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N aturalismo

Professora:

literário
Wanessa Alunos:
Kaique úri
Daniel
Nascimento
Rafael Mendez
L ucas R ossi
Guilherme
• O’Q U E é e Quando
surgiu ?
• Características
• Contexto histórico
• Naturalismo no rasil
• Naturalismo e realismo
• Principais autores do
•Objetivo Geral:
Explicar sobre o
naturalismo literário.
•Objetivo específico:
Explicar para os alunos
do 3° 2
O 'que? é e quando
surgiu
O naturalismo foi uma corrente literária que prezava pela representação objetiva da
realidade, utilizando uma abordagem biológica, científica e patológica das personagens.
O naturalismo, tendência estética e literária em voga no último quartel do século
X I X , surgiu na França e é entendido por muitos críticos como uma corrente mais
extremada do movimento realista, sendo muitas vezes também chamado de realismo-
naturalismo. O termo naturalismo foi utilizado como vertente artística pelo escritor
Émile Zola, inspirado no método de investigação das ciências naturais que se
estabelecia desde o século XVII:“O Naturalismo, nas letras, é igualmente o retorno
à natureza e ao homem, a observação direta, a anatomia exata, a aceitação da pintura
do que existe.”
Empenhados em escrever um retrato fidedigno da realidade, ao contrário do universo
idealizado e subjetivo do romantismo, os naturalistas desenvolveram um estilo literário
objetivo e, como postulou o próprio Zola, anatômico: o “retorno à natureza” focalizava o
lado mais animalesco do homem, em frequentes descrições patológicas – doenças,
hereditariedade, influências do meio, em uma constante luta pela sobrevivência.
• Ênfase no lado mais animalesco do homem: a fome, o instinto, a parte “não civilizada”, a
sexualidade etc.,
bem como a zoomorfização de personagens;
• Determinismo: o indivíduo não é mais sujeito, mas um figurante da história, resultado das
influências
do meio;
• Cientificismo: o homem é entendido como produto das leis naturais;
• Patologias sociais: as obras naturalistas enfatizam esses temas, trazendo à tona tópicos como as
taras
sexuais, os vícios, as doenças, o incesto, o adultério;
• Objetividade e impessoalidade narrativas
• Preferência por temas cotidianos, frequentementepriorizando as relações e vivências das
classes
“inferiores”;
C ontexto
histórico
A Europa do século X I X vivenciava profundas transformações econômicas, políticas e
sociais, proporcionadas por dois grandes eventos do século X V I I I : a Revolução
Industrial e a Revolução Francesa. Com a industrialização, surgiam os primeiros centros
urbanos e a nova ordem econômica do capitalismo financeiro, dividindo a sociedade
entre burguesia, a nova classe dominante após o fim do Antigo Regime, e proletariado,
classe dos trabalhadores assalariados, que operavam o maquinário industrial. Essas
oposições e as condições degradantes de trabalho da época propiciaram matéria-prima
para as teorias socialistas de Karl Marx, cuja perspectiva classista influenciou
diretamente a estética naturalista. A burguesia consolidava-se no poder, o que
propiciava o movimento da Segunda Revolução Industrial, que levaria à exploração
do aço, do petróleo e da eletricidade.
O entusiasmo das novas invenções e descobertas levava o cientificismo, em voga desde o
século X V I I , ao seu ápice: o método das ciências naturais era tido como a principal
maneira de compreender a realidade. Essa mentalidade deu origem também ao
positivismo, doutrina de Auguste Comte que dividia a humanidade em três estágios,
sendo o científico o mais evoluído dos três. A teoria defendia que a única maneira de se
chegar à verdade era por meio da investigação científica – ou seja, acredita-se apenas
naquilo que é passível de comprovação pelos meios da ciência. Foi nessa época que
Charles Darwin propôs sua teoria da evolução das espécies e que Mendel postulou
suas leis da hereditariedade, grandes influenciadoras da corrente naturalista, que
entendia o homem como um produto da natureza
– portanto, sujeito à seleção natural e herdeiro de características das gerações anteriores.
Também em voga na época foi o determinismo de Hippolyte Taine, corrente de
pensamento que entendia o contexto, o meio em que o indivíduo vive, como determinante
de suas ações. Taine postulou que o meio, a raça e o momento são os três fatores que
determinam as atitudes e o caráter dos indivíduos, teoria que também influenciou
Naturalismo rasi
no l
Desde a década de 1870, o rasil passava por ebulições políticas e sociais: o Segundo
Reinado via-se ameaçado por crises diversas, que incluíam a longa duração da Guerra do
Paraguai (1864-1870) e pela pressão em prol da abolição da escravatura – sendo o rasil o
último país a banir essa prática, que era embasada em distinção racial. Os naturalistas
brasileiros foram, grosso modo, abolicionistas e engajados no movimento republicano, de
modo que a tendência estética de origem francesa ganhou aqui as cores e os problemas
nacionais: o racismo, a herança colonial das relações de trabalho e da apropriação da terra,
a mestiçagem etc. As questões universais das diferenças sociais misturaram-se às
questões locais que urgiam reflexão
Naturalismo e
realismo
O naturalismo é entendido como uma corrente mais radical do realismo. As duas
escolas compartilham, portanto, algumas premissas: o retrato verossímil da realidade, a
preferência por cenas cotidianas, a objetividade das obras, o desprezo pelas
idealizações românticas – retratando o adultério em oposição à realização amorosa
matrimonial e o fracasso social ao contrário do herói idealizado –, a crítica da
moralidade burguesa e a impessoalidade. O que diferencia o naturalismo é a
abordagem patológica das personagens e situações. Enquanto o realismo privilegia
mergulhos psicológicos nas personagens, o naturalismo possui um olhar anatômico,
ressaltando a doença e o aspecto animalesco do ser humano. As personagens são
abordadas de fora para dentro, enfatizando as ações exteriores, sem preocupação com o
aprofundamento psicológico. O realismo retrata o homem psicológico, enquanto o
Se o realismo propõe retratar o homem
em interação com seu meio, o naturalismo
vai ainda um pouco além: expõe o
indivíduo como um produto biológico,
cujo comportamento é determinado a
partir dessas relações com o meio e
de acordo com suas características
hereditárias.
Aluísio Azevedo foi o principal autor da vertente naturalista no
rasil e o primeiro escritor a viver de literatura no país. Exímio
retratista de tipos sociais, escreveu inúmeras obras, entre romances,
contos, crônicas e peças teatrais, além de ter
sido desenhista e
caricaturista.

Sua produção literária concentra-se entre os anos de 1882 e 1895,


aproximadamente, com destaque para o célebre romance O cortiço,
leitura obrigatória para ingresso em diversas universidades
brasileiras, bem como para a compreensão das estruturas
sociais cariocas, no final do século X I X , pautadas na
exploração econômica e na perpetuação das desigualdades.
A lgumas Obras de
A luísio
O Cortiço é um romance naturalista do brasileiro
Aluísio Azevedo publicado em 1890 que denuncia
a exploração e as péssimas condições de vida dos
moradores das estalagens ou dos cortiços cariocas
do final do século X I X .
A lgumas Obras de
A luísio C asa de Pensão é um livro de
estilo naturalista escrito por Aluísio Azevedo
em 1884. A história é baseada em um crime
ocorrido na cidade do R io de aneiro em
1876 que ficou conhecido como Q uestão
Capistrano.
Trechos do livro: O
“E não podia deixar de pensar no demônio da negra, porque
cortiçoa maldita ali estava perto, a rondá-lo, ameaçadora e sombria.
Ali estava como documento vivo de suas misérias, já
passadas mas ainda palpitantes. ertoleza devia ser
esmagada, devia ser suprimida, porque era tudo de mal
que havia na vida dele. Seria um crime conservá-la ao
seu lado! Ela era o torpe do balcão da primitiva
bodega.”
Trechos do livro: Casa de
“Há muito tempo ardia de impaciência por tal viagem:
pensão pensara nisso todos os dias; fizera cálculos, imaginara
futuras felicidades. Queria teatros bufos, ceias ruidosas ao
lado de francesas, passeios fora de horas, a carro, pelos
arrabaldes. Seu espírito, excessivamente romântico, como o
de todo maranhense nessas condições, pedia uma grande
cidade, velha, cheia de ruas tenebrosas, cheias de mistérios,
de hotéis, de casas de jogo, de lugares suspeitos e de
mulheres caprichosas; fidalgas encantadoras e libertinas,
capazes de tudo, por um momento de gozo. E Amâncio
sentia necessidade de dar começo àquela existência que
encontrara nas páginas de mil romances. Todo ele
reclamava amores perigosos, segredos de alcova e
É mile
C onsiderado o fundador da estética

Zola naturalista, foi romancista, contista, dramaturgo,


poeta, jornalista e crítico literário.Entendido como
pai do romance experimental, Z ola tencionava
fazer da literatura um
instrumento efetivo de luta para mudanças sociais.
Autor prolífico, de sua vasta obra destacam-se os
títulos A Taberna (1886), Naná (1880), Germinal
(1885), A besta humana (1890) e ’accuse (1898).
Exerceu influência decisiva na maioria
dos escritores naturalistas.
A dolfo
Caminha
Escritor, jornalista e oficial da Marinha do rasil, sua morte
precoce por tuberculose não o impediu de ser um dos
mais veementes naturalistas do cânone nacional. Estreou em
1886 com a publicação em versos V oos Incertos, mas foi
com a obra A Normalista (1893) que se consolidou como
autor naturalista: trata-se de uma chocante narrativa cujo
enredo centra-se em uma relação incestuosa. Aclamado por suas
descrições minuciosas, o mais famoso romance de Caminha é O
om Crioulo (1895), protagonizado por um oficial da Marinha
que se envolve amorosa e sexualmente com um grumete
(graduação mais inferior das praças da Armada). Trata- se da
primeira obra brasileira centrada em uma relação homossexual.
Fi
m

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