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A literatura tem uma história muito grande, podemos dividi-la no *Brasil*, dessa

forma:

• Quinhentismo ->
O texto descreve o fim da Idade Média e o início do período moderno, marcado pela
expansão colonial europeia, impulsionada por avanços tecnológicos como a bússola e
a pólvora. Portugal teve um papel significativo nas grandes navegações, incluindo a
"descoberta" do Brasil em 1500. Além disso, aborda a Reforma Protestante e a
Contrarreforma Católica, movimentos religiosos que desafiaram a autoridade da
Igreja Católica. No contexto literário do Brasil, durante o Quinhentismo, destacam-se a
literatura de informação, que relata observações sobre o país, e a literatura de
formação, que buscava impor o cristianismo aos indígenas. Alguns autores
importantes desse período incluem Pero Vaz de Caminha e Manuel da Nóbrega.

Fonte: Wikipedia
Info escola
Português. com

• Barroco ->
O estilo barroco abrange diversas expressões artísticas - como literatura, pintura,
arquitetura e música - que surgiram entre o final do século XVI e o início do século
XVIII. Refletindo as tensões da Reforma Protestante e da Contrarreforma, esse
movimento incorporou o exagero, o paradoxo, a antítese e elementos religiosos,
muitas vezes sendo associado à extravagância. No Brasil, destacam-se na literatura
figuras como Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira, que exploraram essas
características em suas obras.

Fonte: Português. Com

• Arcadismo-> O Arcadismo, também conhecido como Setecentista, é uma escola


literária do século XVIII que propõe o retorno ao estilo clássico e à estética
renascentista, sendo também denominado Neoclassicismo. Contrariando o Barroco,
essa corrente literária rompe com a linguagem aprimorada e sofisticada,
caracterizada por orações na ordem indireta e uso de antíteses. Na literatura árcade,
a linguagem é mais simples, exaltando a natureza e retomando aspectos do período
clássico. Santa Rita Durão - autor de "Caramuru", poema épico que narra a história do
navegador português Diogo Álvares Correia e sua relação com os indígenas
brasileiros.

Fonte: Norma Culta

• Romantismo-> O romantismo foi o pioneiro a quebrar com os valores literários


tradicionais, associados aos séculos 15 e 16 e que enfatizavam a cultura greco-romana
e a mitologia pagã. O movimento anterior, o Barroco, também tentou desviar do
classicismo no século 17, porém sem êxito.
A narrativa é vista como o herdeiro da poesia épica, presente nas obras clássicas,
que descreviam jornadas durante as Grandes Navegações. Tanto na prosa quanto na
poesia romântica, o aspecto formal do clássico é deixado de lado - na poesia isso é
evidente nos versos sem rima, métrica e estrofação.

Na literatura europeia romântica, por sua vez, os protagonistas nacionais são


corajosos e belos cavaleiros medievais, e há uma celebração da pátria e do passado
histórico, além do sentimentalismo.
Emily Dickinson foi uma autora renascentista, com poemas incríveis que fazem
sucesso até hoje.

Fonte: Globo.com

• Realismo/ Naturalismo-> Os movimentos literários do Realismo e Naturalismo


surgiram na Europa no século XIX como uma rejeição ao Romantismo. Duas obras
fundamentais são frequentemente mencionadas como marcos desses estilos
narrativos:

- Realismo: "Madame Bovary" (1857), de Gustave Flaubert.


- Naturalismo: "Thérèse Raquin" (1867), de Émile Zola.

É essencial compreender a diferença entre Realismo e Naturalismo, que se resumem


na representação realista da sociedade, em contraste com o idealismo romântico.
Enquanto o Romantismo apresentava histórias em cenários idealizados com
personagens heroicos, o Realismo e o Naturalismo destacavam personagens
comuns enfrentando problemas cotidianos e buscavam representar fielmente a
sociedade.

Características do Realismo:
- Uso de linguagem direta, objetiva e descritiva.
- Narrativa com ritmo lento, focando na construção da realidade social.
- Ênfase no determinismo social, onde o ambiente influencia o ser humano.
- Personagens comuns e cotidianos, mas desenvolvidos em profundidade.
- Crítica à sociedade burguesa.

Fonte: Blog Stoodi

• Simbolismo -> Os traços primordiais do Simbolismo incluem aspectos místicos e


transcendentes, subjetividade, musicalidade e uso de recursos linguísticos como a
sinestesia.

Esses atributos do Simbolismo remetem à linguagem e à maneira de escrita


praticadas pelos autores simbolistas.
Apesar de a maioria dos traços do Simbolismo estar associada às obras literárias, a
estética do movimento também floresceu nas artes visuais e no teatro. Alguns dos
autores mais renomados do movimento simbolista incluem Charles Baudelaire,
Stéphane Mallarmé, Arthur Rimbaud, Paul Verlaine e Edgar Allan Poe (que
influenciou significativamente o movimento na França).

Fonte: Educa mais Brasil

• Parnasianismo-> O Parnasianismo, surgido como reação ao Romantismo na França


do século XIX, enfatizava a perfeição formal, objetividade e a arte pela arte.
Caracterizava-se pela busca da ordem e racionalidade, influenciado pelo contexto de
transformações sociais e políticas na Europa. Seus principais autores incluem
Théophile Gautier, Leconte de Lisle, José Maria de Heredia e Olavo Bilac. O
movimento influenciou a literatura europeia e latino-americana, deixando um legado
de rigor estilístico e apreço pela forma na poesia.

Fonte: Info Escola

• Pré-modernismo-> O pré-modernismo, período literário brasileiro de 1902 a 1922,


foi influenciado pela tensão política na Europa e por eventos como a Proclamação da
República no Brasil, o surgimento das favelas e a Guerra de Canudos. Autores como
Lima Barreto, Graça Aranha e Monteiro Lobato criticaram questões sociais,
econômicas e políticas, adotando um nacionalismo crítico. O movimento reflete uma
transição estilística, incorporando elementos do realismo, naturalismo,
parnasianismo e simbolismo. A Primeira Guerra Mundial e as mudanças urbanas no
Brasil também moldaram esse contexto.

Fonte: Português.com
• Modernismo-> O Modernismo foi um movimento marcado pelo engajamento social
e político de muitos artistas, cujas obras refletiam uma consciência crítica sobre a
sociedade e buscavam provocar reflexões sobre as transformações em curso. Além
disso, o Modernismo encorajou a colaboração entre diferentes formas de expressão
artística, resultando em projetos multidisciplinares que integravam literatura, arte
visual, música e outras manifestações culturais. Entre os principais artistas e suas
obras, destacam-se Pablo Picasso com "Les Demoiselles d'Avignon" e "Guernica",
Salvador Dali com "A Persistência da Memória" e "A Tentação de Santo António",
Vincent van Gogh com "A Noite Estrelada" e "Os Girassóis", entre outros. Na
literatura, destacam-se obras como "Ulysses" e "Finnegans Wake" de James Joyce,
"Mrs. Dalloway" e "Ao Farol" de Virginia Woolf.

Fonte: Enciclopédia significados.


• Literatura contemporânea-> A literatura contemporânea, refletindo o tempo
presente, é caracterizada por uma multiplicidade de tendências que inovam a poesia
e a prosa, com influências diversas das escolas literárias anteriores. No Brasil, essa
diversidade reflete um rompimento com o tradicional, sendo mais similar ao
movimento modernista, embora sem a delimitação específica de subcorrentes
observada neste. A contemporaneidade brasileira representa a crise existencial do
homem pós-moderno, sem um objetivo final específico. Marcada pelos períodos de
desenvolvimento tecnológico e industrial, assim como pelas crises políticas e sociais,
a literatura contemporânea reflete os acontecimentos de sua época. Na linha do
tempo, destacam-se os marcos como a presidência de Juscelino Kubitscheck nos
anos 60, a Ditadura Militar, as crises políticas, a vitória na Copa do Mundo de 1970, a
mobilização pelo retorno das eleições diretas nos anos 80, e a sucessão presidencial
até os dias atuais.

Fonte: Beduka

Gêneros Literários_

Gêneros narrativos:
• Romance-> O romance, uma forma literária narrativa em prosa, teve origens
remontadas ao "Dom Quixote" de Cervantes no século XIV, considerado um
precursor do romance moderno. Caracteriza-se pela representação ficcional da
experiência social da modernidade, com uma variedade de tendências e constantes
mutações, refletindo a humanidade em evolução. Originalmente publicado como
folhetins em jornais, o romance é uma narrativa longa dividida em capítulos,
ambientada temporal e espacialmente, com enredo ou trama que conta uma
história através de personagens complexas. Tipos de romance incluem o histórico,
regional, de formação, de ação, picaresco, autorreflexivo e psicológico, cada um com
exemplos marcantes da literatura brasileira.

Fonte: Português.com

• Novela-> A novela é um subgênero literário narrativo que se situa entre o conto e o


romance em extensão. Apresenta elementos como espaço, tempo, enredo, narrador
e personagens, sendo escrita em prosa. Pode variar em estilo e estrutura, podendo
ser monofônica, polifônica, aberta, fechada, linear, vertical e/ou psicológica. A novela
permite uma profundidade temática intermediária entre o conto e o romance,
devido à sua extensão moderada.

Fonte: Brasil Escola


• Conto-> O conto é um gênero literário de narrativa curta que tem suas origens nas
antigas tradições de contar e ouvir histórias. Com uma estrutura básica de situação
inicial, desenvolvimento e situação final, apresenta elementos como foco narrativo,
espaço, tempo e verossimilhança. Ao longo da história, o conto evoluiu para
diferentes tipos, como ficção científica, infantil, fantástico e de fadas. Sua estrutura
inclui também conflito, clímax e desfecho, elementos essenciais para criar tensão e
captar a atenção do leitor.

Fonte: Português.com

• Crônica-> A crônica é um gênero textual presente em jornais e revistas, focando no


cotidiano urbano e sendo muitas vezes humorística. Combina narrativa com
reflexões e, às vezes, argumentos, com linguagem leve e coloquial. Existem vários
tipos, incluindo narrativa, jornalística e humorística, cada uma com suas
características distintas, mas todas buscando capturar aspectos do dia a dia da
cidade.Existem diversos tipos de crônicas – desde as apenas narrativas, passando
pelas crônicas jornalísticas até chegar em crônicas poéticas, que flertam com o
literário. Inclusive, alguns grandes escritores brasileiros, como Machado de Assis,
Lima Barreto ou Clarice Lispector foram renomados cronistas em seus tempos.

Fonte: Português.com

Gêneros Poéticos:

• Soneto-> O soneto, uma das formas mais emblemáticas da poesia, floresceu no


século XIV na Itália, sobretudo com o poeta Petrarca, que imortalizou o estilo.
Tradicionalmente composto por 14 versos decassilábicos, distribuídos em dois
quartetos seguidos de dois tercetos, o soneto tem uma estrutura rígida, mas sua
beleza reside na habilidade do poeta em expressar emoções complexas dentro
desses limites formais.

Um dos elementos mais marcantes do soneto é o uso do "giro" ou "volta", uma


mudança sutil de tema ou perspectiva entre o oitavo e o nono verso, que adiciona
profundidade e complexidade ao poema. Esta técnica é magistralmente empregada
por poetas como Shakespeare, cujos sonetos exploram temas como amor, tempo e
beleza de maneira incomparável.

• Elegia-> A elegia, com suas origens na Grécia Antiga, é uma forma poética que se
destaca pela sua natureza melancólica e reflexiva. Originalmente, era um poema
para lamentar a morte de um ente querido ou de uma figura pública, mas ao longo
do tempo, ela evoluiu para abranger uma gama mais ampla de temas, como a perda,
a saudade e a transitoriedade da vida.
Um dos grandes mestres da elegia é o poeta romano Ovídio, cujas "Tristezas" são
um exemplo clássico do gênero. Ovídio lamenta seu exílio e os eventos que levaram
à sua separação da sociedade e da cidade que tanto amava, enquanto reflete sobre
o poder do destino e da mudança.

• Ode-> A ode, uma forma poética de origem grega, é caracterizada pela sua
exaltação de seu objeto de contemplação. Desde os tempos antigos até os
modernos, poetas têm usado a ode para louvar desde deuses e heróis até objetos
cotidianos e sentimentos humanos.

Um dos maiores expoentes da ode é o poeta romano Horácio, cujas "Odes"


celebram a vida, o amor, a amizade e a natureza. Sua habilidade em combinar uma
linguagem exuberante com uma filosofia sutil torna suas obras atemporais e
universalmente apreciadas.

• Canção-> A canção, uma forma poética que remonta aos primórdios da


humanidade, é caracterizada por sua musicalidade e ritmo. Desde antigas baladas
folclóricas até letras contemporâneas de músicas pop, a canção tem sido uma
maneira poderosa de expressar emoções e contar histórias.

Um exemplo clássico de uma canção poética é "The Rime of the Ancient Mariner" ("A
Balada do Velho Marinheiro") de Samuel Taylor Coleridge. Este poema épico narra a
jornada trágica de um marinheiro amaldiçoado e é notável por sua rica linguagem e
sua capacidade de criar atmosferas vívidas através do ritmo e da sonoridade das
palavras.

Gêneros Dramáticos:

• Tragédia-> A tragédia é um tipo de drama que tem suas raízes lá na Grécia Antiga.
Ela geralmente conta a história de personagens nobres que enfrentam desafios
impossíveis e acabam em desgraça. É cheia de emoção e nos faz refletir sobre os
altos e baixos da vida.

Um exemplo clássico de tragédia é "Édipo Rei" do Sófocles, que conta a história de


um homem que tenta fugir do seu destino, mas acaba descobrindo que ele mesmo é
o responsável pelos seus problemas.

Fonte: Estudos Literários

• Comédia-> A comédia é o oposto da tragédia. Ela é leve, engraçada e nos faz rir das
situações absurdas da vida. Desde os tempos antigos até hoje em dia, a comédia
tem sido uma forma de escapar das preocupações do mundo.
Um exemplo clássico de comédia é "A Comédia dos Erros" do Shakespeare, que é
cheia de confusões e mal-entendidos que nos fazem rir do começo ao fim.

Fonte: Estudos Literários

• Dramas históricos-> Os dramas históricos são peças de teatro que se passam em


algum período do passado e geralmente contam eventos reais ou fictícios que
tiveram um grande impacto na história. Eles nos ajudam a entender o passado de
uma maneira mais emocionante e pessoal.

Um exemplo famoso de drama histórico é "Júlio César" do Shakespeare, que conta a


história do famoso líder romano e sua queda trágica.

Fonte: Estudos Literários

• Teatro de Vanguarda-> O teatro de vanguarda é um movimento artístico que surgiu


no século XX e que buscava romper com as tradições teatrais. Ele valorizava a
experimentação e a inovação, muitas vezes desafiando as convenções da narrativa e
da forma.

Um exemplo marcante de teatro de vanguarda é "Esperando Godot" do Samuel


Beckett, que é conhecido por sua estrutura não linear e diálogos enigmáticos que
deixam o público pensando.

Literatura marginal (tópico principal)

A literatura marginal não é apenas um movimento literário, mas sim uma


manifestação cultural e social profundamente enraizada nas periferias urbanas do
Brasil. Originando-se nas décadas de 1970 e 1980, durante os anos de chumbo da
ditadura militar, esse movimento representa uma ruptura com as normas
estabelecidas pela literatura tradicional, que muitas vezes ignorava as realidades e
vivências das comunidades marginalizadas.

Origem:

Nas favelas, cortiços e comunidades carentes das grandes cidades brasileiras, uma
nova forma de literatura começou a surgir. Desafiando a marginalização social e
cultural a que estavam submetidos, escritores autodidatas e poetas passaram a usar
a escrita como uma ferramenta de resistência e empoderamento.
Os saraus, encontros literários informais realizados em bares, praças e casas,
tornaram-se espaços de expressão e troca de ideias para esses escritores marginais.
Além disso, a criação de fanzines e coletivos de escritores proporcionou uma
plataforma para que suas vozes fossem ouvidas e valorizadas.

Exemplos do passado:

Entre os exemplos mais marcantes da literatura marginal está o livro "Quarto de


Despejo", de Carolina Maria de Jesus, uma obra autobiográfica que retrata a vida na
favela do Canindé, em São Paulo, com uma honestidade e crueza impactantes.
Publicado em 1960, o livro se tornou um marco na literatura brasileira ao dar voz às
experiências das comunidades periféricas.
Também tivemos a poesia de Sérgio Vaz, fundador da Cooperifa (Cooperativa
Cultural da Periferia), que promove saraus e eventos culturais na periferia de São
Paulo desde 2000. Suas poesias abordam questões como violência, discriminação e
desigualdade social, revelando uma perspectiva única e autêntica sobre a vida nas
comunidades marginalizadas.
Outro exemplo é o movimento dos "Cadernos Negros", uma coletânea de poesia
afro-brasileira que surgiu em São Paulo na década de 1970. Esses cadernos deram
voz aos escritores negros, abordando questões de identidade, racismo e resistência.

Exemplos contemporâneos:

No cenário contemporâneo, autores como Geovani Martins, com seu livro "O Sol na
Cabeça", e Jarid Arraes, autora de "Redemoinho em Dia Quente", continuam a dar
voz às experiências das periferias urbanas, abordando questões como racismo,
violência e identidade cultural com sensibilidade e autenticidade. Além de Conceição
Evaristo, que retrata a vida das mulheres negras e das favelas do Rio de Janeiro em
suas obras, e Ferréz, que aborda temas como violência, pobreza e desigualdade
social em suas narrativas.

Conclusão:

Em resumo, a literatura marginal é uma manifestação artística e política que desafia


as estruturas de poder e busca promover a inclusão e a representatividade na
literatura brasileira. Mais do que isso, é uma forma de resistência e de afirmação da
identidade das comunidades marginalizadas, que se recusam a ser silenciadas e
invisibilizadas.

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