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Naturalismo no Brasil

Introdução
A decadência da monarquia e o
fortalecimento dos movimentos abolicionista
e republicano fizeram parte do contexto
histórico do naturalismo no Brasil.
As principais características do naturalismo
no Brasil foram: determinismo e
zoomorfização.
Aluísio Azevedo, Raul Pompeia e Adolfo
Caminha foram os principais escritores
naturalistas do país.
As principais obras brasileiras desse estilo
de época foram: O cortiço, O Ateneu e Bom-
crioulo.
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Historia do Naturalismo do
Brasil
O surgimento do naturalismo na Europa estava relacionado à publicação,
em 1859, da obra A origem das espécies, de Charles Darwin (1809-
1882), que provocou uma revolução científica ao demonstrar que o
ser humano e outras espécies, em estado natural, passam por um
processo de adaptação e consequente evolução.
Esse livro colocou em evidência o poder da racionalidade e da ciência.
Desse modo, correntes filosóficas como o positivismo ganharam
força na segunda metade do século XIX (19). Assim, sob a influência
de seu tempo, os escritores passaram a usar teorias científicas na
construção de seus personagens.
Essas ideias chegaram ao Brasil em um contexto de mudanças políticas
e sociais. A monarquia estava em decadência, enquanto os
movimentos abolicionista e republicano ganhavam força. Desde a
aprovação da Lei Eusébio de Queirós, em 1850, outras leis contra a
escravidão surgiram, como a Lei do Ventre Livre, em 1871, e a
Lei dos Sexagenários, em 1885.
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Característica do
Naturalismo do Brasil
O naturalismo, estilo de origem europeia, foi introduzido no Brasil a
partir da publicação do romance O mulato, de Aluísio Azevedo, em
1881. O naturalismo brasileiro, portanto, recebeu as influências do
movimento que nasceu na Europa; assim, estava centrado em uma
visão cientificista da realidade.
Essa supervalorização da ciência gerou teorias como o determinismo,
que trouxe a ideia de que os indivíduos eram influenciados pelo meio
em que viviam e também pela raça e época a que pertenciam. Desse
modo, os autores criavam seus personagens com base nessa premissa.
As motivações biológicas dos personagens eram mais valorizadas do
que as psicológicas. Isso porque o indivíduo era entendido como
animal irracional sujeito aos instintos, sobretudo o sexual. Assim, os
autores recorriam à zoomorfização, que consiste em atribuir
características animais a seres humanos.
No entanto, os escritores tinham uma preferência por personagens
marginalizados ou oriundos da classe baixa, que eram analisados
“cientificamente”. Além disso, nessas obras, são visíveis os
preconceitos, tidos como “científicos”, quando as mulheres são
tratadas como histéricas, as pessoas negras como inferiores e os
homossexuais como criminosos ou doentes.
No mais, as obras naturalistas valorizam a objetividade da linguagem e,
por meio da ficção, buscam analisar e compreender os problemas da
sociedade, além de apontar as suas causas. Nessa perspectiva, são
narrativas antirromânticas, pois não realizam qualquer tipo de
idealização e, por isso, mostram a realidade sem retoques.
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Obras do Naturalismo do
Brasil
• O mulato (1881), de Aluísio Azevedo
• Casa de pensão (1884), de Aluísio Azevedo
• Um homem gasto (1885), de Ferreira Leal
• O Ateneu (1888), de Raul Pompeia
• A carne (1888), de Júlio Ribeiro
• O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo
• Bom-crioulo (1895), de Adolfo Caminha
• A falência (1901), de Júlia Lopes de Almeida
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