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Romantismo I

CONTEXTO HISTÓRICO – século XIX


➜ Revolução Industrial (1760) – (estímulo a ideais libertadores e a um tom mais
utópico);
➜ PÓS - Revolução Francesa (1789);
➜ superação do Antigo Regime → ascensão burguesa (consolidação da
burguesia como classe dominante, dotada de um modo diferente de encarar o
mundo, marcou a necessidade de uma cultura que expressasse e traduzisse essa
visão de mundo);
➜ Pós Independência do Brasil;
➜ chegada da família real;
➜ período de agitação e expectativas;
➜Romantismo Brasileiro se dá entre 1836 e 1881, com a chegada da família real
Romantismo I
Romantismo I
VISÃO GERAL – século XIX
➜ Pós revolução Francesa – Iluminismo que influência a arte;
➜ Arte que atende aos interesses burgueses;
➜ Se opõe ao arcadismo x romantismo

destinada aos burgueses


➜ A arte dos burgueses é o Romantismo, veículo de difusão dos valores burgueses:
CASAMENTO, RELIGIÃO E NAÇÃO
➜Valorização do indivíduo;
➜ Emotividade – há uma distorção do mundo e das coisas → idealização;
➜ A obra não imita nada, é única – originalidade;
➜ Fuga da realidade: passado, fantasia (sonho), natureza, morte;
Romantismo I
CARACTERÍSTICAS GERAIS
➜ reação ao estilo clássico → mundo interior > exterior;
➜Presença de um sentimentalismo exagerado.
Romantismo I
Ideal de Mulher
Romantismo I
Ideal de Mulher
Romantismo I
Ideal de Mulher
Romantismo I
Ideal de Mulher
Romantismo I
CARACTERÍSTICAS GERAIS
➜ reação ao estilo clássico → mundo interior > exterior;
➜ predomínio da imaginação/inspiração;
➜ inclinação à subjetividade e à individualidade;
➜ idealização: forma incomum de enxergar o mundo → ideal x real;
• mulher: espiritualizada, perfeita, não real;
• morte redentora: solução para problemas e angústias;
• natureza expressiva e participativa: reflexo de estados de espírito;
• tempo fantasioso: passado glorioso (infância e Idade Média);
Romantismo I
➜ desajuste em relação à realidade → pessimismo quanto ao presente;
• escapismo/evasão;
• religiosidade;
• reformismo;
Romantismo II
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA PROSA
I. PRIMEIRA GERAÇÃO
➜ Nacionalismo;
➜ Indianismo;
➜ Natureza como símbolo idealizado
da nação;
• Principal autor: José de Alencar;
Romantismo III
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA PROSA
I. Elementos históricos relevantes
A) Ascensão da burguesia e crescimento do público leitor;
B) Chegada da Corte portuguesa e criação da Imprensa Nacional;
II. Estratégia de publicação
A) Os capítulos eram publicados separadamente em periódicos, numa
seção conhecida como folhetim.
B) Estratégia de corte/interrupção em momento decisivo.
C) Linguagem simples e enredo linear.
D) Descrição abundante.
Romantismo III
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA PROSA
III. Características temáticas
A) Histórias em que o amor vence;
B) Construção do merecimento amoroso;
C) Maniqueísmo (disputa entre o bem e o mal) ;
D) Apresentação da uma identidade local – negro da terra;
E) Protagonista geralmente representado como herói;
F) Exagero na linguagem e nos sentimentos amorosos;
Romantismo III
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA PROSA
III. Tipos de romance romântico
Romance indianista – A escolha do indígena como herói não foi feita
somente na primeira fase da poesia romântica, mas na prosa também. O
índio foi eleito o herói nacional.
Principais características:
Nacionalismo;
Idealização do índio como figura nacional, europeizado e quase medieval;
Exaltação da natureza e do índio como figura nacional;
Temas históricos;
Resgate de lendas;
Contato do índio com o europeu colonizador;
Romantismo II
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA POESIA
I. PRIMEIRA GERAÇÃO
José Martiniano de Alencar foi um escritor e político
brasileiro. É notável como escritor por ter sido o
fundador do romance de temática nacional, e por ser o
patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na
Academia Brasileira de Letras.
Autor de: Iracema (1865), Senhora ( 1875), O Guarani
(1857), Lucíola (1862), Cinco Minutos (1856)...
Romantismo III
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA PROSA
III. Tipos de romance romântico
A) Romance indianista – O guarani – José de Alencar.
Temática central:
O romance tem sua ação desenvolvida na primeira metade do
século XVII, iniciando-se no ano de 1604. Como o próprio
nome diz, essa fase procurava valorizar o índio de forma a
transformá-lo em um verdadeiro herói nacional. José de
Alencar tinha a intenção de criar obras que mostrassem a
realidade brasileira de sua época. Alencar contou através da
história de amor de Peri e Ceci em “O Guarani” o tema da
miscigenação entre o índio e o branco.
Romantismo III
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA PROSA
III. Tipos de romance romântico
B) Romance urbano (de costumes) –José de Alencar.
Características:
Esses romances abordam as intrigas amorosas e as
desigualdades econômicas. O fim é, invariavelmente, feliz e
com a vitória do amor.
Romantismo III
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA PROSA
III. Tipos de romance romântico
B) Romance urbano (de costumes) – Lucíola – José de
Alencar.
Tema central:
Lucíola é um romance urbano, em que Alencar transforma
a cortesã em heroína, esta purifica sua alma com o amor de
Paulo. Ela não se permite amar, por seu corpo ser sujo e
vergonhoso, e ao fim da vida, quando admite seu amor,
declara-se pertencente a Paulo. É a submissão do amor
romântico, onde a castidade valorizada.
Romantismo III
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA PROSA
III. Tipos de romance romântico
C) Romance regionalista – Inocência – Visconde de Taunay.
O romance regionalista apresenta a mesma estrutura dos dois outros tipos.
São histórias de amor, com disputas entre o bem e o mal, necessidade de
comprovação do merecimento amoroso, entre outros elementos.
No entanto, o pano de fundo é distante das cidades que cresciam no Sudeste, região
de maior destaque no Brasil do século XIX.
Com clara intenção de demonstrar aos brasileiros lugares até então pouco conhecidos
do país, os autores utilizaram a maneira de falar e os costumes dessas regiões para
compor o cenário do romance.
Romantismo II
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA POESIA
I. PRIMEIRA GERAÇÃO
Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay, primeiro e único
visconde de Taunay, foi um nobre, escritor, músico, professor,
engenheiro militar, político, historiador e sociólogo brasileiro.
Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras,
ocupando a Cadeira n.° 13
Autor: Inocência (1862),
A retirada da Laguna (1871).
Romantismo III
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA PROSA
III. Tipos de romance romântico
C) Romance regionalista – Inocência – Visconde de
Taunay.
"Inocência" é um romance regionalista brasileiro de Taunay,
dividido em 30 capítulos. Foi publicado em 1872 e retrata
costumes, pessoas e ambientes do leste sul-matogrossense
(sertão), notadamente a cidade de Paranaíba e a frente
colonizadora dos Garcia Leal. Como o Romantismo estava em
decadência na época em que a obra foi escrita, pode-se
considerá-la de transição para o Naturalismo, devido a uma
grande e infalível caracterização do homem como produto do
meio, isto é, ele age de acordo com o tipo de vida que leva.
Romantismo II
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA POESIA
I. PRIMEIRA GERAÇÃO
➜ Nacionalismo;
➜ Indianismo;
➜ Natureza como símbolo idealizado
da nação;
• Principal autor: Gonçalves Dias;
Romantismo II
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA POESIA
I. PRIMEIRA GERAÇÃO
Gonçalves Dias (1823- 1864)
O principal expoente da poesia dessa geração foi o
maranhense Gonçalves Dias, poeta intimamente ligado
ao Brasil e profundo conhecedor das culturas indígena e
brasileira. Dono de uma lírica que equilibrava influências
clássicas com as características românticas, Gonçalves
Dias criou um dos poemas mais importantes da literatura.
brasileira.
Romantismo II
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA POESIA
Romantismo II
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA POESIA
II. SEGUNDA GERAÇÃO (Ultrarromântica ou Mal do Século)
➜ Melancolia e desilusão;
➜ Sentimentalismo exagerado;
➜ Individualismo/egocentrismo;
➜ Subjetividade;
➜ Exagero na expressão;
➜ Evasão na morte, no tempo e no espaço;
• Principal autor: Álvares de Azevedo;
Romantismo II
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA POESIA
II. SEGUNDA GERAÇÃO
• Principal autor: Álvares de Azevedo (1831- 1852;
Manoel Antônio Álvares de Azevedo foi um escritor da
segunda geração romântica (Ultrarromântica, Byroniana
ou Mal-do-século), contista, dramaturgo, poeta e ensaísta
brasileiro, autor de Noite na Taverna.
Escritor de vida boêmia e que morreu precocemente aos
20 anos.
Romantismo II
Se eu morresse amanhã!
Se eu morresse amanhã, viria ao menos Mas essa dor da vida que devora
Fechar meus olhos minha triste irmã; A ânsia de glória, o dolorido afã…
Minha mãe de saudades morreria A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã! Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro! AZEVEDO, Álvares de. Poemas irônicos, venenosos e
Que aurora de porvir e que manhã! sarcásticos.
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! Que céu azul! Que doce n’alva


Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Romantismo II
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA POESIA
III. TERCEIRA GERAÇÃO
➜ Poesia social;
➜ Abolicionismo;
➜ Revolta contra a escravidão;
➜ Grandiloquência;
➜ Mulher mais sensual;
➜ Menor teor de idealização da mulher;
• Principal autor: Castro Alves;
Romantismo II
ROMANTISMO — GERAÇÕES DA POESIA
• Principal autor: Castro Alves (1847 – 1871);
O poeta responsável pela produção dos textos mais
marcantes dessa geração foi o baiano Castro Alves.
Dono de um vasto número de poemas de cunho
social, ele se valeu de uma linguagem hiperbólica para
denunciar a lastimável situação do negro no Brasil,
além de escrever contra o tráfico negreiro. Em seus
poemas, também abordou o tema da mulher de
maneira mais sensual e física, contrapondo a visão
típica das duas gerações românticas anteriores.
Romantismo II
Navio Negreiro IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Que das luzernas avermelha o brilho. Ouvem-se gritos... o chicote estala.
Em sangue a se banhar. E voam mais e mais...
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite, Presa nos elos de uma só cadeia,
Horrendos a dançar... A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Negras mulheres, suspendendo às tetas Um de raiva delira, outro enlouquece,
Magras crianças, cujas bocas pretas Outro, que martírios embrutece,
Rega o sangue das mães: Cantando, geme e ri!
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas, No entanto o capitão manda a manobra,
Em ânsia e mágoa vãs! E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
E ri-se a orquestra irônica, estridente... Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
E da ronda fantástica a serpente “Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Faz doudas espirais... Fazei-os mais dançar!...”

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