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Parnasianismo

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Parnasianismo é uma escola literária
ou um movimento literário
essencialmente poético,
contemporâneo do
Realismo-Naturalismo. Um estilo de
época que se desenvolveu na poesia a
partir de 1850, na França, com o
objetivo de retomar a cultura clássica.
Sua literatura é escrita em soneto.

A canção de amor (1868-1877), de Edward


Burne-Jones, pintor inglês que à época do
Parnasianismo retomou na pintura os temas de
influência clássica.
Movimento literário que se originou na França, representou na poesia o espírito positivista e científico da
época, surgindo no século XIX em oposição ao Romantismo.
Nasceu com a publicação de uma série de poesias, precedendo em algumas décadas o Simbolismo, uma
vez que os seus autores procuravam recuperar os valores estéticos da antiguidade clássica. O seu nome
vem do Monte Parnaso, a montanha que, na mitologia grega era consagrada a Apolo e às musas.
Caracteriza-se pela sacralidade da forma, pelo respeito às regras de versificação, pelo preciosismo
rítmico e vocabular, pelas rimas raras e pela preferência por estruturas fixas, como os sonetos. O
emprego da linguagem figurada é reduzido, com a valorização do exotismo e da mitologia. Os temas
preferidos são os fatos históricos, objetos e paisagens. A descrição visual é o forte da poesia parnasiana,
assim como para os românticos são a sonoridade das palavras e dos versos. Os autores parnasianos
faziam uma "arte pela arte", pois acreditavam que a arte devia existir por si só, e não por subterfúgios,
como o amor, por exemplo.
O primeiro grupo de parnasianos de língua francesa reúne poetas de diversas tendências, mas com um
denominador comum: a rejeição ao lirismo como credo. Os principais expoentes são Théophile Gautier
(1811-1872), Leconte de Lisle (1818-1894), Théodore de Banville (1823-1891), José Maria de Heredia
(1842-1905), de origem cubana, e Sully Prudhomme (1839-1907). Gautier fica famoso ao aplicar a frase
“arte pela arte” ao movimento.
Características Gerais
Preciosismo: focaliza-se o detalhe; cada objeto deve singularizar-se, daí as palavras raras e rimas ricas.
Objetividade e impessoalidade: O poeta apresenta o fato, a personagem, as coisas como são e
acontecem na realidade, sem deformá-los pela sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Esta posição
combate o exagerado subjetivismo romântico.
Arte Pela Arte: A poesia vale por si mesma, não tem nenhum tipo de compromisso, e se justifica por sua
beleza. Faz referências ao prosaico, e o texto mostra interesse em coisas pertinentes a todos.

Em Portugal
Em Portugal, o movimento não foi muito importante, tendo como autores Gonçalves Crespo (nascido no
Brasil mas criado em Portugal desde os 10 anos de idade), João Penha, António Feijó e Cesário Verde.
No Brasil
No Brasil, o parnasianismo dominou a poesia até a chegada do Modernismo brasileiro. A importância deste
movimento no país deve-se não só ao elevado número de poetas, mas também à extensão de sua influência,
uma vez que seus princípios estéticos dominaram por muito tempo a vida literária do país, praticamente
até o advento do Modernismo em 1922.[1]
Na década de 1870, a poesia romântica deu mostras de cansaço, e mesmo em Castro Alves é possível
apontar elementos precursores de uma poesia realista. Assim, entre 1870 e 1880 assistiu-se no Brasil à
liquidação do Romantismo, submetido a uma crítica severa por parte das gerações emergentes,
insatisfeitas com sua estética e em busca de novas formas de arte, inspiradas nos ideais positivistas e
realistas do momento.[1]
Dessa maneira, a década de 1880 abriu-se para a poesia científica, a socialista e a realista, primeiras
manifestações da reforma que acabou por se canalizar para o Parnasianismo. As influências iniciais foram
Gonçalves Crespo e Artur de Oliveira, este o principal propagandista do movimento a partir de 1877,
quando chegou de uma estada em Paris. Alberto de Oliveira publicou "Canções Românticas" em 1878 e
Teófilo Dias, "Cantos Tropicais", dois dos marcos iniciais da nova Escola. De um começo tímido nos versos
de Luís Guimarães Júnior (Sonetos e rimas. 1880) e Teófilo Dias (Fanfarras. 1882), firmou-se
definitivamente com Raimundo Correia (Sinfonias. 1883), novamente Alberto de Oliveira (Meridionais.
1884), Olavo Bilac (Relicário. 1888) e Francisca Júlia da Silva (Mármores, 1895).
O Parnasianismo brasileiro, a despeito da grande influência
que recebeu do Parnasianismo francês, não é uma exata
reprodução dele, pois não obedece à mesma preocupação de
objetividade, de cientificismo e de descrições realistas. Foge
do sentimentalismo romântico, mas não exclui o
subjetivismo. Sua preferência dominante é pelo verso
alexandrino de tipo francês, com rimas ricas, e pelas formas
fixas, em especial o soneto. Quanto ao assunto,
caracteriza-se pela objetividade, o universalismo e o
esteticismo. Este último exige uma forma perfeita
(formalismo) quanto à construção e à sintaxe. Os poetas
parnasianos veem o homem preso à matéria, sem
possibilidade de libertar-se do determinismo, e tendem
então para o pessimismo ou para o sensualismo.
A partir de 1890, o Simbolismo começou a superar o
Parnasianismo. O realismo classicizante do Parnasianismo
teve grande aceitação no Brasil, graças certamente à
facilidade oferecida por sua poética, mais de técnica e forma
que de inspiração e essência. Assim, ele foi muito além de
seus limites cronológicos e se manteve paralelo ao
Simbolismo e mesmo ao Modernismo em sua primeira fase.
Principais autores

O prestígio dos poetas parnasianos, ao final do século XIX, fez


de seu movimento a escola oficial das letras no país durante
muito tempo. Os próprios poetas simbolistas foram excluídos
da Academia Brasileira de Letras, quando esta se constituiu,
em 1896. Em contato com o Simbolismo, o Parnasianismo deu
lugar, nas duas primeiras décadas do século XX, a uma poesia
sincretista e de transição.[1]
Seus expoentes são:
● Olavo Bilac
● Alberto de Oliveira
● Raimundo Correia
● Francisca Júlia da Silva
● Vicente de Carvalho
● Luís Delfino
● Teófilo Dias
● Mário de Lima
Antônio Mariano Alberto de Oliveira

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