cada trecho manifesta sobre o episódio? (1,0)

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b) Transcreva as expressões utilizadas por Olavo Bilac em seu texto para caracterizar a vila de
Canudos e Antônio Conselheiro. Que juízo de valor está associado a elas? Explique. (1,0)

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3) Neste soneto, o eu lírico trata da morte em sua dimensão física

 O deus-verme Livre das roupas


Fator universal do transformismo, do antropomorfismo(4).
Filho da teleológica (1) matéria, Almoça a podridão das drupas
Na superabundância ou na miséria, agras(5),
Verme –  é o seu nome obscuro de Janta hidrópicos (6), rói vísceras
batismo. magras
Jamais emprega o acérrimo E dos defuntos novos incha a mão…
(2) exorcismo Ah! Para ele é que a carne podre fica,
Em sua diária ocupação funérea, E no inventário da matéria rica
E vive em contubérnio(3) com a Cabe aos seus filhos a maior porção!
bactéria,

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ANJOS, Augusto dos. Eu. In: Obra completa. Organização de Alexei Bueno. Rio de Janeiro:
Nova Aguillar, 1996. p. 209.
“Qualidade no Ensino, Amor pela Educação”

Palavras do texto:
1)(filosofia) diz-se de argumento, conhecimento ou explicação que relaciona um fato com sua causa final.
2)superlativo de acre, ácido, amargo.
3) familiaridade, vida em comum.
4) atribuição de características e comportamentos típicos da condição humana às formas inanimadas da
natureza ou aos seres vivos irracionais.
5) drupas: frutos carnosos, como a manga, o pêssego,
agras:de sabor ácido ou azedo.
6) inchaço

O tema da morte é abordado por muitos poetas, que tratam de sua dimensão espiritual ou
sentimental. Como a morte é apresentada no poema acima? (1,0)

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Urupês
Na descrição de Jeca Tatu, Monteiro Lobato despe-o da idealização que, para ele, marcava a
representação da figura do caboclo.

[…] a verdade nua manda dizer que entre as raças de variado matiz, formadoras da nacionalidade e
metidas entre o estrangeiro recente e o aborígine de tabuinha no beiço, uma existe a vegetar de
cócoras, incapaz de evolução, impenetrável ao progresso. Feia e sorna, nada a põe de pé. […]
Jeca Tatu é um piraquara do Paraíba, maravilhoso epítome de carne onde se resumem todas as
características da espécie.[…]
De pé ou sentado as ideias se lhe entramam, a língua emperra e não há de dizer coisa com coisa.
De noite, na choça de palha, acocora-se em frente ao fogo para “aquentá-lo”, imitado da mulher e
da prole.
Para comer, negociar uma barganha, ingerir um café, tostar um cabo de foice, fazê-lo noutra
posição será desastre infalível. Há de ser de cócoras.
[…] Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade! […]
Jeca mercador, Jeca lavrador, Jeca filósofo…
Quando comparece às feiras, todo mundo logo adivinha o que ele traz: sempre coisas que a
natureza derrama pelo mato e ao homem só custa o gesto de espichar a mão e colher. […]
Seu grande cuidado é espremer todas as consequências da lei do menor esforço – e nisto vai longe.
[…]
Um terreirinho descalvado rodeia a casa. O mato o beira. Nem árvores frutíferas, nem horta, nem
flores – nada revelador de permanência.
Há mil razões para isso; porque não é sua a terra; porque se o “tocarem” não ficará nada que a
outrem aproveite; porque para frutas há o mato; porque a “criação” come; porque…[…]
Jeca, interpelado, olha para o morro coberto de moirões, olha para o terreiro nu, coça a cabeça e
cuspilha.

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– “Não paga a pena.”
Todo o inconsciente filosofar do caboclo grulha nessa palavra atravessada de fatalismo e modorra.
NadaAmor
“Qualidade no Ensino, paga
pelaaEducação”
pena. Nem culturas, nem comodidades. De qualquer jeito se vive.[…]

LOBATO, Monteiro. Urupês. 37. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 166-170. (Fragmento)

4) O narrador sugere que a figura do caboclo é idealizada indevidamente. Transcreva o trecho em


que isso aparece. (1,0)

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Releia.  “[…] Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade! Jeca mercador, Jeca
lavrador, Jeca filósofo..”. 1

5) De que maneira, no trecho destacado, o narrador demonstra a imagem “bonita” que a


personagem adquire nos romances? (1,0)

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6) Essa caracterização do caboclo, vista por muitos como preconceituosa, valeu inúmeras críticas a
Monteiro Lobato. Responda: a imagem do caboclo no texto denota, de fato, preconceito?
Justifique. (1,0)

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7) De que maneira a crítica à idealização do caboclo reflete um desejo de retratar um Brasil mais
“verdadeiro”? (1,0)

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8) (FUVEST) (1,0)
A obra de Lima Barreto:
a) Reflete a sociedade rural do século XIX, podendo ser considerada precursora do romance
regionalista moderno.

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b) Tem cunho social, embora esteja presa aos cânones estéticos e ideológicos românticos, e
influenciou fortemente os romancistas da primeira geração modernista.
“Qualidade no Ensino, Amor pela Educação”
c) É considerada pré-modernista, uma vez que reflete a vida urbana paulista antes da década de
1920.
d) Gira em torno da influência do imigrante estrangeiro na formação da nacionalidade brasileira,
refletindo  uma grande consciência crítica dessa problemática.
e) É pré-modernista, refletindo forte sentimento nacional e grande consciência crítica de
problemas brasileiros.

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