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Parnasianismo

O que é parnasianismo?

Parnasianismo é uma escola Os parnasianos valorizavam o


literária que surgiu na França positivismo e a ciência acima
em meados do século XIX, que de qualquer outro sentimento
tinha como objetivo a criação humano; buscavam
de "poesias perfeitas", incessantemente a criação de
valorizando a forma e a uma rima perfeita, utilizando
linguagem culta, e criticando o um vocabulário culto e
sentimentalismo do construções textuais
Romantismo. complexas.
O que é parnasianismo?

Este movimento literário,


predominantemente poético, era baseado
na doutrina da "arte pela arte",
apresentada pelo crítico literário e poeta
francês Théophile Gautier. De acordo com
os princípios da teoria proposta por
Gautier, a arte não precisava estar rodeada
por uma "áurea" de significados e
sentimentos humanos, mas sim ser feita
com o intuito de ser perfeita, bela e
refinada.
Características do Parnasianismo

Originalmente, o parnasianismo tinha como objetivo principal se opor ao


sentimentalismo do romantismo e às prosas propostas pelo realismo e naturalismo.

A poesia parnasiana tinha o intuito de ser perfeita. Os autores buscavam as


palavras ideais para construir os poemas com racionalidade; como se construissem
um majestoso quebra-cabeça artístico.

Os poemas parnasianos, ao contrário do que acontece com os românticos, tinham a


preocupação de "conter as lágrimas", dedicando-se a perfeição da forma e da
linguagem culta.
Principais características

•Objetividade: oposição ao subjetivismo e sentimentalismo exagerado;

•Impessoalidade: ausência do "eu"; negação do sentimentalismo romântico;

•Arte pela arte: realidade não é uma influência para a poesia;

•Descritivismo: preocupação com a descrição da forma física, estética;

•Forma Culta: perfeccionismo que se opõe ao descuido da poesia romântica;

•Preciosismo vocabular: linguagem culta e de difícil compreensão.


Parnasianismo no Brasil

No Brasil, o movimento parnasiano teve mais destaque do que na Europa. A


publicação considerada o estopim do parnasianismo nacional foi "Fanfarras",
de Teófilo Dias, em 1889.O Parnasianismo Brasileiro não seguiu a risca todas
as características encontradas no Parnasianismo francês. A subjetividade e o
nacionalismo - aspectos que eram abolidos pela estética parnasiana francesa -
estavam presentes (em certa dose) nos poemas dos autores brasileiros.Os
principais precursores do parnasianismo no Brasil foram os poetas Olavo
Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, grupo que ficou conhecido
como a "Tríada Brasileira do Parnasianismo".
Alberto de Oliveira
Antônio Mariano Alberto de Oliveira mais
conhecido pelo seu pseudônimo Alberto de
Oliveira, foi um poeta, professor e farmacêutico
brasileiro. Figura como líder do Parnasianismo
brasileiro, na famosa tríade Alberto de Oliveira,
Raimundo Correia e Olavo Bilac. Foi um dos 17
filhos de José Mariano de Oliveira e Ana Maria
da Encarnação, uma família que se mistura com a
literatura brasileira, dentre eles sua irmã Amélia
de Oliveira que foi o grande amor de Olavo
Bilac.Foi secretário estadual de educação,
membro honorário da Academia de Ciências de
Lisboa e imortal fundador da Academia
Brasileira de Letras. Adotou o nome literário
Alberto de Oliveira no livro de estreia, após
várias modificações dispersas nos jornais.
Alberto de Oliveira
Obras

Em seu livro de estreia, em 1877, as Canções ● Canções românticas (1878);


românticas, Alberto de Oliveira mostrava-se ● Meridionais (1884);
ainda preso aos cânones românticos. Mas ● Sonetos e poemas (1885);
sua posição de transição não escapou ao ● Versos e rimas (1895);
crítico Machado de Assis num famoso ensaio, ● Poesias: primeira série (1900);
de 1879, em que assinala os sintomas da ● Poesias: segunda série (1906);
“nova geração”.Nas Meridionais (1884) está o ● Poesias: terceira série (1913)
seu momento mais alto no que concerne à ● Céu, terra e mar (1914);
ortodoxia parnasiana. Concretiza-se o forte ● O culto da forma na poesia brasileira
pendor pelo objetivismo e pelas cenas (1916);
exteriores, o amor da natureza, o culto da ● Ramo de árvore (1922);
forma, a pintura da paisagem, a linguagem ● Poesias: quarta série (1928);
castiça e a versificação rica. ● Póstuma (1944).

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