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Romantismo

O Romantismo é um movimento artístico e cultural caracterizado pelo sentimentalismo, subjetivismo e fuga


da realidade.

Esse movimento surgiu no século XVIII na Europa, durante a revolução industrial, e logo se espalhou por
diversos países como: França, Alemanha, Inglaterra, Brasil e Portugal. Ele durou até meados do século XIX,
quando começa o realismo.

Contrário aos valores clássicos de equilíbrio e harmonia, ele se manifestou em diversos campos: literatura,
pintura, escultura, arquitetura e música.

A arte, que antes era de caráter nobre e erudita, passa a valorizar o folclórico e o nacional. Ela ultrapassa as
barreiras da Corte e começa a ganhar a atenção do povo.

Na literatura, o romantismo teve como marco inicial a publicação da obra Os sofrimentos do jovem
Werther (1774), do escritor alemão Goethe.

No Brasil, a literatura romântica tem início com a publicação da obra Suspiros poéticos e saudades (1836), de
Gonçalves de Magalhães. Já em Portugal, ele começa em 1825 com a publicação da obra poética Camões,
escrita por Almeida Garrett.

Características do Romantismo

• Sentimentalismo: supervalorização das emoções pessoais, com destaque para a melancolia.


• Subjetivismo: oposto ao objetivismo, há valorização das sensações do ser humano e da liberdade de
pensamento.
• Egocentrismo: foco no indivíduo, que passa a ser o centro das atenções.
• Escapismo: desejo de evasão para escapar da realidade como ela se apresenta, criando um mundo
idealizado.
• Idealizações: idealização da sociedade, do amor e da mulher, buscando uma realidade diferente.
• Oposição ao modelo clássico: valorização da arte popular e folclórica, oposta à arte erudita da
antiguidade clássica.
• Nacionalismo: forte exaltação da natureza e da pátria, com temas relacionados com a grandiosidade da
natureza e o sentimento de pertença.
• Retorno ao passado: a Idade Média passa a ser a referência para os artistas, que apreciavam as tradições
e a fé humana.

Contexto histórico do Romantismo


O Romantismo surge no século XVIII na Europa junto ao iluminismo, movimento intelectual baseado na
ciência e na racionalidade em oposição à religião e à fé.

Com a revolução industrial inglesa, muitos trabalhadores do campo vão trabalhar nas indústrias. Isso
colaborou com o crescimento das cidades e o surgimento de uma classe operária.

Na França, o período é de agitação política e social com a revolução francesa (1789-1799), movimento com
foco na liberdade e igualdade de direitos.

Em 1806, Napoleão Bonaparte, líder militar da revolução, impõe o Bloqueio continental, que pretendia travar
a expansão econômica da Inglaterra, impedindo a entrada de embarcações inglesas em diversos países
europeus.

Como Portugal era um aliado comercial da Inglaterra, não participa do bloqueio continental. Temendo a
invasão de Napoleão, a corte Portuguesa vai para o Brasil em novembro de 1807, aportando no país em
janeiro de 1808.
Com a revolução liberal na cidade do Porto, em 1820, que exigia o retorno da família real do Brasil, Dom
João VI retorna a Portugal. Assim, a elite brasileira começa a arquitetar a independência do país, que se
realiza em 7 de setembro de 1822.

O Romantismo no Brasil
No Brasil, o Romantismo começa anos depois da Independência do país, que aconteceu em 7 de setembro
de 1822.

Livre do controle estabelecido pela metrópole portuguesa, o país começa a buscar uma identidade mais
brasileira que o afastasse dos moldes europeus.

É notório na literatura romântica do país a presença de elementos mais brasileiros, com características do
povo, da cultura e de uma linguagem regionalista.

O marco inicial do movimento romântico no Brasil é a publicação do livro de poesias Suspiros poéticos e
saudades, em 1836, de Gonçalves de Magalhães.

Nesse mesmo ano, foi publicada em Paris a Revista Niterói, que reuniu um grupo de estudantes interessados
em divulgar a cultura brasileira, do qual fazia parte Gonçalves de Magalhães. Por esse motivo, essa
publicação é tida também como precursora do romantismo no Brasil.

Principais autores do Romantismo no Brasil


O romantismo no Brasil contou com uma produção literária muito vasta que englobou a poesia lírica e épica,
o romance e o teatro. Alguns escritores que tiveram grande destaque no romantismo foram:

• Na poesia lírica e épica: Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Álvares de
Azevedo, Castro Alves, Junqueira Freire, Fagundes Varela e Sousândrade.
• No romance: José de Alencar, Joaquim manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida, Visconde de
Taunay e Bernardo Guimarães.
• No teatro: José de Alencar, Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães, Álvares de Azevedo e Martins
Pena.

As fases do Romantismo no Brasil


O romantismo no Brasil foi dividido em 3 fases, também chamadas de gerações:

• Primeira geração romântica (1836 a 1852): nacionalista, indianista e religiosa.


• Segunda geração romântica (1853 a 1869): egocentrismo exacerbado e pessimismo.
• Terceira geração romântica (1870 a 1880): cunho social e libertário.

Primeira fase do Romantismo (1836 e 1852)


A primeira fase do romantismo é chamada de Geração nacionalista-indianista. Inspirados pela ideia de uma nação
livre e autônoma, os escritores desse período se empenharam em consolidar alguns aspectos pela identidade.

Tendo como foco uma literatura nacionalista, eles exploraram temas relacionados com a valorização da
natureza, o povo brasileiro, a cultura popular, o folclore brasileiro e o passado histórico.

Uma das marcas mais relevantes da literatura dessa fase é o indianismo, onde o índio, eleito herói nacional,
torna-se símbolo da pureza e da inocência, sendo apontado de maneira idealizada.

Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios
de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito
perfumado.
Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua
guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que
vestia a terra com as primeiras águas.

Autores e obras da primeira fase do Romantismo no Brasil

• Gonçalves de Magalhães (1811-1882) - Obras: Suspiros poéticos e saudades (1836), A Confederação de


Tamoios (1857) e Os Indígenas do Brasil perante a História (1860).
• Gonçalves Dias (1823-1864) - Obras: Canção do exílio (1843), I-Juca- Pirama (1851) e Os Timbiras (1857).
• José de Alencar (1829-1877) - Obras: O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874).

Segunda fase do Romantismo (1853 a 1869)


Diferente da primeira fase, focada na busca de uma identidade nacional, a segunda geração romântica,
chamada de ultrarromântica ou de mal do século, foi marcada pelo egocentrismo e o negativismo.

Influenciada pela poesia pessimista do inglês George Gordon Byron (1788-1824), um dos principais
escritores do romantismo europeu, essa geração também ficou conhecida como Byroniana.

Numa atitude de protesto contra o mundo e a realidade social e política do país, os escritores desse período
mostram desinteresse pela vida. Assim, eles exploram temas como a frustração, a desilusão, o tédio, o
negativismo, a fuga da realidade e a morte.

Minha desgraça (trecho do poema publicado na obra Lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo)

Minha desgraça, não, não é ser poeta,


Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco....
Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro....
Eu sei.... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro....

Autores e obras da segunda fase do Romantismo no Brasil


Os escritores que tiveram grande destaque na segunda fase romântica foram:

• Álvares de Azevedo (1831-1852) - Obras: Lira dos Vinte anos (1853), Noite na taverna (1855)
e Macário (1855).
• Casimiro de Abreu (1839-1860) - Obra: publicou somente um livro de poesias As primaveras (1859).
• Fagundes Varela (1841-1875) - Obras: Noturnas (1861), Cântico do Calvário (1863) e Cantos e
fantasias (1865).

Terceira fase do Romantismo (1870 a 1880)


A terceira fase do Romantismo é chamada de Geração condoreira, pois está relacionada com a ave condor,
uma ave solitária que voa alto e é símbolo dos Andes.

Os escritores dessa fase são inspirados pela poesia do poeta francês Victor Hugo, que também ficou
conhecida como Geração hugoana.

Nesse período, surge a poesia social, relacionada, sobretudo, com o tema do abolicionismo. Castro Alves, o
“poeta dos escravos”, foi a principal figura do momento, cuja poesia esteve voltada para os problemas
humanos, sem apresentar uma visão idealizada do mundo. Temas como a escravidão e a opressão são os
mais abordados pelo poeta.

O Navio Negreiro, tragédia no mar (trecho do poema de Castro Alves)

Era um sonho dantesco... O tombadilho


Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite…
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Autores e obras da terceira fase do Romantismo no Brasil


Os escritores de maior destaque na terceira fase romântica foram:

• Castro Alves (1847-1871) - Obras: O Navio Negreiro (1869) e Espumas flutuantes (1870).
• Tobias Barreto (1839-1889) - Obras: Amar (1866), A Escravidão (1868) e Dias e noites (1893).
• Sousândrade (1833-1902) - Obras: Harpas Selvagens (1857) e O Guesa (1858 e 1888).

O Romantismo na Europa
O marco inicial do romantismo na Europa foi a publicação da obra Os sofrimentos do jovem Werther, em
1774, do poeta alemão Goethe.

Na Inglaterra, o sentimentalismo romântico é expresso na obra poética de Lord Byron. Além dele, merece
destaque Walter Scott e seu romance histórico Ivanhoé, publicado em 1820.

Na França, destacam-se as obras: Os miseráveis, de Victor Hugo, e A Dama das Camélias, do escritor
Alexandre Dumas Filho.

Em Portugal, as principais obras românticas são: Camões (1825), de Almeida Garrett, e Amor de
perdição (1862), de Camilo Castelo Branco.

Poesia Romântica Brasileira


A poesia romântica brasileira é aquela que foi produzida durante o período do Romantismo no Brasil.

Além da prosa, nesse período teve destaque a poesia romântica. Vale lembrar que esse termo pode ser
utilizado para as poesias que envolvem a subjetividade do eu lírico e seus aspectos românticos.

Romantismo no Brasil
Antes de estudar sobre os aspectos mais importantes da poesia romântica, vale mencionar que
o Romantismo no Brasil teve início em 1836, com a publicação da obra “Suspiros Poéticos e Saudades”, de
Gonçalves de Magalhães.

O movimento esteve dividido em três períodos, a saber:

• Primeira Geração: no contexto pós-independência do país, a primeira geração esteve marcada pelo
binômio “nacionalismo-indianismo”.
• Segunda Geração: é chamada de “Mal do Século” ou “Ultrarromantismo” e recebeu grande influência do
poeta inglês Lord Byron.
• Terceira Geração: chamada de “Condoreirismo” ou “Geração Condoreira”, essa fase foi influenciada pela
poesia social do poeta francês Victor Hugo.

Caraterísticas da Poesia Romântica


Cada período romântico no Brasil apresenta suas peculiaridades sobretudo, no conteúdo da produção
literária. Veja abaixo as principais características da poesia romântica em cada fase:

Primeira Geração

• Busca da identidade Nacional (nacionalismo)


• Índio como herói brasileiro (indianismo)
• Exaltação da natureza
• Retorno ao passado
Segundo Geração

• Individualismo e egocentrismo
• Eu lírico pessimista
• Temas de amor, morte, medo.
• Fuga da realidade

Terceira Geração

• Poesia social e libertária


• Erotismo e pecado
• Negação do amor platônico

Autores Românticos
Da Primeira Geração Romântica merecem destaque os poetas:

• Gonçalves Dias
• Gonçalves de Magalhães
• Araújo Porto Alegre

Da Segunda Geração romântica merecem destaque os poetas:

• Álvares de Azevedo
• Casimiro de Abreu
• Junqueira Freire
• Fagundes Varela

Da Terceira Geração Romântica merecem destaque os poetas:

• Castro Alves
• Sousândrade

Gerações Românticas no Brasil


A produção literária dos autores brasileiros do Romantismo é subdividida em três gerações. São as
chamadas gerações românticas no Brasil.

A primeira geração é denominada nacionalista ou indianista. A segunda geração romântica foi batizada de
"geração do mal-do-século" e a terceira de "geração condoreira".

Primeira Geração
Também chamada de geração nacionalista ou indianista, foi marcada pela exaltação à natureza, volta ao
passado histórico, medievalismo, criação do herói nacional na figura do índio.

Essa alusão ao indígena deu origem ao nome dessa fase da literatura brasileira.

O sentimento e a religiosidade também são características marcantes da produção literária dos autores da
primeira geração.

Entre os principais poetas podemos destacar Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto
Alegre.

Segunda Geração
É a geração do mal-do-século, que foi intensamente influenciada pela poesia de Lord Byron e Musset. Por
esse motivo, é também chamada de "geração byroniana".

As obras dessa fase da literatura são impregnadas de egocentrismo, negativismo boêmio, pessimismo,
dúvida, desilusão adolescente e tédio constante.
São essas as características do ultrarromantismo, o verdadeiro mal-do-século.

O tema preferido é a fuga da realidade, que se manifesta na idealização da infância, nas virgens sonhadas e
na exaltação da morte.

Os principais poetas dessa geração foram Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e
Fagundes Varela.

Terceira Geração
A Geração Condoreira foi caracterizada pela poesia social e libertária. Nela estão refletidas as lutas internas
da segunda metade do reinado de Dom Pedro II.

Essa geração sofreu intensamente a influência das ideias de Victor Hugo, de sua poesia político-social.

Em consequência dessa ligação, essa fase da literatura também é chamada de "geração hugoana".

O termo condoreirismo é consequência do símbolo de liberdade adotado pelos jovens românticos: o condor,
águia que habita o alto da cordilheira dos Andes.

Seu principal representante foi Castro Alves, seguido por Sousândrade.

Romantismo no Brasil
O início do Romantismo no Brasil é classificado pela chegada da família real, em 1808. É um período de
grande e intensa urbanização, que permite a divulgação de um campo livre de ideias para as novas
tendências europeias.

O romantismo no Brasil é influenciado pelas ideias liberais da Revolução Francesa e a Independência dos
EUA.

Ao mesmo tempo, o país caminhava rumo à própria independência. São os ideais que fazem crescer, após
1822, o nacionalismo, o retorno ao passado histórico, a valorização das coisas da terra e a exaltação da
natureza.

As obras consideradas como marco do Romantismo no Brasil são a Revista Niterói e o livro de
poesias Suspiros Poéticos e Saudades, que foram publicadas em 1836 por Gonçalves Magalhães.

Gerações do Romantismo na Europa


O Romantismo na Europa é marcado pela publicação na Alemanha em 1774 do romance Werther, de
Goethe. Essa obra lança as bases do sentimentalismo romântico, do escapismo pelo suicídio.

Também influenciam diretamente as ideias da poesia ultrarromântica de Lord Byron e Ivanhoé, de Walter
Scott, na Inglaterra.

Gerações Românticas em Portugal


O Romantismo em Portugal é subdividido em duas gerações: a Primeira Geração e a Segunda Geração.

A primeira geração romântica em Portugal é caracterizada por autores que ainda utilizavam o modelo do
Neoclassicismo, como Almeida Garret e Alexandre Herculano.

Já a segunda geração romântica em Portugal é representada por uma produção literária enquadrada no
ultrarromantismo.

Esse modelo pode ser visto nas obras de Camilo Castelo Branco e Soares de Passos.

Gerações Românticas na Poesia


A poesia está entre as principais formas de manifestações literárias das gerações românticas no Brasil. Há
representação de autores em todas as gerações.
Gonçalves Dias
O autor Gonçalves Dias (1823-1864) é considerado o responsável pela consolidação do Romantismo no
Brasil.

Apresenta uma poesia nacionalista que idealiza a figura do índio, como em I-Juca-Pirama.

"Meu canto de morte,


Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi"

Álvares de Azevedo
A poesia de Álvares de Azevedo (1831-1853) é marcada pelas falas de amor, de morte, de donzelas
ingênuas, da virgem sonhadora, filhas do céu, mulheres misteriosas em seus sonhos de adolescentes. São
comuns as frustrações, o sofrimento, a dor e morte.

Lembrança de Morrer

Quando em meu peito rebentar-se a fibra


Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece o vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste pensamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro (...)

Castro Alves
Diferente dos poetas da primeira geração romântica, Castro Alves (1847-1871) amplia o universo antes
intimista e trata, além do amor, da mulher, do sonho, a coletividade, o abolicionismo e as lutas de classe.

É assim em O Navio Negreiro, poema declamado em 7 de setembro de 1868, na faculdade de Direito do


Largo de São Francisco. O poema exalta o povo africano.

E existe um povo que a bandeira empresta


P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! Meu deus! Mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?!...
Silêncio!... Musa! Chora, chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto...

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