Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Parnasianismo
O movimento parnasiano surgiu na França em 1866, com a
edição da antologia " La Parnase Contemporain". Abrigando
poetas de tendências diversas, como Théopgille Gauthier ,
Laconte de Lísia, Charles Baudelaire, Geradia, Banvilla, havia, em
comum a oposição ao sentimentalismo romântico.
A denominação Parnasianismo remete-nos à antiguidade
grecoromana(Monte Parnaso= região da Fócida , na Grécia, que
a Mitologia contemplava como a morada dos deuses e poetas, ali
isolados do mundo para dedicarem-se exclusivamente à arte).
Características
O Esteticismo
Referência bibliográfica:
http://sites.uol.com.br/wandadangelo/escolas.htm
Poetas do Parnasianismo
* Áureos: de ouro
* Diva: deusa, mulher formosa
* Teos:
* Colmada: coberta
* Ignota: desconhecida
* Anacreonte: poeta grego
PRINCIPAIS OBRAS
Poesia
Canções Românticas (1878); Meridionais (1884); Sonetos e
Poemas (1885); Versos e Rimas (1895); Poesias - quatro séries
(1900-1905-1913-1927); Céu, Terra e Mar (1914) – antologia;
Poesias Escolhidas (1933) - Póstuma, (1944).
VASO GREGO
Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois... mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se de antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.
LUVA ABANDONADA
"Uma só vez calçar-vos me foi dado,
Dedos claros! A escura sorte minha,
O meu destino, como um vento irado,
Levou-vos longe e me deixou sozinha!
Sobre este cofre, desta cama ao lado,
Murcho, como uma flor, triste e mesquinha,
Bebendo ávida o cheiro delicado
Que aquela mão de dedos claros tinha.
Cálix que a alma de um lírio teve um dia
Em si guardada, antes que ao chão pendesse,
Breve me hei de esfazer em poeira, em nada...
Oh! em que chaga viva tocaria
Quem nesta vida compreender pudesse
A saudade da luva abandonada!"
3) RAIMUNDO CORREIA (1859-1911) VIDA: Nasceu no Maranhão
e formou-se advogado, em São Paulo. Trabalha no interior do Rio
de Janeiro como magistrado e, em Ouro Preto, como secretário
de Finanças. Passa em seguida para a diplomacia, trabalhando
em Lisboa. Volta mais tarde à antiga capital federal , onde mais
uma vez exerce a magistratura. Morre, com cinqüenta e dois
anos, em Paris, onde fazia um tratamento de saúde.
OBRAS PRINCIPAIS: Sinfonias (1883); Aleluias (1891)
A exemplo dos demais componentes da tríade parnasiana,
Raimundo Correia foi um consumado artesão do verso,
dominando com perfeição as técnicas de montagem e construção
do poema. Alguns críticos valorizam nele o sentido plástico de
suas descrições da natureza. O gelo descritivista da escola seria
quebrado por uma emoção genuína - fina melancolia - que
humanizava a paisagem, como se pode visualizar no excerto
abaixo:
Esbraseia o Ocidente na agonia
O sol...Aves bandos destacadas
Por céus de oiro e de púrpura raiados
Fogem...Fecha-se a pálpebra do dia...
OUTROS PARNASIANOS
Além do catarinense Luís Delfino, que com Sonetos e rimas
evolui do ultra-romantismo para um parnasianismo feito de
referências ao mundo da Antigüidade, destaca-se também
Francisca Júlia, que com Mármores torna-se o primeiro nome
feminino conhecido em nossa literatura. Ela atinge, no dizer de
um crítico, a absoluta impassibilidade exigida pelo movimento,
sem que isso signifique, é óbvio, equivalente qualidade literária.
Referências Bibliográficas:
* http://www.terra.com.br/literatura/index.htm
* http://www.nilc.icmsc.sc.usp.br/literatura/luvaabandonada.htm