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O Romantismo em Portugal.
Em Portugal, o surgimento do romantismo está ligado às lutas civis entre liberais e
conservadores. Isso é intensificado pela renúncia de Dom Pedro I ao trono brasileiro e por sua
luta pelo trono de Portugal ao lado dos liberais.
O movimento do romantismo no país começa com a publicação do poema Camões, em 1825,
produzido por Almeida Garrett. O autor o escreveu quando estava exilado em Paris e sua obra
tenta resgatar o passado e o orgulho do povo português.
Outro livro marcante de Garrett é Viagens na Minha Terra, publicada originalmente em folhetim -
formato popular no romantismo. A obra é essencial para entender a decadência do império
português e se divide em duas partes: começa narrando a viagem do autor de Lisboa até
Santarém e termina com uma história de amor envolvendo os personagens Carlos e Joaninha, "a
menina dos rouxinóis".
Literatura – Professora: Priscila
O Romantismo no Brasil.
A prosa romântica brasileira começa com Joaquim Manuel de Macedo, autor de A Moreninha
(1844), considerada o primeiro romance brasileiro (era em formato folhetinesco). No Brasil, o
romantismo se divide em três gerações principais:
A primeira delas é nacionalista, indianista e religiosa. A independência criou necessidade
de romper com a Europa e fundar uma arte nacional, mas o modelo estético desenvolvido
surgiu seguindo uma tendência europeia. No lugar do herói medieval, adotou-se a figura do
índio e outros elementos da cultura nacional.
É da obra de José de Alencar, que cultua a figura do índio, que temos os mais conhecidos
romances indianistas, como O Guarani (1857), Iracema (1865), Ubirajara (1874) ou O Sertanejo
(1875), entre outros.
Há grande influência do escritor George Gordon Byron, mais conhecido como Lord Byron, autor
de uma literatura de tom sombrio. Nesse período, os poetas que se destacam são: Álvares de
Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.
A terceira geração desenvolve poesia com caráter político e social. Como no período o
movimento abolicionista ganhava força entre os intelectuais, essa geração é chamada de
“condoreirismo”, em referência à ave condor, que voa muito alto, e representa o desejo de
renovação da sociedade brasileira.
Destaca-se o poeta Castro Alves, que é formado em direito e foi forte defensor do abolicionismo e
republicanismo, sendo conhecido como “o poeta dos escravos”. Seu poema mais famoso é O
Navio Negreiro, de 1868. Sua obra Espumas Flutuantes (1970) inclui também os seus poemas
mais importantes e expressivos.
Assim, o Romantismo brasileiro contou com um grande número de escritores e com uma vasta
produção, em diferentes gêneros, que, em resumo, podem ser assim apresentados:
- na lírica: Golçalves Dias, Golçalves de Magalhães, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu,
Fagundes Varela, Junqueira Freire, Castro Alves e Sousândrade;