O documento descreve as três gerações do Romantismo no Brasil, destacando suas principais características e autores. A primeira geração (1836-1852) focou no nacionalismo e no indianismo. A segunda (1853-1869) enfatizou temas como morte e amor não correspondido. A terceira (1870-1880) valorizou a liberdade e o abolicionismo.
O documento descreve as três gerações do Romantismo no Brasil, destacando suas principais características e autores. A primeira geração (1836-1852) focou no nacionalismo e no indianismo. A segunda (1853-1869) enfatizou temas como morte e amor não correspondido. A terceira (1870-1880) valorizou a liberdade e o abolicionismo.
O documento descreve as três gerações do Romantismo no Brasil, destacando suas principais características e autores. A primeira geração (1836-1852) focou no nacionalismo e no indianismo. A segunda (1853-1869) enfatizou temas como morte e amor não correspondido. A terceira (1870-1880) valorizou a liberdade e o abolicionismo.
No Brasil, o movimento romântico surge em meados do século XIX. Após a independência do
país, a população sentiu a necessidade de se afastar dos moldes europeus buscando uma arte realmente brasileira. Por esse motivo, esse período, que durou até fins do século XIX, focou nos temas nacionais, desde o povo, a linguagem, as regiões do país, dentre outros. A despeito de possuir características semelhantes dessa fase, o romantismo é dividido em três fases. A primeira geração romântica (1836 a 1852) está pautada no nacionalismo-indianismo, visto como a fase inicial para a busca de uma identidade nacional. A segunda geração romântica (1853 a 1869), denominada de “mal do século” ou “ultrarromântica”, destacou-se pela abordagem de temas como a morte, a dor, o amor não correspondido. A terceira geração romântica, chamada de “geração condoreira” (1870 a 1880), ressalta a importância da liberdade. Características da 1º Geração Exaltação da natureza e da liberdade: Os românticos utilizavam a exaltação da natureza e da liberdade como um mecanismo para fugir da realidade, objetivo alcançado quando o escritor voltava-se para paisagens novas, como a selva brasileira. Esse novo espaço possibilitou a criação de uma poesia voltada para o índio e para a natureza brasileira, poesia expressa em uma linguagem simples e acessível, cujo principal representante foi Gonçalves Dias. Indianismo: O índio foi escolhido como um dos símbolos da nacionalidade brasileira. O negro, vindo de outro continente, não podia ser considerado como um típico brasileiro, tampouco o homem branco, identificado como o colonizador português. A figura do homem nativo substituiu o herói medieval europeu em nossa literatura: o índio era visto como o “bom selvagem”, cujo comportamento era idealizado. Nacionalismo ufanista: O nacionalismo é um dos traços essenciais da primeira geração do Romantismo brasileiro. Essa característica abriu um variado leque temático, entre eles o regionalismo, além de propiciar a pesquisa histórica, folclórica e linguística e o debate acerca dos problemas nacionais, posturas que evidenciavam o comprometimento dos escritores com o projeto de construção de uma identidade nacional em nossa literatura. Sentimentalismo, emoções , Religiosidade e o Brasileirismo (linguagem). Principais autores da 1 Geração
Domingo José Gonçalves de Magalhães (1811-1882) , considerado o fundador do Romantismo
Brasileiro, Gonçalves de Magalhães nasceu no Rio de Janeiro. Foi poeta, professor, ensaísta, diplomata, político e médico brasileiro. Personagem brasileiro multifacetado recebeu o título de "Visconde Araguaia" no ano de 1874. Algumas de suas obras: Suspiros Poéticos e Saudades (1836), O poeta e a Inquisição (1839), A Confederação dos Tamoios (1857), Os indígenas do Brasil perante a História (1860). Antônio Gonçalves dias (1823-1864) , Gonçalves Dias foi um poeta, jornalista, professor, etnógrafo, advogado e teatrólogo maranhense. Talvez um dos mais representativos poetas da primeira fase romântica no Brasil. Algumas obras: Canção do Exílio (1846), I-Juca-Pirama (1851), Os Timbiras (1857). Manuel José de Araújo Porto Alegre (1806-1879) , José de Araújo foi escritor, jornalista, pintor, caricaturista, arquiteto, crítico, historiador, professor, diplomata e político brasileiro. Considerado o fundador das revistas: “Guanabara” e “Lanterna Mágica”. Suas principais obras: A destruição das florestas (1846), Brasilianas (1863) e Colombo (1866). Joaquim Manuel de Macedo ( 1820-1882 ) , Escritor e médico brasileiro, Joaquim Manuel de Macedo, destaca-se por sua prosa. Sua obra intitulada “A moreninha ”, publicada em 1844, é considerada o primeiro romance brasileiro. Outras obras que se destacam: O Moço Loiro (1845), A Luneta Mágica (1869), As Vítimas-Algozes (1869). José Martiniano de Alencar (1829-1877) , José de Alencar foi cronista, romancista, jornalista, crítico, político, advogado e dramaturgo brasileiro. É conhecido por seus romances regionalistas, históricos e indianistas, dos quais se destacam: Cinco Minutos (1856), O guarani (1857), A Viuvinha (1857), Iracema (1865), Ubirajara (1874), O Sertanejo (1875). Características da 2º Geração A segunda geração romântica no Brasil é o período que corresponde de 1853 a 1869. Denominada “Ultrarromântica” ou a Geração “Mal do Século” os principais temas dessa fase são: morte, amor não correspondido, tédio, insatisfação, pessimismo. No Brasil, tem como marco inicial a publicação da obra Poesia (1853), de Álvares de Azevedo (1831-1852). Nessa fase, a literatura sofreu forte influência do poeta britânico George Gordon Byron (1788-1824). Isso porque os escritores absorvem um estilo de vida boêmio e noturno, além do pessimismo romântico presente na literatura de Byron. Por isso, essa geração ficou conhecida também por “Geração Byroniana”. Dentre outras características temos : Egocentrismo: Nas obras ultrarromânticas, é notável um claro enfoque no sujeito em detrimento do mundo. Em muitas obras, inclusive, o espaço externo ao “eu” é apenas cenário para a existência da personagem. Em geral, questões de ordem social – tensões do mundo lá fora – não costumam ser abordadas pelos escritores dessa geração. Sentimentalismo exagerado: A idealização amorosa e a projeção de uma mulher perfeita são comuns nas obras da segunda geração romântica. O amor e a amada são quase sempre utopias inatingíveis e, por isso, as personagens e os sujeitos líricos sofrem demasiadamente. Forte tom depressivo: A depressão – ou “mal do século”, como era chamada – era claramente perceptível no discurso presente nas prosas e poemas ultrarromânticos. Obs : Utopia é a ideia de civilização ideal, fantástica, imaginária. É um sistema ou plano que parece irrealizável, é uma fantasia, um devaneio, uma ilusão, um sonho. Do grego “ou+topos” que significa “lugar que não existe”. Tendência a fugas da realidade: Diante de um presente desastroso, marcado pela solidão e pela desilusão amorosa, as personagens e sujeitos líricos da segunda geração romântica apresentavam discursos em que exaltavam o desejo de fugir da realidade. Essa fuga mostrava-se de diversas formas, como mediante o desejo de morrer, por meio da exaltação da boemia desregrada, ou ainda fugindo para a infância. Gosto pelo delírio e pelo macabro: A tematização do grotesco, do macabro e de situações de delírio são comuns em narrativas ultrarromânticas. Ironia romântica: Trata-se de um conceito utilizado para definir um certo comportamento comum entre os autores da segunda geração romântica. Tal comportamento resume-se em apresentar um alto grau de criticidade em relação às próprias produções ultrarromânticas. Pessimismo: Um dos traços mais marcantes das obras românticas é o pessimismo. A insatisfação com a realidade e o tédio pela vida supervalorizaram aspectos como a morte e a tristeza. Principais autores
Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852) , Álvares de Azevedo foi escritor
contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro. Destacam-se as obras publicadas postumamente: Três Liras (1853) e Noite na Taverna (1855). Casimiro José Marques de Abreu (1837-1860) , Casimiro de Abreu foi poeta brasileiro, autor do célebre poema "Meus Oito Anos" (1857). Ademais, podemos destacar as obras: As Primaveras (1859), Saudades (1856) e Suspiros (1856). Luís Nicolau Fagundes Varella (1841-1875) , Poeta brasileiro e patrono na Academia Brasileira de Letras, Fagundes Varela foi um importante escritor da literatura romântica brasileira. Mesmo sendo considerado byroniano já apresentava em sua obra, características da terceira geração romântica. De sua obra podemos citar: Vozes da América (1864), Noturnas (1860). Luís José Junqueira Freire (1832-1855) , Junqueira Freire foi um monge, sacerdote e poeta brasileiro. Com uma obra, muitas vezes considerada conservadora, abordou temas como: horror, desejo reprimido, sentimento de pecado, revolta, remorso e obsessão de morte. Podemos citar: Inspirações do Claustro (1855). Características da 3ºgeração A Terceira Geração Romântica no Brasil é o período que corresponde de 1870 a 1880. Conhecida como "Geração Condoreira", uma vez que esteve marcada pela liberdade e uma visão mais ampla, características da ave que habita a Cordilheira dos Andes: Condor . Nesse período, a literatura sofre forte influência do escritor francês Victor-Marie Hugo (1802-1885) recebendo o nome de "Geração Hugoana". Importante notar que nessa fase, a busca pela identidade nacional ainda continua, não só focada nas etnias europeia e indígena, mas também na identidade negra do país. Por esse motivo, o tema do abolicionismo foi bastante explorado pelos escritores, com destaque para Castro Alves, que ficou conhecido como o "poeta dos escravos“. Erotismo: Em que há sensualidade; excitação física ou sexual. Estado do que é sensual; característica daquilo que é erótico. Inclinação ou tendência para se excitar com facilidade; capacidade de sentir excitação sexual com mais regularidade do que a maioria das pessoas. Pecado: Ato de pecar , para descrever qualquer desobediência à vontade de Deus. Liberdade: Por conseguir voar muito alto e, por isso, ter uma visão mais ampla, os românticos identificaram-se com a liberdade do animal e inspiraram-se para dar voo à imaginação em busca da liberdade, ou seja, representava a visão dos poetas sobre si mesmos enquanto possuidores de anseios elevados. Abolicionista: foi um movimento contra as estruturas de escravidão. Surgido na Europa, no final do Século XVIII, ganhou força durante a Revolução Francesa. Trataremos também aqui do surgimento do movimento abolicionista brasileiro e de sua influência para o fim na escravidão no Brasil. Realidade social: pode-se dizer que a realidade social é uma construção simbólica desenvolvida por uma sociedade determinada. O que boa parte das pessoas entende por realidade social são as condições de vida a quem um grupo de pessoas ou um sociedade estão sujeitos. Negação do amor platônico: Amor platônico também pode ser um amor impossível, difícil ou que não é correspondido. Muitas vezes, uma pessoa tem um amor ou paixão platônica e nunca tenta sair dessa fase por medo de se machucar ou de verificar que as suas fantasias e expectativas não correspondem à realidade. Principais autores da 3º Geração
Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871) , Escritor baiano de maior destaque da
terceira geração romântica, Castro Alves, chamado de "Poeta dos Escravos” apresenta uma poesia dividida em duas temáticas: a poesia social e a poesia lírico-amorosa. Dentre elas podemos destacar: O Navio Negreiro (1869), Espumas Flutuantes (1870), A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), Os Escravos (1883). Joaquim de Sousa Andrade (1833-1902) , Mais conhecido por Sousândrade, Joaquim de Sousa Andrade foi um escritor e poeta maranhense muito influente da literatura brasileira. Em 1857, publicou seu primeiro livro de poesia “Harpas Selvagens”(1857). Sua obra mais destacada é o poema narrativo: O Guesa (1871) baseado na lenda indígena Guesa Errante. Tobias Barreto de Meneses (1839-1889) , Tobias Barreto foi poeta, filósofo e crítico brasileiro, notável pelos seus poemas românticos com grande influência do escritor Victor- Marie Hugo (1802-1885). Suas obras: Glosa (1864), Amar (1866), O Gênio da Humanidade (1866), A Escravidão (1868). Domingos José Gonçalves de Magalhães.