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Colégio Justiniano de Serpa

Mini-curso: Literatura no ENEM 1


Professores:. Danilo Rodrigues e Ivanize Faustino
NATURALISMO
A partir da segunda metade do século XIX, a
sociedade brasileira sofreu grandes transformações. De
sociedade agrária, latifundiária, escravocrata e
aristocrática passou a ser uma civilização burguesa e
urbana.
A década de 80 corresponde ao período de
intensificação da campanha abolicionista que culminou
com a Lei Áurea de 1888; ao período da Guerra do
Paraguai e ao período da decadência da monarquia e
estabelecimento da República.
No ano de 1881, duas escolas literárias surgiram no
Brasil: o Realismo e o Naturalismo. Como já estudamos
período realista, nesta aula será dado destaque ao
Naturalismo.
No Brasil, a prosa naturalista foi influenciada por Eça
de Queirós com as obras O crime do padre Amaro e O
primo Basílio, publicadas na década de 1870. Aluísio de Os Escritores realistas propõem-se a fazer o
Azevedo com a obra O mulato, publicada em 1881, “romance de revolução”, pretendendo reformar a
marcou o início do Naturalismo brasileiro, a obra O sociedade por meio da literatura crítica. Preferem
cortiço, também de sua autoria, marcou essa tendência. trabalhar com um pequeno elenco de personagens e
O Naturalismo tentava explicar de forma materialista analisá-los psicologicamente. Esperavam que os leitores
ou científica os fenômenos da vida e do comportamento se identificassem com as personagens e as situações
humano [...] buscava as explicações dos fatos sociais e retratadas e, a partir de uma auto-análise, pudessem
pessoais, por meio do determinismo, das relações de transformar-se. Tratava-se, portanto, de um trabalho de
causa e efeito das ciências. Acreditava-se que os educação intelectual e moral, que pretendia converter-se
acontecimentos e atitudes eram decorrentes ou em transformação social.
condicionados pelo meio físico, pelas circunstâncias Já os naturalistas, comprometidos com a ótica
vividas ou pela etnia, segundo as ideias do filósofo cientificista da época, objetivavam desenvolver o
francês Hypolite Taine. “romance de tese”, no qual seria possível a demonstração
das diversas teorias científicas. Tinham uma perspectiva
Correntes filosófico-científicas do séc. XIX biológica do mundo, reduzindo, muitas vezes, o homem à
condição animal, colocando o instinto sobre a razão. Os
aspectos desagradáveis e repulsivos naturalistas
retratavam preferencialmente o coletivo, envolvendo as
personagens em espaços corrompidos social e/ou
moralmente, pois acreditavam que a concentração de
muitas pessoas num espaço desfavorável fazia aflorar os
desvios psicopatológicos – um alvo de interesse desses
escritores, o que denota uma visão determinista, em que
o meio e o contexto histórico têm influência.
In OLIVEIRA, Clenir Bellezi de. Arte Literária
Brasileira. São Paulo: Moderna, 2000. [p.170].

BIBLIOGRAFIA
MAIA, José Domingues. Português – Volume Único: série
novo ensino médio. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2003.
ALUÍSIO AZEVEDO (MA, 1857; MA, 1913) NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos
nossos dias. São Paulo: Scipione, 2003.
Cultivou alternadamente a literatura naturalista (O OLIVEIRA, Clenir Bellezi de. Arte Literária Brasileira. São
Mulato, O Cortiço; Casa de Pensão – Romances) e Paulo: Moderna, 2000.
melodramas românticos como resultado de suas
atividades como escritor profissional.
O melhor de sua obra – a fase naturalista – alcança
expressão na crítica social: anticlericalismo e vitória do
mal sobre o bem, luta contra o preconceito racial,
destaque à sexualidade. Explora, em geral, o drama dos
miseráveis. Há crítica social explícita, determinismo da
hereditariedade, do meio e do momento histórico.
Destacam-se, ainda, as personagens patológicas –
projeção de ambientes degradantes.
Diferenças entre Realismo e Naturalismo
Colégio Justiniano de Serpa (MINI-CURSO: Literatura no ENEM) 4

Análise de alguns trechos do romance “O Cortiço”

TRECHO 1

“Bertoleza representava agora ao lado de João


Romão o papel tríplice de caixeiro, de criada e de amante.
Mourejava a valer, mas de cara alegre; às quatro da
madrugada estava já na faina de todos os dias, aviando o
café para os fregueses e depois preparando o almoço
para os trabalhadores de uma pedreira que havia para
além de um grande capinzal aos fundos da venda.
Varria a casa, cozinhava, vendia ao balcão na
taverna, quando o amigo andava ocupado lá por fora;
fazia a sua quitanda durante o dia no intervalo de outros
serviços, e à noite passava-se para a porta da venda, e,
defronte de um fogareiro de barro, fritava fígado e frigia
sardinhas, que Romão ia pela manhã, em mangas de
camisa, de tamancos e sem meias, comprar à praia do
Peixe. E o demônio da mulher ainda encontrava tempo
para lavar e consertar, além da sua, a roupa do seu
homem, que esta, valha a verdade, não era tanta.”
O romance denuncia a exploração e as péssimas
condições de vida dos moradores das estalagens ou dos
cortiços cariocas do final do século XIX.
Abominadas pela classe alta e acusadas pelas TRECHO 2
autoridades sanitárias como focos de doenças e
epidemias, essas habitações coletivas (“viveiros de larvas “Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum
sensuais” e “brejo de lodo quente e fumegante”) crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e
engendravam e acolhiam o crescente proletariado urbano, fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara,
indispensável pelos serviços essenciais que prestavam à incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da
cidade, que se expandia econômica e demograficamente, altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As
porém sem oferecer condições dignas de moradia. mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas
Baseando-se na documentação-observação- para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos
experimentação, metodologia própria das ciências, braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o
Aluísio Azevedo, segundo relatos de contemporâneos, cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não
conheceu pessoalmente os cortiços, visitando-os e até se preocupavam em não molhar o pêlo, ao contrário
mesmo alugando um quarto num deles. A intenção era metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam
“estudar os mecanismos desta sociedade a fim de fazer com força as ventas e as barbas, fossando e fungando
vir à tona as leis que a regem”, superando assim o contra as palmas da mão. As portas das latrinas não
subjetivismo romântico e alcançando o máximo de descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um
verossimilhança. entrar e sair sem tréguas.
Influenciado pelas teorias deterministas da época, o Não se demoravam lá dentro e vinham ainda
autor escreveu um romance de tese, usando a obra de amarrando as calças ou as saias; as crianças não se
ficção como um laboratório para demonstrar que o ser davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo,
humano é fruto de sua constituição psicofisiológica e do no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no
ambiente onde vive. recanto das hortas.”
A força do meio, aliás, é considerada tão decisiva
que se pode dizer que o cortiço é o personagem principal TRECHO 3
da obra, conforme assinalou o crítico Antonio Candido: “O
romance é o nascimento, vida, paixão e morte de um Estela, como se o olhar do marido lhe apalpasse o
cortiço”. corpo, torceu-se sobre o quadril da esquerda, repuxando
Uma ampla galeria de personagens desfila pelas com as coxas o lençol para a frente e patenteando uma
páginas do romance: lavadeiras, operários, mascates, nesga de nudez estofada e branca. O Miranda não pôde
prostitutas. Em todos eles o cortiço deixa sua marca. É o resistir, atirou-se contra ela, que, num pequeno
caso, por exemplo, do imigrante português Jerônimo, que, sobressalto, mais de surpresa que de revolta, desviou-se,
arrebatado pela atração sensual que sente por Rita tornando logo e enfrentando com o marido. E deixou-se
Baiana, abandona a família e a vida regrada que levava. empolgar pelos rins, de olhos fechados, fingindo que
Ambientado na década de 1870, o livro constitui um continuava a dormir, sem a menor consciência de tudo
bom retrato da época e é o primeiro romance de massa aquilo.
da nossa literatura e o ponto mais alto da prosa [...]
naturalista. Consumado o delito, o honrado negociante
sentiu-se tolhido de vergonha e arrependimento. Não teve
animo de dar palavra, e retirou-se tristonho e murcho para
o seu quarto de desquitado.
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cravados no ar, a boca muito aberta, porque já lhe ia


faltando o fôlego.
Não tossia; apenas, de quando em quando, o
EXERCÍCIOS esforço convulsivo para atravessar os pulmões desfeitos
Questão 01 sacudia- lhe todo o corpo e arrancava-lhe da garganta
(UNIFEI-SP) Leia atentamente: uma ronqueira lúgubre, que lembrava o arrular ominoso
I. "A segunda Revolução Industrial, o cientificismo, o dos pombos."
progresso tecnológico, o socialismo utópico, a filosofia
positivista de Augusto Comte, o evolucionismo formam o Das características a seguir, pertencentes ao Realismo-
contexto sócio-político-econômico-filosófico-científico em Naturalismo, apenas uma não aparece no excerto
que se desenvolveu a estética realista". anterior. Assinale-a.
II. "O escritor realista acerca-se dos objetos e das a) Animalização do homem.
pessoas de um modo pessoal, apoiando-se na intuição e b) Visão determinista e mecanicista do homem.
nos sentimentos". c) Patologismo.
III. "Os maiores representantes da estética realista- d) Veracidade.
naturalista no Brasil foram: Machado de Assis, Aluísio de e) Retrato da realidade cotidiana.
Azevedo e Raul Pompéia".
IV. "Podemos citar como características da estética Questão 04
realista: o individualismo, a linguagem erudita e a visão (UEL-PR) Na obra-prima que é o romance O cortiço:
fantasiosa da sociedade". a) Podemos surpreender as características básicas da
Verificamos que em relação ao Realismo-Naturalismo prosa romântica: narrativa passional, tipos humanos
está (estão) correta(s): idealizados, disputa entre o interesse material e os
a) Apenas a I e II. sentimentos mais nobres.
b) Apenas a I e III. b) As personagens são apresentadas sob o ponto de vista
c) Apenas a II e IV. psicológico, desnudando-se ante os olhos do leitor graças
d) Apenas a II e III. à delicada sutileza com que o autor as analisa e
e) Apenas a III e IV. expressa.
c) O leitor é transportado ao doloroso universo dos
Questão 02 miseráveis e oprimidos migrantes que, tangidos pela
(MACKENZIE) Vários autores afirmam que a diferença seca, abrigam-se em acomodações coletivas, à espera de
entre Realismo e Naturalismo é muito sutil. Um dos uma oportunidade.
trechos a seguir é claramente naturalista. Assinale a d) Vemos renascer, na década de 30 do nosso século,
alternativa em que ele aparece. uma prosa viril, de cunho regionalista, atenta às nossas
a) "Desesperado, deixou o cravo, pegou do papel escrito mazelas sociais e capaz de objetivar em estilo seco parte
e rasgou-o. Nesse momento, a moça, embebida no olhar de nossa dura realidade.
do marido, começou a cantarolar à toa, e) Consagra-se entre nós a prosa naturalista, marcada
inconscientemente, uma cousa nunca antes cantada nem pela associação direta entre meio e personagens e pelo
sabida..." estilo agressivo que está a serviço das teses
b) "Enfim chegou a hora da encomendação e da partida. deterministas da época.
Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero
daquele lance consternou a todos." Questão 05
c) "Entretanto, das portas surgiam cabeças (UEL-PR) Por força das teses deterministas que abraça
congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, em sua ficção, Aluísio Azevedo:
fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso a) Subordina as marcas subjetivas de suas personagens
por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro às influências diretas do meio e da raça a que pertencem.
do café aquecia, suplantando todos os outros [...]" b) Revela-se um autor otimista quanto à possibilidade de
d) "Foi por esse tempo que eu me reconciliei outra vez os miseráveis reverterem historicamente sua situação.
com o Cotrim, sem chegar a saber a causa do c) Acredita que a cultura popular, por ser mais
dissentimento. Reconciliação oportuna, porque a solidão espontânea e criativa, superará os modelos da cultura
pesava-me, e a vida era para mim a pior das fadigas, que letrada.
é a fadiga sem trabalho." d) Faz com que as personagens triunfantes sejam
e) "E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu aquelas cujas virtudes morais se imponham sobre o poder
rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria econômico.
monótono, tudo rindo, cansativo; mas uma boa e) É um autor pessimista, pois está convicto de que os
distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas, bons instintos naturais são abafados na vida aristocrática.
acaba por trazer à alma do mundo a variedade
necessária, e faz-se o equilíbrio da vida." Questão 06
(PUC-RS) Sobre O Cortiço, obra de Aluísio Azevedo,
Questão 03 autor contemporâneo de Machado de Assis, é correto
(ITA-SP) Assinale a opção cuja característica, afirmar:
pertencente ao Realismo-Naturalismo, não aparece no a) As personagens representam seres humanos em
excerto. busca da harmonia espiritual.
"O tísico do número 7 há dias esperava o seu b) A linearidade da narrativa define seu caráter inovador.
momento de morrer, estendido na cama, os olhos c) A descrição impressionista do espaço associa-se à
representação das personagens.
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d) O determinismo do meio constitui-se na tese e) Linguagem elaborada: diferentemente dos realistas,


predominante do autor. que se valem de períodos mais curtos, de compreensão
e) A reflexão acerca da psique humana aparece de forma imediata, os escritores naturalistas adotam uma
subliminar. linguagem mais elaborada, condizente com os ideais
Questão 07 cientificistas da época.
(Unifap) A respeito do período realista-naturalista, pode- REVISÃO DAS ESCOLAS LITERÁRIAS
se dizer que: DO SÉCLO XIX
a) A noite e a solidão são elementos que norteiam a
evasão da alma, ou seja, propiciam o distanciamento do  ROMANTISMO
mundo real.
b) As idéias de cunho materialista estão ligadas Gerações poéticas distintas – cada uma delas
intimamente a esse período literário, contribuindo para o possui temáticas variadas:
homem voltar-se para o não-eu.
 1ª geração ou geração indianista
c) A realidade exterior é sugerida vagamente, através de
(Gonçalves Dias)
uma linguagem simbólica com termos
 2ª geração ou geração ultrarromântica
predominantemente abstratos.
(Álvares de Azevedo)
d) A produção literária desse movimento literário se
alimenta do bucolismo greco-latino; do cromatismo  3ª geração ou geração condoreira
vocabular e do conflito. (Castro Alves)
e) A temática explorada durante esse estilo de época é
marcada pela intensa valorização das classes burguesa e Prosa romântica – José de Alencar foi o maior
clerical. romancista romântico, suas obras são classificadas
Questão 08 através de quatro tendências (indianista, regionalista,
Leia o trecho a seguir, retirado do romance O cortiço, de urbana e histórica)
Aluísio Azevedo:
(...) Algumas lavadeiras enchiam já suas tinas; Características
outras estendiam nos coradouros a roupa que ficara de  Sentimentalismo e individualismo;
molho. Principiava o trabalho. Rompiam das gargantas os  Escapismo e pessimismo;
fados portugueses e as modinhas brasileiras. Um  Literatura de caráter nacional e regional;
carroção de lixo entrou com grande barulho de rodas nas  A idealização do amor, do casamento e da
pedras, seguido de uma algazarra medonha algaraviada mulher;
pelo carroceiro contra o burro.
E, durante muito tempo, fez-se um vaivém de  REALISMO
mercadores. Apareceram os tabuleiros de carne fresca e
outros de tripas e fatos de boi; só não vinham hortaliças, Machado de Assis – certamente o grande nome da
porque havia muitas hortas no cortiço. Vieram os ruidosos Literatura Brasileira. Seus romances são classificados
mascates, com as suas latas de quinquilharia (...). Cada em duas fases: romântica e realista. No caso do
vendedor tinha o seu modo especial de apregoar, Realismo, Machado explora temas como o adultério, o
destacando-se o homem das sardinhas, com as cestas do jogo de interesses, a loucura e o pessimismo humano,
peixe dependuradas, à moda de balança, de um pau que além de traçar um perfil feminino completamente
ele trazia ao ombro. Nada mais foi preciso do que o seu diferente dos românticos.
primeiro guincho estridente e gutural para surgirem logo,
como por encanto, uma enorme variedade de gatos, que Características
vieram correndo acercar-se dele com grande  Racionalismo, linguagem objetiva;
familiaridade, roçando-se-lhe nas pernas arregaçadas e  Análise psicológica dos personagens;
miando suplicantemente.  Crítica à sociedade burguesa e ao idealismo
romântico;
Assinale a alternativa que se refere a uma característica
tipicamente naturalista presente no texto.  NATURALISMO
a) Descrição: ao realizá-la, o narrador recorre a
sensações auditivas, causando, no leitor, a impressão de Aluísio Azevedo – maior nome do Naturalismo
estar ouvindo o grande zunzum que é o amanhecer no brasileiro, seus romances (O Mulato e O Cortiço)
cortiço. exploram o determinismo nos destinos e ações dos
b) Narrador de primeira pessoa: escolha que reforça a personagens, os temas de suas obras são
verossimilhança dos fatos narrados. polêmicos e nela, a análise psicológica e moral dos
c) Cenário natural: utilizado pelos adeptos da escola personagens são relevantes.
naturalista como forma de equilibrar o progresso
tecnológico, em voga naquele tempo, e a necessidade de Características
preservação da natureza.  Cientificismo e determinismo;
d) Subjetividade: embora os fatos e as coisas não sejam  Análise do ambiente da obra. Preferência por
retratados na ficção naturalista de modo idealizado, como ambientes coletivos e corrompidos moralmente;
ocorre nos textos tipicamente românticos, a narração é  Exploração de Patologias sociais;
feita do ponto de vista do narrador, portanto, de um ponto
de vista subjetivo.

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