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Secretaria Adjunta de Gestão Educacional – SAGE

Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
3° ano do Ensino Médio
Março

LÍNGUA PORTUGUESA – CARGA HORÁRIA MENSAL: 21h


ESCOLA ESTADUAL JOSÉ APARECIDO RIBEIRO
Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
(EM13LP01) Estudar textos literários de diferentes contextos; Pré-Modernismo brasileiro;
(EM13LP01) Leitura comparada entre períodos literários; Variação linguística;
(EM13LP14) Ampliar o conhecimento sobre gêneros textuais e Concordância nominal.
compreender as variações linguísticas;
(EM13LP14) Aplicar os diferentes conhecimentos linguísticos.
Nome do Professor: JOSCEMAR
Nome do Estudante: KAROLINE VICTORIA DA CRUZ CHEREMETA
Período: Matutino ( X ) Vespertino ( ) Noturno ( ) Turma/Série: 3
EM________
CONTEÚDO 01: PRÉ-MODERNISMO
CONCEITO: Pré-modernismo é como ficou conhecido o período literário brasileiro que
vai de 1902 até 1922. Na Europa, o período que antecedeu ao modernismo foi marcado pela
tensão política entre os países imperialistas e pelo surgimento dos movimentos de
vanguarda. Já no Brasil, a Proclamação da República, o surgimento das favelas e a Guerra de
Canudos são alguns fatos históricos que levaram os autores desse período a realizarem críticas
sociais, econômicas e políticas em suas obras.
Por ser um período de transição, o pré-modernismo apresenta traços de estilos
do século XIX, como: realismo, naturalismo, parnasianismo e simbolismo. Além disso, é
marcado por um nacionalismo crítico, ou seja, sem idealizações românticas. Desse modo,
autores como Lima Barreto, Graça Aranha e Monteiro Lobato mostraram, em prosa, um
Brasil sem retoques, enquanto o poeta Augusto dos Anjos revelava sua descrença na espécie
humana.
Contexto Histórico do Pré-Modernismo

Assim, além da política do café com leite, inúmeras revoltas iam surgindo, tais como: revolta
da vacina, revolta da chibata, revolta da armada, revolta de Canudos, etc. Diante disso, os
artistas do momento, gradualmente foram se voltando para a realidade brasileira, e assim,
buscando uma linguagem mais simples e coloquial, o que resultou na produção de diversas
obras de caráter social.
Na Europa, os movimentos artísticos de vanguardas (expressionismo,
cubismo, futurismo, dadaísmo e surrealismo) já começavam a mostrar uma
postura inovadora. Eles anunciavam esse novo mundo em transição e que se consolidaria aqui
no Brasil com o movimento modernista, em 1922.
Por fim, nesse momento, diversos conflitos foram se espalhando pelo mundo, os quais
culminariam na Primeira Guerra Mundial, em 1914.
Características do Pré-Modernismo
O pré-modernismo não é considerado um estilo de época, pois apresenta uma multiplicidade
de temáticas. É entendido como um período literário brasileiro que faz a transição entre
o simbolismo e o modernismo. Por isso, é possível encontrar, nas obras dessa época,
características de estilos passados, como: parnasianismo, realismo, naturalismo e
simbolismo. Assim, estão inseridos nessa fase os livros publicados entre 1902 e 1922. Ainda
assim é possível destacar algumas características mais recorrentes, entre elas:
● Rompimento com o academicismo ● Linguagem coloquial
● Inspiração naturalista ● Denúncia social
● Nacionalismo e regionalismo ● Temas históricos e cotidianos
● Sincretismo estético ● Marginalização das personagens
● Renovação artística ● Contemporaneidade

Principais Autores e Obras do Pré-Modernismo


No período que compreende os anos de 1902 a 1922, várias obras literárias
importantes foram publicadas no Brasil. A primeira delas é Os sertões (1902), de Euclides da
Cunha, na qual o autor busca entender os motivos que levaram à revolta de Canudos, com
base em um olhar jornalístico e científico, em franca consonância com o naturalismo.
Assim, o livro é dividido em três partes:
● A terra: descrição detalhada e científica do sertão nordestino.
● O homem: apresentação do sertanejo pela visão naturalista, que defendia a
influência do meio e da raça sobre o indivíduo.
● A luta: narração da luta entre as tropas do governo e os seguidores de Antônio
Conselheiro.
O livro Triste fim de Policarpo Quaresma (1915), de Lima Barreto, traz um
personagem ingênuo que idealiza o Brasil, mas, no final do romance, a realidade social,
econômica e política do país impõem-se à fantasia de Policarpo Quaresma. Essa obra traz
um nacionalismo crítico que se opõe ao nacionalismo ufanista do romantismo, ironizado
nela. Em Canaã (1902), Graça Aranha coloca em foco a imigração, acontecimento
histórico do final do século XIX e início do século XX. A obra é considerada
um romance-tese, já que é permeada por reflexões filosóficas. Esse tipo de romance é típico
do naturalismo. Também é marca desse estilo a temática racial.
Já Monteiro Lobato, em seu livro de contos Urupês (1918), traz a figura do
Jeca Tatu, o caipira. Ao contrário do homem do campo idealizado no romantismo, o caipira
de Lobato é cheio de defeitos, incluindo, entre eles, a preguiça.
Nessas obras, é possível apontar as seguintes características pré-modernistas:
● o nacionalismo (de caráter crítico),
● as críticas sociais,
● a análise de questões raciais (muitas vezes, em diálogo com o naturalismo),
● a crítica ao romantismo.
Por fim, temos o único poeta desse período: Augusto dos Anjos. Sua poesia é
tipicamente de transição. Isso porque não possui idealizações, é realista, e, também, porque
apresenta marcas do naturalismo (vocabulário cientificista), do parnasianismo (rigor formal:
metrificação e rimas) e do simbolismo (referências místicas, entre outras marcas).
Autor de um livro só, chamado Eu (1912), Augusto dos Anjos traz para a
literatura brasileira uma poesia que, muitas vezes, dialoga com o grotesco. Em seu soneto
“Versos íntimos”, o eu lírico mostra-se pessimista em relação à humanidade. Nesse poema,
além do realismo (falta de idealização), é possível perceber a influência parnasiana
(decassílabos), simbolista (maiúscula alegorizante — Ingratidão e Homem) e naturalista
(influência do meio: “Mora entre feras, sente inevitável/ Necessidade de também ser fera):
Vês! Ninguém assistiu ao formidável Acostuma-te à lama que te espera!
Enterro de tua última quimera. O Homem, que, nesta terra miserável,
Somente a Ingratidão — esta pantera — Mora entre feras, sente inevitável
Foi tua companheira inseparável! Necessidade de também ser fera.
Acostuma-te à lama que te espera! Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
O Homem, que, nesta terra miserável, Apedreja essa mão vil que te afaga,
Mora entre feras, sente inevitável Escarra nessa boca que te beija!
Necessidade de também ser fera.

PRÁTICA 01:
Questão 1
São características do Pré-Modernismo:
a) Riqueza em detalhes e pelo c) Exaltação da natureza.
exagero. d) Marginalidade dos personagens.
b) Linguagem coloquial. e) Nacionalismo e Indianismo.
Questão 2
Indique a alternativa que contenha apenas autores pré-modernistas:
a) Euclides da Cunha, Graça Aranha, Monteiro Lobato.
b) Arianos Suassuna, Graciliano Ramos, Monteiro Lobato.
c) Lima Barreto, José de Anchieta, Euclides da Cunha.
d) José de Anchieta, Santa Rita Durão, Tomás Antônio Gonzaga.
e) Manuel Bandeira, Graciliano Ramos, Clarice Lispector.

Questão 3 ________, autor de apenas um livro, Eu, morreu com apenas 30 anos, e foi um
incompreendido. Numa edição póstuma do seu livro, foram divulgados poemas inéditos. O
nome do autor que completa a informação acima é:
a) Augusto dos Anjos d) Aluísio de Azevedo
b) Sousândrade e) Jorge Amado
c) Clarice Lispector
Questão 4 – Indique a alternativa correta.
a) Para muitos estudiosos, o Pré-Modernismo não é uma escola literária.
b) O Pré-Modernismo teve início da Semana de Arte Moderna, em 1922.
c) Manuel Bandeira e Graciliano Ramos são autores Pré-Modernistas.
d) Os Sertões e Grande Sertão: Veredas são da autoria de Euclides da Cunha.
e) Dentre as principais características do Pré-Modernismo, podemos citar a liberdade
de expressão, a imprecisão e a espontaneidade.

Questão 5
(PUC-RS) Na figura de ________, Monteiro Lobato criou o símbolo do brasileiro
abandonado ao seu atraso e miséria pelos poderes públicos.
a) O Cabeleira d) Blau Nunes
b) Jeca Tatu e) Augusto Matraga
c) João Miramar

Questão 6 – (UFRGS) Lima Barreto é um autor que se caracteriza por criar tipos:
a) rústicos, ligados ao campo. d) burgueses, ligados à cidade.
b) aristocratas, ligados ao campo. e) populares, ligados ao subúrbio.
c) aristocratas, ligados à cidade.

Questão 7 – (Enem) O falecimento de uma criança é um dia de festa. Ressoam as violas na


cabana dos pobres pais, jubilosos entre as lágrimas; referve o samba turbulento; vibram nos
ares, fortes, as coplas dos desafios, enquanto, a uma banda, entre duas velas de carnaúba,
coroado de flores, o anjinho exposto espelha, no último sorriso paralisado, a felicidade
suprema da volta para os céus, para a felicidade eterna — que é a preocupação dominadora
daquelas almas ingênuas e primitivas. CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Edição comemorativa do 90.º ano
do lançamento. Rio de Janeiro: Ediouro, 1992, p. 78.
Nessa descrição de costume regional, é empregada
a) variante linguística que retrata a fala típica do povo sertanejo.
b) a linguagem científica, por meio da qual o autor denuncia a realidade brasileira.
c) a modalidade coloquial da linguagem, ressaltando–se expressões que traduzem o falar
de tipos humanos marginalizados.
d) linguagem literária, na modalidade padrão da língua, por meio da qual é mostrado o
Brasil não–oficial dos caboclos e do sertão.
e) variedade linguística típica da fala doméstica, por meio de palavras e expressões que
recriam, com realismo, a atmosfera familiar.

Questão 8 (UNITAU) "Só ele não fala, não canta, não ri, não ama. Só ele, no meio de tanta
vida, não vive." Os comentários acima são endereçados por Monteiro Lobato:
a) ao nordestino. d) ao caboclo.
b) ao menor. e) ao paulistano.
c) ao sertão.

Questão 9 (Fuvest) No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o nacionalismo exaltado


e delirante da personagem principal motiva seu engajamento em três diferentes projetos, que
objetivam “reformar” o país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos seguintes setores da
vida nacional:
a) escolar, agrícola e militar; d) linguístico, político e militar;
b) linguístico, industrial, e militar; e) cultura, industrial e político.
c) cultural, agrícola e político;

Questão 10 (Enem) Negrinha


Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de
cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos
escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa
não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com
lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono
(uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário,
dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes
virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia. Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em
carne viva. [...] A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da
escravidão, fora senhora de escravos — e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e
estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo — essa indecência de negro igual.
LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2000 (fragmento).
A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa
contradição infere-se, no contexto, pela
a) falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas.
b) receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas.
c) ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças.
d) resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto.
e) rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos.
CONTEÚDO 02: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Por meio do conteúdo anterior, você viu que uma das características do
Pré-Modernismo é a linguagem simples, na tentativa de valorizar a linguagem coloquial que
tanto faz parte da vida dos falantes. Essa linguagem coloquial é conhecida como não-padrão,
ela corresponde aos usos informais da língua que usamos no dia a dia. Nesse tocante, faz-se
necessário entender o que é a variação linguística, nosso próximo conteúdo, visto como atual,
relevante e importante para o combate ao preconceito linguístico.
Conceito: variação linguística é um termo usado para referir-se às diferentes
maneiras de dizer uma única coisa com o mesmo valor de verdade. Por exemplo, temos
adiante quatro maneiras diferentes de nos dirigirmos a um único objeto:

Menino
Garoto
Moleque
Guri

Dito de uma outra forma, variação linguística é um fenômeno natural que ocorre
pela diversificação dos sistemas de uma língua em relação às possibilidades de mudança de
seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Ela existe porque as línguas
possuem a característica de serem dinâmicas e sensíveis a fatores como a região
geográfica, o sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de formalidade do contexto
da comunicação.
É importante observar que toda variação linguística é adequada para atender às
necessidades comunicativas e cognitivas do falante. Assim, quando julgamos errada
determinada variedade, estamos emitindo um juízo de valor sobre os seus falantes e, portanto,
agindo com preconceito linguístico.
Tipos e Exemplos de Variação Linguística
Variação regional ou diatópica
É aquela que demonstra a diferença entre as falas dos habitantes de diferentes
regiões do país, diferentes estado e cidades. Por exemplo, os falantes do Estado de Minas
Gerais possuem uma forma diferente em relação à fala dos falantes do Rio de Janeiro.
Observe a abordagem de variação regional em um poema de Oswald de Andrade:
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Vício da fala Para telha dizem teia
Para dizerem milho dizem mio Para telhado dizem teiado
Para melhor dizem mió E vão fazendo telhados.
Para pior pió
Agora, veja um quadro comparativo de algumas variações de expressões
utilizadas nas regiões Nordeste, Norte e Sul:
Região Nordeste Região Sul Região Norte

Racha – pelada, jogo de Campo Santo – cemitério


Miudinho – pequeno
futebol

Umborimbora? – Vamos
Jerimum – abóbora Alçar a perna – montar a cavalo
embora?

Sustança – energia dos Guacho – animal que foi criado


Levou o farelo – morreu
alimentos sem mãe
Variação histórica ou diacrônica – ela ocorre com o desenvolvimento da história, tal como o
português medieval e o atual.
Exemplo de português arcaico (em desuso)

Variação social ou diastrática é percebida segundo os grupos (ou classes) sociais


envolvidos, tal como uma conversa entre um orador jurídico e um morador de rua. Exemplo
desse tipo de variação são os socioletos.
Exemplo de socioleto

Vale lembrar que a variação diastrática é condicionada por alguns fatores


principais:
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- Idade - Sexo/Gênero
- Escolaridade - Nível social

Variação situacional ou diafásica


Ocorre de acordo com o contexto, por exemplo, situações formais e informais. As
gírias e jargões são expressões populares utilizadas por determinado grupo social,
configurando-se de acordo com o contexto.
GÍRIAS JARGÕES
A gíria é normalmente relacionada à linguagem O jargão é, em geral, relacionadao à linguagem
de grupos de jovens (skatistas, surfistas, rappers, de grupos profissionais (professores, médicos,
etc.). advogados, etc.).
Bizarro, birita, stalkear, shippar, vlw, flw, mano, Peticionar (termo utilizado por advogados para
miga, falsiane, crush, btf, aff, arroz de festa, dizer que vão entrar com uma ação) / Vou dar o
ranço, 0800 etc. start no projeto hoje (meio corporativo).
Níveis de Variação
Além de fatores geográficos e sociais, é importante observar os níveis de variação mais
recorrentes dentro do fenômeno da variação linguística:
Existe variação fonética quando a mesma palavra é pronunciada de forma diferente, por
exemplo, quando os falantes de uma região pronunciam a palavra telefone com o “e’ aberto (telefone)
e em outras com o “e” fechado (telefone).
Existe variação morfológica quando varia a forma de uma palavra ou o seu género ou a
sua flexão, etc. Por exemplo, no plural, as palavras aldeão e Verão têm as
formas aldeãos e verãos em oposição a aldeões e Verões. A marca do plural em -ãos está em
oposição à marca em -ões.
Existe variação sintática quando varia a construção frásica ou a regência de um verbo ou
a concordância, etc. Por exemplo, a construção estou a pensar é substituída no Brasil por estou
pensando. Um outro exemplo é o do emprego dos pronomes: em Portugal, usa-se muito a construção
eu a vejo; no Brasil, eu vejo ela.
Existe variação semântica quando uma mesma palavra é utilizada com significados
totalmente diferentes, como, por exemplo, a palavra rapariga em Portugal e em algumas regiões do
Brasil quer dizer moça; em algumas regiões terá um outro sentido, de xingamento.
Existe variação lexical quando a mesma realidade é designada por vocábulos diferentes:
por exemplo, a palavra mandioca, aipim, macaxeira.
PRÁTICA 02
1. Observe a imagem abaixo retirada do Facebook e responda as perguntas a seguir:
a) Que variedade linguística o personagem da imagem acima usou para se expressar:
linguagem culta ou coloquial? COLOQUIAL
b) Observando bem a imagem, diga pelo menos dois motivos que contribuem para que o
personagem fale dessa forma? CONDO,DRUMI
c) Esse jeito como o personagem falou dá para o ouvinte/leitor compreender? Por quê? SIM
DA PARA ENTENDER, SE VOCE PRESTAR BEM ATENÇAO.
d) Essa linguagem usada por ele é considerada “correta” ou “errada”? Por quê? CORRETA E
ERRADA, POR CONTA QUE MUITA DAS VEZES QUEM USA ESSE TIPO DE
LINGUAGEM SAO PESSOAS DO INTERIOR, SITIOS E ENTRE OUTROS
e) Que efeito de sentido o sinal de pontuação reticências atribui ao texto?

2.       Leia o texto abaixo e responda as questões sugeridas:


A LEI PROTEGE TEMER DE INVESTIGAÇÃO
POR ATOS FORA DO MANDATO?
Apesar de aparecer em dois pedidos de inquérito enviados
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao
Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel
Temer não entrou, pelo menos por ora, na lista de políticos
investigados sob o escrutínio da mais alta corte do país.
A razão para isso, segundo o próprio Janot, é que Temer
possui uma espécie de “imunidade temporária”
determinada pela Constituição para quem ocupa o cargo
de Presidente da República.
(Disponível em: http://www.msn.com)

A= REPORTAGEM
B=INFORMATIVA
C=POR QUE REQUERE UMA LINGUAGEM DIRETA COM INFORMAÇOES DE FACIL
ENTENDIMENTO PARA QUE A NOSSA POPULAÇAO ENTENDA COM MAIS FACILIDADE

3. Que variedade linguística (culta ou coloquial) podemos ou devemos usar nas seguintes
situações sociais:
a)   Falando sobre política num canal de televisão CULTA
b)   Numa pequena mensagem de celular para um amigo próximo. COLOQUIAL
c)   Numa pequena mensagem de celular para o seu patrão de português. CULTA
d)   Numa carta de reclamação para o presidente. CULTA
e)   Numa conversa na praça entre amigos. COLOQUIAL
f)    Um debate numa conferência nacional sobre meio ambiente. CULTA
g)   Uma mensagem de Whatsapp para irmã explicando que você foi à padaria comprar pão.
COLOQUIAL
h)   Um bilhete para a diretora da sua escola explicando o porquê da sua falta de hoje.
CULTA
i)     Um artigo de opinião solicitado pelo professor de português. CULTA
j)    Na redação do ENEM. CULTA

4. Leia o texto retirado do Facebook de uma adolescente e responda as perguntas:


A=COLOQUIAL
B= HOJE EM DIA É O JEITO QUE TODO MUNDO ESCREVE
C=NÃO, TEM QUE SER CULTA POIS O TRABALHO TEM QUE SER APRESENTADO.
D=NAO
E= oi, tudo bem? to com saudades de você.
oii, tambem estou, esta fazendo oque?
to estudando para a prova. oque vai fazer hoje?
hoje depois do serviço vou para casa jogar video game com um amigo.
F= por ser mais ´´facil´´ de se escrever

5. Observe a imagem acima para responder as questões:

A= COLOQUIAL
B= oficina de mecânica
C= O ANALFABETISMO
D= NAO POIS EM QUALQUER LUGAR A FALA DEVE SER ESCRITA CORRETAMENTE

6. Leia o texto abaixo.


Gerente – Boa tarde. Em que eu posso também sou
ajudá-lo? funcionário do banco.
Cliente – Estou interessado em Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a
financiamento para compra Helena! Cê tá
de veículo. em Brasília? Pensei que você inda tivesse
Gerente – Nós dispomos de várias na agência de
modalidades de crédito. Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar
O senhor é nosso cliente? com calma.
Cliente – Sou Júlio César Fontoura,
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna.
São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente,
observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido
A) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela
informalidade
B) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
C) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
D) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
E) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.

CONTEÚDO 03 – CONCORDÂNCIA NOMINAL

Conceito: concordância nominal é a relação que se estabelece entre as classes de palavras


(nomes). É o que faz com que substantivos concordem com pronomes, numerais e adjetivos,
entre outros. Exemplo:
Estas três obras maravilhosas estavam esquecidas na biblioteca.
Neste caso, pronome, numeral e adjetivo concordam com o substantivo "obras".
"Estas" e não "estes" obras, pronome que está no plural, já que a oração refere que são três e
não apenas uma obra maravilhosa. E por que "maravilhosas" e não "maravilhoso"? Porque o
substantivo está no plural e é feminino, ou seja, tudo muito bem combinado

Regra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o


substantivo a que se referem em gênero e número.
Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher
irresistivelmente alta.
Concordâncias especiais: Ocorrem quando algumas palavras variam sua classe gramatical,
ora se comportando como um adjetivo (variável), ora como um advérbio (invariável).

1. Mais de um vocábulo determinado:


Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa.
Exemplos: Comprei um sapato e um vestido pretos. (gramatical - o adjetivo concorda com os
dois substantivos)
Comprei um sapato e um vestido preto. (atrativa, apesar de o adjetivo se referir aos dois
substantivos, ele concordará apenas com o núcleo mais próximo)

2. Um só vocábulo determinado:
Um substantivo acompanhado (determinado) por mais de um adjetivo: os adjetivos
concordam com o substantivo
Ex.: Seus lábios eram doces e macios.
Bastante – bastantes: Quando adjetivo, será variável, e quando advérbio, será invariável
Exemplos:
Há bastantes motivos para sua ausência. (bastantes será adjetivo de motivos)
Os alunos falam bastante. (bastante será advérbio de intensidade, referindo-se ao verbo)

3. Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio – são adjetivos que devem concordar com o
substantivo a que se referem. Exemplos:
A fotografia vai anexa ao curriculum. / Os documentos irão anexos ao relatório.

Dicas: Quando precedido da preposição em, fica invariável.

Ex.: A fotografia vai em anexo.


Envio-lhes, inclusas, as certidões./ Incluso segue o documento.
A professora disse: muito obrigada./ O professor disse: muito obrigado.
Ele mesmo fará o trabalho./ Ela mesma fará o trabalho.

Dicas: “Mesmo” pode ser advérbio quando significa realmente, de fato. Será, portanto,
invariável. Exemplos:

Maria viajará mesmo para os EUA. / Ele próprio fará o pedido ao diretor./ Ela própria fará o
pedido ao diretor.

4- Muito, pouco, caro, barato, longe, meio, sério, alto – São palavras que variam seu
comportamento, funcionando ora como advérbios (sendo assim invariáveis), ora como
adjetivos (variáveis). Exemplos:

Os homens eram altos./ Os homens falavam alto.


Poucas pessoas acreditavam nele./ Eu ganho pouco pelo meu trabalho.
Os sapatos custam caro./ Os sapatos estão caros.
A água é barata./ A água custa barato.
Viajaram por longes terras./ Eles vivem longe.
Eles são homens sérios./ Eles falavam sério.
Muitos homens morreram na guerra./ João fala muito.
Ele não usa meias palavras./ Estou meio gorda.

5 - É bom, é necessário, é proibido – Só variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro


determinante. Exemplos:
É proibido entrada de estranhos./ É proibida a entrada de estranhos.
É necessário chegar cedo./ É necessária sua chegada.

6 - Menos, alerta, pseudo – São sempre invariáveis. Exemplos:


Havia menos professores na reunião./Havia menos professoras na reunião.
O aluno ficou alerta./ Os alunos ficaram alerta.
Era um pseudomédico./ Era uma pseudomédica.

7 - Só, sós – Quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios, serão invariáveis.
Exemplos:
A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo)
Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio)

Dicas: A locução adverbial “a sós” é invariável. Ex.: Preciso falar a sós com ele.

8 - Concordância dos particípios – Os particípios concordarão com o substantivo a que se


referirem. Exemplos:
Os livros foram comprados a prazo./ As mercadorias foram compradas a prazo.

Dicas: Se o particípio pertencer a um tempo composto, será invariável. Exemplos:


O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei./ A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei.

PRÁTICA 03

01-(FCC) Elas _____ providenciaram os atestados, que enviaram _____ às procurações,


como instrumentos _____ para os fins colimados.
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Março
a) mesmas, anexos, bastantes d) mesmo, anexos, bastante
b) mesmo, anexo, bastante e) mesmas, anexos, bastante
c) mesmas, anexo, bastante

02-(UFSC) Marque a única frase onde a concordância nominal aparece de maneira


inadequada.
a) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçada.
b) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçados.
c) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçadas.
d) Obrigava sua corpulência a forçado exercício e evolução.
e) Obrigava sua corpulência a forçada evolução e exercício.

03- (PUC-Campinas) A frase em que a concordância nominal está INCORRETA é:

a) As ferramentas que julgo necessárias para você consertar o motor, ei-las nesta caixa; deixo
anexa, para seu próprio controle, uma relação delas.
b) É realmente louvável os esforços que vocês empreenderam para nos ajudar, portanto,
qualquer que sejam os resultados, agradecemos muito.
c) Questões político-econômicas envolvem amplo debate, logo não considere inaceitáveis
algumas indefinições referentes a esses pontos.
d) Muitas pesquisas recentes tornaram superadas algumas afirmações sobre a língua e a
literatura portuguesas.
e) Passadas cerca de duas semanas, foram conhecidos os resultados do concurso que premiou
o artista mais destacado do carnaval e de outras folias cariocas.

04-(FCC-BA) "Água às refeições é ________ para a saúde. Essa é uma das muitas
precauções que ________ tomar, se se quer conservar a silhueta."

a) mau, é preciso d) má, são precisas


b) mau, são precisas e) má, é preciso
c) mal, é precisa

05-(Cesgranrio) “Noites pesadas de cheiros e calores amontoados…” Aponte a opção em


que, substituídos os substantivos destacados acima, fica incorreta a concordância de
“amontoado”.

a) odores e brisas c) nuvens e brisas e) morros e nuvens


amontoadas amontoadas amontoados
b) brisas e odores d) nuvens e morros
amontoadas amontoados

06- (FAMECA) Observe a concordância:


1) Entrada proibida. 4) Entrada é proibido.
2) É proibido entrada. 5) Para quem a entrada é proibido?
3) A entrada é proibida. a) A número 5 está errada.
b) A 4 e a 5 estão erradas.
c) A 2 está errada.
d) Todas estão certas.
e) A 2 e a 5 estão erradas
.
07) (Cesgranrio) Tendo em vista as regras de concordância nominal, assinale a opção em que
a lacuna só pode ser preenchida por um dos termos colocados entre parênteses:

a) cabelo e pupila _____ (negros / negras)


b) cabeça e corpo _____ (monstruoso / monstruosos)
c) calma e serenidade _____ (invejável / invejáveis)
d) dentes e garras _____ (afiados / afiadas)
e) galhos e tronco _____ (seco / secos)

08) (Ibmec) Assinale a alternativa que preenche de forma adequada e correta as lacunas nas
frases abaixo, respectivamente.

I - Seguem _____ às cartas minhas poesias para você.


II - Polvo e lula _____ serão servidos no jantar.
III - Para a matrícula, é _____ a documentação pedida.
a) anexa - frescos - necessária d) anexas - frescas - necessária
b) anexas - fresca - necessária e) anexas - fresco - necessária
c) anexos - frescos - necessários

09) (FGV-SP) Assinale a alternativa em que ocorra erro de concordância.


a) Entre um copo de cerveja e outro, foi considerado, por algum tempo, a possibilidade de
eclodir uma revolução.

b) A maioria dos alunos chegou às 13 horas.


c) Não se sabem os motivos que levaram Chico Leitão a essas diatribes.
d) A entrada dos bois nos currais atrapalhou a contagem.
e) Chegaram de Brasília os ajudantes para fazer a faxina no consultório.

10) (UnB) Em todas as alternativas a concordância nominal fez-se corretamente, exceto em:

a) Eu observava no velho guerreiro o destemor e a força quase lendários.


b) Estavam emudecidos, para sempre, as almas, as vozes e os risos dos homens.
c) Aquelas mesmas figuras pareceram a nós meio estranhas.
d) O presidente quer o decreto o mais breve e incisivo possíveis.

BONS ESTUDOS!!!

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