Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LUCIANA
Simbolismo em Portugal
O marco do Simbolismo em Portugal é a publicação da obra Oaristos (1890), livro de
poemas de Eugênio de Castro.
É nesse contexto que Mário Sá-Carneiro e Fernando Pessoa lançam a revista "Orpheu".
O ultimato inglês ocorre a partir de 1870, quando a Inglaterra inicia o plano expansionista
com o lema: um domínio do Cabo do Cairo.
Autores e obras
Eugênio de Castro (1869-1944)
Contexto Histórico
O Simbolismo marca a transposição da estética literária do final do século XIX, que se
opõe às propostas do Realismo.
Características do Simbolismo
Rejeição ao cientificismo, materialismo e racionalismo
Manifestações metafísicas e espirituais
Negação ao naturalismo
Exaltação à realidade subjetiva
Sublimação
Subjetivismo
Uso de Sinestesias e aliterações
Musicalidade
Simbolismo no Brasil
O simbolismo no Brasil surge em 1893 com a publicação de "Missal" e "Broquéis", de
Cruz e Souza. Esse é considerado o maior representante do movimento no país, ao lado
de Alphonsus de Guimarães.
Características do Simbolismo
Não-racionalidade
Subjetivismo, individualismo e imaginação
Espiritualidade e transcendentalidade
Subconsciente e inconsciente
Musicalidade e misticismo
Figuras de linguagem: sinestesia, aliteração, assonância
Augusto dos Anjos foi um dos grandes poetas brasileiros simbolistas, embora, muitas
vezes, sua obra apresente características pré-modernas.
Texto:
Além dessa origem mítica, o parnasianismo foi o nome designado para intitular o
movimento literário surgido na França na segunda metade do século XIX, também
em razão de uma antologia, publicada em três volumes, sendo o primeiro em 1866,
intitulada Parnasse contemporain (Parnaso contemporâneo).
→ Aspectos formais
→ Aspectos conteudísticos
Parnasianismo em Portugal
Em Portugal, o parnasianismo, movimento introduzido pelo poeta João Penha (1838-
1919), coexistiu com o movimento realista e com o movimento simbolista, opondo-se,
principalmente, ao romantismo, movimento anterior, no que dizia respeito ao
sentimentalismo e ao egocentrismo tão típicos dos escritores românticos. As poesias dos
principais poetas parnasianos portugueses foram reunidas, por Teófilo Braga, no
livro Parnasso português moderno, publicado em 1877.
João Penha (1838-1919): Poeta e jurista, notabilizou-se por ter fundado o jornal
literário A Folha, sendo considerado um dos principais escritores parnasianos
portugueses. Escreveu os seguintes livros de poesia: Rimas (1882), Novas
rimas (1905), Ecos do passado (1914), Últimas rimas (1919) e O canto do
cisne (1923).
Gonçalves Crespo (1846-1883): Poeta e jurista, nasceu no Rio de Janeiro, mas fixou
residência ainda criança em Portugal. Filho de mãe escrava, destacou-se no meio
literário português, tendo colaborado no jornal A Folha, principal meio de difusão
da poesia parnasiana. Seu primeiro livro foi a coletânea Miniaturas, publicada em
1870.
Fábula antiga
(António Feijó)
Em relação à temática, o poema, como o próprio título sugere, expressa o que seria,
miticamente, a origem do amor. Faz-se, assim, menção a elementos da tradição greco-
latina, como a referência ao deus Júpiter, característica amplamente defendida e
difundida pelos poetas parnasianos.
A utilização do mito grego de origem do amor como plano temático do poema vai ao
encontro da crítica que os parnasianos teciam em relação aos poetas românticos quanto
ao exagero sentimental. Isso porque, como se observa no último verso do poema, a
personagem mítica Demência passa a guiar os passos dos homens quando eles são
laçados pelo cego Amor. A crítica ao amor romântico, portanto, é evidente, pois o
parnasianismo não nega esse sentimento, mas se mostra crítico ao exagero do
romantismo quanto à manifestação amorosa.
Parnasianismo no Brasil
O parnasianismo brasileiro começou a ser difundido no país a partir de 1870, pois,
no final dessa década, criou-se uma polêmica no jornal Diário do Rio de
Janeiro, que reuniu, de um lado, os adeptos do romantismo e, de outro, os
adeptos do realismo e do parnasianismo. Como resultado dessa querela literária,
desenvolvida em artigos, conhecida como “Batalha do Parnaso”, houve uma difusão
das ideias e das características do parnasianismo nos meios artísticos e intelectuais.
Olavo Bilac (1865-1918): Foi jornalista, inspetor de ensino e poeta. Foi também
um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Publicou as seguintes
obras: Poesias (1888), Crônicas e novelas (1894), Sagres (1898), Crítica e fantasia
(1904), Poesias infantis (1904), Conferências literárias (1906), Tratado de
versificação (com Guimarães Passos) (1910), Dicionário de rimas (1913), Ironia e
piedade (1916), Tarde (1919).
Olavo Bilac
Olavo Bilac, escritor brasileiro vinculado ao parnasianismo e considerado o Príncipe
dos Poetas, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Imprimir
Texto:
Apesar de sua poesia ser marcada pelo sentimentalismo, o poeta, um dos mais
famosos no início do século XX, é vinculado ao parnasianismo brasileiro, estilo
caracterizado pela objetividade, descritivismo e rigor formal. O autor, um dos
fundadores da Academia Brasileira de Letras, nos últimos anos de sua vida, tomado por
um nacionalismo apaixonado, abraçou a defesa do serviço militar obrigatório, antes de
morrer, em 28 de dezembro de 1918, no Rio de Janeiro.
Olavo Bilac.
Olavo Bilac nasceu em 16 de dezembro de 1865, no Rio de Janeiro. Na ocasião, seu
pai, o médico Brás Martins dos Guimarães Bilac, era cirurgião do Exército na Guerra do
Paraguai (1864-1870). Assim, em 1880, com apenas 15 anos de idade e uma
autorização especial, Olavo Bilac ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro, mas acabou desistindo do curso quatro anos depois e iniciando o curso de
Direito, em São Paulo, o qual também não concluiu. Essa sua atitude acabou levando-o
a um desentendimento com a família, descontente com suas decisões.
O escritor, então, passou a trabalhar como jornalista e cronista. Escrevia para vários
jornais e revistas. Durante muitos anos, escreveu para a Gazeta de Notícias. Além disso,
foi fundador dos periódicos A Cigarra, O Meio e A Rua, que não duraram muito.
Seu primeiro livro — Poesias — foi publicado em 1888. Em 1891, trabalhou como
oficial da Secretaria do Interior do Estado do Rio de Janeiro, porém, por fazer oposição
ao governo de Floriano Peixoto, foi preso, em 1892.
Ao ser solto, o poeta buscou refúgio em Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. A
partir de então, sua poesia passou a abordar temas da realidade de seu país. Quando,
em 1894, o autor voltou ao Rio de janeiro, foi preso novamente. No entanto, com a
saída de Floriano Peixoto, Olavo Bilac retomou a sua rotina e, em 1897, foi um dos
fundadores da Academia Brasileira de Letras. Nesse mesmo ano, ao perder o
controle do carro do jornalista José do Patrocínio (1853-1905), entrou para a história
como o primeiro motorista a sofrer um acidente de carro no Brasil, quando bateu em
uma árvore. O carro teve perda total, mas Bilac e Patrocínio saíram ilesos.
Poesias (1888)
Crônicas e novelas (1894)
Sagres (1898)
Crítica e fantasia (1904)
Poesias infantis (1904)
Conferências literárias (1906)
Dicionário de rimas (1913)
Ironia e piedade (1916)
Tarde (1919)
Já no poema “Vila Rica”, do livro Tarde, o eu lírico descreve a cidade de Ouro Preto,
antiga Vila Rica, em seu ocaso, isto é, no pôr do sol. Assim, ele menciona o ouro, que é
a luz do sol, mas também é o ouro extraído das minas. Além disso, ao aludir ao “último
ouro do sol” do dia, ele está se referindo, também, à ausência de ouro no contexto
atual do lugar. Contudo, no céu, há ouro, que, porém, o tempo enegreceu. Por fim, os
astros, igualmente, são relacionados ao ouro, devido a seu brilho sobre a cidade de
Ouro Preto:
“Há, na vida, coisas que se dizem, mas não se escrevem, coisas que só se escrevem, e
outras que nem se escrevem nem se dizem, mas apenas se pensam.”
“Um artista sente mais as dores terrenas que cem homens vulgares.”
“A arte não é, como ainda querem alguns sonhadores ingênuos, uma aspiração e um
trabalho à parte, sem ligação com as outras preocupações da existência.”
“Talvez, em 2500, existam literaturas diversas no vasto território que hoje forma o
Brasil.”
Vaso chinês
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
(Alberto de Oliveira)
Outra característica parnasiana que se evidencia diz respeito ao uso de termos raros e
tidos como cultos, como “mármor luzidio”, expressão que significa mármore brilhoso.
O objetivo dessa opção por vocábulos raros, assim como o gosto pelas inversões
sintáticas e do adjetivo em relação ao substantivo, é tornar sofisticado o poema, o que
evidenciaria o trabalho de ourives do poeta, ou seja, bem minucioso.
No exemplo acima, os núcleos nominais são qualificados por adjetivos que não
são variáveis quanto a gênero, o que significa que não sofrem flexão de gênero
e, por isso, apresentam apenas concordância de número com os nomes que
modificam.
Observe os exemplos a seguir. Preste atenção à presença ou não do artigo.
232
Nesses casos, sem o artigo definido, o núcleo nominal do sujeito ganha sentido gené-
rico. Por isso, o adjetivo não deve ser flexionado para concordar em gênero e número com o
substantivo.
Existem casos especiais de concordância nominal, ou seja, casos particulares aos quais
devemos estar sempre atentos. Observe o quadro a seguir.
Concorda com
Adjetivo antes [...] Colocar a música de um dos maiores gênios do século como tema
o gênero e o
de substantivos de uma novela de péssimo gosto e categoria? É ridículo. [...]
número do
de gêneros CARTAS. Folha de S.Paulo, São Paulo, 19 mar. 2001. Disponível em: http://www1.
substantivo mais
diferentes folha.uol.com.br/fsp/folhatee/fm1903200101.htm. Acesso em: 18 ago. 2020.
próximo.
Bastante, muito Concordam com Então principiei dizendo muitos desaforos pra não chorar também
e mesmo quando o substantivo ao [...].
adjetivos qual se ligam. RESENDE, O. L. O elo partido. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores contos
brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. p. 322.
É importante reconhecer, no exemplo, que o sujeito da forma verbal teve é o mesmo sujeito
das formas verbais conheceu e cursava, núcleos das orações subordinadas introduzidas por
que e quando. Isso significa que devem manter com o sujeito concordância de pessoa e número
– no caso, devem concordar com a terceira pessoa do singular.
A presença do pronome se pode gerar dúvidas sobre a concordância do verbo: deve ou não
ser flexionado no plural? Nesse caso, é preciso saber se a oração está na voz passiva sintética
ou apresenta sujeito indeterminado.
234
Nesse exemplo, a oração, formada por um verbo mais o pronome se, está na voz passiva,
e o verbo concorda com o sujeito: no caso, como o sujeito está no plural, o verbo fica também
no plural.
Observe agora o anúncio ao lado. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Nesse caso, o sujeito da oração é inde-
terminado; o pronome se e o verbo na
terceira pessoa do singular marcam essa
indeterminação.
O verbo fazer, quando indica passagem de tempo, e o haver, com sentido de “existir”, são
impessoais; portanto, devem permanecer na terceira pessoa do singular. Observe.
Faz uma hora e meia que estamos aqui.
Verbo impessoal Objeto direto
3a pessoa do singular
Observe mais um caso em que o verbo deve ser mantido na terceira pessoa do singular.
Tem carros virados em todas as direções.
Verbo impessoal Objeto direto
3a pessoa do singular
O verbo ter, assim como o verbo haver, quando expressa o sentido de existir, é impessoal
e, portanto, deve ser flexionado na terceira pessoa do singular. O emprego do verbo ter com
sentido de “haver” ou “existir” é característico do registro informal da língua.
Se o sujeito é formado A maioria dos países [...] está longe de alcançar a paridade de
por expressões como “a gênero [...].
Expressões
maioria de”, “grande parte MAIORIA dos países está longe de alcançar paridade de gênero na ciência, dizem
partitivas agências da ONU. Nações Unidas Brasil, 9 fev. 2018. Disponível em: https://
de”, “um grupo de”, o verbo
nacoesunidas.org/maioria-dos-paises-esta-longe-de-alcancar-paridade-de-
fica no singular. genero-na-ciencia-dizem-agencias-da-onu/. Acesso em: 18 ago. 2020.
Sujeito
O verbo pode ficar no
composto Bastavam Pelé e Vadico para pagar o espetáculo.
plural ou concordar com o
posposto ao Bastava Pelé e Vadico para pagar o espetáculo.
núcleo mais próximo.
verbo
Se ou exprime exclusão, o
verbo fica no singular.
Núcleos Se ou não exprime Pelé ou Vadico terá sucesso.
unidos pela exclusão e os dois núcleos
Pelé ou Vadico foram os mais cotados para ganhar a premiação.
conjunção ou se referem a escolhas
possíveis, o verbo fica no
plural.
236
238
Você lembrou o
Lembrar • Recordar - VTD aniversário?
Lembrar-se • Recordar-se de VTI Você se lembrou do
(de + o) aniversário?
Eu esqueci o aniversário.
Esquecer • Não lembrar - VTD
Eu me esqueci do
Esquecer-se • Não se lembrar de VTI
(de + o) aniversário.
É necessário obedecer
Obedecer • Atender, cumprir a VTI
ao (a + o) estatuto.
Ele precisava de um
• Ter necessidade
caderno novo.
de algo de VTI
O professor precisou a
Precisar • Indicar com - VTD
matéria da prova.
exatidão - VI
O governo ajuda aquele
• Não ter dinheiro
que precisa.