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NATURALISMO
• “O Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantismo era a
apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do caráter. É a
crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos –
para condenar o que houver de mau na nossa sociedade.”
Eça de Queirós
INTRODUÇÃO
• Surgiu como reação a toda idealização romântica que sonhava com
um mundo de sonhos e fantasia, mas que não era real, uma vez, que
viviam num mundo de faz de contas.
• O Realismo/Naturalismo foi um movimento marcado pela visão fria e
pessimista das coisas, que se propunha mostrar a realidade tal como
ela era, sem nenhuma idealização, chegando a ser grotesco, devido ao
fato de salientar os aspectos mais deprimentes, feios e repugnantes.
• Século marcado por profundas transformações sociais, científicas e
tecnológicas (XIX), os autores realistas só aceitavam as explicações
saídas dos laboratórios.
EXEMPLO DE IMAGEM
REALISTA/NATURALISTA
- Semblantes tristes
- Representação da realidade
• Raul Pompéia
• Aluízio Azevedo
MACHADO DE ASSIS
• Sistema de favores
• Relações de dependência
NARRADOR
• 1ª pessoa
• Defunto autor
• Presunção, egocentrismo
• Instabilidade, volubilidade
• Niilismo: pessimismo acentuado
PERSONAGENS
• A família
• Irmã Sabina: disputa de herança
• Cunhado Cotrim: falta de escrúpulos da elite
• As mulheres
• Marcela: prostituta de luxo
• Eugênia: pobre, coxa
• Virgília: amante
• Nhá-Loló: pretendente
MAIS PERSONAGENS
• Escravos e dependentes
• Prudêncio: “cavalo de todos os dias”
• D. Plácida: marginalização do trabalho
• Recursos de estilo
• Humor, ironia
• Capítulos curtos
• Metalinguagem: reflexão sobre a composição literária
• Digressões: suspensão da narrativa
O HUMANITISMO
• Criador: Quincas Borba
• Elogio ao egocentrismo
• Justificativa para maus sentimentos
• Luta pela sobrevivência: preservação da espécie
• Sátira do cientificismo
RAUL POMPÉIA
• Vida agitada, envolveu-se em várias polêmicas, criando inimizades,
atravessando várias crises depressivas. Abandonado pelos amigos, caluniado
no meio jornalístico e intelectual, suicida-se aos 32 anos de idade, no dia do
Natal.
• Pertence ao grupo de autores que entraram para a história literária graças a
um único livro: “O Ateneu”.
• Livro autobiográfico que relata suas experiências de garoto, num colégio
interno para meninos.
• O personagem narrador Sérgio, adulto, recompões pela memória ressentida
sua adolescência, alternando seus pensamentos adolescente (ingênuo) com
sua visão adulta, criticando o sistema educacional falido e a decadente
sociedade monárquica brasileira.
O ATENEU
• O livro apresenta um subtítulo: “Crônicas de saudade” é considerado
irônico, pois as experiências foram dolorosas. O narrador denuncia a
degradação do colégio caracterizando-o como “microcosmo da
sociedade” (macrocosmo), e o diretor Aristarco é a síntese dessa
degradação: responsável pela educação dos garotos, assume várias
facetas (ora autoritário, ora manso; ora pai, ora carrasco; ora
professor, ora comerciante), além do fato de ser narcisista.
FINAL
• O ambiente só de meninos favorece a homossexualidade, e, além disso, há um jogo constante de
fortes x fracos influindo na formação dos adolescentes. Encontramos no livro quatro tendências:
• Naturalista: o homossexualismo
• Realista: crítica ao sistema educacional e a sociedade decadente
• Expressionista: ao apresentar as personagens e os fatos narrados, o narrador deforma, exagera e
faz caricaturas.
• Impressionista: ao relatar suas experiências de forma subjetiva, o narrador expões suas
impressões pessoais.
• Ema, mulher de Aristarco, foi a primeira mulher por quem se apaixonou, num misto de amor
materno e de carência.
• O incêndio final do Ateneu apresenta um valor simbólico: expressaria o seu desejo de destruir
tudo o que o colégio representava tanto do ponto de vista social e político como do ponto de
vista educacional.
ALUÍSIO AZEVEDO
CARACTERÍSTICAS
• Tentando se profissionalizar como escritor, Aluísio produziu uma obra diversificada
(romântica e naturalista); mas é como naturalista que devemos estudá-lo.
• Seguindo as lições de Émile Zola, o autor escreveu romances de tese, com clara
conotação social. Demonstrou nítida preocupação com a classe marginalizada pela
sociedade, criticando o conservadorismo do clero, aliado à classe dominante.
• Valorizou sobremaneira os instintos naturais, comparando constantemente seus
personagens a animais: “tinha ancas de vaca do campo”.
• Soube, como ninguém retratar a vida coletiva, e dar vida a uma série de personagens
que habitam espaços degradados.
• Seus principais livros naturalistas são: “O Cortiço”, “Casa de Pensão” e “O Mulato”
(livro que é considerado o marco do Naturalismo no Brasil).