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Diversidade estética: a

Belle Époque
Módulo 1
2º ano
Parnasianismo
Parnasianismo foi um movimento que se opunha aos ideais do
romantismo, estabelecendo princípios estéticos como o rigor formal
e a recuperação de temáticas clássicas.
Parnasianismo

O parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França no final do século XIX, tendo
como principal bandeira a oposição ao realismo e ao naturalismo, movimentos que ocorriam
nesse contexto. No Brasil, esse movimento opunha-se principalmente ao romantismo, já que,
apesar dos ideais românticos terem dado lugar ao realismo e ao naturalismo na prosa, ainda
eram fortes suas características na poesia. Assim, os poetas parnasianos incorporaram em suas
produções poéticas traços que se opunham diretamente à poesia romântica.
Parnasianismo

A segunda metade do século XIX foi um período em que a literatura europeia buscou novas
formas de expressão, as quais estavam em sintonia com as mudanças que ocorriam em
diferentes esferas da sociedade e em diferentes áreas do conhecimento. Nesse contexto, por
exemplo, teses científicas e sociológicas eram desenvolvidas e difundidas, como o determinismo
social. parnasianismo, então, surgiu como um movimento concomitante ao realismo e ao
naturalismo, porém tendo o gênero lírico como sua principal manifestação. Parnasianismo
advém da palavra “Parnaso”, que, segundo a mitologia grega, refere-se a um lugar, um monte,
consagrado a Apolo e às musas, em que os poetas, inspirados pela aura do lugar, compunham.
Além dessa origem mítica, o parnasianismo foi o nome designado para intitular o movimento
literário surgido na França na segunda metade do século XIX, também em razão de uma
antologia, publicada em três volumes, sendo o primeiro em 1866, intitulada Parnasse
contemporain (Parnaso contemporâneo).
Parnasianismo no Brasil

O parnasianismo brasileiro começou a ser difundido no país a partir de 1870,


pois, no final dessa década, criou-se uma polêmica no jornal Diário do Rio de
Janeiro, que reuniu, de um lado, os adeptos do romantismo e, de outro, os
adeptos do realismo e do parnasianismo. Como resultado dessa querela
literária, desenvolvida em artigos, conhecida como “Batalha do Parnaso”, houve
uma difusão das ideias e das características do parnasianismo nos meios
artísticos e intelectuais.
Confira abaixo as principais informações sobre as
características do Parnasianismo:

• O uso do objetivismo e da linguagem rebuscada era uma das principias características do


Parnasianismo;
• A influência da cultura grega e clássica era uma das principias características do
Parnasianismo;
• A preferência por sonetos era uma das principias características do Parnasianismo;
• A valorização da metrificação eram uma das principais características do Parnasianismo;
• O culto a forma, baseada na impassibilidade e impessoalidade era uma das principais
características do Parnasianismo.
Principais autores e obras do parnasianismo no Brasil
Teófilo Dias (1854-1889): Foi advogado, jornalista e poeta. O primeiro livro de poesia
considerado parnasiano, publicado em 1882, foi uma obra de sua autoria: Fanfarras. Publicou
ainda os seguintes livros: Flores e amores (1874), Cantos tropicais (1878), Lira dos verdes anos
(1876), A comédia dos deuses (1887) e A América (1887).

Alberto de Oliveira (1857-1937): Foi farmacêutico, professor e poeta, e um dos fundadores da


Academia Brasileira de Letras, tendo sido, inclusive, eleito o “Príncipe dos Poetas” em 1924.
Escreveu as seguintes obras poéticas: Canções românticas (1878), Meridionais (1884), Sonetos
e poemas (1885), Versos e rimas (1895), Poesias - 1ª série (1900), Poesias - 2ª série (1906),
Poesias - 2 vols. (1912), Poesias - 3ª série (1913), Poesias - 4ª série (1928), Poesias escolhidas
(1933), Póstumas (1944).

Raimundo Correia (1859-1911): Foi magistrado, professor, diplomata e poeta. Um dos


fundadores da Academia Brasileira de Letras, escreveu os livros Primeiros sonhos (1879),
Sinfonias (1883), Versos e versões (1887), Aleluias (1891), Poesias (1898).
Principais autores e obras do parnasianismo no Brasil
Olavo Bilac (1865-1918): Foi jornalista, inspetor de ensino e poeta. Foi também um dos
fundadores da Academia Brasileira de Letras. Publicou as seguintes obras: Poesias (1888),
Crônicas e novelas (1894), Sagres (1898), Crítica e fantasia (1904), Poesias infantis (1904),
Conferências literárias (1906), Tratado de versificação (com Guimarães Passos) (1910),
Dicionário de rimas (1913), Ironia e piedade (1916), Tarde (1919).

Vicente de Carvalho (1866-1902): Foi advogado, jornalista, político, magistrado, poeta e


contista. Publicou as seguintes obras: Ardentias (1885), Relicário (1888), Rosa, rosa de amor
(1902), Poemas e canções (1908), Versos da mocidade (1909), Verso e prosa (1909), Páginas
soltas (1911), A voz dos sinos (1916), Luizinha (1924).
Exemplo de poema do parnasianismo brasileiro
Trecho do texto “A Um Poeta”, do livro “Tarde” 1919, escrito por Olavo Bilac:

Longe do estéril turbilhão da rua,


Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, no silêncio e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego


Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica, mas sóbria, como um templo grego.
A estética Parnasiana
Simbolismo
O Simbolismo é um estilo de época de origem francesa que tem como principais características
o culto ao mistério, o rigor formal e o antirrealismo.
Simbolismo no Brasil

O movimento simbolista no Brasil surgiu após esse movimento começar na França, em uma
época em que os artistas franceses estavam reflexivos acerca das suas produções. Na Europa,
o responsável pelo início do Simbolismo foi o poeta francês Charles Baudelaire, com a sua
obra “As Flores do Mal” (1857). Esse movimento foi adotado pelos autores brasileiros, porém
não teve tanta força como teve o Parnasianismo no Brasil.
O Simbolismo no Brasil surgiu como influência para o teatro e as artes plásticas, além da
literatura. Seu marco no país foi em 1893, quando o poeta Cruz e Souza publicou as obras
“Missal” e “Broquéis”.

Cruz e Sousa foi o responsável pelo início do


Simbolismo no Brasil.
Simbolismo no Brasil

O movimento simbolista no Brasil surgiu após esse movimento começar na França, em uma
época em que os artistas franceses estavam reflexivos acerca das suas produções. Na Europa,
o responsável pelo início do Simbolismo foi o poeta francês Charles Baudelaire, com a sua
obra “As Flores do Mal” (1857). Esse movimento foi adotado pelos autores brasileiros, porém
não teve tanta força como teve o Parnasianismo no Brasil.
O Simbolismo no Brasil surgiu como influência para o teatro e as artes plásticas, além da
literatura. Seu marco no país foi em 1893, quando o poeta Cruz e Souza publicou as obras
“Missal” e “Broquéis”.

Cruz e Sousa foi o responsável pelo início do


Simbolismo no Brasil.
A estética Simbolista
Impressionismo
O impressionismo foi uma tendência artística francesa com ênfase na pintura que ocorreu no
momento da chamada "Belle Époque" (1871-1914).
Essa vertente teve um papel muito importante para a renovação da arte do século XX, sendo
a grande propulsora das chamadas vanguardas europeias.
O termo "Impressionismo" é fruto da crítica a uma obra de Claude Monet, "Impressão, nascer
do sol", de 1872.

Impressão, nascer do sol (1872), de Claude


Monet
Características do Impressionismo

•registro das tonalidades das cores que a luz do sol produz em determinados momentos;
•figuras sem contornos nítidos;
•sombras luminosas e coloridas;
•misturas das tintas diretamente na tela, com pequenas pinceladas.
Pintura impressionista

Os pintores da arte impressionista costumavam produzir suas telas ao ar livre. A intenção era
capturar as tonalidades que os objetos refletiam segundo a iluminação solar em determinados
momentos do dia.
Esse movimento foi um divisor de águas para a pintura. Seus artistas não se prendiam aos
ensinamentos do realismo acadêmico.
No entanto, foram influenciados pelas correntes positivistas da segunda metade do século
XIX, as quais primavam pela precisão e o realismo.
Esse novo estilo artístico concorria com produções acadêmicas. Para isso, havia locais fora
dos circuitos tradicionais da arte, como era o caso dos Salons, onde os pintores impressionistas
realizavam exposições exibindo suas telas.
Vale citar que as orientações estéticas impressionistas estão presentes nas produções
gráficas, na propaganda e noutras formas de comunicação de massa. Até os dias atuais elas
seguem influenciando novas estéticas.
Pintores impressionistas

Os pintores impressionistas buscaram reproduzir as sombras de modo


luminoso e colorido. O ponto de partida era a composição de efeitos visuais para
a fixação do instante, tal qual a impressão visual que nos causam.
Portanto, a tonalidade preta é evitada em obras impressionistas plenas. De
modo semelhante, a presença dos contrastes e de transparências luminosas
auxiliam no desvanecimento da forma, percebida agora sem contornos.
Os impressionistas aboliram as temáticas históricas e mitológicas, bem como
as religiosas, buscando momentos cotidianos fugazes.
Obras impressionistas

Algumas obras que são ícones do movimento impressionista:

Almoço na Relva

Esse é um quadro de Édouard Manet, finalizado em


1863. A cena causou estranheza e polêmica na época
por exibir uma jovem nua entre dois homens.
Obras impressionistas

Algumas obras que são ícones do movimento impressionista:

Almoço dos barqueiros

Essa é uma obra de Pierre-Auguste Renoir feita em


1881, e retrata um grupo de amigos.
Impressionismo no Brasil

No Brasil, podemos citar como representante mais importante do impressionismo o italiano


Eliseu Visconti (1866-1944), radicado no país. Atualmente, há também o pintor Washington
Maguetas (1942).
Também notamos tendências impressionistas nos trabalhos de Almeida Júnior (1850-1899),
Anita Malfatti (1889-1964), Georgina de Albuquerque (1885-1962) e João Timóteo da Costa
(1879-1932).

Roupa estendida (1944), de Eliseu Visconti


Impressionismo
Querido aluno,
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Simbolismo
Impressionismo

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