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Lê atentamente o seguinte poema e responde às questões que te são formuladas.

Grupo I

Amor co’a esperança já perdida


teu soberano templo visitei,
Por sinal do naufrágio que passei,
em lugar dos vestidos pus a vida,

55 Que queres mais de mim, que destruída


Me tens a glória toda que alcancei?
Não cuides de forçar-me, que não sei
tornar a entrar onde não há saída.

Vês aqui alma, vida e esperança,


10 Despojos doces de meu bem passado,
Enquanto quis aquela que eu adoro:

Nelas podes tomar de mim vingança,


E se inda não estás de mim vingado
Contenta-te com as lágrimas que choro.

Luís Vaz de Camões

1. Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F). (6x 5=30)

a) O templo a que o sujeito se refere no segundo verso do poema corresponde ao


lugar em que o Amor habita, sugerindo a sua divinização.

b) Os versos 3 e 4 da primeira estrofe apontam para uma vivência tranquila.

c) Na interrogação utilizada é perceptível que o “eu” teve, no passado, razões para


se sentir mais feliz do que no presente.

d) A infelicidade do passado reflecte-se no presente, tal como se depreende pela


leitura do primeiro terceto.

e) A alma, a vida e a esperança representam o bem passado que foi proporcionado


pela amada.

f) Pela leitura do poema, constata-se que o sujeito poético ainda não se esqueceu
a mulher amada.

2. Responde às questões, de modo correcto, completo e contextualizado.


2.1. Indica o tema do texto e o modo como se desenvolve. (30)
2.2. Identifica o receptor imediato do discurso do sujeito poético. (20)
2.3. Apresenta uma justificação para a personificação do “Amor”. (20)
2.4. Caracteriza, de forma completa, o estado de espírito actual do “eu” poético. (30)
2.5. Comprova o contraste entre o presente e o passado, relativamente ao plano emocional.
(40)
2.6. Procede à análise da estrutura externa do texto. (30)

Bom trabalho!
A professora:
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