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Romantismo

Amanda Costa, Ana Karolina Galvão e


Marianny Silva.
Turma 100
Introdução
O romantismo foi um movimento literário que surgiu na Inglaterra na
segunda metade do século XVIII (18) e se desenvolveu até o século XIX
(19), em diversos lugares do mundo. O movimento romântico foi uma
reação ao racionalismo e ao realismo dos escritores do período
iluminista, como a sua supervalorização da razão e da objetividade. O
romantismo defendia a subjetividade, a imaginação, a emoção e a
individualidade, valorizando a criatividade do indivíduo e considerando a
arte como o principal meio de expressão. O romantismo defendia, ainda,
a importância do passado, da tradição e do mistério, e criticava a
sociedade e o materialismo industrial. Ao contrário da visão objetiva do
mundo, defendida pelos escritores, iluministas, o romantismo defendia a
visão subjetiva do mundo, onde o indivíduo é o centro do universo e cuja
experiência individual é mais relevante do que o conhecimento objetivo.
Origem

O movimento literário chamado Romantismo teve origem na


Inglaterra, na segunda metade do século XVIII (18), mas
expandiu-se rapidamente pelo mundo ocidental. O romantismo
se diferenciava do movimento literário anterior, o Iluminismo,
que defendia a razão e o pensamento racional, pela defesa do
sentimento, da subjetividade e da imaginação.
A literatura romântica se baseia no sentimento,
nas emoções, nas paixões e nos sentimentos, as
vezes em oposição ao pensamento racional. A
literatura romântica também dá muita ênfase ao
indivíduo e ao seu canto individual, em oposição
ao grupo, à sociedade ou ao conjunto. A
autoconfiança também é um fator muito
importante no romantismo, bem como a crença
na singularidade, no fazer coisas que ninguém
tinha feito antes. Além disso, o romantismo
defendia a pessoa "criativa", o artista e a
criatividade como fonte de regeneração e de
perseguição do ideal. O romantismo se
manifestou em diversos países, como a França, a
Inglaterra, a Alemanha e a Itália, entre outros.
Contextuação histórica
O romantismo é um movimento artístico e cultural que privilegia as
emoções, a subjetividade e o individualismo.

Contrário ao objetivismo e as tradições clássicas de perfeição, ele


apresenta uma visão de mundo centrada no ser humano com destaque
para as sensações humanas e a liberdade de pensamento.

O romantismo surgiu na Europa no século XVIII no contexto da


revolução industrial e do iluminismo, movimento intelectual e filosófico
baseado na razão. Ele durou até meados do século XIX, quando começa
o realismo.
Romantismo na Europa
O romantismo é um estilo de época marcado pela
subjetividade. Assim, as obras românticas
apresentam fortes emoções e sentimentalismo
exagerado. Isso é feito por meio de adjetivação
excessiva e uso intenso de exclamações. Seus
autores valorizam a liberdade e expressam
sentimento nacionalista.
É recorrente na poesia e na prosa românticas a
idealização da mulher e do amor, além da
expressão do sofrimento amoroso. Estão
presentes também elementos bucólicos e uma
visão teocêntrica. Os valores burgueses como fé,
coragem e amor são enaltecidos. Não há
realismo, pois a fuga da realidade é uma forte
característica romântica
As obras dessa fase do romantismo português são marcadas
por medievalismo, idealizações, nacionalismo e saudosismo.
Seus dois principais representantes, Garrett e Herculano,
voltaram do exílio (devido ao envolvimento deles em
revoluções liberais) para empreender o projeto de retomada
de uma literatura nacional e original. Esses escritores fazem
parte de uma geração literária politicamente engajada e
defensora do liberalismo. Conscientes de seu papel artístico e
político, os autores dessa fase empreenderam a reflexão sobre
o processo criativo, sobre o romantismo que inaugurava no
país e sobre a nacionalidade portuguesa
Além de Garrett e Herculano, outro nome importante
dessa geração é António Feliciano de Castilho
(1800-1875). Ele, juntamente a Almeida Garrett, iniciou
seu percurso literário no arcadismo. Esses dois escritores
são considerados, portanto, autores de transição para a
nova estética literária. Assim, Alexandre Herculano é o
romântico por excelência dessa geração, que,
responsável por consolidar as bases do movimento, tem
seu fim em 1840 para dar lugar aos ultrarromânticos.
Romantismo no Brasil

O Romantismo no Brasil foi um


movimento literário que reuniu uma
produção muito rica de textos
poéticos, teatrais e romances.

O romantismo brasileiro se
caracterizou, num primeiro momento,
pela busca da identidade nacional e
resgate das tradições e valores da
cultura popular e do folclore.
A poesia romântica brasileira conta com três fases. A
primeira geração (1836-1853) é indianista e nacionalista.
Já a segunda (1853-1870) é ultrarromântica e marcada
pelo pessimismo. Enfim, a terceira geração (1870-1881) é
caracterizada pela crítica sociopolítica e por uma visão
menos idealizada da realidade.

A prosa conta com o romance indianista, o romance


urbano e o romance regionalista. O romance indianista
possui caráter nacionalista e histórico. Já o romance
urbano retrata o estilo de vida burguês na cidade do Rio
de Janeiro. Além desses, o romance regionalista mostra
personagens e costumes do interior do Brasil. Já o teatro
é marcado pela crítica, ironia, além de elementos
históricos.
Fases do
Romantismo
brasileiro

O movimento romântico no Brasil


está dividido em três fases, também
chamadas de gerações. Cada uma
delas possui características próprias
e reúne diversos escritores.
A 1.ª fase do romantismo no Brasil

Sob influência do contexto da época, a primeira


geração romântica buscava uma poesia que
identificasse o país com suas raízes históricas,
linguísticas e culturais. O sentimento de
patriotismo e nacionalismo presente na poesia,
era reflexo da busca pela identidade própria para o
Brasil recém independente e do desejo de
construir uma arte genuinamente brasileira.

Essa fase do Romantismo no Brasil foi marcada


por temáticas que remetiam à natureza brasileira
e pela exaltação do índio, que era retratado como
um herói representante de todos os brasileiros.
Também chamada de
geração indianista ou
nacionalista, essa
primeira geração teve
como principais
representantes os
poetas:
Gonçalves de Magalhães (1811-1882)

Domingos José Gonçalves de Magalhães é


considerado o fundador do Romantismo
Brasileiro. Foi poeta, professor, ensaísta,
diplomata, político e médico brasileiro.

Suas principais obras: Suspiros poéticos e


saudades (1836), A Confederação de
Tamoios (1857) e Os Indígenas do Brasil
perante a História (1860)
Gonçalves Dias (1823-1864)

Antônio Gonçalves Dias foi um poeta,


jornalista, professor, etnógrafo,
advogado e teatrólogo maranhense.

Algumas de suas obras: Canção do Exílio


(1846), I-Juca-Pirama (1851), Os
Timbiras (1857).
José de Alencar (1829-1877)

José Martiniano de Alencar foi cronista,


romancista, jornalista, crítico, político,
advogado e dramaturgo brasileiro.

É conhecido por seus romances


regionalistas, históricos e indianistas, dos
quais se destacam: O Guarani (1857), A
Viuvinha (1857), Iracema (1865), Ubirajara
(1874).
A 2.ª fase do romantismo no Brasil

Surgida em 1850, a segunda geração romântica


divergiu da primeira e trouxe uma poesia onde o
eu-lírico estava mais voltado para si. A poesia da
segunda geração explorou temáticas ligadas ao
sentimentalismo, com foco no pessimismo,
melancolia e apego aos vícios. Por abordar
temáticas do sofrimento, essa geração do
Romantismo no Brasil ficou conhecida como mal
do século.

A segunda geração trouxe a idealização da figura


feminina e o medo do amor, que sempre era
apresentado de forma platônica, com base em
sonhos e idealizações do eu-lírico. Os principais
representantes dessa fase foram:
Álvares de Azevedo (1831-1852)

Manuel Antônio Álvares de Azevedo foi


escritor contista, dramaturgo, poeta e
ensaísta brasileiro.

E também foi um dos principais


escritores desse momento, com uma
obra focada na tristeza e na morte, tais
como: Lira dos vinte anos (1853), Noite
na Taverna (1855) e Macário (1855).
Casimiro de Abreu (1839-1860)
Casimiro José Marques de Abreu
foi poeta brasileiro, explorou temas
como a saudade da infância e a
tristeza.

Podemos destacar as obras: As


Primaveras (1859), Saudades
(1856) e Suspiros (1856).
Fagundes Varela (1841-1875)

Luís Nicolau Fagundes Varella foi


um importante escritor da
literatura romântica brasileira.

Mesmo sendo considerado


byroniano já apresentava em sua
obra, características da terceira
geração romântica. De sua obra
podemos citar: Vozes da América
(1864), Noturnas (1860).
Junqueira Freire (1832-1855)

Luís José Junqueira Freire foi um


monge, sacerdote e poeta brasileiro.

Ele explorou temas religiosos e o


conflito existencial, e com uma obra,
muitas vezes considerada
conservadora, abordou temas como:
horror, desejo reprimido, sentimento
de pecado, revolta, remorso e obsessão
de morte. Podemos citar: Inspirações
do Claustro (1855).
3.ª fase do romantismo no Brasil (1870 a
1880)
Chamada de “Geração Condoreira”, a terceira
geração romântica é caracterizada pela
poesia libertária e social. Esse período está
associado ao condor, águia da cordilheira dos
Andes, com o intuito de revelar sua mais
importante característica: a liberdade.

Essa geração sofreu grande influência do


escritor francês Victor-Marie Hugo
(1802-1885), daí ser conhecida também como
geração “Hugoana”.
O grande foco dos
escritores desse
momento, foi os
problemas sociais e
também o
abolicionismo. No
Brasil, os principais
representantes dessa
fase romântica foram:
Castro Alves (1847-1871)
Antônio Frederico de Castro Alves foi
um escritor baiano de maior destaque
da terceira geração romântica. Ele
apresenta uma poesia dividida em
duas temáticas: a poesia social e a
poesia lírico-amorosa. Ele também
ficou conhecido como “poeta dos
escravos”.

Dentre suas obras podemos destacar:


O Navio Negreiro (1869), e Os
Escravos (1883).
Tobias Barreto (1839-1889)

Tobias Barreto de Meneses foi poeta,


filósofo e crítico brasileiro, notável pelos
seus poemas românticos com grande
influência do escritor Victor-Marie Hugo
(1802-1885).

Ele foi um grande expoente da poesia


social e lírica dessa geração. Merece
destaque suas obras: Glosa (1864), Amar
(1866), A Escravidão (1868) e Dias e
noites (1893).
Sousândrade (1833-1902)

Joaquim de Sousa Andrade foi um


escritor e poeta maranhense muito
influente da literatura brasileira. Ele foi
foi um dos poetas mais originais e
vanguardistas da terceira geração.

Em 1857, publicou seu primeiro livro de


poesia “Harpas Selvagens”(1857). Sua
obra mais destacada é o poema
narrativo: O Guesa (1871) baseado na
lenda indígena Guesa Errante.
Joaquim Nabuco (1849-1910)

Um dos fundadores da Academia


Brasileira de Letras, Joaquim Nabuco foi
um poeta, jornalista, diplomata, orador,
político e historiador brasileiro

Os principais temas de sua obra:


abolição da escravatura e liberdade
religiosa. Suas obras: Abolicionismo
(1883) e Escravos (1886).

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