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O PARNASIANISMO

✔ Contexto Histórico

Surge na França, na década de 1860, com a publicação do coletivo de poetas: Le Parnasse


Contemporain.
Seus autores procuravam recuperar os valores estéticos da antiguidade clássica. O seu nome vem
do Monte Parnaso, a montanha que, na mitologia grega era consagrada a Apolo e às musas.
Os parnasianos interpretavam o mundo de forma cientificista e positivista , indo de encontro as
ideias do período em que esteve inserido, época de muitas invenções e avanços que traziam
mudanças não só à economia, mas que transformavam a mentalidade das pessoas.
Isso porque, a valorização da ciência rompe com o subjetivismo, marca da escola literária anterior, o
Romantismo.

✔ Aspectos Formais
Objetivo dos Surge como resposta moderna ao Romantismo, que já estava
Parnasianos desgastado, visto como a “velha escola”. Mais próximo do
franceses Realismo, busca no estilo e nas técnicas poéticas um método
que os afaste do universo sentimentalista, de intensa
subjetividade e idealização.

Aspectos Poesia descritiva – valoriza os objetos e as cenas


estruturais/formais “panorâmicas” e o retrato; sem verbos de ação; muitos adjetivos;
da poesia/aspectos palavras exóticas;
clássicos
Perfeição formal – versificação, métrica, rima e o ritmo
trabalhados com exatidão; tendência a musicalidade; relacionada
à estética clássica (da “Poética”), fôrmas clássicas e
renascentistas (soneto, ode, elegia, etc.);

✔ Características
▪ Preocupação formal.
▪ “Arte pela arte”
▪ Comparação da poesia com as artes plásticas.
▪ Referências a elementos da mitologia grega e latina (helenismo)
▪ Preferência por temas descritivos.
▪ Habilidade na criação dos versos.
▪ Vocabulário culto.
▪ Objetivismo.
▪ Universalismo.
▪ Apego à tradição clássica.

PARNASIANISMO BRASILEIRO
Os parnasianos brasileiros não seguiram todos os acordos propostos pelos franceses, pois muitos
poemas apresentam subjetividade e preferência por temas voltados à realidade brasileira,
contrariando outra característica do parnasianismo francês: o universalismo.
No Brasil tem seu marco inicial com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias, em 1882. Contudo,
Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia também auxiliaram a implantação do
Parnasianismo no Brasil que, desde a década de 1870, já estavam sendo divulgados.

Autores – a Tríade parnasiana

Alberto de Oliveira
Foi um poeta tipicamente parnasiano, embora tenha presenciado várias transformações na
política e na sociedade, mudanças que não influenciaram seu estilo literário.
▪ Perfeição formal
▪ Métrica rígida
▪ Linguagem rebuscada e trabalhada
▪ Algumas características românticas, porém, estava longe dos excessos sentimentais do
Romantismo.

Principais Poesias
▪ Vaso Grego
▪ Vaso Chinês

Raimundo Correia
Pertenceu ao Parnasianismo, mas somente a partir do livro Sinfonias é que o poeta se assume
realmente parnasiano, curiosamente, este livro tem prefácio de Machado de Assis.
▪ Exaltação à natureza Perfeição formal
▪ Cultura clássica
▪ Análises metafisicas e filosóficas
▪ Pessimismo
▪ Desilusão

Principais Poesias
▪ As Pombas
▪ Mal Secreto

Olavo Bilac

Olavo Bilac é o poeta mais popular do Parnasianismo, destaca-se pelo devotamento ao culto da
palavra e ao estudo da língua portuguesa. Os recursos estilísticos que mais emprega são: a
repetição de palavras, o polissíndeto e o assíndeto (separados ou conjugados), suas metáforas e
comparações são claras.

Um de seus temas preferidos é o amor, associado, geralmente, à noção de pecado, cantado sob o
domínio do sentimentalismo, fugindo às características parnasianas,

Conhecido por sua atenção a literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica, era
republicano e nacionalista; também era defensor do serviço militar obrigatório, escreveu a letra do
Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto.

Principais Poesias
▪ Via láctea (ouvir estrelas)
▪ Nel mezzo del camin...
▪ A um poeta

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