O Parnasianismo foi um movimento literário, que surgiu na França, na metade
do século XIX. Desenvolveu-se na literatura europeia e, posteriormente, chegou ao Brasil. Esta escola literária foi uma oposição ao romantismo, pois representou a valorização da ciência e do positivismo. O nome parnasianismo surgiu na França e deriva do termo "Parnaso", que na mitologia grega era o monte do deus Apolo e das musas da poesia. Na França, os poetas parnasianos que mais se destacaram foram: Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville e José Maria de Heredia. CONTEXTO HISTÓRICO: O Parnasianismo surgiu na França em oposição às escolas literárias Realismo e Naturalismo, opondo-se à prosa, já que foi um movimento essencialmente poético. A escola teve influência da doutrina “arte pela arte” apresentada por Théophile Gautier, poeta e crítico literário francês, ainda no período do Romantismo. A teoria da “arte pela arte” ressalta o belo e o refinamento através da autonomia da arte alheia à realidade. A denominação da escola literária se deve também à primeira publicação parnasiana, intitulada “Le parnasse contemporain”, a qual apresenta as seguintes características: linguagem descritiva, formas clássicas (rima, métrica), indiferença. Os fundamentos parnasianos retomaram a perfeição formal almejada pela Antiguidade clássica. No Brasil, o movimento parnasiano teve mais destaque do que na Europa. A publicação considerada o estopim do parnasianismo nacional foi "Fanfarras", de Teófilo Dias, em 1889. O Parnasianismo Brasileiro não seguiu a risca todas as características encontradas no Parnasianismo francês. A subjetividade e o nacionalismo - aspectos que eram abolidos pela estética parnasiana francesa - estavam presentes (em certa dose) nos poemas dos autores brasileiros. Os principais precursores do parnasianismo no Brasil foram os poetas Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, grupo que ficou conhecido como a "Tríada Brasileira do Parnasianismo".O Parnasianismo se prolongou até 1922, com a chegada da Semana de Arte Moderna de São Paulo. CARACTERÍSTICAS: • Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor parnasiano tratava os temas se baseando na realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção; • Impessoalidade: a visão do escritor não interferia na abordagem dos fatos; • A objetividade temática surge como uma negação ao sentimentalismo romântico, tentando atingir a impessoalidade e impassibilidade. • Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia era valorizada por sua beleza em si e, portanto, deveria ser perfeita do ponto de vista estético; • O poeta evitava a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas; • Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto. • Temas da mitologia grega e da cultura clássica eram muito frequentes nas poesias parnasianas; • Uso e valorização da descrição das cenas e objetos. • Foi uma poesia de meditação filosófica, no entanto artificial. • Retomava os conceitos da Idade Antiga clássica: o racionalismo e formas perfeitas. • Suas poesias tinham uma perfeição formal, com forma fixa dos sonetos, métrica dos versos alexandrinos (12 sílabas poéticas) e decassílabos perfeitos, rima rica, rara e perfeita.