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Poesia Romântica Brasileira

Romantismo no Brasil teve início em 1836, com a publicação da obra “Suspiros


Poéticos e Saudades”, de Gonçalves de Magalhães.
O movimento esteve dividido em três períodos, a saber:
• Primeira Geração: no contexto pós-independência do país, a primeira geração esteve
marcada pelo binômio “nacionalismo-indianismo”.
• Segunda Geração: é chamada de “Mal do Século” ou “Ultrarromantismo” e recebeu
grande influência do poeta inglês Lord Byron.
• Terceira Geração: chamada de “Condoreirismo” ou “Geração Condoreira”, essa fase foi
influenciada pela poesia social do poeta francês Victor Hugo.
Prosa Romântica no Brasil
Folhetim
A difusão da prosa romântica foi impulsionada pelo folhetim. Os folhetins eram
capítulos de romances de periodicidade semanal publicados em jornais.
Por meio deles, o romance tornou-se extremamente popular e por ele, o sentimento de
democracia aflorado no País foi alastrado.
Com o folhetim, a literatura passa de bem destinado à aristocracia e ultrapassa a
exclusividade da nobreza.
Nacionalismo Romântico
O sentimento de nacionalismo no romantismo contribuiu para valorizar o Brasil e o
desvinculou da influência impositiva da arte portuguesa.
É um momento em que a literatura portuguesa também está mais voltada para Portugal.
Há uma clareza da distinção dos costumes da colônia e da metrópole.
Características
• Nacionalismo

• Subjetivismo

• Ufanismo

• Idealização da mulher
• Religiosidade

• Culto à natureza
• Amor platônico

• Idealismo

• Estética nativista

Obras e Autores
A prosa romântica no Brasil foi manifestada em Romance Indianista, Romance Urbano
e Romance Nacionalista.
As obras relatavam o comportamento social da época exaltando as peculiaridades da
cultura nacional.
Realismo
No Brasil, os reflexos da estética realista na literatura surgiram anos mais tarde, durante
os momentos de crise do Segundo Reinado, do fim da escravidão e da instituição do
regime republicano no país.
O precursor do Realismo no Brasil é Machado de Assis, com a publicação do
romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881. As obras seguintes do autor
também são consideradas exemplares fiéis do movimento realista, como Quincas
Borba (1891), Dom Casmurro (1899) e Esaú e Jacó (1904), tendo como cenário a
cidade do Rio de Janeiro, capital do Império. Além de Machado de Assis, outros autores
também se destacaram na prosa realista/naturalista nacional, como Aluísio
Azevedo, Raul Pompeia, Adolfo Caminha, Júlio Ribeiro e Júlia Lopes de Almeida.

Características do Realismo
As obras do Realismo expuseram as contradições da burguesia e seus ideais
particulares. A mulher, antes vista como um ser virginal, belo e inalcançável, passou a
ser retratada como falsa, interesseira, manipuladora e perspicaz. Os homens, por sua
vez, passaram de mocinhos sonhadores e/ou heróis a figuras imperfeitas, fracas e
vulneráveis às pressões sociais. Veja a seguir as marcas estéticas e temáticas mais
recorrentes no Realismo:
• Crítica ao modelo de família e casamento burguês, com destaque ao adultério.
• Descrição dos aspectos psicológicos dos personagens.
• Pessimismo e sarcasmo.

• Interlocução entre narradores e leitores.


• Linguagem clara e objetiva.

• Divulgação e circulação das obras por meio de folhetins.


• Protagonistas como sujeitos imperfeitos, não idealizados.
• Descrições dos perfis psicológicos dos sujeitos e dos aspectos práticos da vida
cotidiana.
• Contemporaneidade: o saudosismo do passado dá lugar à necessidade de pensar o
presente.
• Manifestação crítica sobre as instituições, espaços e serviços públicos.
• Substituição do sentimentalismo pelo materialismo.
• A sociedade é objeto de interesse imediato e sua análise e compreensão dependem
da capacidade de atenção aos fatos verdadeiros e comportamentos observáveis.
• Foco às descrições do que é típico, recorrente e sistemático no comportamento
social.
• Adoção de temas de interesse coletivo.
• O amor deixa de ser idealizado e passa a ser visto de maneira crítica, sobretudo
após o casamento.
• Exploração e ridicularização do amor ingênuo.
•O leitor no centro da cena literária

Naturalismo
Os autores de obras literárias começaram a utilizar, exageradamente, teorias científicas
na composição de seus personagens. Uma dessas teorias é conhecida como
“determinismo”, que consiste na ideia de que os indivíduos sofrem influência de sua
raça, meio e período histórico em que vivem.
Os romances naturalistas, na época, foram considerados imorais ao mostrar tão
explicitamente a sexualidade de seus personagens, comandados mais pelo instinto
sexual do que pela razão. No entanto, essa animalização era comumente atribuída a
indivíduos marginalizados, pertencentes à classe operária.
Naturalismo no Brasil
Quando Aluísio Azevedo publicou o romance O mulato, em 1881, teve início o
Naturalismo no Brasil. No entanto, é seu romance O cortiço, de 1890, a principal obra
naturalista brasileira. Tais livros, assim como os de outros autores brasileiros do
período, apresentam as mesmas características da Naturalismo europeu:
• determinismo;

• zoomorfização;

• objetividade;

• cientificismo.

Contexto histórico do Naturalismo


O Naturalismo surgiu na Europa após a publicação do livro A origem das espécies,
de Charles Darwin (1809-1882). Nessa obra revolucionária, publicada em 1859, o
biólogo britânico comprova que as espécies animais são resultado de um processo
natural de adaptação e evolução, sem qualquer interferência divina.
Parnasianismo no Brasil
O Parnasianismo no Brasil teve como marco inicial a publicação da obra "Fanfarras",
de Teófilo Dias, em 1882.
Os mais importantes escritores brasileiros do período formavam a chamada "Tríade
Parnasiana", a qual era composta por Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo
Correia.
Os escritores parnasianos buscavam o sentido para a existência humana por meio
daperfeição estética. Por isso, a preocupação residia na "Arte pela Arte", ou seja, a
forma como caraterística principal da poesia.
Características do Parnasianismo
• Arte pela arte

• Objetivismo e universalismo
• Cientificismo e positivismo
• Temas baseados na realidade (objetos e paisagens), fatos históricos, mitologia grega e
cultura clássica
• Busca da perfeição

• Sacralidade e o culto à forma


• Preocupação com a estética, metrificação, versificação
• Utilização de rimas ricas e palavras raras

Simbolismo no Brasil
O simbolismo no Brasil surge em 1893 com a publicação de "Missal" e "Broquéis", de
Cruz e Souza. Esse é considerado o maior representante do movimento no país, ao lado
de Alphonsus de Guimarães.
"Contexto histórico do Simbolismo no Brasil
Na segunda metade do século XIX, o capitalismo europeu deixava evidente a
disparidade social entre a elite econômica e o proletariado. No Brasil, o Simbolismo
surgiu após a Abolição da Escravatura (1888) e a Proclamação da República (1889).
Nesse contexto, havia a miséria dos escravos libertos, um problema social e étnico que
se estenderia pelas gerações afora, além dos conflitos políticos ocasionados pela
ditadura empreendida por Floriano Peixoto (1839-1895), que durou de 1891 a 1894.
Além do mais, no Nordeste, os problemas sociais relacionados à seca levaram à Guerra
de Canudos (1896-1897).Assim, os artistas recorreram novamente à fuga da realidade.
Características do Simbolismo
• Não-racionalidade

• Subjetivismo, individualismo e imaginação


• Espiritualidade e transcendentalidade
• Subconsciente e inconsciente

• Musicalidade e misticismo

• Figuras de linguagem: sinestesia, aliteração, assonância

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