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ESCOLAS LITERÁRIAS

Parnasianismo
“A arte pela arte”

Felipe Hiroshi Natalia Rivello

Luiz Guilherme Nicolly Tubys

Melissa Garcia Willian Gabriel

Naomy Eduarda 2º Logística


Parnasianismo - A arte pela arte
-Introdução

O Parnasianismo é um movimento literário que surgiu na mesma época


do Realismo e do Naturalismo, no final do século XIX.

Nasceu na França, em 1866, com a publicação Parnasse Contemporain


(Parnaso Contemporâneo), e teve como prioridades o culto à forma, a "arte
pela arte", a objetividade temática e o distanciamento de questões de cunho
social. Assim como o realismo, foi um movimento de oposição ao romantismo
(que já estava em declínio), estabelecendo princípios estéticos como o rigor
formal e a recuperação de temáticas clássicas.

-Contexto Histórico

O Parnasianismo surgiu na França, no final do século XIX e, aos


poucos, foi se espalhando por toda a Europa e outras partes do mundo.

O mundo apresentava inúmeras mudanças econômicas, devido à


Revolução Industrial e aos avanços metalúrgicos. Todas essas mudanças,
como o aumento da população, urbanização acelerada e avanços tecnológicos
estão refletidas nas obras produzidas nessa época, como foco na
impessoalidade e valorização da ciência.

O fato de os parnasianos interpretarem o mundo de forma cientificista e


positivista resulta do período em que esteve inserido. Essa valorização da
ciência rompe com o subjetivismo, marca da escola literária anterior, o
Romantismo.

-Características

Idealização da "arte pela arte": a produção artística não deve ser útil,
mas pura, alheia e erudita;

Busca pelo equilíbrio formal;

Preferência pelo soneto;

Preferência pela descrição;

Predomínio de vocabulários e estrutura sintática cultos;


Linguagem objetiva, em oposição à linguagem mais subjetiva do
romantismo;

Racionalismo;

Universalismo;

Apego à tradição clássica;

Gosto pela mitologia greco-latina;

Rejeição do lirismo.

-Autores e Principais Obras

Théophile Gautier (1811-1872)

Em 1833, Gautier ridicularizou os formadores do Romantismo em uma


obra chamada "Les Jeunes-France". Depois disso, em 1835, publicou o
romance "Mademoiselle de Maupin", sendo a sua novela mais conhecida.

Afastado dos românticos, Gautier se tornou o precursor da escola


Parnasiana na poesia francesa. Lançou dois livros de poemas que são
aclamados pela crítica como seus melhores trabalhos. Os livros se chamam
"España" e "Le Voyage en Espagne", ambos lançados em 1845 e inspirados
em uma viagem que o poeta fez à Espanha.

Olavo Bilac (1865-1918)

O mais conhecido dos poetas parnasianos brasileiros e um dos


fundadores da Academia Brasileira de Letras. Olavo Brás Martins dos
Guimarães Bilac foi também jornalista e orador ativo na política brasileira.

Teve notória estreia literária com a publicação "Poesias", em 1888. Em


seus diversos livros, Bilac contemplou as temáticas do amor, da mitologia
greco-romana e de cunho filosófico, criando atmosferas de reflexão sobre o
sentido da vida. Escreveu também poesias didáticas e patrióticas, além de ser
o autor do Hino à Bandeira do Brasil.
Raimundo Corrêa (1859-1911)

Raimundo da Mota Azevedo Correia foi poeta, juiz e professor. Foi


também fundador da Academia Brasileira de Letras. Consolidou-se como autor
parnasiano com "Sinfonias", 1883, e segundo os métodos de composição
dessa escola literária, foi um dos mais perfeitos poetas da língua portuguesa.
"As Pombas" é um de seus sonetos mais conhecidos, no qual se nota o estilo
parnasiano, especialmente pela temática e composição rigorosa dos versos.

Alberto de Oliveira (1857-1937)

Antônio Mariano Alberto de Oliveira foi poeta, professor de literatura e


diretor de Instrução Pública do Rio de Janeiro. Uma de suas composições mais
famosas é "Vaso Chinês", exemplo de soneto parnasiano que toma por tema a
descrição de um objeto que inspira pela perfeição de sua forma, pelo trabalho
artístico de sua feitura.

-Curiosidades

O marco inicial do Parnasianismo brasileiro foi em 1882, com a


publicação de "Fanfarras", de Teófilo Dias;

O jornal carioca "Diário do Rio de Janeiro" publicou uma polêmica em


versos, que ficou conhecida como "Batalha do Parnaso". De um lado, os
adeptos do Realismo e Parnasianismo e, do outro, os seguidores do
Romantismo;

Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formavam a "Tríade


Parnasiana";

O Hino Nacional Brasileiro, o Hino da Proclamação da República e o


Hino à Bandeira do Brasil são composições parnasianas;

O Parnasianismo fez bastante sucesso em sua época, estendendo-se da


década de 80 do século XIX, até a Semana de Arte Moderna em 1922.

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