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Contexto histórico do naturalismo

Victor:
O naturalismo surgiu na Europa, no século XIX. O marco de
fundação dessa nova estética foi a publicação do livro A origem
das espécies, de Charles Darwin. Esse livro provocou polêmica,
pois contrariava o pensamento que vinha sendo defendido até
então, ou seja, o criacionismo. Dessa forma, em oposição à ideia
de que a humanidade era uma criação divina, Darwin comprovou
que, assim como os outros seres vivos, o ser humano é
resultado de um processo de evolução.
Kaylane:
O darwinismo foi uma influência primordial no naturalismo.
Principalmente no que se refere aos seguintes aspectos: a
conclusão de que o ser humano é um animal igual a qualquer
outro, sem nada de divino, e o entendimento de que as espécies
mais bem adaptadas sobrevivem, no processo de seleção
natural, enquanto as outras sofrem extinção. Como
consequência, ou distorção, das teorias de Darwin, surgiu a
expressão “darwinismo social”.

Victor Kauan:
Assim, essa corrente de pensamento procurou justificar
a exploração imperialista, ocorrida, no século XIX, na África, Ásia
e Oceania, com a noção de que os países dominantes eram
superiores, além de propiciar um discurso eugenista que
defendia a superioridade de uma raça sobre outra. Segundo o
antropólogo inglês Francis Galton (1822-1911), eugenia foi “o
estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou
empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física
ou mentalmente”.
Felipe:
Outros dois nomes importantes nesse contexto foram os do
filósofo Auguste Comte (1798-1857) e do crítico Hippolyte
Taine (1828-1893), ambos franceses. Comte criou o positivismo,
corrente filosófica que defendia a racionalidade, o pensamento
científico, em detrimento de concepções metafísicas ou
religiosas. Já Taine foi o responsável por divulgar o termo
“determinismo”, conceito que direcionou a escrita dos autores
naturalistas. Segundo ele, o indivíduo é socialmente condicionado
pela sua raça, o meio do qual faz parte e o momento histórico em
que vive.

Principais características do naturalismo

João Gabriel:
naturalismo é considerado uma evolução do realismo e
apresentava as seguintes características:
● A ciência era usada como instrumento de análise e
compreensão da sociedade.

● As personagens eram vítimas do determinismo: condicionadas


por sua raça, meio e momento histórico em que viviam.

● A análise psicológica realista tornou-se menos importante,


com prevalência das motivações biológicas.

● Com base na ideia de que o ser humano é um animal


comandado por instintos, as personagens eram construídas
nessa perspectiva.

Islane:

● O instinto sexual sobressaiu-se a todos os outros, em


oposição à capacidade racional das personagens.

● As classes mais pobres tornaram-se protagonistas, objeto de


análise do escritor naturalista.

● Em condições subumanas de vida e de trabalho, as


personagens perderam a humanidade e foram dominadas por
seus instintos animais.

Luan:
● As obras apresentaram uma sexualidade explícita, o que
chocou o público romântico.

● A mulher foi tratada como histérica; a pessoa negra, como


inferior; e o indivíduo homossexual, como doente.|2|

● Zoomorfização: características de animais foram associadas a


seres humanos.

Principais autores do naturalismo

Émile Zola

Heloísa:

Europa, o principal autor naturalista foi o francês Émile Zola,


que, em 1880, publicou o livro de ensaios O romance
experimental. Com essa obra, Zola expôs os fundamentos
teóricos do naturalismo. Já na ficção, a obra do autor que
colocou em prática as suas ideias é Germinal, de 1885. O
livro mostrou o drama de operários(as) das minas de carvão,
na França do final do século XIX. Ali, eles enfrentam as piores
condições de trabalho, com risco de vida e salários miseráveis.
O descontentamento descamba em uma greve geral, liderada
pela personagem Etienne.

HOSTERNO:

Principais obras de Émile Zola


● Contos a Ninon (1864)
● A confissão de Claude (1865)
● O meu ódio (1866)
● Os mistérios de Marseille (1867)
● Thérèse Raquin (1867)
● Madeleine Férat (1868)
● A fortuna dos Rougon (1870)
● O regabofe (1871)
● O ventre de Paris (1873)
● Novos contos a Ninon (1874)
● A conquista de Plassans (1874)
● Os herdeiros Rabourdin (1874)
● O crime do padre Mouret (1875)
● O senhor ministro (1876)
● A taberna (1876)
● Uma página de amor (1878)
● O botão de rosa (1878)
● Naná (1879)
● Madame Sourdis (1880)
● O romance experimental (1880)

FERNANDA:

Eça de Queirós

Ainda na Europa, podemos citar o escritor português Eça de


Queirós, autor do romance O crime do padre Amaro (1875).
Nessa obra, o jovem padre Amaro apaixona-se por Amélia, filha
da S. Joaneira. No decorrer do romance, descobrimos que a S.
Joaneira é amante do cônego Dias, que, ironicamente, tinha sido
o mestre de moral de Amaro no seminário. A história, então,
caminha para um fim trágico, quando Amaro e Amélia decidem
ceder a seus desejos.
João Victor:

Principais obras de Eça de Queirós

● O Crime do Padre Amaro (1876)


● O Primo Basílio (1878)
● O Mandarim (1880)
● A Relíquia (1887)
● Os Maias (1888)
● Uma Campanha Alegre (1890)
● A Ilustre Casa de Ramires (1900)
● Correspondência de Fradique Mendes (1900)
● Dicionário de Milagres (1900)
● A Cidade e as Serras (1901)

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