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Resumo Literatura

A produção literária brasileira do Romantismo é dividida em três gerações. A primeira


geração é denominada nacionalista ou indianista. A segunda geração romântica foi
batizada de "geração do mal-do-século" e a terceira de "geração condoreira".
Primeira Geração:
Também chamada de geração nacionalista ou indianista, foi marcada pela exaltação à
natureza, volta ao passado histórico, medievalismo, criação do herói nacional na figura
do índio. Essa alusão ao indígena deu origem ao nome dessa fase da literatura
brasileira. O sentimento e a religiosidade também são características marcantes da
produção literária dos autores da primeira geração.
Entre os principais poetas podemos destacar:

 Gonçalves Dias: O autor Gonçalves Dias (1823-1864) é considerado o


responsável pela consolidação do Romantismo no Brasil.
 Gonçalves de Magalhães e
 Araújo Porto Alegre.
Segunda Geração:
É a geração do mal-do-século, que foi intensamente influenciada pela poesia de Lord
Byron e Musset. Por esse motivo, é também chamada de "geração byroniana". As
obras dessa fase da literatura são impregnadas de egocentrismo, negativismo boêmio,
pessimismo, dúvida, desilusão adolescente e tédio constante. São essas as
características do ultra-romantismo, o verdadeiro mal-do-século. O tema preferido é a
fuga da realidade, que se manifesta na idealização da infância, nas virgens sonhadas
e na exaltação da morte.
Os principais poetas dessa geração foram:

 Álvares de Azevedo,
 Casimiro de Abreu,
 Junqueira Freire
 Fagundes Varela
Alvares de Azevedo: A poesia de Álvares de Azevedo (1831-1853) é marcada pelas
falas de amor, de morte, de donzelas ingênuas, da virgem sonhadora, filhas do céu,
mulheres misteriosas em seus sonhos de adolescentes. São comuns as frustrações, o
sofrimento, a dor e morte
Terceira Geração:
A Geração Condoreira foi caracterizada pela poesia social e libertária. Nela estão
refletidas as lutas internas da segunda metade do reinado de Dom Pedro II. Essa
geração sofreu intensamente a influência das ideias de Victor Hugo, de sua poesia
político-social. Em consequência dessa ligação, essa fase da literatura também é
chamada de "geração hugoana". O termo condoreirismo é consequência do símbolo
de liberdade adotado pelos jovens românticos: o condor, águia que habita o alto da
cordilheira dos Andes.
Seus principais representantes foram:

 Castro Alves.
 Sousândrade.
Castro Alves: Castro Alves (1847-1871) amplia o universo antes intimista e trata,
além do amor, da mulher, do sonho, a coletividade, o abolicionismo e as lutas de
classe.
I. Castro alvez foi o primeiro grande poeta social brasileiro, conciliando ideias de
reforma social com aspectos específicos da poesia.
II. Retratou o lado feio e esquecido pelos primeiros românticos: a escravidão dos
negros, a opressão e a ignorância do povo brasileiro.
Romance Indianista:
O indígena, nessa nova perspectiva de valorização, figura como herói, legítimo
representante do povo brasileiro, encarnação da teoria do bom selvagem, concebida
pelo filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau, segundo a qual o homem natural era puro
e não contaminado pela vida civilizada.
José de Alencar: José de Alencar nasceu no Ceará, em 1829. Formado em Direito,
trabalhou como advogado e jornalista e foi deputado e ministro. Paralelamente, sob
pseudônimos, escreveu romances, crônicas, ensaios e peças de teatro. Tornou-se o
escritor de maior destaque do romantismo brasileiro, produzindo romances indianistas,
históricos, regionalistas e urbanos. Morreu de tuberculose, aos 48 anos, no Rio de
Janeiro. Alencar, apesar de todo o idealismo romântico, conseguiu, nas obras Lucíola
e Senhora, captar e denunciar certos aspectos profundos, recalcados, da realidade
social e individual, em que podemos detectar um pré-realismo ainda inseguro.
José de Alencar foi o principal romancista brasileiro da fase romântica;
Na Literatura, escreveu romances indianistas, históricos, urbanos e regionalistas;
Seu projeto literário estava voltado para a construção da cultura brasileira, no qual o
romance indianista ganhou papel de destaque;
 Romance urbano: cotidiano da burguesia (Lucióla)
 Romance indianista: construção da nacionalidade brasileira (Ubirajara)
 Roamnce Regionalista: hábitos e costumes do homem do sertão (Til)

As obras de cunho indianista de Jose de Alencar são:

 O Guarani (1857).
 Iracema (1865).
 Ubirajara (1874).
Dando destaca a obra Iracema.
Iracema: Essa obra descreve a chegada do colonizador ao Brasil, e também
demonstra o contato entre eles e os indígenas, através desse contato o colonizador
“Martim”, se apaixona pela indígena “Iracema”. Ela é a virgem dos lábios de mel, que
vive em comunhão perfeita com a natureza, e filha de Araquém, o pajé tabajara. É
também guardiã do segredo de jurema. “Martim”, o colonizador com quem se
encontra, é um nome que evoca Marte, o deus da guerra, que, por onde passa, leva
destruição. Certo dia, quando se banhava na floresta em companhia da ave ará,
Iracema se depara com um guerreiro branco, Martim, que se perdera dos amigos
potiguaras com quem caçava. Ela o fere no rosto com uma flecha, mas ele não revida,
age com cortesia. A partir disso, tem início a história de amor e desamor entre os dois,
onde Iracema também se apaixona e revela o “segredo de Jurema”.

O Guarani: É retratado a convivência do indígena com o homem branco. No romance,


Sr. Antônio de Mariz, um abastado fidalgo português, é casado com D. Lauriana, com
quem tem dois filhos: Diogo e Cecília, a heroína do romance. Cecília é a encarnação
da beleza europeia: loira, de olhos claros, espirituosa e casta. No entorno de Cecília,
estão três amores: Loredano, capataz da fazenda que vive à espreita de uma
oportunidade para desbancar o senhor da terra e possuir Cecília; Álvaro, amigo da
família, um rapaz cortês e respeitoso que chega à propriedade como pretendente da
moça; e Peri, o indígena herói, que é passivo e submisso e tudo faz para proteger
Ceci.
Ubirajara: É um recorte do período brasileiro pré-colombiano, no qual os indígenas
não tinham qualquer contato com o homem branco. No romance, Jaguarê é um jovem
araguaia que adentra a selva em busca de um combate para tornar-se guerreiro.
Entretanto, em vez de um opositor, ele encontra Araci, uma bela índia tocantim por
quem se encanta. A moça lhe diz que, em sua taba, cem guerreiros disputam a sua
mão, e Jaguarê resolve se unir a eles nessa disputa. No caminho, ele batalha com
Ponjucã e o vence, aprisionando-o com sua lança. Por isso, ele recebe o título de
“Ubirajara, o senhor da lança”, chefe dos araguaias.

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