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REALISMO / NATURALISMO
ROMANTISMO
subjetividade objetividade
imaginação realidade circundante
sentimento inteligência , razão
verdade individual verdade universal
fantasia , devaneio fatos observáveis
homem = uma peça do
homem = centro do mundo
mundo
volta ao passado crítica do presente
Contexto histórico:
•Europa : O Realismo foi um reflexo do
materialismo e do cientificismo
cominentes da segunda metade do
século passado: a glorificação da
ciência.
•Brasil: Momento de crise social,
quando a civilização burguesa e a
urbana tomavam lugar da sociedade
agrária, latifundiária e escravocrata.
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A carruagem de terceira classe(1863-65) Daumier,
Honoré (1808-1879) 4
O SOCIALISMO DE MARX
Um espectro ronda a Europa
Em 1848, os economistas e
filósofos alemães Karl Marx
(1818-1883) e Friedrich Engels
(1820-1895) publicaram o
MANIFESTO COMUNISTA
Objetivo: despertar a
consciência de classes.
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O RACIONALISMO POSITIVISTA DE COMTE
O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por meta.
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O DETERMINISMO DE TAINE
O comportamento
humano é determinado
por três fatores: o
meio, a raça e o
momento histórico.
Destino pré-estabelecido por
um conjunto de circunstâncias.
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Por isso não admito um Deus que
passeie no seu jardim de bengala na
mão, aloje os amigos no ventre das
baleias, morra soltando um grito e
ressuscite ao fim de três dias: coisas
absurdas por si mesmas e
completamente opostas; além disso, a
todas as leis da física; o que nos
demonstra, de resto, que os padres
têm sempre permanecido numa
ignorância torpe, na qual se esforçam
por mergulhar as populações.
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Questão Coimbrã
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Eça de Queirós
crítico da burguesia
• O crime do padre Amaro
• O primo Basílio
• Os Maias.
• Hipocrisia/falso moralismo/ócio
da alta sociedade.
REALISMO
O Realismo é uma reação contra o Romantismo:
O Romantismo era a apoteose do sentimento; o
Realismo é a anatomia do caráter.
É a crítica do homem.
É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para
condenar o que houve de mau na nossa sociedade.
(Eça de Queirós)
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MACHADO DE ASSIS
PROSA ROMÂNTICA E REALISTA
Sugestão
Características machadianas
• Contradições
• Omissões
• Emendas
• Lacunas
• Visão unilateral: tendencioso: escolha do
• tipo de narrador
Argumentos de acusação
É um desdobramento do Realismo.
Romance cientificista – “de tese”.
Influência do positivismo, determinismo, do
darwinismo.
Proposta de revelar “patologias sociais”.
Sexo, prostituição, adultério, violência, assassinatos, vícios,
etc.
Zoomorfização do homem.
Análise de camadas sociais mais baixas.
O contexto...
O Cortiço aborda tema de
conflitos humanos.
-Modernização e
Industrialização do país.
- Aumento de desigualdade
social: surge o Proletariado.
- Sociedade formada por
portugueses, burgueses,
mulatos e negros.
- Cortiços: Precursores das
Favelas, moravam os
Excluídos, pobres e
humildes, frutos do meio.
Características...
- Escravidão e Adultério evidentes.
- Obra narrada em 3ª pessoa, com
narrador onisciente.
- O tempo é trabalhado de maneira
linear.
- A narrativa se passa em dois
espaços: O Cortiço e o Sobrado do
Miranda. Enquadrados no bairro do
Botafogo.
- É uma alegoria do Brasil.
- Brasileiros são usados de forma
moral pelos portugueses.
CORTIÇO
“... E, defronte do
candeeiro de querosene,
conversavam sobre a sua vida e
sobre a sua Marianita, a filhinha
que estava no colégio e que só
os visitava aos domingos e dias
santos”. (pg.33 de 162)
Darwinismo e
evolucionismo
“Travou-se então uma
luta renhida e surda entre o
português negociante de
fazendas por atacado e o
português negociante de
secos e molhados...” (p.22)
RESUMO DAS IDEIAS:
A visão determinista biológico-racial, social e geográfica.
A identificação homem-animal.
A exploração do homem.
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O enredo
- Ida de Amâncio, o protagonista, para a Corte. O rapaz, oriundo do Maranhão, chega à
capital fluminense com o intuito de estudar medicina.
- Hospeda-se na casa de um amigo de sua família, Luís Batista de Campos. Porém, sua
estada nessa residência é curta, dado que, persuadido por João Coqueiro, ele se muda
para uma pensão.
- A ampla casa é controlada por Coqueiro e sua esposa, Mme. Brizard, uma mulher bem
mais velha que o marido.
- Os quartos são ocupados por figuras diferentes: um homem que sofre com a tísica; && um
casal, cuja esposa depois se apaixona por Amâncio, entre outras personagens. Moram
também na casa: a irmã de João Coqueiro – Amélia – César e Nini, esta última
personagem, uma moça histérica que é filha de Mme. Brizard.
- Na casa de pensão, Coqueiro e a esposa valem-se de várias estratégias para casar o
estudante maranhense com Amélia.
- Apesar de todos os esforços empreendidos pelo casal, o rapaz toma a jovem somente
como amante, pois fica claro no decorrer do romance que ele não deseja se casar com ela.
- Revoltado com a situação, Coqueiro entrega Amâncio à Justiça, alegando que o estudante
de medicina havia desonrado Amélia. O rapaz vai a julgamento e é absolvido.
- Revoltado com a decisão do júri, Coqueiro invade o hotel em que Amâncio se achava
hospedado e mata o rapaz que falece clamando pela mãe.
Amâncio e o meio
b) “Muita vez chorou de ternura, mas sempre às escondidas; muita vez sentiu o
coração saltar para o filho, mas sempre se conteve, receoso de cair no
ridículo./ E não se lembrava, o imprudente, de que o amor de pai é bem ao
contrário do amor de filho; não se lembrava de que aquele nasce e subsiste
por si e que este precisa ser criado; que aquele é um princípio e que este é
uma consequência; que um vem de dentro para fora e que o outro vem de
fora para dentro”.
c) “O seu ideal na vida não era adquirir uma personalidade, não era ser ela,
mesmo ao lado do pai ou do futuro marido. Era constituir função do pai,
enquanto solteira, e do marido, quando casada. Não imaginava as catástrofes
imprevistas da vida, que nos empurram, às vezes, para onde nunca sonhamos
ter de parar. Não via que, adquirida uma pequena profissão honesta e digna
do seu sexo, auxiliaria seus pais e seu marido, quando casada fosse”.
d) “A casa da família do famoso violeiro não ficava nas ruas
fronteiras à gare da Central; mas, numa transversal, cuidada,
limpa e calçada a paralelepípedos. Nos subúrbios, há disso: ao
lado de uma rua, quase oculta em seu cerrado matagal, topa-
se uma catita, de ar urbano inteiramente. Indaga-se por que
tal via pública mereceu tantos cuidados da edilidade, e os
historiógrafos locais explicam: é porque nela, há anos, morou
o deputado tal ou o ministro sicrano ou o intendente fulano”.
e) “O provinciano, muito desvigorizado com a moléstia, sentia
perfeitamente que os lúbricos impulsos, que dantes lhe
inspirava a graciosa rapariga, iam-se agora destecendo e
dissipando à luz de um novo sentimento de gratidão e
respeito. A primitiva Amélia desaparecia aos poucos, para dar
lugar àquela extremosa criança, àquela irmãzinha venerável,
que lhe enchia o quarto com o frescor balsâmico de sua
virgindade e rociava-lhe o coração com a trêfega mimalhice
de sua ternura”.
• A) Falsa: Esse trecho da obra acaba por ser completamente descritivo,
uma vez que indica a relação entre as mulatas com a personagem
Amâncio ainda quando criança.
• B) Correta: Essa alternativa corresponde à relação de postura intrusa e de
opinião do narrador, principalmente quando se percebe o seu grau de
onisciência, como por exemplo: “[...] chorou de ternura, mas sempre às
escondidas [..] muita vez sentiu o coração saltar para o filho [...] Nota-se
que ambos os itens sublinhados se referem às particularidades das
personagens, as quais são alcançadas pela visão determinista e
Naturalista do narrador.
• C) Falsa: Esse trecho é do romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto, e a
questão pede para assinalar a alternativa do narrador de Aluísio Azevedo.
• D) Falsa: Esse trecho também é do romance Clara dos Anjos, de Lima
Barreto, e a questão pede para assinalar a alternativa do narrador de
Aluísio Azevedo.
• E) Falsa: Esse trecho se limita na descrição, não se adentra numa atitude
intrusa do narrador, nem mesmo opinativa, relacionada a fatores sociais
e/ou psicológicos.