A escola literária naturalista é conhecida como uma radicalização do realismo
que se baseia na observação fiel da realidade e experiência, logo o ser
humano se determina pelo ambiente e pela hereditariedade. Essa escola literária surgiu no século XIX na Europa, em 1870 e aconteceu no momento de mudanças nos setores: políticos, científicos, culturais e filosóficos. Com a publicação da obra germinal de Emile Zola. Que falava sobre as péssimas condições de vida da classe trabalhadora das minas de carvão na França. No Brasil o naturalismo surgiu no fim do século, a primeira obra foi "o mulato" do Aluísio de Azevedo e os escritores brasileiros falavam sobre a realidade brasileira, que na época era a vida nos cortiços, a diferenciação social e preconceito.
Características:
• Descrições minuciosas e linguagem simples
• Preferência por temas como miséria, adultério, crimes, problemas sociais, taras sexuais e etc. A exploração de temas patológicos traduz a vontade de analisar todas as podridões sociais e humanas sem se preocupar com a reação do público. • Ao analisar os problemas sociais, o naturalista mostra uma vontade de reformar a sociedade, ou seja, denunciar estes problemas, era uma forma de tentar reformar a sociedade. • Determinismo: Teoria filosófica que afirma que as escolhas e ações humanas acontecem por relações de causalidade, e não em virtude do livre-arbítrio. • Preferência por temas de patologia social: De acordo com a concepção naturalista, o homem é apenas um animal cujo destino é determinado pelo meio ambiente e pela hereditariedade. • Objetivismo científico e impessoalidade: Entre as características da linguagem naturalista estão a impessoalidade e a objetividade com que as situações são descritas. • Zoomorfismo: “rastejam como vermes...” Dá-se a alguém ou alguma coisa uma característica animal.
Principais Obras e Autores:
• Aluísio Azevedo: O Mulato (1881), O Cortiço (1890), A Casa de Pensão (1890) • Adolfo Caminha: Bom Crioulo (1895) • Inglês de Sousa: Contos Amazônicos (1893), O Missionário (1899) • Raul Pompéia: O Ateneu (1888) • Adherbal de Carvalho: A Noiva (1888) • Emile Zola: Germinal (1885) Influencias:
O Naturalismo sofreu forte influência das teorias científicas que dominavam o
cenário europeu na segunda metade do século XIX, como o socialismo, o positivismo e o darwinismo. No romance naturalista, o narrador se comporta como um cientista, que observa os fenômenos sociais como quem observa uma experiência científica. O Naturalismo atribui a um destino inescapável, de origem fisiológica, aquilo que, na verdade, é produto do sistema socioeconômico: a retificação do homem, ou seja, a sua transformação em coisa. No romance experimental naturalista, o indivíduo é mero produto da hereditariedade. O ambiente em que vive, e sobre o qual também age, determina seu comportamento pessoal. Para dar vida a toda essa teoria, os autores colocam-se como narradores oniscientes, impassíveis, podendo ver tudo por todos os ângulos. Fazendo assim, descrições precisas e minuciosas, frias e fidelíssimas aos aspectos exteriores.i