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1 ARTE RUPESTRE
Arte rupestre, desenho, pintura ou trabalho semelhante em pedra,
geralmente da era antiga ou pré-histórica, embora continuasse a ser
praticada em algumas áreas da África durante o século XIX e possivelmente
mais tarde, inclui pictogramas (desenhos ou pinturas), petroglifos (entalhes
ou inscrições), gravuras (motivos incisos), petroformas (rochas dispostas em
padrões) e geoglifos (desenhos no solo).
Os antigos animais, ferramentas e atividades humanas retratadas
muitas vezes ajudam a esclarecer a vida cotidiana no passado distante,
embora as imagens sejam frequentemente simbólicas e não representativas
(ALCÂNTARA, 2015).
Um único sitio tem arte que data de vários séculos diferentes, a arte
rupestre pode ter desempenhado um papel na religião pré-histórica,
possivelmente em conexão com mitos antigos ou atividades de xamãs, sítios
importantes estão localizados na Europa, Ásia, África, Austrália e América
do Norte e do Sul (ALCÂNTARA, 2015).
1.5 As tradições
Valentin Rafael Simon Joaquim Calderón de La Vara, foi um
idealizador do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal
da Bahia (MAE/UFBA), sua contribuição arqueológica foi de suma
importância e de grande referência bibliográfica e documental para o acervo
nacional, já que suas obras ultrapassam os mais de 500 livros de sua
autoria.
Espanhol radicado na Bahia durante os anos de 1950, professor
Valentin Calderón sintetizou suas pesquisas sobre a editorial Nota Prévia
sobre três fases da arte rupestre no Brasil, onde cunhou o termo “ tradição”
pela primeira vez à arte rupestre com o intuito de fazer distinção entre
hominídeos, a pintura e a regionalidade (CALDERÓN, 1983).
Em análise às figuras pictóricas, o professor trabalhou duas tradições
e suas conjuntas fases, a realista e a simbolista, esta se preocupa com as
representações verossímeis da figura do homem pré- histórico, animais e
vegetação, enquanto que aquela cuidou de abordar a geometria primitiva, os
seus contornos e traços retratando significados e expressões cotidianas,
enumerando- as depois de acordo com cada achado e região do Brasil
(CALDERÓN, 1983).
Os temas retratados nas gravuras e pinturas rupestres geralmente
estão ligados ao cotidiano, como caça, fertilidade, objetos domésticos ou de
trabalho, acredita-se que muitas cenas tinham carácter mágico- religioso,
como uma preparação para o que ainda seria vivido, como uma situação de
caça por exemplo.
As pinturas rupestres podem ser feitos com os dedos ou com a ajuda
de utensílios; as cores, obtidas do carvão (preta), do óxido de ferro
(vermelha e amarela) e, às vezes, com cera de abelha, as substâncias
líquidas, como água, clara de ovo, sangue, são empregadas nas pinturas, as
diferentes técnicas e cores (muitas vezes superpostas) são atribuídos
sentidos variados.
No Brasil existem três estilos predominantes na arte rupestre, os
traços geométricos pertencem à tradição agreste, as figuras humanas são a
marca da tradição do Nordeste, já as gravuras na pedra formam a tradição
Itacotiara. (PROUS, 1992).
A arte rupestre pode ser dividida em dois tipos: pintura rupestre e
gravura rupestre, a pintura rupestre é composta por pinturas feitas com
pigmentos nas paredes e em outros espaços, a gravura rupestre são
imagens feitas com incisões na própria pedra, a arte rupestre por ser vista
em diversos países do mundo (CALDERÓN, 1983).
REFERÊNCIAS