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LITERATURA

NATURALISMO
LÍNGUA PORTUGUESA
PROFª ANA ELIZABETH LOURENÇO
O NATURALISMO
O naturalismo foi uma corrente literária que prezava pela representação
objetiva da realidade, utilizando uma abordagem biológica, científica e
patológica das personagens.

O naturalismo, tendência estética e literária em voga no último


quartel do século XIX, surgiu na França e é entendido por muitos
críticos como uma corrente mais extremada do movimento realista,
sendo muitas vezes também chamado de realismo-naturalismo.
O termo naturalismo foi utilizado como
vertente artística pelo escritor Émile Zola,
inspirado no método de investigação das
ciências naturais que se estabelecia desde o
século XVII:
“O Naturalismo, nas letras, é igualmente o retorno à
natureza e ao homem, a observação direta, a anatomia
exata, a aceitação da pintura do que existe.”
Empenhados em escrever um retrato fidedigno da realidade, ao
contrário do universo idealizado e subjetivo do romantismo, os
naturalistas desenvolveram um estilo literário objetivo e, como
postulou o próprio Zola, anatômico: o “retorno à natureza”
focalizava o lado mais animalesco do homem, em frequentes
descrições patológicas – doenças, hereditariedade, influências do
meio, em uma constante luta pela sobrevivência.
Aspectos mais marcantes desse movimento:
• Visão determinista;
• Animalização dos personagens;
• Objetivismo científico;
• Sexualização do elemento feminino;
• Impessoalidade;
• Descritivismo;
• Foco no coletivo;
• Valorização de aspectos biológicos;
• Despreocupação com a moral;
• Linguagem mais simples.
NATURALISMO NO BRASIL
Desde a década de 1870, o Brasil passava por ebulições políticas e
sociais: o Segundo Reinado via-se ameaçado por crises diversas, que
incluíam a longa duração da Guerra do Paraguai (1864-1870) e pela
pressão em prol da abolição da escravatura – sendo o Brasil o último
país a banir essa prática, que era embasada em distinção racial. Os
naturalistas brasileiros foram, grosso modo, abolicionistas e
engajados no movimento republicano, de modo que a tendência
estética de origem francesa ganhou aqui as cores e os problemas
nacionais: o racismo, a herança colonial das relações de trabalho e da
apropriação da terra, a mestiçagem etc.
• Os grandes nomes dessa época eram Adolfo Caminha, Raul Pompeia e
Aluísio Azevedo. Este último é o principal autor da época, e as obras
que mais se destacam são “O mulato”, “Casa de pensão” e “O Cortiço”
com enfoque de escrita para o romance de tese.
O romance de tese
O romance de tese tem influência da visão determinista em seu texto,
em outras palavras, o narrador tenta mostrar que o homem não consegue
vencer e é movido pelas forças no meio, da raça e do contexto histórico.
Dessa maneira, há uma valorização dos aspectos patológicos e, para o
leitor, a previsibilidade de entender que os personagens não conseguem
promover nenhum tipo de transgressão, pois estão vinculados ao
Determinismo da época.

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