Você está na página 1de 39

REALISMO

Contexto Histórico - XIX


Abolição da Negro
Lei Áurea Imigrantes
Escravatura marginalizado

2ª Revolução Massa
Máquinas Capitalismo
industrial operária

2º Reinado Fim do
D. Pedro II
Império

Proclamação da
1889
República

Fundação da Manoel Henrique Pereira - 1897


Academia Oficialização
Brasileira de da literatura
Letras
Desenvolve-se novas correntes filosóficas e científicas que disseminam as ideias
liberais, socialistas e anarquistas.
Surgiu com a tentativa de Robert Owen de melhorar as condições
Socialismo de trabalho dos operários. O conceito foi ampliado por Karl Marx e
Friedrich Engels, que defendiam o fim do capitalismo.

Manifesto Comunista (1848) – proletários


(trabalhadores) X burgueses (proprietários de terra ou das
máquinas)

Teoria
“O amor por princípio, formulada
a ordem por por
baseCharles Darwin, segundo
e o progresso por fim”a qual as
espécies se transformam ao longo do tempo, num processo de
Darwinismo adaptação constante aoAugusto Comte
meio ambiente.

Sistematizado por Auguste Comte, segundo o qual as sociedades


passam por três estágios:
Teológico (sobrenatural), metafísico (abstrato) e positivo
Positivismo (científico).
O estágio positivo poderia ser alcançado pelo método da
observação e da experimentação.
Valores Críticas às
instituições

Engajamento
Retrato fiel
político e
da sociedade
social

Novas Literatura
ideologias transforma a
realidade
Rejeição do idealismo romântico.

Pintor francês Gustave Courbert (Le Réalismo - 1855) -


campanha sinceridade na arte

A literatura realista
Gustave Courbet – Peneiradoras de trigo Gustave Courbet – A Tecelã Dormindo

Gustave Courbet –
Moças As Margens
Do Sena

Gustave Courbet – Os quebradores de pedras


BASTIEN-LEPAGE, Jules. Camponeses. 1877.
Hubert Von Herkomer, Em greve, 1891
Rejeição do idealismo romântico.

Pintor francês Gustave Courbert (Le Réalismo) -


campanha sinceridade na arte

Início em 1857, com o romance Madame Bovary, de Gustave


Flaubert.

A literatura realista
O método científico de experimentação e observação da
realidade visto como o único aceitável para a explicação do mundo.

Literatura como um instrumento de denúncia dos vícios e da


corrupção da sociedade burguesa.

Representação mais objetiva e fiel


da vida social.
Realismo
2ª metade séc. 19

Europa
 França – Madame Bovary - 1857 - (Gustavo Flaubert)

 Rússia - Crime e Castigo - 1866 - (Dostoiévski)

 Portugal – O Crime do Padre Amaro - 1875 - (Eça de Queirós)

Brasil
 Memórias Póstumas de Brás Cubas – 1881 - (Machado de Assis)
Ciclo Objetividad
Antirromântico Descrição
e

Razão, observação
e análise
Crítica política e
Retrato fiel das social
personagens
universalismo
Narrativa longa

verossimilhança
Análise psicológica
Eça de Queirós

Mais importante prosador realista de


Portugal.

O crime do padre Amaro (1875) O primo Basílio (1878)

As críticas focam no celibato religioso e na Critica a vida social portuguesa e a hipocrisia dos
hipocrisia social. valores burgueses.

Perseguições da igreja Católica Exploração da sexualidade; personagens marcados


pela baixeza de caráter; redução das personagens à

Padre não era culpado e sim um sujeito sem condição animal (cego domínio dos instintos);

escolha narrativa irônica; referências pouco lisonjeiras à


moral, aos costumes e à religião

Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal


Mapa 5
O Realismo no Brasil

O Brasil era essencialmente agrário, Expectativas ainda românticas


além de monarquista e escravocrata. do público leitor no Brasil.
Passa agora a ser uma sociedade
burguesa e urbana

Literatura como um instrumento de análise da realidade brasileira e


não apenas como diversão.

Capítulo 23 – O Realismo e o Naturalismo no Brasil


Mapa 1
Machado de Assis (1839-1908)
1ª Fase: Romântica
• Ressurreição (1872)
• A mão e a Luva (1874)
• Helena (1876)
• Iaiá Garcia (1878)
2ª Fase: Realista
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)
Quincas Borba (1891)
Dom Casmurro (1899)
Esaú e Jacó (1904)
Memorial de Aires (1908)
Machado de Assis

• Aprofundamento psicológico
• Análise do comportamento
• Metafísico
• Ruptura Linear
• Digressão
• Crítica
• ironia
Machado de Assis
(1839-1908)

Mais importante autor Realismo psicológico de


Escreveu poesias, crônicas, peças
do nosso Realismo. alcance universal e
de teatro e crítica literária, mas
atemporal.
destacou-se no romance e no
conto.

Capítulo 24 – Machado de Assis


Mapa 1
Machado de Assis

A A Igreja do
O Alienista
cartomante Diabo

O Missa do
Enfermeiro Galo
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881)

Narrador defunto.

Pessimismo radical.

Brás Cubas revela a hipocrisia das


relações humanas.

Metalinguagem: o narrador conversa com o leitor


sobre a própria obra.

Ordem da narrativa nem sempre é linear; ocorre conforme as


lembranças de Brás Cubas.
Capítulo 24 – Machado de Assis
Mapa 2
Dom Casmurro (1899)

Análise psicológica dos Criação de um clima de Um rico painel da


personagens. incerteza e ambiguidade. sociedade brasileira da
época.

Narrado pelo próprio personagem, que viveu


Relações de classe, os meios de
os fatos muito tempo antes. O tempo da
ascensão social e a influência da
narração é bem anterior ao tempo da
Igreja na vida cotidiana.
narrativa.

Capítulo 24 – Machado de Assis


Mapa 3
Realismo Romantismo
Objetivismo Subjetivismo
Descrições e adjetivação objetivas, tentando captar o real como Descrições e adjetivação idealizantes, tentando elevar o objeto
ele é descrito

Linguagem culta e direta Linguagem culta, em estilo metafórico e poético

Mulher não idealizada, mostrada com defeitos e qualidades Mulher idealizada, anjo de pureza e perfeição

Amor e outros sentimentos subordinados aos interesses sociais Amor sublime e puro, acima de qualquer interesse

Casamento como instituição falida; contrato de interesses e


Casamento como objetivo maior do relacionamento amoroso
conveniências

Herói problemático, cheio de fraquezas, manias e incertezas Herói íntegro, de caráter irrepreensível

Narrativa lenta, acompanhando o tempo psicológico Narrativa de ação e de aventura

Personagens trabalhadas psicologicamente Personagens planas, de pensamento e ações previsíveis


Universalismo. Individualismo, culto do eu
PRATICANDO... Gustave Courbet
– O Homem
Desesperado -
1843
(Autorretrato)
Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes as feições
defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que
Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro
adúltero […]. Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. O beijo
rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor
calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral
que foi longa, muito longa, deliciosamente longa.
ASSIS, M. A causa secreta, Disponível em: www.dominimopublico.gov.br
Acesso em: 9 out. 2015.

(ENEM/2017) No fragmento, o narrador adota um ponto de vista que acompanha a perspectiva de Fortunato. O
que singulariza esse procedimento narrativo é o registro do(a)

a) indignação face à suspeita do adultério da esposa.


b) tristeza compartilhada pela perda da mulher amada.
c) espanto diante da demonstração de afeto de Garcia.
d) prazer da personagem em relação ao sofrimento alheio.
e) superação do ciúme pela comoção decorrente da morte.
Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía um caráter ferozmente honrado. Eu mesmo
fui injusto com ele durante os anos que se seguiram ao inventário de meu pai. Reconheço que era um modelo. Arguíam-no de
avareza, e cuido que tinham razão; mas a avareza é apenas a exageração de uma virtude, e as virtudes devem ser como os
orçamentos: melhor é o saldo que o déficit. Como era muito seco de maneiras, tinha inimigos que chegavam a acusá-lo de
bárbaro. O único fato alegado neste particular era o de mandar com frequência escravos ao calabouço, donde eles desciam a
escorrer sangue; mas, além de que ele só mandava os perversos e os fujões, ocorre que, tendo longamente contrabandeado em
escravos, habituara-se de certo modo ao trato um pouco mais duro que esse gênero de negócio requeria, e não se pode
honestamente atribuir à índole original de um homem o que é puro efeito de relações sociais. A prova de que o Cotrim tinha
sentimentos pios encontrava-se no seu amor aos filhos, e na dor que padeceu quando morreu Sara, dali a alguns meses; prova
irrefutável, acho eu, e não única. Era tesoureiro de uma confraria, e irmão de várias irmandades, e até irmão remido de uma
destas, o que não se coaduna muito com a reputação da avareza; verdade é que o benefício não caíra no chão: a irmandade (de
que ele fora juiz) mandara-lhe tirar o retrato a óleo.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.

(ENEM/2014) Obra que inaugura o Realismo na literatura brasileira, Memórias póstumas de Brás Cubas condensa numa
expressividade que caracterizaria o estilo machadiano: a ironia. Descrevendo a moral de seu cunhado, Cotrim, o narrador-
personagem Brás Cubas refina a percepção irônica ao

a) acusar o cunhado de ser avarento para confessar-se injustiçado na divisão da herança paterna.
b) atribuir a “efeito de relações sociais” a naturalidade com que Cotrim prendia e torturava os escravos.
c) considerar os “sentimentos pios” demonstrados pelo personagem quando da perda da filha Sara.
d) menosprezar Cotrim por ser tesoureiro de uma confraria e membro remido de várias irmandades.
e) insinuar que o cunhado era um homem vaidoso e egocêntrico, contemplado com um retrato a óleo.
Capítulo III
Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, enquanto lhe deitava açúcar, ia disfarçadamente mirando  a bandeja, que era
de prata lavrada. Prata, ouro, eram os metais que amava de coração; não gostava de  bronze, mas o amigo Palha disse-lhe que
era matéria de preço, e assim se explica este par de figuras que esta aqui na sala: um Mefistófeles e um Fausto. Tivesse, porém,
de escolher, escolheria a bandeja – primor de argentaria, execução fina  e acabada. O criado esperava teso e sério. Era espanhol;
e não foi sem resistência  que Rubião o aceitou das mãos de Cristiano; por mais que lhe dissesse que estava acostumado aos
seus crioulos de Minas, e não queria línguas estrangeiras em casa, o amigo Palha insistiu, demonstrando-lhe a  necessidade de
ter criados brancos. Rubião cedeu com pena. O seu bom pajem, que ele queria pôr na sala, como um pedaço da província, nem
pôde deixar na cozinha, onde reinava um francês, Jean; foi degradado a outros serviços.
ASSIS, M. Quincas Borba. In: Obra completa. V.1. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993 (fragmento).

(ENEM/2010) Quincas Borba situa-se entre as obras-primas do autor e da literatura brasileira. No fragmento apresentado, a
peculiaridade do texto que garante a universalização de sua abordagem reside

a) no conflito entre o passado pobre e o presente rico, que simboliza o triunfo da aparência sobre a essência.
b) no sentimento de nostalgia do passado devido à substituição da mão de obra escrava pela dos imigrantes.
c) na referência a Fausto e Mefistófeles, que representam o desejo de eternização de Rubião.
d) na admiração dos metais por parte de Rubião, que metaforicamente representam a durabilidade dos bens produzidos pelo
trabalho.
e) na resistência de Rubião aos criados estrangeiros, que reproduz o sentimento de xenofobia.
A escola realista, que contou com nomes como Machado de Assis, Raul Pompéia
e Aluízio de Azevedo, teve como principais características:

a) Retorno aos ideais românticos defendidos pela literatura indianista de José de


Alencar;
b) Preocupação com a métrica e com a metalinguagem na arte literária;
c) Retratar a sociedade e suas mazelas, em uma linguagem irônica e impiedosa
sobre o homem e suas máscaras sociais;
d) Confronto direto com o ideário religioso, estabelecendo um paradoxo com a
literatura barroca;
e) Defesa da cultura popular brasileira, resgatando símbolos e arquétipos do
folclore nacional.
No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de
época: o romantismo.

“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa
raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do
tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas;
mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos
da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos
da criação.” ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.

A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na alternativa:
a) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...
b) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...
c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, ...
d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos ...
e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.
(PUC-SP 2007) Sobre o Realismo, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O Realismo e o Naturalismo têm as mesmas bases, embora sejam movimentos diferentes.


b) O Realismo surgiu como consequência do cientificismo do século XIX.
c) O Realismo surgiu na Europa, como reação ao Naturalismo.
d) Gustave Flaubert foi um dos precursores do Realismo. Escreveu Madame Bovary.
e) Emile Zola escreveu romances de tese e influenciou escritores brasileiros.
(UFCE) A ambiguidade do romance Dom casmurro manifesta-se, principalmente, através da:

I Escolha do Tema
II Seleção do Foco Narrativo
III Objetividade do Enredo
IV Delimitação do Espaço
V Perspectiva Temporal

a) I e II
b) IV e V
c) I e IV
d) II e V
e) I e III
Assinale a alternativa em que se encontram características da prosa do
Realismo:

a) Idealização do herói; amor visto como redenção; oposição aos valores sociais.
b) Casamento visto como arranjo de conveniência; descrição objetiva;
idealização da mulher.
c) Objetivismo; subordinação dos sentimentos a interesses sociais; críticas às
instituições decadentes da sociedade burguesa.
d) Linguagem metafórica; protagonista tratado como anti-herói;
sentimentalismo.
e) Espírito de aventura; narrativa lenta; impasse amoroso solucionado pelo final
feliz.
O Realismo, escola literária cujo principal representante brasileiro foi Machado de Assis, teve como característica principal a retratação da realidade
tal qual ela é, fugindo dos estereótipos e da visão romanceada que vigorava até aquele momento. Sobre o contexto histórico no qual o Realismo
situou-se, são corretas as proposições:

I- O Brasil vivia tempos de calmaria política e social, havia um clima de conformidade, configurando o contentamento da
colônia com sua metrópole, Portugal.
II- Em virtude das intensas transformações sociais e políticas, o Brasil foi retratado com fidedignidade, reagindo às propostas
românticas de idealização do homem e da sociedade.
III- O país vivia o declínio da produção açucareira e o deslocamento do eixo econômico para o Rio de Janeiro em razão do
crescimento do comércio cafeeiro.
IV- Teve grande influência das teorias positivistas originárias na França, onde também havia um movimento de intensa
observação da realidade e descontentamento com os rumos políticos e sociais do país.
V- Surgiu na segunda metade do século XX, quando no mundo eclodiam as teorias de expansões territoriais que culminaram
nas duas grandes guerras. O Realismo teve como propósito denunciar esse panorama de instabilidade mundial.

Estão corretas:
a) todas estão corretas. b) apenas II está correta.
c) I, II e III estão corretas. d) II, III e IV estão corretas.
e) I e V estão corretas.
O realismo, como escola literária, é caracterizado:

a) pelo exagero da imaginação;


b) pelo culto da forma;
c) pela preocupação com o futuro;
d) pelo subjetivismo;
e) pelo objetivismo.
O realismo foi um movimento de:

a) volta ao passado;
b) exacerbação ultrarromântica;
c) maior preocupação com a objetividade;
d) irracionalismo;
e) moralismo.
A respeito de Realismo, pode-se afirmar:

I   – Busca o perene humano no drama da existência .


II  – Defende a documentação de fatos e a impessoalidade do autor perante a
obra.
III – Estética literária restritamente brasileira; seu criador é Machado de Assis.

a) São corretas apenas II e III.


b) Apenas III é correta.
c) As três afirmações são corretas.
d) São corretas I e II.
e) As três informações são incorretas.
"Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria
em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar
pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que
eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi
outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que
também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: a diferença radical entre
este livro e o Pentateuco.“ (Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas).

(Fuvest) No fragmento, o autor afirma que:

a) vai começar suas memórias pela narração de seu nascimento.


b) vai adotar uma sequência narrativa invulgar.
c) que o levaram a escrever suas memórias foram duas considerações sobre a vida e a morte.
d) vai começar suas memórias pela narração de sua morte.
e) vai adotar a mesma sequência narrativa utilizada por Moisés.
Sobre a literatura realista, é incorreto afirmar:

a) Teve início na Europa com a publicação do romance Madame Bovary (1857), de Gustave


Flaubert, e do romance naturalista Thérèse Raquin (1867), de Émile Zola.
b) Em comum, Realismo e Naturalismo apresentam os seguintes aspectos: combate ao
Romantismo, o resgate do objetivismo na literatura e o gosto pelas descrições.
c) Entre as principais características do Realismo estão: personagens planas, de pensamentos
e ações previsíveis, individualismo, subjetivismo e linguagem culta permeada por metáforas.
d) Entre as principais características do Realismo estão: personagens trabalhadas
psicologicamente, universalismo, objetivismo, linguagem culta e direta.
Das características abaixo, assinale a que não pertence ao Realismo:

a) Preocupação critica.
b) Visão materialista da realidade.
c) Ênfase nos problemas morais e sociais.
d) Valorização da Igreja.
e) Determinismo na atuação das personagens.
Assinale a única alternativa incorreta:

a) O Realismo não tem nenhuma ligação com o Romantismo.


b) A atenção ao detalhe é característica do Realismo.
c) Pode-se dizer que alguns autores românticos já possuem certas características
realistas.
d) O cientificismo do século XIX forneceu a base da visão do mundo adotada, de
um modo geral, pelo Naturalismo.
e) O Realismo apresenta análise social.
No texto a seguir, Machado de Assis faz uma crítica ao Romantismo: Certo não lhe falta
imaginação; mas esta tem suas regras, o astro, leis, e se há casos em que eles rompem
as leis e as regras é porque as fazem novas, é porque se chama Shakespeare, Dante,
Goethe, Camões.

Com base nesse texto, notamos que o autor:

a) Preocupa-se com princípios estéticos e acredita que a criação literária deve decorrer
de uma elaborada produção dos autores.
b) Refuga o Romantismo, na medida em que os autores desse período reivindicaram
uma estética oposta à clássica.
c) Entende a arte como um conjunto de princípios estéticos consagrados, que não pode
ser manipulado por movimentos literários específicos.
d) Defende a ideia de que cada movimento literário deve ter um programa estético
rígido e inviolável.
e) Entende que Naturalismo e o Parnasianismo constituem soluções ideal para pôr
termo à falta de invenção dos românticos.
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista,
romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de
um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina
Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde
a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o
matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis.

(ENEM/2010) Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado


constitui-se de

a) fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor.
b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida
cotidiana.
c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como
tema seus principais feitos.
d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua
intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos.
e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da
narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva.

Você também pode gostar