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AVALIAÇÃO– 1º TRIMESTRE
Disciplina: Literatura Professor: Jorge Alessandro Data: Prova: 01 – 2º Trimestre
Tema: Trovadorismo, Humanismo e Classicismo Valor: Turma: 1º Ano

Nome:_______________________________________________________________ Nota:

Orientações:
 O preenchimento da prova deverá ser feito à CANETA esferográfica na cor AZUL ou PRETA.
 Não é permitido o uso de equipamentos eletrônicos durante a realização da prova, como: celulares, tablet, fones de ouvido, etc.
 Não é permitida a comunicação entre alunos durante a realização da prova, podendo caracterizar como cola.
 O aluno que for surpreendido colando terá sua prova confiscada e será atribuída nota ZERO.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,


muda-se o ser, muda-se a confiança; O tempo cobre o chão de verde manto,
todo o mundo é composto de mudança, que já coberto foi de neve fria, e, enfim,
tomando sempre novas qualidades. converte em choro o doce canto.

Continuamente vemos novidades, E, afora este mudar-se cada dia,


diferentes em tudo da esperança; outra mudança faz de mor espanto,
do mal ficam as mágoas na lembrança, que não se muda já como soía*.
e do bem (se algum houve), as saudades. Luís Vaz de Camões

*Soía: Imperfeito do indicativo do verbo soer, que significa costumar, ser de costume.

01. Construa um parágrafo explicando a temática do poema de Camões e aponte a filiação deste poema ao
movimento Clássico:
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A poesia do Trovadorismo português tem íntima relação com a música, pois era composta para ser entoada ou
cantada, sempre acompanhada de instrumental, como o alaúde, a viola, a flauta, ou mesmo com a presença do coro.

02. A respeito dessa escola literária, assinale a alternativa correta.


A) Os principais trovadores utilizavam a guitarra elétrica para acompanhar a exibição.
B) As composições dividem-se em dois grandes grupos: líricas e satíricas.
C) Os principais trovadores são: Padre Antônio Viera e Camões.
D) O Trovadorismo é uma escola literária contemporânea.
E) São exemplos de Cantigas Satíricas as Cantigas de Amor e de Amigo.
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
e ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
e ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro!
e ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amado,
por que ei gram cuidado!
e ai Deus, se verrá cedo! (Martim Codax)

Obs.: verrá = virá; ei = tenho; gram = grande.

03. Acerca do poema, é CORRETO afirmar:


a) O uso de refrão e o paralelismo justificam a classificação como cantiga de amor.
b) A referência à natureza é meramente convencional, não expressando intimidade afetiva.
c) A expressão do sofrimento amoroso — “por que ei gram cuidado!” — está de acordo com os padrões da cantiga de
amor.
d) A enamorada, saudosa, dirige-se às ondas em busca de notícias do amigo que tarda.
e) Versos como “se vistes meu amado!” traduzem uma atitude de vassalagem amorosa.

04. É correto afirmar sobre o Trovadorismo que


A) os poemas são produzidos para ser encenados.
B) as cantigas de escárnio e maldizer têm temáticas amorosas.
C) nas cantigas de amigo, o eu lírico é sempre feminino.
D) as cantigas de amigo têm estrutura poética complicada.
E) as cantigas de amor são de origem nitidamente popular.

Chicó – Por que essa raiva dela?


João Grilo – Ó homem sem vergonha! Você inda pergunta? 5Está esquecido de que ela o deixou? Está esquecido da
exploração que eles fazem conosco naquela padaria do inferno? Pensam que são o cão só porque enriqueceram, mas
4um dia hão de pagar. E a raiva que eu tenho é 3porque quando estava doente, me acabando em cima de uma cama,
via passar o prato de comida 6que ela mandava para o cachorro. Até carne passada na manteiga tinha. Para mim nada,
João Grilo 6que se danasse. Um dia eu me vingo.
Chicó – João, 1deixe de ser vingativo que 2você se desgraça. Qualquer dia você inda se mete numa embrulhada séria.
Ariano Suassuna, Auto da Compadecida

05. Considere as seguintes afirmações.


I. O texto de Ariano Suassuna recupera aspectos da tradição dramática medieval, afastando-se, portanto, da estética
clássica de origem greco-romana.
II. A palavra Auto, no título do texto, por si só sugere que se trata de peça teatral de tradição popular, aspecto
confirmado pela caracterização das personagens.
III. O teor crítico da fala da personagem, entre outros aspectos, remete ao teatro humanista de Gil Vicente, autor de
vários autos, como, por exemplo, o Auto da barca do inferno.
Assinale:
A) se todas estiverem corretas.
B) se apenas I e II estiverem corretas.
C) se apenas II estiver correta.
D) se apenas II e III estiverem corretas.
E) se todas estiverem incorretas.
06. Gil Vicente, criador do teatro português, realizou uma obra eminentemente popular. Seu Auto da Barca do
Inferno, encenado em 1517, apresenta, entre outras características, a de pertencer ao teatro religioso alegórico. Tal
classificação justifica-se por

a) ser um teatro de louvor e litúrgico em que o sagrado é plenamente respeitado.


b) não se identificar com a postura anticlerical, já que considera a igreja uma instituição modelar e virtuosa.
c) apresentar estrutura baseada no maniqueísmo cristão, que divide o mundo entre o Bem e o Mal, e na correlação
entre a recompensa e o castigo.
d) apresentar temas profanos e sagrados e revelar-se radicalmente contra o catolicismo e a instituição religiosa.
e) aceitar a hipocrisia do clero e, criticamente, justificá-la em nome da fé cristã.

07. Considerando o Classicismo em Portugal, assinale a alternativa correta.


A) Os Lusíadas é a principal obra lírica de Camões e o tema central é o sofrimento por um amor não correspondido.
B) Os Lusíadas tem como temática a descoberta do Brasil e a relação entre o colonizador e o índio.
C) Luís Vaz de Camões é o principal autor do Classicismo em Portugal e destacou-se por sua produção épica e lírica.
D) Uma característica dos versos de Camões é que eles não apresentam uma métrica, são livres e brancos.
E) Uma característica de Camões é que ele desprezava Portugal e o povo português.

Os gêneros literários são empregados com finalidade estética. Leia os textos a seguir.
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
(Camões, L. V. de. Sonetos. Lisboa: Livraria Clássica Editora. 1961. Fragmento.)

Porém já cinco sóis eram passados


Que dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca doutrem navegados,
Prosperamente os ventos assoprando,
Quando uma noite, estando descuidados
Na cortadora proa vigiando,
Uma nuvem, que os ares escurece,
Sobre nossas cabeças aparece.
(Camões, L. V. Os Lusíadas. Abril Cultural, 1979. São Paulo. Fragmento.)

08. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a classificação dos textos.


a) Épico e lírico.
b) Lírico e épico.
c) Lírico e dramático.
d) Dramático e épico
e) Satírico e Lírico
09. São características das obras do Classicismo:
A) o individualismo, a subjetividade, a idealização, o sentimento exacerbado.
B) o egocentrismo, a interação da natureza com o eu, as formas perfeitas.
C) o contraste entre o grotesco e o sublime, a valorização da natureza, o escapismo.
D) a observação da realidade, a valorização do eu, a perfeição da natureza.
E) a retomada da mitologia pagã, a pureza das formas, a busca da perfeição estética.

10. Assinale a alternativa correta sobre Camões.


a) Utilizou-se da medida nova, os redondilhos que recriam um quadro harmônico da vida e do mundo.
b) O tema do desconcerto do mundo é um dos aspectos característicos de sua poesia,
c) Introduziu o estilo cultista em Portugal, em 1580, explorando antíteses e paradoxos nos poemas de temática religiosa.
d) Autor mais representativo da poesia medieval portuguesa, produziu, além de sonetos satíricos, a obra épica Os
lusíadas.
e) Influenciado pelo Humanismo português, aderiu ao cânone clássico de composição poética, afastando-se, porém, das
inovações métricas e dos modelos greco-romanos.

Leda serenidade deleitosa,


Que representa em terra um paraíso;
Entre rubis e perlas doce riso;
Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa;

Presença moderada e graciosa,


Onde ensinando estão despejo e siso
Que se pode por arte e por aviso,
Como por natureza, ser fermosa;

Fala de quem a morte e a vida pende,


Rara, suave; enfim, Senhora, vossa;
Repouso nela alegre e comedido:

Estas as armas são com que me rende


E me cativa Amor; mas não que possa
Despojar-me da glória de rendido. SANZIO, R. (1483-1520) A mulher com o unicórnio. Roma,
CAMÕES, L. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Galleria Borghese. Disponível em: www.arquipelagos.pt.
Aguilar, 2008. Acesso em: 29 fev. 2012. (Foto: Reprodução/Enem)

11. A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram do
mesmo contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos
a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados no
poema.
b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mulher, evidenciadas pelos
adjetivos do poema.
c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura,
expressão e vestimenta da moça e os adjetivos usados no poema.
d) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado pelos
adjetivos usados no poema.
e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados pela
expressão da moça e pelos adjetivos do poema.

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